terça-feira, 26 de abril de 2016

Recomeço prometedor do ciclismo no F C Porto


O ciclismo do F C Porto em boa hora regressou ao seio do mundo portista, passando a ser mais uma modalidade que dá cor e vida à existência do sentimento que o F C Porto representa. Como tal, porque o universo do simbolismo do Dragão transmite espírito de vitória, seja no que for, aí temos de novo o ciclismo para nos entusiasmar, como noutras épocas, quando no futebol o panorama se não apresenta à medida de nossos anseios. Havendo assim sempre algo mais, como foi já o hóquei, o andebol, o basquetebol, etc. e mesmo com a natação, cujas notícias de vitórias chegam sempre bem à nossa atenção. Inclusive em modalidades de acompanhamento diferente, quer em bilhar ou boxe, por exemplo, interessando que os representantes portistas vençam e seus triunfos soem bem aos ouvidos. Até que agora o fogo do Dragão volta a ser no desporto das bicicletas de corrida. Cujo palmarés está a enriquecer o historial alvi-anil, como aqui tem sido registado em anteriores artigos historiadores.

Ora, no ciclismo de elite, o W52-FC Porto-Porto Canal somou ontem, feriado nacional do dia 25 de abril, a segunda vitória individual da época, de novo por intermédio de Rafael Reis, ao vencer a Volta à Bairrada, competição decorrida desde sábado até ao dia feriado de segunda-feira. Antes, no primeiro dia, Samuel Caldeira, também ciclista do F C Porto, vencera entretanto a primeira etapa e foi o primeiro camisola amarela, até ao fim do segundo dia de competição. Vindo no fim Rafael Reis, ciclista de 23 anos, a reconquistar a liderança para as cores do F C Porto ao vencer a terceira etapa, no terceiro dia. Tendo o F C Porto também vencido coletivamente, na classificação por equipas, em que esta é também já a terceira vitória coletiva neste começo de temporada ciclista.

Com estas e outras classificações, percorridas as primeiras corridas oficiais da nova época, em que se dá o regresso do F C Porto às estradas, os ciclistas que integram a equipa atual do clube dragão somam já alguns triunfos significativos, sendo para já os maiores triunfadores do pelotão nacional.


Tendo o início sido dificultado com o aparecimento de algumas quedas e consequentes lesões, estando alguns ciclistas azuis e brancos ainda em recuperação de mazelas e outros a procurarem recuperar a condição física e estado de forma competitiva, tudo o que se nota, para já, mostra que a equipa está bem constituída e promete uma época boa, conforme é denotado no comportamento dos ciclistas que têm podido andar nas bicicletas durante as provas.

Em atenção à satisfação que o ciclismo nos está a proporcionar, assim como noutros tempos nos entusiasmou, ilustramos esta crónica com imagens de recente reportagem saída na revista “Ciclismo a fundo”(em ampliação e pormenorização mais saliente que em anterior publicação, no artigo que neste blogue dedicamos à mesma revista). E, como que em apoteose memorial, culmina este registo com uma recordação de antiga equipa, dum dos anos de ouro do ciclismo azul e branco, refrescando memórias com um feito raro, do F C Porto ter vencido uma Volta a Portugal individualmente, no ano da vitória de Joaquim Leão, e coletivamente com um conjunto de oito ciclistas, os que os regulamentos permitiam que se inscrevessem e corressem, sem ter havido qualquer desistência nem eliminação – tal foi a vitória individual e coletiva na Volta a Portugal em bicicleta de 1964, com toda a equipa completa de início ao fim. Sendo a foto seguinte (em baixo) da equipa triunfante, a dar a volta de honra na cerimónia protocolar final, em plena pista de ciclismo do antigo estádio de Alvalade, com o vencedor da Volta, Joaquim Leão, ladeado por todos os colegas de equipa, os mesmos que começaram e acabaram a prova, e com o treinador eufórico a pedalar na frente… exibindo o "buquê" da vitória.

= Equipa da dupla vitória na Volta a Portugal de 1964, individualmente e por equipas - a partir da esquerda, em fila lateral: Mário Silva, Mário Sá, Joaquim Freitas, Ernesto Coelho, Joaquim Leão ( com a camisola amarela e coroa de louros de vencedor), José Pinto, Sousa Cardoso e Carlos Carvalho. Mais, à frente, o (diretor técnico) então treinador, Onofre Tavares – com o ramo de flores representativo do triunfo da equipa.

ARMANDO PINTO

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