domingo, 30 de junho de 2019

Galeria de Medalhas da Cidade do Porto na História do FC Porto entre atribuições da Câmara Municipal a Algo e Alguém do Mundo Portista – a propósito do reconhecimento a Cristiano


Diante do apreço e orgulho pela atribuição de mais uma Medalha da Cidade do Porto a Alguém do Futebol Clube do Porto, como é o caso mais atual da atribuição da Medalha de Mérito-grau ouro ao Cristiano do hóquei em patins do FC Porto, vem a talhe uma visão pela galeria conhecida de atribuições dessa distinção relacionada com o universo portista.

Vem o tema mais acima da visão do apoiante do clube Dragão, como é o caso do autor destas linhas de reflexão, por quanto Cristiano foi fator importante do desenvolvimento do hóquei patinado no FC Porto e extensivamente no Norte do país. Sabendo-se que o hóquei em patins só passou a sério além do rio Douro a partir que o FC Porto ganhou estatuto na modalidade. Assim como, e especialmente, aquando do surgimento de Cristiano como grande valor hoquista, pelo entusiasmo gerado em torno dessa modalidade que fazia as camisolas do FC Porto evoluírem soberbas sobre patins, nesse tempo mais que o que era possível no futebol e em era do ciclismo superar tudo (não dependendo de arbitragens mas da força de músculos, quando em desporto se torna viável o mérito de haver cabeça entre os ombros).

Como ilustração dessa faceta, dos tempos áureos da evolução do hóquei nortenho, publica-se aqui extratos guardados em arquivo pessoal do autor, conforme foi arquivado nesse tempo, de uma entrevista então feita ao jovem Cristiano no jornal O Norte Desportivo, aquando da sua internacionalização como júnior, mas já integrante da equipa sénior do FC Porto, no Europeu da categoria, em 1968 (quando houve primeiros internacionais do FC Porto nesse escalão). Traduzindo o correspondente crescimento de então, nesse âmbito:


(Depois disso, do que ficou dito nessa entrevista, Cristiano nas épocas seguintes fez parte da Seleção Nacional de Juniores que ganhou os respetivos Europeus em 1969 e 1970, e em 1971 foi Campeão Europeu na Seleção A. Seguindo-se anos em que, salvo episódicas exceções acontecidas com os guardas-redes Brito e Castro, foi Cristiano o único hoquista do FC Porto a ser regularmente selecionado e a integrar sempre a Seleção principal.)

Assim sendo, porque Cristiano vai no próximo dia 9 de Julho receber a Medalha de Ouro da Cidade do Porto, com que foi distinguido pela Câmara Municipal da Invicta, engrossando desse modo o rol portista de honoríficas medalhas do Município do Porto (sendo como foi uma Lenda do FC Porto, embora de momento, segundo transparece, até esteja a colaborar com outros clubes da érea da cidade, porque depois que deixou de ser treinador não teve mais qualquer convite para estar no FC Porto), calha a preceito recordar, num género de périplo, a lista conhecida dessa classe portucalense.

Tal honra teve início a meio da década de trinta, na primeira metade do século XX. Quando então o FC Porto foi agraciado em 1935 com a Medalha de Ouro de Mérito Desportivo da Câmara Municipal do Porto. Tendo, para o efeito, sido em 20 de Maio de 1935 «aprovada em sessão da mesma Câmara Municipal uma proposta do vereador Alfredo da Cunha para a criação da Medalha de Ouro de Mérito Desportivo da cidade e a sua imediata atribuição ao FCP por ter ganho o 1º Campeonato da I liga» cuja prova havia ficado concluída dias antes, tendo o FC Porto assegurado o primeiro posto no último jogo a 12 de Maio.


Essa medalha teve um formato próprio da época. Diferente do que haveria de surgir anos depois.

Após isso, passado algum tempo, no clube azul e branco foi distinguida a Câmara Municipal do Porto como Sócia Honorária do FCP por deliberação da Assembleia Geral de 19 de Outubro de 1936.

Passaram alguns anos, e a partir da década de quarenta, segundo o que consta da listagem oficial do Município da Cidade do Porto, houve seguimento à atribuição de mais distinções a entidades e individualidades.

Enquanto na evolução dos tempos a Medalha da Cidade, de foro da Edilidade, ficou com as armas municipais e legenda alusiva, já ornada com fita da cor atribuída pela heráldica oficial ao Município (embora não seja muito associada à cidade portuense a cor verde, mesmo por o Porto ser a cidade da Virgem, cujo manto no brasão municipal da urbe até é azul).


Havendo desde então sido agraciados outros clubes, associações e coletividades. Sendo do conhecimento público haver mais atribuições desde 1942, não só a pessoas e organismos da cidade, mas a pessoas individuais e instituições de índole coletiva com mérito desenvolvido na cidade do Porto.

Contudo, no âmbito desportivo foi a partir da década de oitenta que ganhou maior ênfase tal reconhecimento. Passando a haver mais nomes do espaço do desporto e especialmente do FC Porto, entre oficial valorização por relevantes serviços, mérito e também valor desportivo, à mistura com mérito social e municipal, valor e altruísmo, homenagem em vida ou a título póstumo, etc.

Posto isto, apraz listar uma relação possível, dentro do que é de conhecimento de acesso público, de Medalhas atribuídas no relacionamento ao FC Porto e apenas na universalidade do portismo representativo (sem contar outros nomes de adeptos e simpatizantes que foram galardoados por outros motivos).

Assim, distribuindo por referências sobre os dados relativos (dia da atribuição - nome - título – medalha - tipo – observações – data da entrega), eis a respetiva galeria do Quadro de Honra:

- 14/05/1985 – a Jorge Nuno Lima Pinto da Costa - Mérito Ouro - Presidente do Futebol Clube do Porto - 26/09/1996; e em 05/06/2018 - também a Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa – já como Mais antigo e premiado dirigente desportivo do mundo - Honra - 12/05/2018
- 05/11/1985 - Aurora Cunha - Valor Desportivo - Ouro – Atleta - 23/06/1995
- 14/05/1987 - Fernando Mendes Soares Gomes - Valor Desportivo – Ouro - Futebolista. Atleta do Futebol Clube do Porto. Várias vezes titular dos troféus "Bota de Ouro" e "Bola de Prata" -23/06/1995
- 19/06/1987 - Artur Jorge Melo Teixeira, Dr. - Valor Desportivo – Ouro - Treinador de Futebol. Vencedor da Taça dos Clubes Campeões, pelo Futebol Clube do Porto, em 1987.
- 19/06/1987- Afonso Pinto de Magalhães - Honra - Ouro - Título Póstumo. Banqueiro e Presidente Honorário do FC Porto - 23/06/1995
- 15/06/1989 - António José dos Santos Folha - Valor Desportivo - Ouro - Futebolista. Campeão do Mundo de Sub-21, em 1989 (data de entrega omissa na lista oficial)
- 20/12/1994 - João Domingos da Silva Pinto - Valor Desportivo – Ouro - Futebolista do Futebol Clube do Porto. Atleta, até à altura do seu abandono, com maior número de internacionalizações na Seleção AA - 20/12/1994
- 23/05/1995 - Reinaldo Teles - Valor Desportivo – Ouro - Dirigente do Futebol Clube Porto - 26/09/1996
- 31/10/1995 - Rui Borges - Valor Desportivo - Ouro - Nadador do Futebol Clube do Porto - 26/09/1996
- 10/09/1996 - Fernanda Ribeiro, D. - Honra - Ouro - Atleta. Campeã Olímpica dos 10.000 metros em Atlanta, USA, em 1996 - 26/09/1996
- 21/01/1997 - Paulo Manuel Novais Teixeira Trindade - Valor Desportivo - Ouro - Nadador do Futebol Clube Porto. Atleta Olímpico - 25/07/1997


- 18/02/1997 - Armando da Silva Campos - Valor Desportivo - ouro - Desportista Nacional. Andebolista, como júnior, sénior e treinador - 25/07/1997
- 08/09/1998 - Armando Alberto Ferreira Pimentel, Engenheiro - Mérito – Ouro - Título Póstumo. Dirigente Desportivo do FC Porto desde 1982 a 1990 e Vereador da Câmara Municipal do Porto entre 1990 e 1996 - 31/05/2000.
- 08/02/2000 - Fernando Manuel dos Santos Gomes, Dr. - Honra - Ouro - Presidente da Câmara Municipal do Porto entre 1990 e 1999 - 21/07/2000 (mais tarde Dirigente do FC Porto)
- António Hernâni Gonçalves, Dr. - Mérito – Ouro - Título Póstumo. Com formação em Educação Física, especializou-se em Desporto de Alto Rendimento e tirou o curso de Treinador de Futebol. Foi membro da equipa técnica do Futebol Clube do Porto e da Seleção Nacional, Vereador do Desporto e Qualidade de Vida da Câmara Municipal do Porto e reconhecido por todos como um autoridade na área do desporto - 09/07/2014
- 19/02/2013 - Maria Amélia Canossa, D. - Mérito Prata - Cantora do hino e marcha do Futebol Clube do Porto - 09/07/2014
- 30/06/2015 - Secção de Andebol do F.C. Porto - Valor Desportivo - Ouro - Entidade responsável pelos grandes feitos desportivos do FC Porto e da Cidade - 09/07/2015
- 28/6/2019 - Cristiano Joaquim Marques Trindade PereiraMérito - Ouro… 09/7/2019 !


ARMANDO PINTO
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sexta-feira, 28 de junho de 2019

Cristiano Pereira – o Cristiano do Hóquei do FC Porto – galardoado com a Medalha Municipal de Mérito-Grau Ouro !


Cristiano Joaquim Marques Trindade Pereira, o histórico hoquista internacional que durante anos foi o principal estandarte do hóquei em patins do FC Porto e também treinador campeão europeu de clubes, mais treinador e selecionador nacional campeão europeu e mundial pela seleção portuguesa, Cristiano, está entre 24 Nomes Ilustres este ano merecedores de reconhecimento da edilidade portuense.

Com efeito, é de destacar a atribuição dessa honra a Cristiano Trindade Pereira, com uma das medalhas municipais este ano atribuídas a personalidades e entidades dignas de apreço portuense.


Reza assim a crónica oficial:

« 28 de junho de 2019 - O Executivo municipal deliberou esta manhã, por voto secreto que resultou unânime, nomes de 24 personalidades e instituições da cidade, propostos pelo presidente da Câmara do Porto que foram consensualizados com os vereadores e com as forças políticas da Assembleia Municipal. Alberto de Sousa Martins, ex-ministro e antigo deputado socialista, recebe a Medalha de Honra da Cidade. 

A cerimónia decorre no dia 9 de julho.

A par de Alberto de Sousa Martins, a Medalha de Honra da Cidade será também atribuída ao Príncipe Amyn Aga Khan, de acordo com o anúncio que já tinha sido feito por Rui Moreira aquando a visita do líder espiritual dos ismaelitas à Câmara do Porto, em maio deste ano.

As medalhas municipais destinam-se a galardoar personalidades ou entidades de reconhecido mérito, serviços notáveis prestados à cidade do Porto por pessoas singulares ou coletivas, nacionais ou estrangeiras, e ainda distinguir capacidades profissionais reveladas pelos trabalhadores ao serviço do Município do Porto.

Pela sua importância, a atribuição das medalhas municipais merece toda a atenção e sensibilidade por parte da Câmara Municipal do Porto, de modo a que resulte assegurado o prestígio e a distinção dos agraciados, elevando-os a motivo de distinção e de orgulho por parte da população portuense e da comunidade em geral.

A título de curiosidade, desde 2014, a atribuição das medalhas do Município do Porto é realizada ao dia 9 de julho. A escolha da data, simbólica, remete para o desembarque no Mindelo, a 9 de julho de 1832, do exército libertador que viria pôr fim ao Cerco do Porto. A essa heróica resistência da cidade e das tropas liberais de D. Pedro se deveu a vitória da causa liberal em Portugal e, a partir deste marco histórico, passou a ser nomeada como cidade Invicta.

Conheça a lista completa das 24 personalidades e instituições que vão receber medalhas municipais em 2019:

Medalha de Honra da Cidade
- Príncipe Amyn Aga Khan
- Alberto de Sousa Martins

Medalha Municipal de Mérito - Grau Ouro
- Albano da Silva Ribeiro
- Antero Joaquim Braga de Sousa
- António Manuel Sampaio Araújo Teixeira
- Arnaldo Baptista Saraiva
- Associação Bangladeshi
- Associação de Karaté
- Comunidade Hindu
- Cristiano Joaquim Marques Trindade Pereira
- Maria de Fátima Machado Henriques Carneiro
- José Fernandes de Lemos (Fernando Lemos)
- Grupo de Xadrez do Porto
- Henrique Luz Rodrigues
- João Luís de Mariz Roseira
- José Carlos Costa Marques
- José Manuel dos Santos Gigante
- José de Magalhães Valle de Figueiredo
-  Luís Manuel de Faria Neiva dos Santos
- José Lopes Baptista (Padre)
- Rancho Folclórico do Porto
- Rosa Maria Meireles Gomes Gonçalves (Rosinha)
- Universidade Popular do Porto
- Zulmiro Neves de Carvalho »

Com natural orgulho e entusiasmo registamos o facto, sendo Cristiano uma das Lendas do FC Porto, como foi reconhecido pelo clube em homenagem prestada aquando da inauguração do atual gimnodesportivo do clube, Dragão Caixa; tal como muito antes recebera os maiores galardões portistas, o Troféu Pinga ainda quando jovem hoquista do FC Porto e depois o Dragão de Ouro, este como jogador e depois como treinador.  


Como tal, relembrando alguns desses casos, ilustra-se esta crónica com imagens de arquivo pessoal, referentes à outorga do Trofeu Pinga referente a 1968; e reportando uma “simbólica prenda alusiva à sua condição de campeão europeu”, como lembrança de homenagem pela sua importante participação na conquista para Portugal do Campeonato Europeu de 1971, algo até então inédito no âmbito do hóquei portista.


Armando Pinto
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quarta-feira, 26 de junho de 2019

Na baila da vinda de Saravia: Acordes do Tango Argentino no FC Porto


O Presidente Pinto da Costa reafirmou na revista Dragões publicada agora, durante o defeso: "No caso particular do futebol, está a ser constituído um plantel que estará seguramente à altura dos pergaminhos do clube…”

Ora o primeiro reforço entretanto anunciado oficial e publicamente é o argentino Saravia. Apresentado até na mesma edição ainda fresca da Dragões. Sendo a aquisição de Renzo Saravia um possível bom reforço do FC Porto para as próximas quatro temporadas, como comprovará o facto de ser defesa titular da seleção principal da Argentina.

Com a vinda para o FC Porto deste jovem defensor do país das pampas, aumenta pois o número de futebolistas oriundos desse país das planícies da América do sul que aportaram na Invicta capital do norte de Portugal. Referindo-se o caso dos futebolistas porque também já houve hoquistas a vestirem a camisola do FC Porto, entre diversos casos do ecletismo portista.


Ora, sendo pois o futebol a mola mais evidente das movimentações e atenções clubísticas, é sobre o futebol que recaem também as considerações mais vastas. Tal, no que vem ao caso, o lote histórico dos argentinos no FC Porto.

Se entre a legião de estrangeiros que têm vindo para o FC Porto o contingente brasileiro é o mais numeroso, à primeira vista, distribuindo-se depois em partes por outros padrões de diversos países, o filão argentino tem sido algo considerável.  

A integração de valores do futebol argentino no seio do FC Porto vem já de inícios da década dos anos cinquentas, no século XX, mas foi sobretudo já no século XXI que essa feição se tornou mais consistente e apreciada com Lucho e Lisandro, os dois mais admirados futebolistas argentinos que, além da camisola listada de azul e branco de seu país, vestiram a de listas de azul mais forte, em Portugal, representando o FC Porto.


Lucho Gonzalez, El Comandante das Antas, é eternamente lembrado pela sua pala, do gesto com que fazia a saudação vitoriosa após a marcação de golos. Ficando na memória dos apoiantes portistas como um jogador de altíssima craveira mundial que o mundo do sentimento dragoniano teve a sorte e prazer de ver jogar ao serviço do FC Porto. Tendo sido emblemático distribuidor de jogo e um dos melhores do campeonato português em seu tempo. Em suma, um dos melhores centrocampistas que já jogaram pelo nosso clube. E, contemporâneo dele, Lisandro Lopez formou com Lucho Gonzalez uma dupla de respeito, quão proporcionou belos momentos de “tango” argentino no Dragão. Retendo-se de Lisandro a sua luta pelo golo, tal a recordação de ter sido avançado com codícia de remate e veia goleadora, deveras rápido e mexido.


Antes e depois no meio dos dragões evoluíram outros futebolistas originários do país da cantada Perón. Através de talentos aguerridos, de personalidade forte, à imagem de um Porto conquistador. Enquanto no topo estiveram Lucho e “Licha” (como popularmente era conhecido Lisandro) alguns mais tiveram boas prestações com a camisola azul e branca do FC Porto, tais os casos de Otamendi, Mariano González, Belluschi e Ernesto Farías. A esses juntaram-se mais nomes, como Mareque, Benitez, Bolatti, Prediger. Tendo a lista se alongado ainda por mais uns quantos, desde Diego Váleri, passando por Andrés Madrid, Tomás Costa, Juan Esnáider, Hugo Ibarra e Iturbe. Mais Osvaldo (nascido na Argentina e depois naturalizado italiano). Dos que fizeram parte do plantel principal ao longo dos anos (porque também se contam alguns que evoluíram na equipa B, entre os quais Fede Varela). Isto assim anotado sem qualquer ordem cronológica, entre os que ainda estão na memória algo recente. Tanto que, como em boa moral evengélica se diz que os últimos são os primeiros, por fim se recordam os mais antigos. Como foram Herédia (argentino, depois com dupla nacionalidade também espanhola), que em 1972/73 esteve nas Antas por empréstimo do Barcelona; bem como anos antes esteve com o emblema do Porto ao peito Julio Pereyra (um antigo jogador que mais tarde como treinador, entre outros clubes, esteve também no Salgueiros, Feirense, Avintes, etc.), mais Montaño, vindo para o FC Porto em 1959; mais José Valle e António Jorge Porcel, estes chegados ao FC Porto em 1952; e, antes disso,  Fandiño que em 1948 se estreou no FC Porto – e logo com um golo que deu empate no confronto com o Benfica em Lisboa, tendo feito parte do plantel do FC Porto até 1949; bem como, antecedente, houve Sárrea, vindo para o FC Porto em 1939 e que, também, marcou na estreia e logo o golo da vitória em jogo diante da Académica, contribuindo para ter sido campeão na mesma época de 1939/40, tendo permanecido depois alguns anos no FC Porto, até 1945.  


Antes ainda, recuando no tempo, nos anos trinta veio Reboredo, o mais antigo de todos.


Francisco Reboredo Mosquera, natural de Buenos Aires, também, chegou a Portugal nos inícios de 1937 para ingressar no Futebol Clube do Porto, tendo-se estreado com a camisola dos Dragões a 7 de Março de 1937 no Campo do Ameal onde os portistas venceram o Benfica por 2-1, em jogo do Campeonato da I Liga de 1936/37. Ainda a tempo de nessa temporada ter ajudado a conquistar o Campeonato de Portugal ao vencer na final o Sporting por 3-2, um jogo disputado em Coimbra. E de seguida esteve na conquista do primeiro Campeonato Nacional da 1ª Divisão, em 1938/39. Além de durante três épocas em que vestiu a camisola dos Dragões ainda ter vencido pelo FC Porto três Campeonatos do Porto. Depois seguiu para Espanha e mais tarde já como treinador voltou ao FC Porto como responsável pelos Juvenis, bem como episodicamente e por diversas vezes foi chamado ao comando da equipa sénior portista. Continuando depois por outros clubes, como o Leixões, Setúbal e Sporting. 

= Reboredo (à esquerda), junto com Pinga, aquando da conquista do Campeonato de Portugal em 1937 

Em 1948/49 veio para o FC Porto Julio Pereyra. Tendo jogado alguns jogos particulares pelo FC Porto, num dos quais teve uma lesão grave, que impediu que chegasse a ser inscrito oficialmente pelo FC Porto. 


Jogador de nome completo Julio Oscar Pereyra, que contudo não chegou a ser titular da equipa principal e depois rumou a outras paragens, tendo jogado em diversos clubes, até ter passado a treinador radicado em Portugal.

Esses e estes foram os argentinos, do que temos conhecimento (podendo eventualmente ter havido mais, mas sem contar obviamente alguns que andaram à experiência, sem terem feito jogos oficiais), entre os que engrandeceram o rol de futebolistas da cultura das tradicionais infusões de mate.


Ora, como usualmente esses mais antigos não costumam ser muito lembrados, dentre eles, e como ilustração e complemento, junta-se aqui as respetivas biografias. Quanto a Valle e Porcel por meio de páginas do livro sobre o FC Porto da “Colecção Figuras do Futebol Nacional”, publicado em 1952/53: 



...E de Fandiño uma reportagem na revista Stadium, de Outubro de 1948 (sendo assim, em ambos os casos, do ano das respetivas chegadas ao FC Porto).


Posto isso, eis... Reboredo em foto histórica:


= Reboredo festeja o golo da vitória, beijando a bola, na final do Campeonato  de 1937, no campo do Arnado em Coimbra, diante do Sporting. Em imagem sugestiva da magia do golo e do entusiasmo gerador do futebol. Como se nota, em até um agente da Guada Republicana ali assistente não ter resistido e,  instantaneamente impelido, haver festejado exuberantemente.

Saravia, o futebolista argentino da atualidade, chega ao FC Porto proveniente do Racing Club, campeão da Argentina, depois de ter feito a sua formação no Belgrano. Vindo reforçar o esquadrão azul e branco do clube dragão e prestigiar a legião de jogadores do país da bandeira azul celeste que, com maior ou menor ênfase, ficaram e estão na história do FC Porto. Desde Reboredo... passando por Porcel e Cª, a Saravia.


Armando Pinto
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terça-feira, 25 de junho de 2019

Revista Dragões, Nº 391 - Junho / 2019


Em tempo atual de aniversário do Dia Um de Portugal, remetendo à memória do 24 de junho de 1128, quando agora em 2019 a nação portuguesa perfaz 891 anos de raízes autónomas, também a revista Dragões, atual órgão oficial de comunicação do FC Porto, sai a público em sua edição nº 391, correspondente a Junho de 2019. Havendo assim de comum os dígitos 91, de aproximação – em números com algumas semelhanças aos anos da Nação.

Com efeito o 24 de junho é dia de São João para o comum interesse público. Mas não só. Na ocasião festiva de muitas terras portuguesas festejarem o santo que batizou Cristo, e que na tradição popular ficou associado a brincadeiras e às atenções das raparigas solteiras, mais outras curiosidades da ficção memoranda. Cuja festividade atinge ponto mais alto na noite sanjoanina da cidade do Porto, de cariz popular espontâneo e semblante mágico. Enquanto na tradição histórica o mesmo dia 24 é também o dia 1º de Portugal, sobre a data atribuída à batalha de São Mamede, de que resultou a independência do reino de Portugal.

Passa assim agora, em 2019, a conta de 891 anos de existência de Portugal como instituição governamental própria, embora ainda do tempo das coordenadas e linhas de limites territoriais do antigo Condado Portucalense. Só mais tarde, como se sabe também, foram conquistadas as terras que eram ocupadas por mouros e tudo o mais.

Então, na batalha de São Mamede defrontam-se um exército do conde galego Fernão Peres de Trava, partidário e chefe do governo provisório de D. Teresa, contra um grupo armado dos barões portucalenses. Estes últimos ao vencerem passaram o governo do condado portucalense ao príncipe herdeiro D. Afonso. Tal intervenção dos barões portucalenses, liderada pelos senhores de Sousa e de Ribadouro, teve papel importante na vitória que deu a Afonso Henriques autoridade compatível, ao tempo.

Ora, na passagem dos 891 anos portucalenses e à entrada para a soma da década em que a independência parcial do país irá perfazer 900 anos, cá se vai cantado e rindo em tempo de São João, até para esquecer o mal que tem sido feito ao país, quer monetariamente como na própria identidade pátria e descrença geral. Enquanto no país o poder e sua justiça deixa à solta  corruptos e toupeiras de acesso a segredos oficiais, pessoas que continuam a andar impunes, mas condenam quem tenta desmascarar a podridão que reina no Portugal do sistema emanado de Lisboa. 

Logo no início da revista, ao abrir a Dragões, depara-se atenção no tradicional introito de Jorge Nuno Pinto da Costa. Onde, desta feita, o Presidente-Dragão destaca as marcas atingidas durante a época, mais uma nesga de apreciação ao que se tem passado.


Em vista disso, e como legenda emblemática, sabendo-se como em muitas terras há um Cruzeiro-Padrão da Independência, e sendo também a revista Dragões um padrão da independência do sistema português centralizador, vem a propósito, na pertinência correspondente à semelhança do número da revista oficial do FC Porto, legendarmos uma missiva final de moral da história:

- Como na época atual o país passa por infeliz fase de corrupção e compadrio, a que quem de direito tem feito vista grossa... mais parecendo a condizer com o tempo meteorológico incerto (tanto fazendo cara de inverno como de primavera, apesar de chegado o verão…), valha ao menos haver a revista Dragões! Para se fazer ver que há algo muito mais que por norma vem ao conhecimento público normal… na comunicação social. Quão atesta o número atual da revista, focando “Pontos Altos de 2018/19" !!!

Armando Pinto
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domingo, 23 de junho de 2019

Efeméride da conquista da 2ª Taça dos Campeões Europeus de Hóquei em Patins do FC Porto


Em dia de São João, da anual noite maior da cidade do Porto, apraz registar uma das grandes vitórias do FC Porto obtidas na data em que tradicionalmente muito do sortilégio das tradicionais festividades portuguesas dos santos populares tem mais sentido na urbe portuense. Apesar do santo que batizou Cristo nem ser o patrono oficial do velho burgo portucalense, visto essa atribuição ser de Nossa Senhora de Vandoma, o que leva ao Porto ser a cidade da Virgem; mas como casamenteiro que foi por tradição, o profeta do cordeiro casa bem com o espírito tripeiro de precursor e carismático, tal qual a cidade Invicta se revelou ao longo dos séculos liberal e terra da liberdade.

Ora em dia de São João, corria o ano de 1990, quando então, preparando-se a cidade para a sua noitada típica de excelência, foi conseguida a Taça dos Campeões Europeus de hóquei em patins pelo FC Porto, a segunda do historial portista nessa competição europeia.


Foi com efeito a 23 de junho de 1990, «no aquecimento para a noite de São João», que fervilhou mais intensamente o sangue da guelra do entusiasmo portista com uma vitória ansiada, na reconquista desse título que chegara anos antes pela primeira vez, e, após anos de intervalo, retornava assim para as hostes azuis e brancas em dia de São João. Tendo então o FC Porto conquistado pela segunda vez a Taça dos Campeões Europeus em hóquei em patins. Numa época de ouro, afinal, em que o hóquei patinado do FC Porto dominou na Europa e em Portugal, pois em simultâneo com o título de Campeão Europeu, o FC Porto arrecadou o título de Campeão Nacional e venceu ainda a Supertaça.


Era diretor responsável Ilídio Pinto. Enquanto o treinador principal da equipa José Fernandes orientou de modo vitorioso a sua equipa, que derrotou o Noia na final europeia: Franklim Pais, António Alves, Carlos Realista, Vítor Hugo, Tó Neves, Vítor Bruno e Diego Allende. Mais Paulo Freitas, Paulo Castanheira, Rui Félix e Rui Neto, também integrantes do plantel e utilizados ao longo das eliminatórias que levaram à final. Incluindo o resto da equipa, composta, além de Ilídio Pinto, também vice-presidente da Direção do clube, ainda pelo dirigente do hóquei João Baldaia e restante pessoal colaborador, bem como os médicos Santos Pereira e Silva Leal.

Um feito que mereceu receção na Câmara Municipal do Porto, quando o Presidente da Edilidade era  o Dr. Fernando Gomes, o então político que conseguiu materializar o grande sonho portuense do Metro do Porto.    


Dessa grande jornada europeia recordamos tal feito com algumas páginas da revista Dragões, relembrando a reportagem ao tempo publicada na revista oficial do FC Porto, com destaque para entrevistas de fundo com o responsável-mor da secção e treinador.

Desse acervo documental começa-se pela parte dedicada à área diretiva:


E, de seguida, ao espaço de entrevista com o treinador Zé Fernandes:


De realçar ainda que no jantar de homenagem promovido pela empresa patrocinadora, Delta cafés, foi oferecido um grão de café... em ouro, aos campeões.

Como preito ao "Senhor Hóquei em Patins" do FC Porto, rememora-se também, na oportunidade, o currículo do senhor Ilídio Pinto segundo o que ficou impresso no livro “FC Porto figuras & factos 1893-2005” (registando dados até esse ano).


E, a propósito, como tributo ao treinador da segunda Taça dos Campeões vencida pelo FC Porto, recorde-se a biografia desportiva de José Fernandes, anteriormente descrita neste blogue - conf. (clicando) em

ARMANDO PINTO
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sábado, 22 de junho de 2019

Périplo por onde jaz eterna Gente do FC Porto - para que os vivos saibam e lembrem!


O FC Porto como algo especial que é, sendo um clube mais que desportivo, é um mundo de laços ternos e eternos, de apaixonado pulsar de sangue que nos corre nas veias e apaixonante chega ao coração. Sendo que quem engrandeceu e eleva o FC Porto é como se fosse de nossa família, de veias azuis e espaço espiritual azul e branco, precisamente pelo ritmo do sangue que aflui ao peito.

Assim, entre pessoas que são mesmo nossos familiares sentimentalmente, não por sangue mas pelo coração, estão nossos ídolos portistas de infância e juventude, mais os grandes nomes do historial azul, quais valores humanos que se nos afiguraram e simbolizam seres superiores, os que pela vida adiante representaram o FC Porto e, como tal, jogaram, correram e trabalharam por nós no que sempre queremos pelo nosso Porto.

Tudo isto eleva uma homenagen aos Associados do FC Porto, em que se incluem dirigentes, que naturalmente foram e são sócios do clube, mais aos desportistas que enquanto representantes do clube foram sócios-atletas, e em boa parte muitos se mantiveram mesmo depois, e sobretudo, aos sócios normais contribuintes, uns anónimos e outros mais conhecidos. Entre os quais há muitos que são referências da vida do FC Porto. 

Assim sendo, em homenagem memorial a alguns desses nomes referenciais, queremos fazer memória deles, através de alguns, como que tomando o todo pela parte. Por quanto simbolizam na memória perene do FC Porto. Por meio dum género de périplo pelos locais de seus túmulos, numa viagem virtual por onde estão sepultados. Não como lembrança triste, mas tributo honroso e grato. Em modo de continuarem vivos na memória, como há e enquanto houver quem os lembre. Qual vitória sobre a morte, também. Na ideia de memorial recordatório, quão fazer memória corresponde a uma oração sentida. Numa prece à eternidade, em ação de graças mistificada à comunhão dos tempos em que nos revemos, na união de tudo e todos que são e somos FC Porto.

A ideia de dar atenção aos sítios de referências tumulares onde estão relíquias físicas portistas, tem sentido atendendo à relação existente do FC Porto com o nome resultante do próprio espaço tido por Antas, de ancestrais enterramentos coletivos dentro de monumentos funerários balizados por pedras altas em elevações cobertas com terra, sob grande tampa de laje granítica. Tendo o FC Porto, depois de primeiras corridas atrás duma bola em terrenos centrais da urbe portucalense, pelos sítios do atual Museu Soares dos Reis, depois por ali perto passado para o antigo Campo da Rainha e posteriormente andado mais tempo no histórico Campo da Constituição, foi contudo na zona das Antas que se implantou com mais significativa imponência, no estádio das Antas, e agora ali ao lado no estádio do Dragão, orgulhando o nome da cidade que ostenta. Sendo o morro das Antas um topónimo a remeter a antiquíssimos habitantes da cidade (inclusive evocado num monumento em jardim da zona norte da cidade), enquanto os mortos do Porto têm seus sítios de sepulturas familiares e coletivas em locais próprios.  


Em tal sentido lembramo-nos de fazer uma visita de reconhecimento e recordação pelos sítios onde jaz eternamente Gente do FC Porto. Num roteiro de reconhecimento sentimental aonde estão no descanso eterno salientes vultos do passado glorioso do grandioso FC Porto.

Para o efeito, porque o autor destas linhas reside relativamente distante da urbe portuense e doutras localizações de sepultamento de pessoas gradas do FC Porto, para obter fotografias atuais nos locais próprios, socorremo-nos de um amigo residente na cidade do Porto (o correligionário portista Paulo Jorge Oliveira, conhecido do autor pelos contactos derivados da pessoal atividade pró-FC Porto na blogosfera portista, através da rede facebook de temática dragoniana, como mais acentuadamente a partir que nos encontramos pessoalmente, há alguns anos, no anual encontro do chamado Dia do Clube). Assim como, no caso de locais mais distantes da cidade Invicta, deitamos mão a outros contactos, através de mensagens com familiares e conhecidos de antigos ases portistas, tendo conseguido também outras imagens relacionadas. 

Ora, por esses meios, juntam-se fotografias de sepulturas térreas e capelas fúnebres, campas simples ou jazigos monumentais, onde repousam antigas Estrelas do FC Porto, na soma de fotos amealhadas. A cujas imagens acrescentamos alguns dados descritivos e naturalmente nosso cunho de labor afetivo.

Assim, começa-se pelo Mausoléu do FC Porto, em que repousam “Glórias do FC Porto”


Tem o F C Porto com efeito seu mausoléu, onde, precisamente, repousam Glórias do FC Porto. Como lembrança eterna, existe assim no citadino cemitério de Agramonte, na cidade do Porto, o Mausoléu do Futebol Clube do Porto, inaugurado em 1968, numa feliz iniciativa da presidência de Afonso Pinto de Magalhães. Algo sublime a honrar o sentimento clubista, denotando que os que serviram e valorizaram o F C Porto jamais serão esquecidos. Embora em número reduzido, até agora, já que na maioria dos casos as famílias preferem ter seus defuntos junto a outros familiares, mesmo assim ali repousam alguns valores do passado como exemplos referenciais em qualidade significativa. Aí estão notáveis atletas, treinadores e dirigentes, lado a lado: Acácio Mesquita, atleta de futebol e outras modalidades; Avelino Martins, futebolista “cara de aço”; João Lopes Martins, atleta mais eclético (tendo praticado sete modalidades) do clube; João Augusto Silva, dirigente; Pinga e Pavão, futebolistas carismáticos; Soares dos Reis, grande guarda-redes internacional e dirigente; Joaquim Pereira Lopes (o sr. Lopinhos), massagista; mais José Maria Pedroto, futebolista e treinador Mestre.


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A propósito é de recordar, por imagens, alguns momentos marcantes do ato oficial da inauguração do Mausoléu do Futebol Clube do Porto, em 1968. Através de sequência de fotografias ilustrativas da marcha de atletas do clube em direção ao cemitério, com a tocha olímpica acesa nas Antas e de seguida levada em mãos por atletas de várias modalidades; até à deposição de terra dos campos da história do clube, lançada por relicário das mãos do então futebolista Alberto Festa, que jogara na saga dos Magriços.


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A estátua que engrandece a arquitetura simbólica da sepultura, através de um anjo, simbolizando a vitória sobre a morte, foi da autoria do escultor Charters de Almeida. 

Na preparação da obra, o escultor fez primeiro uma pequena estatueta, para verificação se estava dentro dos desejos da encomenda, cujo original foi depois oferecido pelo escultor ao Presidente do FC Porto, Afonso Pinto de Magalhães. Atualmente essa estatueta, que deu origem à grande do mausoléu do clube, está na posse natural do neto do sr. Pinto de Magalhães, sendo assim algo de estimação do sr. Rodrigo Afonso Pinto Barros, que segue as pisadas do avô como dirigente do FC Porto, desempenhando atualmente a função de Provedor dos Sócios do FC Porto.

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No mesmo cemitério de Agramonte encontram-se também as sepulturas de António Nicolau d'Almeida e José Monteiro da Costa, fundador e refundador do clube respetivamente, mais a do antigo guarda-redes Siska. E ainda a do Presidente dos históricos "6 Anos de Progresso na Vida Gloriosa do FC Porto" e Presidente  Honorário Afonso Pinto de Magalhães (este em jazigo de família, no talhão do Carmo).

= José Monteiro da Costa 

Nesses outros espaços e dentro da mesma linha, a gratidão portista está assinalada nas campas do refundador do clube, em jazigo da família de José Monteiro da Costa, e também no jazigo da família do fundador António Nicolau de Almeida.

= António Nicolau d' Almeida

= De Nicolau de Almeida - com placa de sinalética informativa 


Bem como, na campa de Miguel Siska, lá está uma bola alusiva.

= Miguel Siska

Também em Agramonte, no Talhão do Carmo, encontram-se outras figuras gratas da memória portista:

Repousa nesse espaço Afonso Pinto de Magalhãessepultado em jazigo familiar com o nome da família. No qual jaz o corpo do grande Portista e Presidente Honorário do FC Porto, junto de sua esposa e outros familiares. Estando no interior da capela uma lápide alusiva com fotos do mesmo Pinto Magalhães e sua esposa, D. Carolina (avós do atual diretor-Provedor dos Associados do FC Porto).

= Afonso Pinto de Magalhães

Entre mais outros antigos Portistas, sepultados no Talhão do Carmo do cemitério de Agramonte, está também em jazigo-capela o antigo diretor Eloy Silva, histórico dirigente de grande marca clubista durante largos anos.

= Eloy Silva

E ainda no mesmo talhão de Agramonte, entre figuras de nome portista, encontram-se os irmãos Sarmentos, Ângelo e Albano Sarmento, futebolistas da geração dourada da década dos anos 50 (em sepultura onde está também outro irmão, Carlos Sarmento).


= Irmãos Sarmentos

Também em Agramonte se situa o monumental sepulcro da família Santos Dumont, onde está sepultado Dumont Villares (sobrinho do aeronauta Santos Dumont). Eduardo Dumont Villares, que  foi um dos primeiros futebolistas do FC Porto, integrante da equipa que recebeu pela primeira vez um clube estrangeiro em Portugal, também praticante de atletismo e natação no clube, tendo mais tarde sido Presidente da Assembleia Geral e depois Presidente da Direção do F.C. Porto.

= Dumont Villares


A segunda lápide (a contar da esquerda para a direita) é a do Eduardo Dumont Villares.

Continuando o périplo, segue-se o cemitério de Paranhos, onde há uma outra sepultura do FC Porto. Estando ali o jazigo-campa de Jorge Orth, de sepultura desse treinador falecido quando estava ao comando da equipa principal do FC Porto (em tempo de grande esperança coletiva, estando então a equipa portista em grande momento e perante boas perspetivas de êxito, ao comando do campeonato, em 1962). Jazigo que é propriedade do FC Porto, tendo sido edificado através de subscrição pública de sócios e adeptos do FC Porto. De cujo túmulo se juntam imagens de aspeto original antigo e mais recente.

= Jorge Orth 

Também no cemitério do Prado do Repouso há um jazigo que diz muito ao sentimento portista. Estando ali o monumental túmulo do Tenente Joaquim Vidal Pinheiro, heroico português da I Grande Guerra. Oficial de Escola do Exército e jogador de futebol do FC Porto que seguiu no Corpo Expedicionário Português, como Tenente de Artilharia, e tombou em combate, morto a 9 Abril de 1918 na Batalha de La Lys. Jaz assim no romântico cemitério do Repouso, na Cidade do Porto. A Câmara Municipal do Porto atribuiu-lhe nome de Rua, na Freguesia de Campanhã.

= Joaquim Vidal Pinheiro


Também no cemitério do Prado do Repouso repousa o célebre Presidente Dr. Urgel Horta, que presidia aos destinos do FC Porto aquando da inauguração do estádio das Antas. Encontra-se em campa de família, com respetiva lápide com seu nome mais conhecido, Urgel Horta (sendo de nome completo Urgel Abílio Horta). Ao lado da sua lápide e mais ao centro está uma outra ali colocada em homenagem do FC Porto.

= Dr. Urgel Horta

Ainda no mesmo cemitério do Prado do Repouso encontra-se o jazigo-capela do antigo presidente do FC Porto Nascimento Cordeiro, em jazigo de família no nome do próprio José Maria Nascimento Cordeiro.

= Nascimento Cordeiro

Seguindo essa volta pelos locais onde jazem eternamente grandes Figuras do FC Porto, continua-se pelo Jazigo do Valdemar Mota, no cemitério do Bonfim – em sepultura dupla contendo também restos mortais de seus irmãos e respetivas esposas.

= Valdemar Mota 

Jazigo este do Valdemar Mota, célebre futebolista e primeiro olímpico do FC Porto (junto ao qual o amigo Paulo Jorge posou com uma "separata", como antigamente se chamava às gravuras agora conhecidas por "posters").

No mesmo cemitério do Bonfim, também está o Dr. Sousa Nunes (em sepultura sem foto na lápide dele, Dr. Alfredo Sousa Nunes), médico do clube durante muito tempo e sobretudo celebre por ter sido da época do Campeonato de 1958/59, do caso-Calabote. Na campa da esquerda, tendo à direita a dos seus pais.

= Dr. Sousa Nunes

Em tal caminhada de romagem, também no cemitério da Lapa há um jazigo com alguém especial do FC Porto. Estando nesse cemitério clássico o Hernâni, o senhor General do futebol Hernâni Ferreira da Silva, em jazigo de família.

= Hernâni Silva

Assim ali, na Lapa, junto à igreja onde está guardado o coração que o rei D. Pedro IV doou ao Porto, o cemitério da Irmandade da Lapa, campo santo mais romântico por excelência da cidade do Porto, cuja monumentalidade é patente em capelas funerárias de silhueta artística e peças esculturais, onde se encontram tumulados personagens de renome como os vultos das letras Camilo Castelo Branco e Ramalho Ortigão, mais o famoso musicólogo e compositor sacro Padre Luís Rodrigues, entre tantos, também acolhe o corpo do célebre futebolista Hernâni Silva.

Ainda na cidade do Porto, no cemitério de Ramalde estão sepultados, entre outros, naturalmente, Hassane Ally e o Engenheiro Armando Pimentel. Mais o Dr. Adriano Pinto da AFP. Desses três nomes portistas, com diferença de anos e funções dentro do FC Porto, e não só, juntam-se imagens de suas sepulturas.

Hassane Ally, um dos jogadores ultramarinos do plantel do FC Porto do tempo de Yustrich, jaz em jazigo de família. Com foto correspondente na lápide respetiva, evocando esse que foi um futebolista da geração dos anos cinquentas, que, embora sem ter jogado oficialmente em jogos de campeonato pela equipa principal, fez parte do plantel (aparecendo por vezes referenciado como Hassan-Aly) e alinhou em jogos de reservas.

= Hassane Ally no jazigo de família.

No mesmo cemitério repousa também o Eng.º Armando Pimentel, esse que foi um diretor acompanhante do início das presidências de Pinto da Costa e incluiu ainda também a SAD do FC Porto, cuja gerência interrompeu depois por ter assumido cargo de Vereador da Câmara Municipal do Porto.  

= Jazigo da Família Pimentel

Ainda no mesmo cemitério está a sepultura do Dr. Adriano Pinto, antigo Presidente da Associação de Futebol do Porto. Um bom portista, que exerceu durante muitos anos funções na A.F.P. como representante do Boavista, do Ramaldense e do Lousada, sendo sobretudo conhecido como também adepto do FC Porto, o qual por seu mérito foi entretanto eleito presidente dessa Associação que em seu tempo chegou a ser detentora de maior representatividade de clubes nacionais. Um ilustre cidadão ainda, Adrianio da Silva Pinto, reconhecido oficialmente pela Presidência da República Portuguesa com a Comenda da Ordem de Mérito, daí ser referenciado como Comendador.

= Jazigo de família do Dr. Adriano Pinto

Dentro da família portista, além das jazidas nos campos santos da cidade do Porto, naturalmente espalham-se também pelas diversas regiões do país as sepulturas em que se encontram restos mortais de ilustres personagens da vida do FC Porto.

Entre tantos e tantos exemplos, obviamente, apraz incluir aqui alguns casos de sepulturas de Gente do FC Porto em cemitérios fora da urbe portuense. Nesse âmbito, através de circunstâncias que tornaram possível o conhecimento do facto e especialmente a angariação de imagens relacionadas, através de receção de fotos, a pedido do autor e para este efeito, por meio de familiares ou pessoas amigas.

Assim sendo, merece referência que em Braga, no cemitério de Monte d' Arcos, está sepultado o guarda-redes Armando Silva, o guardião Armando que defendeu as balizas do FC Porto e no Sporting de Braga. Futebolista  que foi galardoado com a Medalha de Comportamento Exemplar da Federação Portuguesa de Futebol por nunca ter tido algum castigo disciplinar desportivo ao longo de sua carreira.


= Armando Silva

Igualmente, indo para o concelho de Gaia, no cemitério de Arcozelo está sepultado em jazigo de família o célebre Presidente da Assembleia Geral do FCP Dr. Sardoeira Pinto. O grande portista Senhor Doutor Fernando Sardoeira Pinto que em tempos foi redator do jornal O Porto, mais tarde dirigente e inclusive como representante do FC Porto esteve na presidência da Associação de Futebol do Porto e por fim desempenhou desde o início da presidência diretiva de Jorge Nuno Pinto da Costa o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto. 

= Dr. F. Sardoeira Pinto

Repousando o mesmo (também autor dos livros “Dragão de Causas” e “Apitos Finais, Dourados… E algo mais!”) ali nesse campo santo vizinho à capela da popularmente conhecida por Santa Maria Adelaide, em cujo espaço museológico de ex-votos se encontra a camisola com que Juary jogou em Viena e marcou o golo da vitória na Taça dos Campeões Europeus de 1987.

Também no mesmo cemitério de Arcozelo está sepultado em jazigo de família o célebre futebolista Monteiro da Costa, dos mais célebres craques da geração dourada da década de cinquenta. António Henrique Monteiro da Costa, celebrizado no FC Porto e na seleção nacional como avançado e médio de ataque, tendo feito parte das equipas do FC Porto campeão nacional de 1956 e 1959, junto com Hernâni, Virgílio, Arcanjo, Teixeira, Carlos Duarte, Pedroto, etc. Mais tarde Monteiro da Costa enveredou pela carreira de treinador, com sucesso nalgumas equipas, chegando mesmo a treinador principal do FC Porto algum tempo. Nascido a 20 de agosto de 1928, faleceu em 2 de outubro de 1984. E nesse campo santo jaz junto com a esposa e outros familiares em capela-jazigo de linhas modernas.


Ainda nos arredores do Porto, no cemitério da Maia, jaz António Teixeira, que foi futebolista conhecido da geração dourada dos anos cinquenta do FC Porto e mais tarde treinador, também.

= António Teixeira 

Ainda pela região dos arredores do Porto, encontra-se no Cemitério de Sendim em Matosinhos,  o guarda-redes Zé Beto, inesquecível pela sua postura elegante diante da baliza, esse que foi um dos finalistas da Taça das Taças de 1984 e um dos campeões europeus de 1986/87. Encontrando-se em jazigo familiar, no qual se ergue um busto que lhe é dedicado, além de lápides com sua foto e legenda identificativa.

= Zé Beto

Também  ainda na periferia do Grande Porto, mais para Norte, repousa na Póvoa de Varzim o campeão dos anos trinta João Nova, sepultado no Cemitério Municipal n° 1 da cidade poveira. O seu jazigo fica junto à correspondente entrada lateral esquerda, guardando restos mortais desse que foi colega de Pinga, Soares dos Reis e outros dos eleitos das simpatias portistas nos tempos da inicial Liga e inícios do Campeonato Nacional de futebol. Popularmente conhecido por Nova, e de nome completo João Vicente da Nova, foi também um dos primeiros futebolistas internacionais do FC Porto

= João Nova 

Ainda na região do Grande Porto, ou seja dentro da Área Metropolitana do Porto, embora já no distrito de Aveiro, repousa em Vale de Cambra um dos símbolos portistas representados com um busto também nas instalações do estádio do Dragão – Rui Filipe. Ali, em plena região Norte e sub-região de Entre Douro e Vouga, da antiga Beira Litoral, está assim esse memorando futebolista valecambrense e portista, onde jaz no cemitério de Vila Chã, de Vale de Cambra. Rui Filipe, futebolista que faleceu muito jovem, mas que já muito estava na história do FC Porto. O qual ali tem seu corpo, em jazigo-capela de família. De cujo espaço são as imagens que se juntam aqui, em diversos ângulos e pormenores do respetivo interior da Capela onde está o Rui Filipe.

= Rui Filipe

Ainda no mesmo cemitério de Vila Chã, de Vale de Cambra, está António Baptista (António Baptsta da Costa, nascido a 1 de janeiro de 1913 e falecido a 28 de maio de 1949), histórico futebolista do tempo de Pinga, Soares dos Reis; António Santos, Gomes da Costa, Costuras, Carlos Pereira, Vianinha, Sacadura, Ângelo Silva, etc.

 = António Baptista 

Ainda nas cercanias da área portuense, mais para baixo do mapa nacional, no concelho de Santa Maria da Feira, no cemitério de São João de Ver, estão sepultados os antigos ciclistas Joaquim Sousa Santos (pai) e Mário Sá. Nomes que durante bons anos andaram entre os que levaram em grande estilo as camisolas azuis e brancas pelas estradas, como grandes ciclistas que fizeram sobressair o equipamento das duas listas azuis aos olhos de multidões vibrantes com as vitórias sobre rodas.

= Sousa Santos

= Mário Sá

Ainda pela zona da Beira Litoral, repousa no Cemitério Sul de Aveiro o valoroso e multifacetado atleta Fernando Perdigão, campeão nacional no FC Porto quer em futebol como atletismo. Tendo ajudado em 1952 à conquista do Campeonato Nacional de Atletismo, raridade que conseguiu intercalar um título nortenho na costumeira série de Lisboa nessa modalidade de corridas, saltos e outras especialidades. Culminando depois com dois títulos nacionais em futebol, através de dois Campeonatos Nacionais ganhos, em 1956 e 1959, este onde foi um dos heróis que suplantaram a batota dessa vez reconhecida no caso-Calabote, assim como integrou as equipas vencedoras de duas Taças de Portugal, em 1956 e 1958.

= Fernando Perdigão

A talhe do local da sepultura de Perdigão, valoroso extremo que fez parte da geração dourada da década dos anos cinquentas (com Hernâni, Virgílio, Monteiro da Costa, Pedroto, Carlos Duarte, Arcanjo, Acúrcio, etc, etc.) e ainda alinhou na transição inicial da década de sessenta (junto com Américo, Azumir, Pinto, Jaime e outros), encima o portal do mesmo campo santo, da terra dos doces ovos moles, um frontão com legenda lapidar: “ MORS ULTIMA RATIO”, em latim, significando “Morte, razão final”. Sendo na verdade a morte um derradeiro argumento, poderoso fim da vida e princípio da eternidade.


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Mas nem só em Portugal repousam restos de Gente que passou pelo FC Porto. Como por exemplo acontece na Rússia, onde está o túmulo do antigo futebolista Kulkov, em Moscovo (caso de que houve entretanto conhecimento por imagem do adepto Portista Ivan Likhmanov, um fervoroso simpatizante do FC Porto na Rússia).


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Posto isto, sem alongar demasiado a lista, nesta espécie de caminhada mental em afetiva visita à memória de Gente do FC Porto, paramos por aqui, segundo o que foi possível rememorar por este meio, numa homenagem ao descanso justo de quem faz parte do imaginário portista.

Está assim feito um pequeno roteiro pelas edificações sepulcrais onde estão restos mortais de algumas pessoas importantes da História do FC Porto, de modo a dar a conhecer alguns dos locais onde jazem eternamente nomes tão queridos do ambiente portista. Sítios de construção referenciais, merecendo preservação não só espiritual mas também material. Relembrando por este meio sua mística histórica, sendo que são nomes eternizados por terem sido do clube dragão, numa prova da eternidade memorial do FC Porto.


Por entre tudo isto, como representa a escultura que engrandece a memória eterna portista no Mausoléu do FC Porto, última morada de repouso de Glórias do FC Porto, na Rua da Meditação da cidade do Porto: Ó morte, onde está a tua glória? – Havendo pessoas assim, como Gente do FC Porto, cujas almas da lei da morte se libertaram pelo que foram em vida e são lembrados ainda agora e sempre.

ARMANDO PINTO
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