Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Jantar de convívio e comemoração dos antigos hoquistas campeões do FC Porto

Em versão 2023 do anual convívio comemorativo, realizou-se na noite do dia 30 de novembro o já tradicional “Jantar dos Campeões do Hóquei em Patins do FC Porto”, na "stikada" da data comemorativa da vitória no Metropolitano de 1969! Com a presença aqui deste adepto e amigo de sempre… desta vez, também.

Passadas essas boas horas, bem passadas, já se levantou a mesa, saímos todos da sala e demos nossos cumprimentos e abraços até uma próxima oportunidade, mas permanece a boa sensação de ter valido a pena, tal a reunião havida de gente que se conhece pelo denominador comum do F C Porto, do hóquei azul-branco e pelos valores portistas.

Numa boa! Como se diz agora, em linguagem de estilo jovem – porque entre homens maduros presentes, havia muita juventude de espírito e memória viva. Tal como foi vivida a ocasião, à mesa e entre amigos e conhecidos. Numa bela maneira de comemorar a boa memória da conquista do “Metropolitano de 69”, ganho por uns dentro das tabelas do rinque (recinto de jogo a que hoje também chamam pista) e outros por fora a acompanhar e vibrar… Quão no presente é lembrado e serviu de mote ao bom convívio no final de noite do último dia de novembro. Precisamente na data respetiva, à passagem de mais uma efeméride correspondente.

Pudemos assim estar juntos e passar uns bons momentos, através dessa feliz oportunidade, em mais uma boa iniciativa dos Hoquistas Campeões do FC Porto de 1969. Tendo desta vez eu podido corresponder ao amável convite.

Ora, para além de mim (aqui do autor destas linhas), mais de meu filho, estiveram presentes os amigos Campeões Alexandre Magalhães, Cristiano Pereira, Joaquim Leite, João Brito, António Júlio, José Castro, José Fernandes, Valentim, Joel Pinto e seu filho, Paulo Carvalho, Júlio Sobral e Rui Caetano. Apenas não tendo podido estar presentes Hernâni Martins e Orlando (entre os que estavam inscritos), mais Fernando Barbot, por motivo de saúde.

- Foi um prazer, como convidado, conviver com esses amigos craques de minha admiração!

Armando Pinto

((( Clicar sobre as imagens )))

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Efeméride da conquista do Campeonato Metropolitano de Hóquei em Patins em 1969


A 30 de novembro der 1969 o FC Porto conquistou o Campeonato Metropolitano de Hóquei em Patins, o primeiro título de nível nacional obtido pelo hóquei patinado portista. Feito alcançado na noite desse domingo, último dia de novembro, em plena véspera do feriado da comemoração da Restauração da Independência de Portugal. Conseguida a vitória total ao cabo dos jogos finais realizados na área de Lisboa, como ao tempo se jogava a Fase Final da prova em jornada dupla entre os finalistas do Norte e Sul (depois de à quarta-feira ser entre os dois apurados do Norte, no Norte, e no Sul entre os do sul; seguindo-se nos sábado e domingo os do Norte com os do Sul, respetivamente, primeiro num lado e depois no fim de semana seguinte no outro).  

Então, nesse 30 de novembro de 1969, na última jornada do campeonato, o FC Porto conquistava o cetro de Campeão Metropolitano, título que assim finalmente veio para o FC Porto em 1969  o primeiro título de grande monta, do hóquei em patins portista. Sendo que o Campeonato Metropolitano era nesse tempo o Campeonato Nacional da Metrópole, havendo depois uma fase final do Campeonato Nacional com os representantes das províncias ultramarinas, como eram Angola e Moçambique, onde o hóquei patinado estava evoluído.


Para a chegada à fase decisiva do Metropolitano, houve antes a fase de apuramento, em cujo percurso o FC Porto, além do grupo base constituído por João Brito, José Castro, Alexandre Magalhães, Joaquim Leite, Hernâni Martins, Cristiano Pereira e José Ricardo, utilizou outros valores como António Júlio, Rui Caetano, Joel Pinto, Luís Caetano, Segadães, Sobral, Graça e Orlando.


Chegada por fim a fase final, a disputa dos jogos desenrolou-se inicialmente com jogo inicial entre as duas equipas apuradas de cada zona (no Norte FC Porto e Carvalhos, no sul a CUF e o Paço de Arcos), para depois num fim de semana se ter disputado jornada dupla no Norte entre os do Norte e do Sul, e seguidamente ao contrário, vice-versa na semana seguinte, até acontecer o final em Lisboa (na véspera do feriado do 1º de Dezembro) com os nortenhos a jogarem no reduto dos sulistas da área de Lisboa.

E a 30 de novembro, desse ano de 1969, disputou-se o último e decisivo jogo, ao fim do qual, após emotivos contornos, o FC Porto venceu e convenceu, tornando-se Campeão Metropolitano.


Eis os resultados, em números e nomes, da parte do FC Porto, na caminhada de campeão:

Com Carvalhos – 2-2 e 5-1 (empate e vitória)
Cuf – 2- 0 e 1-5 (vitória e derrota)
Paço D’Arcos – 2-1 e 2-1 (duas vitórias)

Marcadores dos Golos:
Cristiano – 9
Ricardo – 4
(e 1 do Paço d’Arcos na própria baliza, no jogo final; em que também o golo do Paço de Arcos foi em autogolo da parte do FC Porto)

Jogadores utilizados na fase final:
Brito, Magalhães, Hernâni, Cristiano, Ricardo, Leite, Castro e Júlio.

Classificação:
1º - F C Porto
2º - CUF
3º Carvalhos
4º Paço de Arcos


E o FC Porto conseguiu então ser assim Campeão Metropolitano, obtendo pela primeira vez um título de âmbito nacional.


Dessa grande epopeia pode reter-se algo mais através do que ficou registado, nesse tempo, pelo punho do autor destas linhas, ao tempo ainda jovem adepto entusiasta do hóquei azul e branco, por entre o que sentia no portismo que corria nas veias e saía pelos poros da pele. Embora, no caso dos registos anotados, naturalmente ressalvando as condicionantes da época e a erosão do tempo. Por meio de cujas páginas, então retiradas dos cadernos escolares e metidas em pasta de argolas, se avivam sensações e quase que ainda se consegue conviver com protagonistas (então conhecidos apenas de nomes e fisionomias pelas imagens dos jornais e acompanhamento pelos relatos radiofónicos, pois só mais tarde houve conhecimentos pessoais) mais acontecimentos vividos intensamente, numa linha cronológica que acompanha a alegria sentida, também.


Campeões: Laurentino Soares (treinador) e os jogadores Brito, Castro, Alexandre Magalhães, Leite, Hernâni, Cristiano, Ricardo, Júlio, Rui Caetano, Joel, Luís Caetano, Segadães, Sobral, Graça e Orlando.

Foram depois, então, todos os Campeões alvo de louvor oficial da Associação de Patinagem do Porto.

Nota Bene: - Para comemorar a recordação desse feliz acontecimento de novembro de 1969, tem havido todos os anos, desde o cinquentenário,  um jantar entre os hoquistas Campeões Metropolitanos, no próprio dia em que em 1969 se sagraram campeões. Evento concretizado para assinalar o caso e anualmente realizado por iniciativa dos mesmos, contando com jogadores que tiveram ação direta e indireta na caminhada para o título então alcançado.

Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Efeméride da entrega da “Ordem do Infante Dom Henrique” a José Maria Pedroto pelo Presidente da República Gen. Ramalho Eanes, em 1984

No dia 29 de novembro de 1984 José Maria Pedroto, já bastante debilitado devido à doença prolongada de que padecia, recebeu em sua casa a visita do então Presidente da República, General Ramalho Eanes, que lhe entregou a medalha da Ordem do Infante com que o agraciara.

A Ordem do Infante D. Henrique destina-se a distinguir quem houver prestado serviços relevantes a Portugal, no País e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores. A pessoas e instituições cujos feitos, de natureza extraordinária e especial relevância para Portugal, os tornem merecedores dessa distinção. Como no caso de Pedroto, o Mestre Pedroto quão justamente é conhecido, sendo considerado mestre do futebol português, entretanto Campeão Nacional e vencedor da Taça de Portugal, por diversas vezes, mais treinador da Seleção Nacional Júnior vencedora do Torneio da UEFA de 1961 e treinador da Seleção Nacional A, em diversas fases, também.

Essa distinção, com o grau de Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique, havia sido atribuída ao histórico treinador de futebol José Pedroto antes, conferida que foi a 11 de junho desse mesmo ano de 1984. Como Pedroto e sua família estavam em Londres, nessa data, para os tratamentos de sua doença, e devido ao seu estado de saúde não chegou a poder deslocar-se a Lisboa, deslocou-se o Presidente Eanes ao Porto e foi entregá-la pessoalmente, nesse dia 29 de novembro, na própria residência de Pedroto.

Anteriormente, em janeiro, desse ano de 1984, Pedroto havia sido internado em Londres devido à grave doença oncológica que o atingiu, mas continuou a aconselhar António Morais, seu treinador-adjunto, que o substituiu no comando da equipa do FC Porto. 

«José Maria Carvalho Pedroto acabou por falecer na manhã do dia 7 de Janeiro do ano de 1985, com 56 anos de idade, sucumbido à doença que o corroía imparavelmente.»

= Notícia do jornal “O Comércio do Porto” de 9 de janeiro de 1985.

Depois da Comenda de 1984, em apreço, atribuída e recebida ainda em vida, José Maria de Carvalho Pedroto foi depois reconhecido pelo Governo com a Medalha de Mérito Desportivo (que, devido à doença e morte, teve entrega à viúva, no dia do funeral, conforme notícia de que se regista da respigo da imprensa). E posteriormente a título póstumo, em 9 de Junho de 1995, pelo então Presidente Mário Soares, Pedroto foi honrado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito.

Nota conclusiva: Passados já todos estes anos, desde o desaparecimento físico de Pedroto, o treinador que ao fim de 19 anos conseguiu acabar com a infelicidade e fatalidade de longo tempo e voltou a colocar o FC Porto como Campeão Nacional de futebol, está por fazer no FC Porto ainda uma devida homenagem grandiosa ao histórico “Zé do Boné” Portista. Sendo ele e o “Bibota” Fernando Gomes bem merecedores de algo monumental à vista de todos – como por exemplo, ambos do mesmo tempo como foram e são, ficava mesmo bem uma estátua dos dois em frente ao nosso estádio do Dragão (à imagem do que se vê em bons exemplos diante dos estádios de outros clubes e nomeadamente no país onde se diz que começou o futebol). 

Honra ao Mérito !

Armando Pinto

((( Clicar sobre as imagens )))

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Recordando... Jogo Barcelona - FC Porto (0-1) da Taça UEFA 1972/73 - abrilhantado com 1 golo de Abel

  

O FC Porto joga esta terça-feira de finais de novembro, dia 28, uma importante jornada da atual Liga dos Campeões Europeus, em Barcelona diante do grande clube catalão dessa metrópole espanhola. Vindo por conseguinte a propósito evocar uma jornada também vivida pelo FC Porto em Barcelona no ano de 1972, em que triunfou categoricamente. 

Um belo resultado, então concretizado através de um golo de Abel (avançado histórico, aqui recordado com uma imagem autografada pelo mesmo, colocada ao cimo, de arquivo do autor deste blogue).

= Imagem elucidativa do jogo Barcelona-Porto de 1972, em Camp Nou: O possante defesa central portista Valdemar, em disputa aguerrida com o jogador adversário Gallego, também pressionado por Abel, com Flávio e Pavão na expetativa para o que desse e viesse.. 

Então, em 1972, aí a contar para a Taça UEFA da época de 1972/73, a 27 de setembro, a equipa de futebol principal do FC Porto venceu de modo algo surpreendente em Barcelona, e pela importância reconhecida houve prémio pela vitória, de 12 contos para cada jogador. Coisa que foi até comentada pelos mesmos, porque, pese o natural aumento do custo de vida com o passar do tempo, poucos anos antes pela vitória na final da Taça de Portugal de 1968 o prémio havia sido de dez contos. Sabendo-se que nesse tempo eram raros ainda os prémios de jogo, pois até a ligação dos jogadores aos clubes era duradoura, vigorando a lei da opção, tradicional ao tempo (sendo dos clubes a chamada "carta").


=  Imagem do plantel do FC Porto da época de 1972/73 - contendo ao lado alguns autógrafos de diversos elementos da equipa desse tempo e outros não incluídos nessa pose de conjunto.)

Nesse jogo da 2ª mão da eliminatória o FC Porto confirmou a passagem à eliminatória seguinte, com nova vitória, também surpreendente, depois do triunfo alcançado na 1ª mão, nas Antas, por 3-1. O que em certa medida explicou alguma tranquilidade com que a equipa portista atuou no estádio Camp Nou. Quando os espanhóis da Catalunha pensavam poder dar a volta à vontade na eliminatória. Mas quando se aperceberam melhor já o FC Porto estava bem por cima, com um golo do avançado Abel a dar ainda maior conforto.

Lembro-me bem de como esse golo de Abel Miglietti foi efusivamente vitoriado cá longe, ouvido entusiasticamente pelas ondas hertzianas da emissora de radio Norte Reunidos, quão entusiasmou cá o então ainda jovem portista que agora recorda isto. Acrescido de ouvir com agrado pelo Aníbal Barroso a relatar que o guarda-redes Armando estava a fazer uma exibição portentosa, segurando o resultado praticamente. Enquanto a dupla de Abel e Flávio, e depois o Lemos, brilhavam sob os holofotes do grandioso estádio barcelonista.

Agora, nesta evocação que vem a calhar, recordo o que há anos foi publicado, mais precisamente em 2011, no antigo blogue "Paixão pelo Porto", em que colaborei até ao seu encerramento.


«Curiosidades FCP» - Barcelona - FC Porto, Taça UEFA 1972/73

Em semana de confronto europeu frente a uma equipa espanhola, aproveitamos para recordar uma histórica vitória do FC Porto em pleno ‘Camp Nou’, em jogo da 2ª mão da 1ª eliminatória da Taça UEFA 1972/73.
Já aqui havíamos feito referência à 1ª mão dessa eliminatória (‘post’ de 5 de Dezembro de 2009), que terminou com uma espectacular vitória do FC Porto, sobre o Barcelona, por 3-1 (golos de Barrios, aos 33’, Flávio, aos 48’, e Abel, aos 51’ e 66’).
Hoje, e novamente com a ajuda da imprensa desportiva espanhola (‘El Mundo Deportivo’), recordamos as incidências do jogo da 2ª mão e alguns títulos que os jornalistas presentes em ‘Camp Nou’ escolheram para ilustrar as crónicas que realizaram sobre o jogo.

O FC Porto (de Fernando Riera) deslocou-se à Catalunha, para defrontar o ‘Barça’ (de Rinus Michels), a 27 de Setembro de 1972. Tal como já tinha acontecido no jogo da 1ª mão, a dupla Flávio-Abel (‘los morenos’, como lhes chamou a imprensa espanhola) voltou a fazer a diferença a favor do FC Porto. Aliás, a cumplicidade entre os dois avançados do FC Porto foi mesmo decisiva para eliminarmos o Barcelona na primeira vez que os dois clubes se encontraram em provas da UEFA.
Após a estrondosa vitória (3-1), no jogo da 1ª mão, o FC Porto foi a Barcelona vencer novamente o ‘Barça’, desta vez por 0-1 (golo de Abel, aos 19’).
Deixamos aqui os «onzes» do jogo da 2ª mão (destaque no «onze» do Barcelona para as presenças de Miguel Reina, pai do actual guarda-redes do Liverpool Pepe Reina, e de Carlos Rexach, ex-treinador adjunto do ‘Barça’):
Camp Nou, 27 de Setembro de 1972
Árbitro: Concetto Lo Bello (Ita)
Barcelona: Miguel Reina, Joaquin Rifé, Gallego, De la Cruz, Torres (Juanito, aos 46’), Zabalza, Carlos Rexach, Marti Filosía, Barrios, Asensi e Alfonseda;
Treinador: Rinus Michels
FC Porto: Rui (Armando, aos 23’), Gualter, Valdemar, Rolando, Guedes, Pavão, Celso, Oliveira, Flávio (Lemos, aos 80’), Abel e Malagueta;
Treinador: Fernando Riera;
Golos: Abel, aos 19 minutos.

Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens )))

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Recordando: Quando o Hóquei em Patins do FC Porto esteve suspenso em 1963 (por demissão de 2 seccionistas)… e retomou a atividade em 1964.

 

Como ao longo dos tempos foi acontecendo noutras modalidades desportivas, antigamente ditas amadoras, o hóquei em patins dentro do F C Porto passou por fases diversas, desde o começo titubeante, em 1944, à instalação mais definitiva, em 1955, tendo ainda de permeio períodos de menor fulgor e inclusive um tempo de inatividade. Como aconteceu em 1963, quando esteve suspenso algum tempo, por demissões surgidas, até que teve recomeço no final do mesmo ano, para voltar a ter atividade no início do ano seguinte, em 1964.

Em 1962 havia assumido o comando da Secção um grupo de dirigentes em que se incluía o atual presidente Jorge Nuno Pinto da Costa. Como ele mesmo conta no seu livro “LARGOS DIAS TÊM 100 ANOS”, embora sem pormenorizar.

Pormenorizando mais e melhor: 

De tal período, da fase inicial do mandato diretivo da referida gestão, constam os nomes dos três principais responsáveis da Secção de Hóquei em Patins no “Relatório e Contas de 1962”, do FC Porto.

Desse grupo de diretores dois seccionistas, o secretário e vogal,  demitiram-se ainda em 1963. Até que no final desse mesmo ano houve recomeço da atividade com a nomeação interinamente de novo Chefe da Secção – como foi noticiado no jornal O Porto, em sua edição de 4 de dezembro de 1963, informando esse recomeço, «graças à dedicação de Rodrigues Pinto, agora nomeado chefe de secção interino, em virtude dos seccionistas Carlos Pinto e Jorge Nuno terem pedido a demissão dos seus cargos».

Após isso a secção teve então reformulação, com os dirigentes que se mantiveram, como dá conta o “Relatório e Contas 1964” do Exercício desse ano no FC Porto.

(Desse infeliz acidente que vitimou o hoquista Armando Morais e o obrigou a ter de abandonar a prática desportiva, ficou também no jornal O Porto, ao longo dos meses desse ano, narrado o caso, incluindo uma homenagem de despedida que lhe foi prestada. De cuja sucessão de factos se dará conta em próxima crónica, a ser recordada neste espaço de memorização clubista.)

Após tal período de interinidade, voltaria depois a normalidade com o retorno de alguns regressados e fixação de outros, perante a posse dada aos então novos seccionistas, em fevereiro seguinte. Como narra o jornal O Porto em seu número do dia 19 desse segundo mês do ano.   

Depois, em 1965, com nova remodelação, Jorge Nuno Pinto da Costa passou para o Hóquei em Campo e a partir de 1969 ficou como Diretor das Modalidades Amadoras (mais precisamente "Director das Actividades Desportivas Amadoras"), englobando o Hóquei em Patins, então. 

A história é assim, há sempre algo a contar… como foi, mesmo.

Armando Pinto

((( Clicar sobre as imagens )))

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Lembrança comemorativa de “Parabéns” a Joaquim Leite – histórico hoquista ”Lenda do FC Porto”!

Entre as “Lendas do FC Porto”, com direito a constarem no “Passeio da Fama” da entrada do pavilhão de desportos Dragão Arena, conta-se o nome de Joaquim Leite, antigo hoquista de ampla expressão como jogador de hóquei em campo e hóquei em patins do FC Porto. O popular “Leites”, como era também conhecido, do hóquei portista. Joaquim Leite que foi Campeão Nacional pelo FC Porto no Hóquei em Campo e Campeão Metropolitano e Vice-Campeão Nacional no Hóquei em Patins. Tal como no hóquei em campo jogou pela Seleção Nacional e pelo de patins fez parte da Seleção Portuense, representativa Seleção da Associação de Patinagem do Porto. Um senhor da História do FC Porto que nesta data completa mais um aniversário natalício e também por isso está de parabéns.

Joaquim Brites Leite, natural do concelho de Guimarães, nasceu na freguesia da Polvoreira num 21 de novembro de há uns bons anos, perfazendo interessante conta que o faz ter idade que por pouco passa já a fasquia dos oitentas. Tendo entretanto assentado vida e arraiais desportivos na cidade do Porto, onde, depois de ter representado o clube Educação Física, rumou ao FC Porto para se tornar Lenda do Dragão. Havendo de camisola azul e branca colada ao corpo sido Campeão Nacional de Hóquei em Campo em 1964 e Campeão Metropolitano de hóquei em Patins na época de 1969. Tendo pelo meio sido reconhecido com a outorga do Trofeu Pinga, o então máximo galardão portista (antecessor do atual Dragão de Ouro) que lhe foi atribuído em 1968 como representante do Hóquei em Patins.

Joaquim Leite foi e é mais conhecido como jogador de Hóquei em Patins, embora anteriormente tenha sido internacional enquanto jogador do Hóquei em Campo. Depois enveredou pelo Hóquei em Patins, modalidade em que também merecia ter sido internacional, mas não chegou a jogar pela respetiva Seleção Nacional do hóquei patinado por ter sido do tempo em que os hoquistas do Sul eram preferidos e do Norte apenas iam um ou dois de vez em quando, para não parecer mal… De modo que bons valores como Alexandre Magalhães, Joaquim Leite, Hernâni, José Ricardo, Carlos Chalupa, etc, não chegaram a envergar a camisola das quinas como hoquistas, quão seu valor pedia meças a tantos que evoluíram em rinque com o equipamento representativo de Portugal. Enquanto outros ainda chegaram a ser internacionais no escalão júnior, como Fernandes, Júlio, Barbot, Vale, Reis, etc, mas depois como seniores tiveram a chancela de serem hoquistas do FC Porto.

Joaquim Leite, por entre todas essas peripécias, está contudo sinalizado como um dos desportistas cujo nome está assinalado com uma placa circular no adro do pavilhão Dragão Arena, em homenagem com que foram distinguidos os mais salientes atletas das diversas modalidades históricas do FC Porto, aquando da inauguração do então inicialmente chamado Dragão Caixa. Tendo sido incluído nesse honroso escol de “Lendas do FC Porto” como representante de hóquei em campo, também porque do hóquei em patins foram lembrados Cristiano e Vítor Hugo.

Joaquim Leite é pois um nome de respeito no FC Porto. Como Campeão de “stick” quer no hóquei em campo ou de patins. Aqui e agora lembrado, como merece, e a propósito se ilustra estas referências com recortes de arquivo pessoal, de outrora, mais respigos do jornal O Porto – de quando e quão dizem respeito as linhas descritivas que ressaltam nesta memória viva de seu percurso.


(continuação)

Parabéns Joaquim Leite, agora também neste dia de Aniversário!

Armando Pinto

((( Clicar sobre as imagens )))