Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

FC Porto entre tópicos elementares da cidade do Porto na revista Flama em 1968


Em 28 de Junho de 1968, dias depois da festividade citadina do São João e dentro da então comemoração do "Porto-68 / XI Centenário da (Re)conquista", a revista lisboeta “Flama” dedicava o seu 2.º número especial das (suas) "Bodas de Prata" à Cidade Invicta, sob lema "Porto: Cidade aberta ao futuro". Na calha da então comemoração dos “Mil e Cem anos” da cidade, conforme era também desenvolvido num dos artigos sobre esses séculos repletos de história. Com destaque fotográfico na capa para a equipa portista que dias antes conquistara a Taça de Portugal.

Nesse número especial da então afamada revista se propunha "analisar os seus projectos de remodelação urbanística." Sendo um documento excecional, mesmo, demonstrativo de como a Imprensa constitui fonte de informação preciosa sobre cada época. No caso, com «indicadores relativos às realizações em curso na década de 60 e às expectativas sobre o progresso que provocariam no burgo». Ora, vendo aquilo ali expresso nessas páginas já com meio século, pode considerar-se uma auscultação do pensamento sobre a cidade, sendo assim o documento um tesouro de apreço memorando.


= Revista “Flama", nº 1060, de 28 de Junho de 1968. Na capa a equipa do Futebol Clube do Porto que conquistou a da Taça de Portugal 1967/1968. =

Por quanto está impresso em letras de forma nessa revista, em voga naquele tempo, fica-se com ideia de projetos e idealizações, em retrato vivo da vida da urbe portucalense nessa época e de como era antevisto o futuro. Conforme revelavam os diversos artigos cronistas, desde “Porto-68: cidade cheia de projectos", “Mil e cem anos da Reconquista Cristã de Portucale: Vímara Peres - Figura cheia de sombras”, “Avenida da Ponte: o mais velho problema urbanístico do Porto”, até “F. C. Porto: Balões Azuis nas Festas da Cidade”, mais ainda “Viagem pelos séculos em demanda do orgulho portuense”, “Vímara Peres voltou à Sé”, “Marchas Sanjoaninas – 68: Dançando à chuva”, “Vinho do Porto designação geográfica de origem”, junto com temas de atualidade e de variedades, sem faltar uma página de Pedro Homem de Melo sobre “O Vira a nossa dança mais representativa”. E virou!


Pois então, lá estava e ficou o FC Porto como algo especial na representatividade da cidade do Porto. Havendo ali dentro tres páginas sobre o clube, através de longa entrevista ao Presidente Afonso Pinto de Magalhães, em enquadramento histórico e panorâmica informativa de atualização, relativamente a essa era. 

Disso se deixa aqui também algo de ilustração, com imagens fotografadas das páginas, das quais apenas se apresenta uma digitalizada para facilitar a leitura, de modo a não se estragar tão interessante e importante documento.


Armando Pinto
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