domingo, 2 de setembro de 2018

Efeméride: Despedida de Américo


 A 2 de Setembro de 1969 viveu o mundo portista, em noite de ambiente clubista no estádio das Antas, uma ocasião especial, num misto de reconhecimento e consagração, como gratidão reconhecida, no adeus ao guarda-redes Américo. Despedia-se então Américo Lopes do futebol, em virtude de contusão impeditiva da continuidade de tão brilhante carreira. Devido a lesão contraída durante o seu ofício de guardião das balizas e agravada pelos anos de seu percurso futebolístico.

= Anúncio anterior da realização da festa de homenagem, em despedida a Américo

Nessa noite, a 2 de Setembro, Américo Ferreira Lopes, o grande Américo do Porto, disse adeus ao futebol jogado e sobretudo aos adeptos portistas, contando aí com tributo merecido de muitos admiradores que o aplaudiram fortemente pela última vez, enquanto outros ouviam em casa pela rádio dos emissores do Norte Reunidos tudo o que Ilídio Inácio e José Barroso conseguiram transmitir. Como depois, quando os jornais desportivos apenas saíam a público duas vezes por semana, na edição seguinte do jornal O Norte Desportivo se leu o que os redatores descreveram, no devido registo em letra de forma; assim como o discurso de elogio lido no estádio pelo diretor do mesmo jornal, Joaquim Alves Teixeira, transcrito a preceito no órgão informativo nortenho. 


Como volvidos alguns dias, mais, o jornal O Porto narrava da forma que se mostra, em recortes elucidativos.


Disso, também, entre material guardado em arquivo próprio e de modo pessoal pelo autor destas linhas, junta-se algumas imagens, como ilustração, do que sentiram olhos que aquilo viram.


2 de setembro ficou assim como data de algo duma recordação misturada de nostalgia e apreço, pelo que ali o acontecimento encerrou mas também significava. Sendo assim, passados estes largos anos, já, uma efeméride que apraz registar.

= Américo, com sua camisola amarela, como guarda-redes titular, na equipa da grande vitória na Taça de Portugal de 1968!

Efeméride, conforme a origem latina, indica lembrança, qual memorial diário, ao género de calendário recordatório, de um em cada dia. Havendo ainda noção de efemérides astronómicas, transportando ao termo usado por magos astrónomos, perante possibilidade de ocorrências. Ora nessa noite por certo os astros estavam em posição acabrunhada, enquanto tristes estavam os admiradores do astro que levantou os braços em última saudação desde o relvado das Antas.

Armando Pinto
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2 comentários:

  1. Estive no jogo da despedida.Lembro-me de 1jogo internacional em que defendeu 1 pênalti na baliza norte.grande guarda redes.

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  2. Não sou do tempo de Américo, mas para ter assim simpatizantes tantos anos depois teve de ser muito bom. Parabéns ao autor pela forma como bem consegue descrever o ser Porto e muitos anos de vida ao guarda redes Américo, do qual tenho um livro que era de meu avô e ficou depois para o meu pai, intitulado guarda redes eterno.

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