Em 28 de Junho de 1968, dias depois da festividade citadina do São João e dentro da então comemoração do "Porto-68 / XI Centenário da (Re)conquista", a revista lisboeta “Flama” dedicava
o seu 2.º número especial das (suas) "Bodas de Prata" à
Cidade Invicta, sob lema "Porto: Cidade aberta ao futuro". Na calha da então comemoração dos “Mil e Cem anos” da cidade, conforme era também
desenvolvido num dos artigos sobre esses séculos repletos de história. Com destaque fotográfico na capa para a equipa portista que dias antes conquistara a Taça de Portugal.
Nesse número especial da então afamada revista se propunha
"analisar os seus projectos de remodelação urbanística." Sendo um
documento excecional, mesmo, demonstrativo de como a Imprensa constitui fonte
de informação preciosa sobre cada época. No caso, com «indicadores relativos às
realizações em curso na década de 60 e às expectativas sobre o progresso que
provocariam no burgo». Ora, vendo aquilo ali expresso nessas páginas já com
meio século, pode considerar-se uma auscultação do pensamento sobre a cidade, sendo
assim o documento um tesouro de apreço memorando.
= Revista “Flama", nº 1060, de 28 de Junho de 1968. Na
capa a equipa do Futebol Clube do Porto que conquistou a da Taça de Portugal
1967/1968. =
Por quanto está impresso em letras de forma nessa revista,
em voga naquele tempo, fica-se com ideia de projetos e idealizações, em retrato
vivo da vida da urbe portucalense nessa época e de como era antevisto o futuro.
Conforme revelavam os diversos artigos cronistas, desde “Porto-68: cidade cheia
de projectos", “Mil e cem anos da Reconquista Cristã de Portucale: Vímara
Peres - Figura cheia de sombras”, “Avenida da Ponte: o mais velho problema
urbanístico do Porto”, até “F. C. Porto: Balões Azuis nas Festas da Cidade”,
mais ainda “Viagem pelos séculos em demanda do orgulho portuense”, “Vímara
Peres voltou à Sé”, “Marchas Sanjoaninas – 68: Dançando à chuva”, “Vinho do
Porto designação geográfica de origem”, junto com temas de atualidade e de
variedades, sem faltar uma página de Pedro Homem de Melo sobre “O Vira a nossa
dança mais representativa”. E virou!
Pois então, lá estava e ficou o FC Porto como algo especial
na representatividade da cidade do Porto. Havendo ali dentro tres páginas sobre o clube, através de longa entrevista ao Presidente Afonso Pinto de Magalhães, em enquadramento histórico e panorâmica informativa de atualização, relativamente a essa era.
Disso se deixa aqui também algo de ilustração, com imagens
fotografadas das páginas, das quais apenas se apresenta uma digitalizada para
facilitar a leitura, de modo a não se estragar tão interessante e importante documento.
Armando Pinto
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