sexta-feira, 29 de abril de 2016

FC PORTO /SPORTING – Um dos jogos que sempre queremos ganhar – Recordando um encontro de cenário idêntico…


O título poderá nem ser tão assertivo como a certeza que é, pois no F C Porto sempre se quer ganhar tudo, o que no caso do futebol quer dizer todos os jogos, evidentemente (já que se for em ciclismo é corridas, etapas, voltas, prémios, camisolas, individual e coletivamente; se for em natação é provas de distâncias, individualmente ou de estafetas, etc. etc.). Contudo o âmago da questão está consubstanciado também em cima, que o F C Porto está sempre acima de tudo.

Ora, está para acontecer mais um duelo entre o F C Porto e o Sporting de Lisboa em futebol e para o Campeonato da Liga Portuguesa. Desta vez com um cenário que é bem conhecido do mundo desportivo português, pela diferença existente nas posições classificativas, pontuações, etc. e tal. Quadro que a comunicação social se tem esforçado por descrever e pintar a seu gosto e na opinião pública não faltam comentários conforme as preferências. Contudo, como o F C Porto é grandioso, naturalmente que só haverá no pensamento portista o desejo de vitória. Pouco importando o resto, sabendo-se que caso a vitória sorria para o F C Porto, ou mesmo em caso de empate, o Sporting perde pontos que alargam a distância para o primeiro lugar (contando que o Benfica vença o seu jogo, algo que não espanta tal o “colinho” que tem tido ao longo de toda a época das arbitragens, através dos poderes de decisão do futebol luso).  Apenas e tão só que o F C Porto é um caso à parte, não tem nada a ver com santas alianças como os de Lisboa fizeram por sua vez noutras ocasiões. E, sinceramente, entre um e outro, entre vermelhos e verdes, é tudo o mesmo, adversários a quem o F C Porto sempre quer ganhar. Entre Benfica e Sporting venha o diabo e escolha. O melhor é quando perdem os dois. A ter de ser um só, eles que se entendam…


Este pensamento não tem nada a ver com o Sporting ter cortado relações com o F C Porto na presidência de Bruno de Carvalho, nem com o Benfica do Vieira dos pneus ter propagandeado a edição do tal livro escrito por interpostas pessoas que deu para o caso do falso apito andar pelos trilhos judiciais e acabar por mostrar que era mentira de manha grosseira. Tal qual as tentativas de afastar o FC Porto das competições europeias foi sintomático e a realidade tem mostrado como os que eram desse saco estão aos poucos a mostrar a face aos quadrados. Isso tudo e mais, se é que há algo para além da morte, pode ser que venha ainda a ser pago noutro mundo, pois bem se vê que neste nem os que fizeram a crise monetária e social …

Assim sendo, como quem é portista só quer a vitória do F C Porto, outra coisa não será de esperar, dentro da legalidade do jogo. A não ser que no campo se não consiga, mas tem de se tentar!

Este caso, do F C Porto não depender do jogo (estando com lugar já definido, que não pode já melhorar, tal qual afastado de melhor lugar com tudo o que se passou) e eventualmente agora poder ter interferência no desfecho do futuro vencedor do campeonato, faz lembrar um outro caso, conforme está na lembrança do autor destas anotações. Pode até ter havido mais, mas pelo menos um vem ao pensamento, com algumas diferenças mas em pé de igualdade na generalidade. Conforme aconteceu em 1971, dentro da época de 1970/71.

Assoma na retina da memória esse jogo, decorrido na primavera de 1971. Entrara então Abril no calendário e o F C Porto vira-se afastado da luta pelo 1º lugar do campeonato num jogo disputado no Barreiro, onde, entre diversas decisões prejudiciais ao F C Porto, foi expulso o goleador que nessa época marcara seis golos em dois jogos ao Benfica (Lemos, que assim ficou afastado da disputa do prémio de melhor goleador do campeonato, visto ter sido castigado com 4 jogos, até ao fim da prova) Chegando, na semana seguinte, o Porto-Sporting dessa época, com o F C Porto praticamente afastado da hipótese de ser campeão, enquanto Benfica e Sporting estavam igualados no topo. Após na jornada anterior o F C Porto haver perdido na Cuf e ter ficado com menos 3 pontos (o que correspondia a uma vitória e um empate de diferença, tais eram os pontos atribuídos à época), quando o campeonato estava a três jornadas do fim e os dois adversários diretos se acotovelavam igualados no 1º lugar. Tanto que, fosse qual fosse o resultado, e contando que o Benfica teria a vitória no seu jogo do mesmo dia, como clube sempre protegido do sistema nacional, então pouco restava, a bem dizer. Pois, pese tudo isso, o F C Porto arregaçou as mangas e lutou.


Estava-se no Domingo 4 de Abril de 1971. Com o estádio das Antas cheio, o F C Porto entrou em campo disposto a honrar a camisola. E venceu. Por 2-1, mas até podiam ter sido mais, tal a toada avassaladora que o F C Porto imprimiu, sem dar veleidades ao adversário, desde uma segura atuação do guarda-redes Armando Silva, que deu confiança aos companheiros, até ter resultado numa tarde de futebol bem conseguida por todos os restantes elementos dos diversos setores.


Para a história, nesse jogo da jornada 24 do campeonato nacional de 1970/71,

o F C Porto alinhou com:

Armando, Gualter, Manhiça, Rolando, Valdemar, Pavão, Custódio Pinto, Bené, Abel, Joaquinzinho e Nóbrega; tendo ainda entrado depois Manuel Duarte e Ricardo.

Enquanto pelo Sporting jogaram Damas, José Carlos, Hilário, Caló, Peres, Tomé, Nélson, Marinho, Chico Faria, Lourenço e Dinis; mais os suplentes Pedro Gomes e Manaca.

Ao final do prélio assinalava o marcador dois golos para o F C Porto, saídos dos pés e cabeça de Abel e Joaquinzinho, aos 41 e 75 minutos, respetivamente. Resultado que foi encurtado quase no fim, com um golo de Dinis aos 82 minutos. Dando razão a tão brilhante vitória portista

Então o F C Porto e o Sporting tinham os seus equipamentos genuínos, quer o F C Porto com a linda imagem da nossa camisola das duas listas azuis salientes e o Sporting com calções pretos a dar outro impacto às camisolas listadas de verde, tal qual no emblema o Sporting ostentava o distintivo antigamente seleto e no do F. C. do Porto não havia fogo a sair do emblemático dragão.

Desse jogo, além das recordações, ficam ao longo do artigo algumas imagens como ilustração. Memorizando alguns momentos de registo, contando com o inicial aperto de mão entre capitães, com Rolando ostentanto a braçadeira do F C Porto, mais jogadas de ataque protagonizadas pelos nossos goleadores de serviço nesse jogo, Abel e Joaquinzinho.

Armando Pinto

((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))

5 comentários:

  1. O que espero do Futebol Clube do Porto é que dignifique a sua História e honre o sagrado emblema que os atletas ostentam na camisola que vestem. Não concebo que a equipa não vá para este jogo com vontade de dar tudo para o vencer, independentemente dos efeitos práticos que a vitória possa vir as refletir, que, infelizmente, nada poderá alterar. Não somos um qualquer Farense ou Estoril e não negociamos a nossa honra. Vou ao Dragão e não desejaria vir de lá envergonhado, não porque o meu Porto possa vir a não ganhar o jogo como aconteceu na última época mas porque a equipa não faça tudo para o vencer.

    Ser Porto é estar sempre com a equipa nas alegrias das vitórias como nos momentos mais difíceis de insucesso.

    DRAGÃO, SEMPRE!

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  2. Dragões Diário

    José Peseiro quer um FC Porto afirmativo e vencedor amanhã, frente ao Sporting, apesar do jogo para os Dragões não ter significado na classificação: “Queremos vencer, seja qual for o adversário. Quem está no FC Porto tem de ter na cabeça que tem de vencer, lidar com a pressão e respeitar a história do clube e a sua dimensão no futebol português, europeu e mundial”. Oferecer um bom jogo aos adeptos é o objetivo do treinador. “Jogamos para nós e para os adeptos e sabemos que eles vão estar lá a apoiar-nos. Queremos proporcionar um bom espetáculo, mais ainda para eles”.

    Sem fugir às responsabilidades da própria equipa, que podia ter feito “melhores exibições” e “marcar mais golos”, José Peseiro relembrou a influência decisiva da arbitragem em quatro jogos, que retiraram o FC Porto da discussão na reta final do campeonato. Com o Arouca tivemos o golo anulado, frente ao Braga dois penáltis, com o Tondela um penálti, em Paços de Ferreira outro penálti. Seriam 12 pontos a mais e teríamos os mesmos do Benfica. Isto para não serem só os outros a queixar-se, também nos podemos queixar, apesar de estarmos longe na classificação”.

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  3. Históricas recordações e documentos verdadeiros. Ainda o estádio das Antas tinha a antiga Maratona com bancada pequena para jogos grandes e a zona do peão.

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  4. Como dizia, os lampiões ganharam o jogo deles esta sexta com grande apoio do árbitro, não sendo por acaso a nomeação do Paixão que é a maior aberração que a arbitragem sulista teve e tem depois do Calabote. A agressão do Eliseu foi marcada como falta do Guimarães, malgrado ser agressão à mouro. Uma vergonha pegada.

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  5. Desta vez a equipa do Porto não fez o que podia para ganhar. MAS TAMBÉM ASSIM OS GALINHOLAS MOUROS NÃO VÊM JÁ FESTEJAR.

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