domingo, 12 de maio de 2019

Efeméride do Título Nacional de futebol de 1935…


«A 12 de maio de 1935, reforçando a tendência de ganhar sempre a primeira edição de qualquer competição, o FC Porto garantiu a conquista da I Liga, na sequência de um empate a dois golos frente ao Sporting, em Lisboa (2-2). Lopes Carneiro e Nunes marcaram os golos da equipa orientada por Joseph Szabo, que apresentou o seguinte onze: Soares dos Reis; Avelino e Jerónimo; Nova, Álvaro Pereira e Carlos Pereira; Lopes Carneiro, Waldemar Mota, Carlos Mesquita, António Santos e Nunes.» - Conforme é hoje e bem recordado em Dragões Diário, na rubrica Aconteceu da newsletter oficial do FC Porto.

Era então iniciada a era do Campeonato Nacional, deixando de se chamar Liga ou Campeonato de Portugal como foram as iniciais denominações da prova máxima do futebol português. Numa forma que, a bem da verdade e sem falsas políticas corretas, foi e é para beneficiar o Benfica em títulos ganhos, pois assim o FC Porto e o Sporting ficaram prejudicados, aumentando a diferença de campeonatos ganhos pelo clube do regime. De tal forma que quando, já nos tempos modernos, o Campeonato voltou a ser chamado Liga, não foram contabilizados os títulos da antiga e original Liga, mas apenas continuou o rol desde o chamado campeonato.

Do que depende do lado correto, fica para a história que o primeiro Campeonato, disputado então com esse nome na época desportiva de 1934/1935, foi ganho pelo FC Porto. Com uma equipa de grande gabarito, desde Soares dos Reis, o primeiro guarda-redes do FC Porto que teve a honra de vestir a camisola da seleção representativa de Portugal; até toda aquela linha que englobava vários outros futebolistas também selecionados (o que era já ao tempo também algo raro para os homens do Porto, que tinham de ser muitíssimo superiores à concorrência para merecerem atenções dos selecionadores da capital do império), tendo ali o plantel portista internacionais como Álvaro Pereira, Avelino Martins, Carlos Pereira, João Nova, Carlos Nunes, Artur de Sousa Pinga, Valdemar Mota, Francisco Castro e Acácio Mesquita; mais o goleador António Santos, o célebre Lopes Carneiro sempre lembrado, até Jerónimo Faria, Carlos Mesquita, Raúl Castro, Artur Alves e Augusto Assis (dos que foram injustiçados em não terem chegado a jogar pela seleção); num lote de grandes valores, como se vê pela memoranda aura de todos eles, eternas lendas de outrora.


Desse feito de 1935 e respetiva envolvência, ilustra-se esta evocação com uma página duma revista publicada em 1978, sob título “A VIDA DO GRANDE CLUBE NORTENHO (editada em dois números Extra das Seleções Desportivas).

Armando Pinto
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