quarta-feira, 20 de julho de 2016

Jorge Costa: Um dos históricos Jogadores à Porto !


MÍSTICA PORTISTA é uma palavra que enche um mundo de afetos azuis e brancos e tem muita força, com seu quê de impacto e significado, transportando simbologia muito importante, com algo de místico e transcendente. Havendo no imaginário clubista certas figuras que representam tal carisma. Como é o caso de Jorge Nuno Pinto da Costa nos mais recentes trinta e tal anos, não só a partir da sua presidência iniciada em 1982, mas também desde que chefiou o departamento de futebol profissional, a meio dos anos setentas, do século XX. Como noutros tempos mais recuados representou a memória de Artur Pinga, um dos melhores futebolistas portugueses de sempre, que nos dias que correm não é muito lembrado mais por não ter jogado por nenhum dos clubes de Lisboa, mas sim pelo FC Porto. 
Tal como Afonso Pinto de Magalhães foi um homem que levantou o estatuto do FC Porto, dando-lhe estruturas de um grande clube. Assim como Américo, no tempo das presidências federativas do sistema BSB, com seu valor muito superior, conseguiu ser grande entre os postes da baliza e no panorama futebolista desse tempo obscuro, a pontos de ter conseguido vencer uma Baliza de Prata, trofeu para o guarda-redes que menos golos sofreu em época dessas. E Pedroto conseguiu levantar a voz contra os roubos de igreja, vencendo por fim a fatalidade que perdurara por muitos anos. Entre diversos bons exemplos, que anos volvidos teve caso especial no desempenho de Jorge Costa, o defesa que honrou a carismática camisola nº 2 da equipa principal de futebol do FC Porto.


Jorge Costa, que veio na linha sucessória de históricos números 2, como Virgílio Mendes, Festa e alguns mais, e de seguida deu origem à sequência posterior de Gabriel, João Pinto e Máxi Pereira, também entre outros, deu uma imagem que perdura e ficará pelos tempos fora. Enquanto alguém que foi especial, mesmo muito diferente de alguns que andam pelos campos de futebol a vestir camisola idêntica. Nestes tempos em que faltam referências e o clube não pode ter um Josué qualquer dos que não sentem a camisola e menos ainda o portismo que tem de correr dentro da mesma camisola que vigorar de azul e branco, contando com as mudanças anuais que se têm revezado no século XXI. 

Pois lembramos o caso em ocasião que transcende personalizações, porque os homens passam e o clube fica. Mas também sempre houve e haverá homens que quando fazem por isso podem ficar, e ficam na memória dos tempos. Como Jorge Costa.

Ora Jorge Costa entrou de vez no plantel principal do FC Porto faz agora anos. Havendo sido isso a 20 de julho de 1992, quando o FC Porto iniciou a preparação para a nova época de então. Nesse tempo de verão, sob o comando do brasileiro Carlos Alberto Silva, a maior novidade era o regresso do jovem central Jorge Costa, ainda com apenas 20 anos, depois de dois anos emprestado ao Penafiel e ao Marítimo. 

Jorge Costa viria a ser um dos grandes defesas do FC Porto, mas a verdade é que ainda teve de esperar quatro épocas para se transformar num titular indiscutível, estatuto que manteve quase até ao final da carreira, com exceção da época em que se incompatibilizou com o então treinador Octávio Machado. Tendo Jorge Costa ficado para sempre no coração dos Portistas, ao invés do outro…

Jorge Costa, historicamente carismático do FC Porto, foi um capitão emblemático, como haviam sido uns Valdemar Mota, Pinga, Araújo, Virgílio, Américo, Custódio Pinto, Pavão, Rolando, Oliveira, Rodolfo, Gomes, João Pinto e Cª . Entre Jogadores do Porto e à Porto, para sempre.

ARMANDO PINTO

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1 comentário:

  1. Quando se fala de mística no Futebol Clube do Porto o nome de Jorge Costa é incontornável. Tal como o de João Pinto e alguns outros que os tinham como referência e os seguiam nas atitudes e no jeito como a praticavam. Sem saudosismos ou ideias pré-formatadas, de há alguns anos a esta parte reconheço que se vem perdendo na equipa o genuíno sentido da palavra e, pior, parece ter-se perdido o ímpeto e o sentido do que foi, desde sempre, "a mística do FC do Porto". Nuno Espírito Santo sentiu-a enquanto atleta do Clube e, estou certo, não deixará de a recuperar e incuti-la nos jogadores mas dificilmente obterá os efeitos que noutros tempos ela produziu. Mudam-se os tempos...

    DRAGÃO, SEMPRE!

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