domingo, 30 de setembro de 2018

Gala dos Dragões de Ouro, na comemoração dos 125 anos do FC Porto


Foi uma festa bonita de ver, a Gala do FC Porto decorrida ao dia seguinte da comemoração do 125º aniversário do clube, para entrega dos galardões Dragões de Ouro de 2018. Como tudo o que é do FC Porto é bonito e tem um colorido especial, sendo que quase tudo aparece em tons de azul diante dos olhos bem despertos.


Agora como existe o Porto Canal, mais uma vez foi possível muita gente assistir ao que se passou no Coliseu do Porto, local onde desta vez decorreu tal sessão festiva anual. Para além dos que tiveram possibilidade de estar presentes na própria sala de espetáculos, também todo o mundo teve oportunidade de presenciar pelas imagens televisivas. Sendo deveras interessante apreciar tudo o que se passou diante dos olhares públicos. De modo a ser até desnecessário fazer uma descrição exaustiva reportada ao evento. Registando-se unicamente aqui e agora mais esta ocorrência portista, desta feita de aspeto social, pelo facto em si, para memória também neste simples espaço comum.


Ficaram acima de tudo na retina algumas imagens mais salientes, na vivacidade dos afetos. Com a emoção do histórico “roupeiro” Moreno a dar toque emotivo especial e a ida ao palco do grande Casillas a ter impacto sensorial, mais a chamada de Sérgio Conceição para receber esse galardão mais que merecido, por fim partilhado por ele com todo o plantel à frente de todos.


Na passagem de tantas celebridades diante do público da sala e da casa ou local de encontro de cada qual, elevou-se ainda o reconhecimento a diversos outros galardoados com o Dragão de Ouro de 2018, entre os quais, além das categorias normais, se distinguiu o também justo reconhecimento de Alarcón, a fazer subir o portismo em pedalada forte, por o ciclismo ser modalidade que leva o FC Porto pelo país além, através da força humana, sem árbitros e deixando para trás sem apelo os comentadores adversários.


Por fim, perante a clarividência com que Pinto da Costa fez o seu discurso, sempre esperado, fica-se com a noção que ainda há Presidente à sua maneira. Algo que é sempre de apreciar, tal como sabe bem ver e rever imagens de grandes momentos, referentes a feitos gloriosos, embora fosse de também serem recordados outros mais antigos e sobretudo icónicos (lembrando, entre outros, o título de 1959, que deve ser mais vincado pelo significado do caso-Calabote, além de também se dever evocar o Pinga e um Hernâni, por exemplo…). Tal como começa a ser tempo de na atribuição do trofeu da recordação serem lembrados grandes valores de outras modalidades, para não ser sempre e só do futebol. Coisa que se repara tão só por se reparar em tudo o que transporta o que é o FC Porto de sempre e para sempre.


Foi pois mais um dia de intenso Portismo para quem sente o FC Porto. Na máxima que o FC Porto sempre e em tudo deve ser honrado, que o Porto nos contempla!


Armando Pinto

Nota: As imagens de ilustração naturalmente são retiradas de espaços públicos da Internet.

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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

125 anos de vida dum fenómeno de sangue azul: No 125º Aniversário do FC Porto


Pelas veias salientes das mãos e braços, na parte normalmente mais visível do corpo humano, se vê a força de vida das pessoas. Sendo as veias mais à flor da pele de tons azulados, algo que em mãos limpas é mais acessível aos olhos. Derivando disso que os antigos fidalgos, como por costume tinham mãos menos grossas, em cotejo à crosta evidente derivada de vida mais dura, fossem associados por assimilação a sangue azul. Algo que em associação extensiva resultou noutras figuras de estilo, cuja semântica foi alterando algum significado ao longo dos tempos. Mas sempre com o azul em tom elevado, de modo que mesmo as inclinações poéticas e qualidades de pessoas de cultos valores são associadas a boas tendências, quais veias dos poetas, em cujas asas brancas, junto ao azul do encantamento, esvoaça timbrado canto patente no poema Aleluia de Pedro Homem de Melo:


ALELUIA:

Dúvida? Não, mas luz, realidade
E sonho que na luta amadurece.
– O de tornar maior esta cidade.
Eis o desejo que traduz a prece.
Só quem não sente o ardor da juventude
Poderá vê-la de olhos descuidados.
Porto – palavra exacta. Nunca ilude.
Renasce nela a ala dos namorados!
Deram tudo por nós estes atletas.
O seu trajo tem a cor das próprias veias
E a brancura das asas dos poetas…
Ó fé de que andam nossas almas cheias!
Não há derrotas quando é firme o passo.
Ninguém fala em perder! Ninguém recua…
E a mocidade invicta em cada abraço
A si mais nos estreita. A Pátria é sua.
E de hora a hora cresce o baluarte!
Lembro a torre dos Clérigos, às vezes…
Um anjo dá sinal quando ele parte…
São sempre heróis! São sempre portugueses!
E, azul e branca, essa bandeira avança…
Azul, branca, indomável, imortal.
Como não pôr no Porto uma esperança
Se "daqui houve nome Portugal"?

É pois assim mesmo, sem fazer por menos, a simbiose da realidade que é o grande clube desportivo e instituição portuguesa de utilidade pública com o nome de Futebol Clube do Porto. Coisa de mãos limpas, de sempre se querer ganhar de maneira justa, mas com ambição superior. De, à maneira portuense, de quem deu a carne e comeu as tripas em favor dos interesses nacionais, também com sentido de justiça e valor, se fazer das tripas coração, transformando possíveis fraquezas derivadas de outros campos em forças da verdade.


Perfaz então nesta data a soma de 125 anos de vida o FC Porto. Passando já cento e vinte e cinco anos desde que surgiu essa novidade no ambiente citadino da Invicta e com o decorrer dos tempos se estendeu ao Norte da nação, depois a todo o país e por fim se espraiou pelo mundo inteiro. Sendo o FC Porto o único clube português que, entretanto, já foi Campeão do Mundo de futebol – e logo por duas vezes, repetindo em 2004 a graça de 1987, para não deixar dúvidas. Além de outras vezes em que foi Campeão Europeu, quer em futebol, como no hóquei em patins e em bilhar.


Chegado o dia de completar 125 anos de existência conhecida, o FC Porto comemora neste dia o 125º aniversário mediante programa normal do hastear da bandeira do clube pela manhã em frente ao estádio, até decorrer no sentimento portista durante o dia e pela entrada da noite no desejo natural que o jogo a contar para o campeonato nacional da Liga ajude à festa.


Sendo assim data especial, esta, na conta redonda de 125 anos, com mais um quarteirão acima da centena, vem a talhe referir ser o correspondente número 125 formado por uma centena, duas dezenas e cinco unidades, porque como tal, na soma de um século, por exemplo, 125 é o cubo de 5 – número mágico por ser de algumas das “cabazadas” mais célebres das memórias presentes nas gerações dos tempos de transição do século XX para o XXI, quer com o cinco sem resposta no antigo estádio da Luz a contar para a 2ª mão da Supertaça portuguesa na época de 1995/1996, quer mais os cinco secos no Dragão para o campeonato da Liga de 2010/2011.


Isto porque em cento e vinte e cinco anos de uma coisa assim, como é a realidade do grandioso Futebol Clube do Porto, muitas gerações ficaram ligadas a tal existência, tendo sido diversas as gerações de vidas que se foram sucedendo enquanto o clube cresceu e se afirmou.  


Perante toda essa envolvência pode dizer-se que o FC Porto é algo especial, como eu costumo dizer que é para mim (expressando o autor destas linhas na primeira pessoa), além de tudo o mais, por ser um bem que é para a vida inteira, na quantia afetiva de mercê pessoal. Acontecendo que, contrariamente à maioria das pessoas que depois de desaparecerem fogem do pensamento geral, muitos bons exemplos de nomes associados à história do FC Porto permanecem na recordação de muita e boa gente, tornando-se inesquecíveis no sentimento Portista. Tanto que, embora o FC Porto para existir tenha dependido da iniciativa de António Nicolau de Almeida e persistência de José Monteiro da Costa, históricos fundador e refundador do clube, iniciado em 1893 e mais tarde continuado a partir de 1906, também se o FC Porto não tivesse atingido o estatuto que tem hoje em dia, quase se pode dizer, quem saberia ter existido um Nicolau de Almeida e um Monteiro da Costa na sociedade portuense dos anos de transição do século XIX para o XX?! 
E com a amplitude que o FC Porto foi ganhando, pessoas como Artur Augusto, Lino Moreira, Valdemar Mota, Pinga, Siska, Soares dos Reis, António Santos, Costuras, Carlos Nunes, Araújo, Correia Dias, Barrigana, Fernando Moreira, Dias dos Santos, Moreira de Sá, Onofre Tavares, Virgílio, Hernâni, Carlos Duarte, Acúrcio, Fabião, Mário Castro, Armando Campos, Américo, Custódio Pinto, Festa, Sousa Cardoso, Carlos Carvalho, Artur Coelho, Mário Silva, Pavão, Rolando, Cubillas, Lemos, Armando, Wilson Neves, "Flash" Dover, Cristiano, José Castro, Zé Fernandes, Aurora Cunha, Oliveira, Fernando Gomes, Rodolfo, Ademir, João Pinto, Madjer, Juary, Deco, Vítor Baía, Jorge Costa, Fernanda Ribeiro, Vitor Hugo, Lucho, Falcao, Kelvin, Gonçalo Alves, Helder Nunes, Rui Vinhas, Raúl Álarcón, António Carvalho, Quintana, Miguel Martins, Daniel Sanchez, Alípio Jorge, Rui Costa, João Ferreira, Santos Oliveira,  … etc. etc.


...mais Casillas, Alex Teles, Militão, Felipe, Maxi, Herrera, Marega, Aboubakar, Danilo, Brahime, Sérgio Oliveira, Tiquinho, etc. etc., até tantos mais que em campo dos estádios, pistas e estradas de corridas e rinque de pavilhões deram e dão tantas alegrias a tanta gente... 

...mais treinadores como Siska, Yustrich, Jorge Orth, Pedroto, António Oliveira, Mourinho, André Villas-Boas, Sérgio Conceição…

...ficaram e estão como se de família fossem para muitas pessoas de sentimento afetivo ao universo azul e branco, como são afinal na memória portista. Com noção de que como para bom trabalhador é preciso bom mandador, os Presidentes de Direção da história do FC Porto contaram muito, até ao patamar que Nuno Pinto da Costa conseguiu elevar o nosso Porto.


Numa ocasião destas, em que certamente várias edições impressas e expressas marcarão a ocorrência, através de publicações em formato clássico de papel para guardar, como em flashes informativos e em versões informáticas e digitais para ver momentaneamente, desnecessário se torna fazer grandes alusões a factos e dados de cronologia histórica. Mesmo porque ao longo dos anos deste labor clubístico muito foi sendo descrito e lembrado, puxando à memorização e (re)conhecimento da mística alvi-anil, quer no nosso anterior como no atual blogue de feição memorial portista.


Neste andar da descrição, juntam-se diversas imagens a deixar falar a vista pela dedicação, ao sabor de como há imagens que valem por muitas mais palavras.


Como tal assinala-se esta feliz ocorrência, por não ser todos os dias que se completam 125 anos de boa convivência com a sociedade antepassada e contemporânea. Na certeza que mais anos virão juntar muitíssimas mais razões de boa estima, para fazer com que no futuro muitíssimos mais trofeus obriguem ao crescimento do museu do clube. Tal como atualmente o Museu FC Porto By BMG ainda não consegue albergar todos os trofeus e objetos que testemunham a história decorrida nestes 125 anos, daqui para a frente a totalidade de todo esse património sentimental possa finalmente ficar à vista de todos, com maior acrescento do muito material que, como as conquistas presentes e futuras, virá enriquecer as vitrinas do grandioso museu, qual orgulho da nação portista.  

Armando Pinto

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terça-feira, 25 de setembro de 2018

Encontro de Amigos do Hóquei Portista


Numa atitude demonstrativa que os valores da amizade e admiração ainda são o que eram, à maneira de tempos áureos, um grupo de antigos hoquistas do FC Porto veio até terras do interior em visita ao autor deste blogue, trazendo assim um abraço de apreço pelo que significa a ligação existente desde o tempo em que de stique na mão patinavam equipados à Porto e este seu amigo os seguia atentamente, desejando sempre que fossem campeões com a camisola do FC Porto vestida. Tendo então vindo até ao concelho de Felgueiras, parando na Longra em minha casa, rumando depois todos para um restaurante onde demos largas a horas de convívio apropriado.

Algo que se regista com sentimento traduzido em sensações que não se conseguem exprimir, mas que ficam bem interiorizadas.


Decorreu então, segundo depois ficou expresso na página de facebook de um desses amigos, um «Almoço de amigos», que acabou por ser comemorativo também de uma efeméride particular, visto fazer 41 anos que um deles tinha vindo estar comigo, por motivo diferente, também à minha terra, em plena área de transição do Douro Litoral e parte mais distante do distrito do Porto. Sendo desta feita um género de celebração através de encontro comemorativo da amizade de longos tempos. Derivando disso que eles tenham aproveitado para me oferecerem uma camisola do FC Porto que depois todos assinaram. Segundo suas palavras escritas também depois, como «oferta para um amigo que sempre nos acompanhou desde os primórdios da década de setenta do século passado». Uma bela espécie de homenagem que muito apreciei e agradeço, com a amizade de sempre.


As fotos que foram captadas por entre esses momentos mostram alguns instantâneos do convívio e respetiva oferta de recordação, como testemunho dessa visita amiga de Cristiano, Castro, Jorge Câmara, Zé Fernandes e Hernâni, além de Fernando Barbot que também estava para integrar o grupo mas, por motivo imprevisto de última hora, não pôde marcar presença física, mas foi lembrado também.


Foi tudo isso, em suma, ocasião de bons momentos que tivemos oportunidade de passar, em instantes decorridos durante algumas horas, num bom sinal de como o Hóquei em Patins do FC Porto desses tempos  era como uma família e continua entre nós a ter espírito de afeição pelos valores da admiração mútua.


Armando Pinto
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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Dr. Canto Moniz: O Presidente do FC Porto historicamente quase desconhecido…


«Canto ou Camilo

Setembro de 1936 foi um mês tumultuoso no FC Porto, onde, tão complexa era a situação do clube, que ninguém se podia dar ao luxo de ser claro ou a permitir pensar em tal. O mundo azul chegou a Setembro sem liderança, e este superatleta que vemos... um campeoníssimo de water-polo, natação e ténis, internacional e campeoníssimo especialmente em water-polo e natação, avançou com rara coragem para a presidência do FC Porto.

A maioria das publicações e arquivos descrevem-no como Camilo Moniz, mas não, o seu nome é, realmente, dr. Luiz Couceiro do Canto Moniz, e durante o duro mês de setembro, segurou o barco azul enquanto colecionava medalhas. Detentor de 138 títulos nas piscinas, dono de brilhantes juízos, opiniões e convicções, Canto Moniz foi uma grande figura do FC Porto dos anos 1930, e em Setembro de 1936 teve o calor e a coragem de dirigir os destinos do Dragão. Uma figura mítica, que é forçoso recordar (e já agora, corrigir o seu nome: Canto e não Camilo).

Como homem, foi um clínico famoso, e a sua obra em vida não reflectia apenas medalhas de ouro e prata aos quilos: tinha um carácter fortíssimo, uma mentalidade de grande combatente, foi um criador e um criativo, e transfigurou, num só mês, muitas das mentalidades reticentes que estiveram na origem da crise directiva portista. Foi o presidente do FC Porto que menos tempo esteve no cargo (um mês, até se resolver a crise), mas em apenas um mês, Setembro, reforçou o seu estatuto de superatleta e de cérebro privilegiado. Um homem de singular riqueza atlética e humanística na história do Dragão, o dr. Canto Moniz, que sabe muito, muito bem, recordar neste Setembro de 2018, 82 anos depois da sua passagem pelo cadeirão há mais de três décadas ocupado incontestavelmente por Jorge Nuno Pinto da Costa.»

(Do jornalista Vítor Queirós – um mestre na arte da escrita e da investigação histórica, integrante da equipa instaladora do Museu FC Porto By BMG e que entretanto, depois de ter tido essa possibilidade, tem escrito alguns livros. Texto que de tão sintomático exprime como a história do FC Porto é interessante em todo o esplender de pormenores!)

= Imagem do Livro "História do Foot-Ball Club do Porto 1906-1933", por Rodrigues Teles =

Nota: Acrescente-se que essa confusão parece ser da fusão que costuma ser feita de dois em um, juntando dois portistas como se fosse o mesmo, quando se trata de dois diferentes. Segundo dá para perceber, com alguma atenção sobre o que há escrito sobre esses tempos da vida do FC Porto.

= Imagem de "Separata" do 1º volume da "História do Futebol Clube do Porto", publicado em 1955, por Rodrigues Teles =

Ora o Dr. Luís Canto Moniz foi Campeão de Water-Polo, em equipa representativa do FC Porto (conforme se vê na imagem ilustrativa de conjunto e por recorte individual separado da mesma; tal como noutras que fazem parte do primeiro livro da História do FC Porto escrita por Rodrigues Teles até 1933, em cujas fotos se pode ainda ficar com ideia que nessa modalidade o emblema do FC Porto teria uma outra variante nesse tempo). Tendo no Water-Polo sido ainda capitão de equipa e diretor da secção; além de campeão também na Natação.

= Imagem do Livro "História do Foot-Ball Club do Porto 1906-1933", por Rodrigues Teles =

Enquanto Camilo Moniz (Camilo Vouga Moniz de Matos) foi futebolista que partilhou a conquista da Taça Monteiro da Costa e ainda pelo FC Porto foi praticante de Ténis, até que depois passou também a dirigente, tendo no FC Porto sido Secretário-Geral e Vice-Presidente da Direção, enquanto em representação do clube ocupou ainda lugares na Associação de Futebol do Porto (desde Conselheiro Técnico, Selecionador e Presidente), assim como na Federação, a vice-presidente (lugar então permitido ao FC Porto no órgão federativo).

Na História do FC Porto normalmente apresentada em publicações entretanto publicadas, o Dr. Canto Moniz não costuma ser muito referido entre os Presidentes do FC Porto. Essa é uma verdade que convém passar a constar mais e, assim, deixar de ser um presidente quase desconhecido na História do FC Porto publicada.

Armando Pinto
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