quarta-feira, 7 de outubro de 2015

José Sousa Barcelos – Um Presidente do F C Porto (1941/42/43)


Na galeria ilustre dos Presidentes da Direção do F C Porto figura honrosamente José Barcelos. Um dirigente antigo de quem não se sabe muito, por em seu tempo as crónicas sócio desportivas indígenas não se deterem muito na vida do F C Porto. Enquanto as histórias narrativas sobre desporto reportavam maior atenção ao futebol, incluindo atletas, e menos ao dirigismo.

Ora, através da divulgação diária do sítio informático “Dragões Diário”, o respetivo departamento do F C Porto recorda hoje a figura do Presidente José Sousa Barcelos, a propósito de nesta data perfazer 74 anos que esse senhor José Sousa Barcelos foi eleito Presidente Portista. «O FC Porto iniciava um dos períodos mais complicados da sua história, com uma grave crise financeira a precipitar uma crise desportiva. Recuperar as finanças do clube era a prioridade do presidente», um abnegado timoneiro que dirigiu o F C Porto nesse período em que o clube, no início der sua gerência, à época de 1941/42, tinha apenas 2.889 sócios efetivos.

Não havendo nenhum estudo publicado sobre os Presidentes do F C Porto, de modo aprofundado e alargado, em livro próprio (e não resumido simplesmente ou de passagem noutros, com inclusão em temas diversos ou mais de futebol), este é um dos casos em que continua a não se fazer justiça a quem serviu o F C Porto.

Diante do pouco que há sobre os máximos dirigentes do clube, transcrevemos, com a devida vénia, o que um grande portista, de bom caráter transmontano, como é Fernando Moreira, discorreu sobre o personagem em apreço, no seu trabalho historiador “Dragões de Azul Forte”, que tem tido lugar no importante blogue “Bibó Porto, carago”:

«Set.1941 – José Sousa Barcellos herdou de Pires de Lima um clube de cofres vazios e com as receitas em queda. Durante a sua presidência, com uma equipa por rejuvenescer, os resultados desportivos no futebol continuaram aquém das expectativas dos associados azuis-e-brancos. E muito longe do que o FC Porto edificara como tradição: vencer com frequência. Sem efeitos práticos, substitui no comando técnico da equipa Miguel Siska pelo austro-húngaro Lippo Hertzka. Para cúmulo dos seus engulhos, José Barcellos teve de se haver com o continuado regabofe lisboeta que sonegava os direitos aos clubes do Norte e sobretudo ao FC Porto. Sucedeu-lhe Luís Ferreira Alves, em Setembro de 1943.»

Fica assim esta singela mas sincera homenagem portista a um dos Presidentes de Direção que entretanto presidiram aos destinos do F C Porto.

Armando Pinto

4 comentários:

  1. HOUVE UM JORNALISTA QUE FEZ UM TRABALHO MUITO GRANDE SOBRE OS PRESIDENTES DO FC PORTO, CONFORME SE OUVIU DE MUITAS PESSOAS QUE COLABORARAM, FAMILIARES DE PRESIDENTES E COLECIONADORES DE COISAS DO PORTO.
    OBRA ESSA QUE PARECE QUE NÃO TEVE AUTORIZAÇÃO SUPERIOR DOS DIRECTORES DO FCP.
    PODE SER QUE VENHA AINDA A TER PERMISSÃO E SEJA PUBLICADA.

    ResponderEliminar
  2. É referido nesta crónica o nome do treinador Lippo Herczka. No livro dos 50 anos do jornal A Bola, “História de 50 Anos do Desporto Português”, é escrito que esse treinador ficou sepultado em Montemor-o-Novo, onde morreu em 1951. Com a singularidade de ter ficado num mausoleu em que “sobre uma das pedras figuram uma bola de futebol e os emblemas dos clubes que utilizaram seus serviços: Benfica, Belenenses, Académica, Vila Real, F C Porto, Estoril e União de Montemor”. “Lipo fora figura histórica do futebol húngaro como jogador e que, em Portugal e Espanha, se afamara como técnico de alto prestígio e muitas conquistas.”

    ResponderEliminar
  3. Obrigado pela referência, amigo Armando Pinto.
    Grande abraço AZUL FORTE!
    Fernando Moreira

    ResponderEliminar
  4. Na página Dragões Diário de segunda-feira dia 24 de julho é dito mais qualquer coisa, deste presidente ter sido reeleito depois, acrescentando que a 24 de julho no ano de 1942, José Sousa Barcelos era reconduzido na presidência do FC Porto, tendo tomado posse a 11 de agosto. Aquele que foi o 18.º presidente da história do nosso clube ocupou o distinto cargo entre 1941 e 1944. Mas vê-se que há algum desencontro dalgumas notas, o que mostra que o livro referido de há anos faz muita falta, se for eleborado com precisão.

    ResponderEliminar