Ficaram infelizmente famosos ao longo dos tempos muitíssimos casos de arbitragens tendenciosas e desonestas contra o FC Porto. De cujo cadastro, para apenas referir algo dos que mais lembram de passagem pela memória, foram predominantes as desonestas atuações em campo de árbitros como Inocêncio Calabote (com muitos exemplos, até bater o máximo com a descarada arbitragem do último jogo do campeonato de 1958/59); mais Reinaldo Silva (do penalti dado ao Benfica e que tirou o FC Porto da luta pelo título em 1963); o João Calado que expulsou o Américo no Sporting-Porto de 1966 porque com ele na baliza o Sporting não conseguia marcar golos, como precisava (na luta que estava pelo título de campeão e depois, como não havia substituições ainda, com um defesa na baliza, o Sporting conseguiu por fim marcar e por quatro vezes); e, entre tantos e tantos outros exemplos; mais Porfírio Silva (que em janeiro de 1968, na 1ª volta do campeonato de 1967/68, inventou um penalti contra o Porto e depois invalidou um golo do Porto, também, no jogo da Luz terminado num enganador 3-2 a favor do clube do regime)...
... mais ainda Marcos Lobato que no jogo da 2ª volta, também de 1967/68, roubou um penalti que poderia dar a vitória ao FC Porto diante do Benfica, nas Antas, com influência na pontuação classificativa evidentemente (aqui relembrado por estes dias ainda, neste blogue); até também um tal Ismael Baltazar, que roubou descaradamente um golo ao FC Porto em 1969, no Varzim-Porto de 1968/69… Tema desta vez a evocar, na junção do antes ao agora.
Pois, sobre isso, e para ir mais direto ao assunto e não
dispersar atenções, basta ver e reler o que ao tempo foi publicado no jornal O
Porto – em tempo de censura oficial do regime governamental, pelo que assim as
coisas tinham de ser escritas em estilo ameno, mas mesmo assim deu e dá para
entender.
Posto isto, enquadrado o tema que o FC Porto é clube que por
norma o sistema do regime prejudica quando está a fazer frente mais forte aos adversários
diretos de Lisboa… relembra-se a infeliz sequência de arbitragens que têm
acontecido no futebol português em jogos do FC Porto, com pontos marcantes no
célebre jogo em Campo Maior dos muitos penaltis roubados num só jogo por Bruno
Paixão, mailo encontrão de Godinho a Danilo e que o árbitro culpado resolveu
com expulsão ao Comendador do FC Porto («momento insólito no encontro entre o
Moreirense e o FC Porto. Aos 79 minutos, o árbitro recuou e, sem ver, chocou
contra Danilo. A seguir, o juiz Luís Godinho mostrou o segundo cartão amarelo
ao internacional português…» caso que foi anedótico pelo mundo e ainda é um dos
filmes cómicos do futebol), até culminar agora no Boavista-Porto do passado
último sábado de outubro, com o que fez Tiago Martins em campo e os artistas do
VAR na supervisão… como se constata para sempre com o que fica expresso na
coluna publicada no jornal O Jogo, em sua edição de 1 de novembro, a perpetuar
toda a história, mais uma triste história.
Armando Pinto
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Palhaço o árbitro e tristes os adeptos que não querem que se saiba da existência destas roubalheiras pró regime.
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