Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Doutor Paulo Pombo – Histórico Presidente do FC Porto que foi autor da letra do Hino Universitário

Maio faz esvoaçar na sensibilidade popular capas negras de estudantes em maré de festejos académicos, das queimas das fitas tradicionais em anos normais. Sendo maio até chamado mês dos amores e das flores, marca também natural período decisivo na vida dos amores estudantis pelos sonhos que lhes comandam as vidas. Amores esses que, em tempos idos, já, foram bem descritos num poema da autoria dum antigo Presidente da Direção do Futebol Clube do Porto, a dar sentido ao coro que se levanta dos corações entusiastas de mocidade, quão ficou em género de canção épica, o hino universitário “Amores de Estudante”. Cuja autoria da letra é do histórico Presidente do FC Porto, Dr. Paulo Pombo.

Pois desse ”matemático, engenheiro, escritor e jornalista que conduziu os azuis e brancos ao título de 1959” a revista Dragões, em sua edição de maio de 2014, dedicou-lhe um artigo bem elaborado por Victor Queirós, ao tempo um bom elemento da equipa do Museu do FC Porto, a trazer acima da memória clubista esse ilustre Portista. Do qual, relembrando esse bom naco de prosa histórica, recuperamos essa memória para homenagear tal grande senhor que está memorizado no Museu do FC Porto através de interessantes objetos pessoais, doados pelos descendentes. Como personagem cultural dos meios académicos da cidade Invicta e histórico Presidente Portista que ficou ligado à Taça de Portugal de 1958, mais ao título do FC Porto Campeão Nacional de futebol de 1958/1959 e, mais tarde, foi diretor do jornal O Porto – no tempo em que aqui o autor destas linhas também por lá deixou algumas regrazinhas escritas, incluindo mesmo um artigo santificado (sobre S. Francisco de Assis), na página cultural que então dava um ar mais seleto ao mesmo órgão oficial do FC Porto.

Armando Pinto

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domingo, 30 de maio de 2021

Vitória por equipas da W52-FC Porto como Melhor Equipa da Taça de Portugal - após a Volta a Albergaria

Domingo 30 de Maio de 2021 - Na Volta a Albergaria que foi este domingo disputada, sendo a ultima prova do ano pontuável para a Taça de Portugal Jogos Santa Casa, os ciclistas da equipa W52-FC Porto ficaram consagrados como o melhor coletivo – ou seja a equipa venceu a mesma taça, como Melhor Equipa da Taça de Portugal.

Esta prova que somava as últimas pontuações dessa classificativa, num percurso de várias voltas e com diversas subidas em cada volta, foi propícia para atacantes como aconteceu, tendo proporcionado o aparecimento dum grupo em fuga e que só foi apanhado na última volta do circuito. Para depois, nessa mesma volta e na penúltima subida, uma dezena de homens se terem conseguido isolar, de modo, que entre eles acabaram por discutir a prova e a pontuação final da Taça de Portugal. José Neves era um dos que compunha o grupo da frente e, apesar de não ter vencido, chegou com o mesmo tempo do vencedor, que no sprint de chegada à meta de Albergaria-a-Velha foi Luís Gomes (da Kelly-Simoldes-UDO). Enquanto todos os do mesmo grupo completaram os 155 quilómetros em 3h 47m 11s. Tendo assim Luís Gomes sido o vencedor individual da Taça de Portugal 2021 na junção dos pontos conseguidos em Albergaria e os que já tinha conquistado nas outras provas. De referir que o Ricardo Vilela terminou na terceira posição a Taça de Portugal e por equipas a vitória foi do conjunto W52-FC Porto.


Classificações dos ciclistas da W52-FC Porto:


Geral Individual nesta Volta a Albergaria-a-velha

7º José Neves -mt

16º Ricardo Vilela +1m28

19º Rui Vinhas +1m36

20º Daniel Mestre +1m37

44º Jorge Magalhães +10m04

49º Samuel Caldeira +10m04

52º José Mendes +10m04

54º Francisco Campos +10m04

 

Geral por Equipas na Volta a Albergaria

W52 – FC Porto 5º


Final da Taça de Portugal Jogos Santa Casa - Por Equipas

W52 – FC Porto 1º

 

Armando Pinto

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sábado, 29 de maio de 2021

Daniel Mestre (W52-FC Porto) vence Memorial Bruno Neves

Sábado 29 de Maio de 2021 - Corrida do 12º Memorial Bruno Neves, em Oliveira de Azeméis, local de nascimento do homenageado ex-atleta. Este memorial em honra de Bruno Neves, ciclista que faleceu aos 26 anos durante uma corrida em Amarante, é assim homenageado desde então, através de realização conjunta da autarquia e da Escola de Ciclismo que tem o seu nome, que organizam esta prova.

A corrida, disputada este sábado, foi muito atacada desde o seu início e foi logo de início formada uma fuga. O que justifica a média elevada do vencedor, de 41, 626 km/h. Tendo a fuga permitido aos seus integrantes a disputa das classificações secundárias, embora no final isso acabasse por não interferir na decisão da corrida. Com a equipa do FC Porto a controlar as operações, comandando o pelotão.

Ao longo das 3 voltas ao percurso o pelotão foi eliminando tempo da dustância para os fugitivos e acabou por eliminar todos os seus elementos. Tentando surpreender o pelotão e os homens que ainda restavam em fuga, Henrique Casimiro (Kelly-Simoldes-UDO) atacou e ficou isolado, mas, à entrada do quilómetro final, não resistiu à perseguição, sendo absorvido, prontamente apanhado.

Nos últimos quilómetros fez-se a preparação para a chegada ao sprint em pelotão compacto, até à meta, onde Daniel Mestre foi o mais forte.

Na luta pela vitória, Daniel Mestre puxou dos galões de corredor possante e rápido, impondo-se ao fim de 3h 03m 38s de corrida, encabeçando o grupo principal, todo creditado com o mesmo tempo. Rafael Silva foi o segundo classificado Tomás Contte (Louletano-Loulé Concelho) foi o terceiro.

Daniel Mestre terminou os 127 km em 3 horas e 3 minutos com a média de 41, 6 (626) km por hora, o que demonstra o ritmo em que foi feita a corrida.

Os homens que andaram em fuga conseguiram repartir as classificações secundárias. Maurício Moreira (Efapel) foi consagrado rei dos trepadores, Samuel Blanco (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel) ficou com as metas volantes e com os sprints. Pedro Pinto (Tavfer-Measindot-Mortágua), sétimo da classificação absoluta, ganhou a classificação da juventude. O melhor elemento das equipas de clube foi Patrick Videira (Fortunna/Maia). O Louletano-Loulé Concelho arrebatou a classificação coletiva.

Daniel Mestre deu, assim, continuidade ao início de época triunfante da W52-FC Porto, sendo o quarto corredor da equipa a ganhar em 2021, sucedendo a Joni Brandão, João Rodrigues e José Neves.

Com o decurso da prova, atendendo ao pelotão nacional de equipas continentais e de clube depois ir de novo para a estrada no dia imediato, competindo na Volta a Albergaria, derradeira prova da Taça de Portugal Jogos Santa Casa, pesou no pensamento da equipa azul e branca a ideia dum recuperar de fôlego, em poupança de energias. Por isso, muitos dos elementos que trabalharam ao longo da corrida foram abandonando e começaram a recuperação para a prova do dia seguinte, domingo, em Albergaria-a-Velha. Motivo de apenas terem terminado a prova 3 elementos da equipa W52-FC Porto, com reflexos na classificação coletiva.


Classificações:


Geral Individual

1º Daniel Mestre 3h03m38

22º Rui Vinhas +15s

33º Ricardo Vilela +1m45 


Geral por Equipas

W52 – FC Porto 7º

 

Armando Pinto

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Ligação pessoal ao Estádio das Antas: - Algumas lembranças visuais e físicas.

Na pertinência da passagem de mais uma efeméride anual sobre a inauguração do estádio das Antas, vêm à ideia algumas lembranças que ficaram na peregrinação de memórias ligadas a esse mítico e místico local de tantas sonhos, algumas tristezas e muitas alegrias. 

Bem me lembro de dias e noites para ali de corpo e alma dirigido em passos apressados e atenções de ansiedade à flor da pele, aquando de jogos do FC Porto, mas não só, como também de momentos diversos. Por isso, lembrei-me de desta vez para aqui trazer algo de algumas dessas ocasiões, através de fotos fixadas no estádio ou com ele por fundo.

E mesmo quanto a isto também não só. Pois, como guardo ainda o rádio transístor com que ouvia os relatos do Porto, junto imagem desse pequeno aparelho radiofónico, já sem capa como tinha em couro escuro, entretanto estragada com o uso… Rádio esse que está junto com uma pequenina coleção de máquinas fotográficas usadas por mim em tempos passados, inclusive em fotos feitas no ambiente das Antas. 

Coisas simples e banais, mas que fazem parte das memórias ligadas às idas ao estádio, nesse local onde sempre me senti bem.

Armando Pinto

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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Efeméride da Inauguração do Estádio das Antas (28-5-1952)

Aos 28 dias do mês de maio do ano de mil novecentos e cinquenta e dois era solenemente inaugurado o estádio das Antas, oficialmente chamado Estádio do Futebol Clube do Porto. Tendo presidido ao cerimonial o então Presidente da República, General Francisco Higino Craveiro Lopes, aproveitando sua segunda vinda e primeira visita oficial à cidade do Porto após ser investido como Chefe do Estado, então para visitar e inaugurar algumas obras na cidade. Conforme se pode ler no livro “Notícia político-biográfica do General Craveiro Lopes 11º Presidente da República Portuguesa", da autoria de Zuzarte de Mendonça Filho e publicado em Lisboa em 1954. No qual se encontra uma foto sugestiva, da admiração de Craveiro Lopes pela imponência do estádio portista.

À época era presidente do FC Porto o Dr. Urgel Horta, mas grandes impulsionadores haviam sido também outros grandes homens da vida do FC Porto como o sr. Sebastião Ferreira Mendes, o Dr. Cesário Bonito, o Dr. Moreira de Sousa, o Dr. Miguel Pereira, o sr. Afonso Pinto de Magalhães, entre muitos outros.


Desse grande empreendimento do que foi a casa desportiva do FC Porto durante cinquenta e um anos e meio, recuperamos para aqui, agora, alguns textos impressos no jornal O Norte Desportivo, aquando dos 25 anos do estádio, em 1977.

Ora em 1952 ainda eu não existia. Mas depois já andava na escola primária quando se deu o maior roubo verificado nas Antas, como está explícito na peça acima (apenas que o autor do texto quis dourar a pílula escrevendo que o Benfica não tivera culpa… mas bem se sabe o que era norma do sistema, em tal regime). E, por fim, por ter sido ocorrência em que estive presente, junto aqui imagem do meu bilhete do último jogo disputado no Estádio das Antas, a 24 de janeiro de 2004.


O estádio das Antas, que ao tempo da inauguração festiva ainda estava em obras, substituíra o Campo da Constituição, já pequeno para a afluência de público. 

E esse recinto muito maior e de maior comodidade, tivera então inauguração apressada para contar com  a presença do Presidente Caraveiro Lopes, em sua visita oficial à cidade do Porto em dia de comemoração nacional (do 28 de maio de 1926). Teve depois primeiro jogo oficial contra o Sportng a contar para a Taça de Portugal, com vitória portista por 2-0. Decorrendo seguidamente o tempo, sendo que «O Estádio das Antas foi a principal casa dos Dragões durante 52 anos, que puderam lá festejar uma Taça Intercontinental, uma Taça dos Clubes Campeões Europeus, uma Taça UEFA, uma Supertaça Europeia, 16 campeonatos nacionais, 12 Taças de Portugal e 13 Supertaças.»

Armando Pinto

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quinta-feira, 27 de maio de 2021

Efeméride da Taça dos Campeões Europeus de 1987: 34º aniversário da final de Viena, à chegada do FC Porto ao céu azul do futebol internacional

Se há dias felizes e momentos especiais, por vezes, daqueles em que acontece alguma coisa desejada mas até nem muito esperada, um desses foi a 27 de Maio de 1987 (ainda os meses se escreviam em português oficial com letra inicial maiúscula). Quando o FC Porto alcançou o título de Campeão Europeu de futebol, e o mundo portista sentiu uma alegria indescritível, num daqueles momentos em que se vê e comprova que o futebol não é só um jogo nem apenas um desporto, é muito mais que isso. Sobretudo, como no caso pessoal, em que estava em jogo o FC Porto, algo especial que faz que se ande no mundo sem ser só por ver os outros andarem.

Pois então aconteceu isso, coisa que há muito desejamos e por vezes sonhávamos, mas com uma ponta de realismo nos parecia quase impossível. Nomeadamente por então ser já um tempo em que no futebol dominavam os interesses dos poderosos. Bastando recordar o que acontecera três anos antes, na final da Taça das Taças, ainda existente nesse tempo, em que a Juventus de Itália, patrocinada por uma firma automóvel de grande fortuna, foi beneficiada em prejuízo do FC Porto que, apesar de ter dado lição de bola, foi autenticamente espoliado desse trofeu. Estando-se assim já muito longe de tempos em que qualquer equipa poderia ganhar quaisquer taças internacionais, visto antigamente não haver tantos jogos de bastidores premeditados e mesmo as comunicações eram reduzidas, a pontos das equipas irem jogar praticamente sem conhecerem quase nada dos adversários. Nessas eras antigas em que até a transmissão televisiva era tão rara que a chegada de imagens dos jogos das finais, via Eurovisão, eram uma espécie de imagens depois chegadas na primeira descida aos saltinhos do homem à lua…

Pois, se como poetou Fernando Pessoa, o homem sonha e a obra nasce, tal qual tudo vale a pena se a alma não é pequena, esse anseio que andava nas nuvens idílicas dos sonhos, tornou-se realidade, como quem consegue o primeiro beijo da mulher amada. E logo com uma valsa de Viena por fundo!

Foi pois tudo isso em 1987, no Mês de Maria, das flores e dos amores. Coisa que leva mais tempo a descrever que o que sentimos num baque, sem saber já por quanto tempo até chegarmos à realidade, num final de tarde de sonho, depois entrado pela noite dentro.

Estava ali diante de nós, nas imagens da televisão, a legenda “FC Porto Campeão Europeu”. Era mesmo isso, assim. Vimos então tudo de coração arregalado para coisa que acontecia mesmo. O João Pinto beija a taça… como o Custódio Pinto beijara a Taça de Portugal em 1968. E mais tarde vimos Ademir, Gomes, Oliveira e C.ª alcançarem o Título Nacional em 1978. Depois de anos em que até o Campeonato Nacional demorara a chegar, mas chegara. E ali, nesses momentos, a Taça dos Campeões Europeus também era nossa. Valeu a pena desejar e saber esperar. E ainda bem que chegou!

Ora, de tanta coisa muito temos em coisas físicas a descrever e recordar tamanho feito. Bem como sempre temos diante dos olhos um quadro, feito pelas próprias mãos, a não deixar esquecer por um segundo tal coisa mais linda que nos aconteceu desportiva e portistamente.

«Há 34 anos alcançámos a imortalidade entre a realeza do velho continente. A 27 de maio de 1987, pintámos o Danúbio de azul com um triunfo de proporções bíblicas diante do gigantesco Bayern de Munique. No relvado do Prater a final da Taça dos Campeões Europeus começou por sorrir desde cedo ao colosso alemão, que foi para o descanso em vantagem. Numa segunda parte absolutamente sublime, o calcanhar de Madjer repôs a igualdade e a vitória portista surgiu como um relâmpago graças à pontaria de Juary. A valsa extraordinária dos Dragões de Artur Jorge valeu-lhes a conquista do primeiro de sete troféus internacionais nas vitrines da Invicta. João Pinto recusou-se a largá-lo, mas ninguém o pode condenar.»

E tal como o João Pinto sentiu e se comportou, sem querer largar, esse foi um brinquedo que chegou e sentimos ser nosso!

Armando Pinto

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quarta-feira, 26 de maio de 2021

17º Aniversário da 2ª Taça dos Campeões Europeus/Liga de Clubes do FC Porto em futebol maior das estrelas da Europa

Parece que ainda temos tudo na cabeça, ao jeito dum filme inesquecível, mas foi já há 17 anos, aquela vitória planetária que demonstrou que nada é impossível e irrepetível, mas sim possível quando é firme o passo e grande a alma, tal a mística do FC Porto. Como aconteceu naquela cidade alemã de nome difícil de dizer, contudo inesquecível, onde se desenrolou essa que é uma das maiores conquistas da história do FC Porto e do futebol português.

= Equipa Técnica do FC Porto de 2003/2004 com a Taça dos Campeões Europeus, Mourinho rodeado de André Villas-Boas, de um lado, e doutro Rui Faria e Silvino, junto com o Chefe do Departamento de Futebol Reinaldo Teles!

Assim, na data deste dia, em 2004, os «Dragões subiram ao relvado de Gelsenkirchen para disputarem a final da principal prova de clubes do planeta. Frente ao Mónaco de Didier Deschamps». E após começo saliente numa defesa decisiva de Baía ainda com o resultado em 0-0, depois «os comandados de José Mourinho impuseram-se por claros 3-0 muito graças à irreverência de Carlos Alberto, ao génio de Deco e à frieza de Alenitchev. O resultado, com contornos de goleada, permitiu ao FC Porto sagrar-se campeão europeu pela segunda vez, a primeira na nova Liga dos Campeões. Desde então, mais nenhuma equipa de fora dos Big Four (Alemanha, Espanha, Inglaterra e Itália) foi capaz de repetir semelhante feito.»

Este é desde então um dos dias de datas gravadas na nossa memória. De cujo cometimento, entre diversas publicações e recordações guardadas, além do que permanece bem no íntimo, está um quadro alusivo em lugar de destaque aqui do meu escritório doméstico, ateliê pessoal onde passo muito tempo obviamente, de modo a também esse ícone sempre encher ainda mais os olhos e as veias do coração.

Armando Pinto

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sexta-feira, 21 de maio de 2021

Memórias palpáveis e sentidas...!


Entre belos salmos, tonificantes da memória antiga, é conhecida a lembrança dum profeta judeu quando ditou profundamente: «Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da sua destreza. E pegue-se-me a língua ao palato (céu da boca) se me não lembrar de ti...»

Ora a memória não é coisa vã, nem é apenas história ou arquivo morto. Tanto que a memória passada cria o presente. E faz bem a tudo haver memória. Como quem perde a memória deixa de ter referências e identidade.

Não estão pois perdidas no tempo as nossas boas memórias. Quão, com devido contexto e significado, estão bem guardadas algumas das memórias de momentos importantes vividos física e sentimentalmente no ambiente do mundo portista. De cujas vivências ficaram guardadas, entre coisas de estima, algumas recordações. Como as que aqui se rememoram, apenas como exemplos. Qual presença palpável e sentida à vista do afeto, quanto a incontáveis factos históricos marcados em cada papel ou tecido. Pois, como poetou Pedro Homem de Melo, Porto é palavra exata…!

Armando Pinto

LEGENDA: Ofício da comunicação por correio da sessão de entrega da Roseta de Prata, em 1999... Envelopezinho do livre-trânsito do guarda-redes Américo aquando do seu Dragão de Ouro... Convite, como contribuinte emprestador e dador de algumas peças, aquando da abertura ao público do Museu do FCP (26/10/2013)... Bilhetes do último jogo no Estádio das Antas e da inauguração do estádio do Dragão... Convite de entrada para a inauguração do Dragão Caixa (23/4/2009)...  Bilhete de Campanha para a construção do Gimnodesportivo das Antas, inaugurado depois em 1973 (e mais tarde rebatizado Pavilhão Américo Sá)... Lenço de pano e papel acompanhante com a indicação "EU ESTIVE NA INAUGURAÇÃO (do) DRAGÃO ESTÁDIO" (16/11/2003)...!

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quarta-feira, 19 de maio de 2021

Cinquentenário do 1º Europeu da Seleção A de Hóquei em Patins com um hoquista do FC Porto... Campeão!

Pois foi… e é. Há 50 anos, em Maio de 1971, pela primeira vez um hoquista do FC Porto integrava uma Seleção Portuguesa de seniores  vencedora dum Campeonato da Europa de Hóquei em Patins. Cristiano era e foi esse internacional do FC Porto que primeiro foi Campeão Europeu em seniores, pela Seleção A.

Com efeito, em Maio de 1971, vimos Cristiano sagrar-se Campeão Europeu na Seleção A nacional, algo inédito no FC Porto que nunca tinha até aí tido um atleta azul e branco das modalidades amadoras com essa glória, e como tal mais essa honra ficou vincada no sentimento portista.


Até ali do FC Porto apenas tinham sido campeões europeus, embora sem essa categoria oficial, os futebolistas seniores (Hernâni, Arcanjo e Barbosa) que estiveram na vitória no Torneio Internacional de seleções militares em 1958, bem como os futebolistas juniores (Serafim e Rui) do Torneio da UEFA em 1961. Além também dos hoquistas que na seleção portuguesa de juniores, e esses haviam sido mesmo campeões europeus, em 1969 e 1970 (já com Cristiano nesse lote, mais Castro, Júlio e Fernando Barbot). Contudo, com estatuto oficial de Campeões Europeus de equipas principais foi então Cristiano a abrir o livro.


Completados então agora em maio já 50 anos desse acontecimento (e porque em lado nenhum vimos isso lembrado em tempo coincidente), tendo o Campeonato da Europa de 1971 terminado no dia 16 do mesmo mês, assinalamos aqui e agora essa passagem de tal ocorrência cinquentenária. À qual depois se sucederam homenagens pelos dias seguintes. Cuja memória se faz, sem mais, através do que na ocasião foi registado em arquivo pessoal pelo autor destas linhas, ao tempo ainda jovem estudante liceal, em páginas de cadernos de estudo, mesmo de forma manuscrita e colagens de recortes de jornais (e tudo guardado em pasta de argolas, originando os furos que aparecem nas respetivas folhas).


Assim sendo recordamos essa ocorrência, com uma crónica ilustrada da  decisiva ação de Cristiano em tal conquista, quando Portugal (em ano que Livramento não esteve presente) se sagrou brilhantemente Campeão Europeu no XXXº Campeonato da Europa disputado em Lisboa, entre 8 a 16 de maio, ao correr de 1971. 

Narrando assim:



Seguiram-se, pelos dias imediatos e algum tempo ainda, mais, sucessivas homenagens coletivas e particulares:


E, em remate, uma alusiva entrevista, no jornal O Porto:


Armando Pinto
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