Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Falecimento de Luís Pereira (1949-2025)

 

Faleceu o ex-futebolista Luís Pereira, antigo jogador que fez parte do plantel do FC Porto em 1967/68 e 1968/69, até ter sido emprestado para rodar em 1969/1970, depois de se ter sagrado Campeão Nacional de Juniores pelo FC Porto, além de Internacional pela Seleção Nnacional Júnior e nos Juniores do FC Porto ter integrado as equipas vencedoras do 1.º e 2.º Torneio de Limoges, em França, e do 1.º Torneio Ibérico, no Porto; bem como já nos seniores pela equipa principal também foi vencedor do Torneio da Cidade do Porto.

Faleceu com 75 anos. Nascido a 17 de julho de 1949, faleceu esta terça-feira 21 de janeiro de 2025.

Neste momento difícil endereçamos sentidas condolências a toda a família e amigos, recordando um artigo que lhe dedicamos neste blogue Memória Portista, em

https://memoriaporto.blogspot.com/2023/09/de-vez-em-quando-recordando-antigos.html

E, complementando a justa homenagem evocativa a esse antigo jogador do FC Porto, recorda-se aqui também uma entrevista que, quando representava o Riopele, lhe foi feita em 1977 na revista Equipa. 

Então, no respetivo número da "Equipa" de 28 de dezembro de 1977, Luís Pereira teve direito a uma página inteira, logo na página 2, numa sugestiva peça da lavra de Telmo Esteves, amigo que foi também colaborador do jornal O Porto e ao tempo era correspondente da Equipa em Famalicão – conforme se relembra pela respetiva ficha.

Luís Pereira, então a jogar no Minho com a camisola da equipa Riopele, recordou e desenrolou sua carreira em conversa com o Telmo Esteves.


Armando Pinto

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domingo, 19 de janeiro de 2025

Efeméride do início da 1.ª Presidência do Presidente Bonito na defesa do FC Porto

 

No dia 19 de Janeiro de 1945 Cesário Bonito tomou posse como Presidente do FC Porto, pela primeira de três vezes em que presidiu em três mandatos presidenciais.

Então, a 19 de Janeiro de 1945, o Dr. Cesário Bonito foi eleito presidente do FC Porto, pela primeira vez, sucedendo a Luís Ferreira Alves. Dando continuidade à sua dedicação ao Clube, de diversos modos e posições e a partir daí à frente dos destinos do FC Porto.

Quão ficou deveras demonstrado numa “caixa” da revista Stadium, em 1945 (mais tarde recordada no livro “Glória e Vida de 3 Gigantes”, edição A Bola em 1995):

Inicialmente tendo tentado remar contra a maré dos resultados do futebol, inclusive mudando de treinador, tanto que em março imediato fez regressar ao comando técnico da equipa portista de futebol José Szabo, na tentativa de se retomarem os triunfos, sem contudo conseguir nessa sua primeira presidência os resultados desejados. Mas sobretudo não se deixando abater, tanto que lutou contra os poderes instalados no futebol desde o sistema de Lisboa. Teve assim de se confrontar com as sucessivas manobras contra o FC Porto, sobressaindo, por isso mesmo, ter sido suspenso das lides diretivas pelo poder reinol sulista e elitista, mas sem baixar a guarda. Contrabalançando na parte desportiva menos politizada, ao tempo do regime de Salazar, ter tido algum sucesso através da equipa de Andebol de 11 que conquistou o heptacampeonato. Nessa sua primeira passagem pela cadeira presidencial, foi ainda «relevante a constituição da secção de ciclismo e a formação de um grande conjunto, bem como a festa que organizou para a despedida de Pinga. Cesário Bonito ficou ligado, neste mandato, à edificação do Estádio das Antas, pois defendeu o projeto, de que foi pioneiro, com “unhas e dentes” e contra os que se lhe opunham. Viu partir Szabo e contratou o argentino Eladio Vaschetto, treinador protagonista da vitória sobre o Arsenal, em Maio de 1948, que assombrou o mundo. Logo de seguida entregou a presidência do FC Porto a Júlio Ribeiro de Campos.»

Anos volvidos voltou e teve ainda papel muito importante na Vida do FC Porto. Ficando ligado a muitos dos momentos históricos e triunfos da memória museológica do FC Porto.

A ligação do Dr. Cesário Bonito ao FC Porto, considerado como é historicamente um dos presidentes mais marcantes da História do FC Porto, ficou assinalada por algumas suas frases lapidares:

«Tudo o que fizemos, tudo o que pensamos fazer, tem uma exclusiva finalidade: servir o F. C. Porto.»

e

«A gente do Norte sente, observa e julga como ninguém» !

~~~ ***** ~~~

Como ilustração, juntamos alusão elucidativa do livro “FC Porto figuras & factos 1893/2005”, de J Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.

Ora, o Presidente Bonito presidiu aos destinos do FC Porto por três vezes, em três mandatos alternados: Sendo assim um dos nomes mais consagrados na longa Lista dos Presidentes do FC Porto:

  1893-96           António Nicolau d'Almeida        

– 1906–11           José Monteiro da Costa              

– 1911                 Júlio Garcez de Lencastre            

– 1911–12           Guilherme do Carmo Pacheco 

– 1912–14           Joaquim Pereira da Silva             

– 1914–16           António Borges d'Avellar            

– 1916–17           António Martins Ribeiro             

– 1917–20           Henrique Mesquita       

– 1920–22           António Cardoso Pinto de Faria​               

– 1922–23           Eurico Brites     

– 1923                 Sebastião Ferreira Mendes         

– 1923–26           Domingos d'Almeida Soares     

– 1926–27           Afonso Themudo           

– 1927–28           Sebastião Ferreira Mendes       

– 1928–29           Urgel Abílio Horta       

– 1929–30           Augusto Fernando Sequeira     

– 1930–31           Eduardo Dumont Villares           

– 1931–32           António Figueiredo e Melo       

– 1932–34           Sebastião Ferreira Mendes       

– 1934–36           Eduardo Dumont Villares

 – 1936               Luís Couceiro do Canto Moniz    

– 1936–38           Carlos Teixeira da Costa Júnior 

– 1938–40           Ângelo César    

– 1940–41           Augusto Pires de Lima 

– 1941–44           José Sousa Barcelos      

– 1944–45           Luís Ferreira Alves         

– 1945–48           Cesário Moura Bonito 

– 1948                 Júlio Ribeiro Campos      

– 1948–50           Miguel Pereira 

– 1950–51           Júlio Ribeiro Campos    

– 1951–54           Urgel Horta       

– 1954–55           José Carvalho Moreira de Sousa             

– 1955–57           Cesário Bonito 

– 1957–59           Paulo Pombo de Carvalho          

– 1959–61           Luís Ferreira Alves         

– 1961–65           José Maria do Nascimento Cordeiro     

– 1965–67           Cesário Bonito 

– 1967–72           Afonso Pinto de Magalhães      

– 1972–82           Américo de Sá 

– 1982–2024      Jorge Nuno Pinto da Costa        

– Desde 2024 (Presente)   André Villas-Boas      



Armando Pinto

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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Efeméride: - 1.º Aniversário da Apresentação da Candidatura de André Villas-Boas à Presidência do Futebol Clube do Porto !

 

Foi há 1 ano que a 17 de janeiro de 2024 foi o “Dia Histórico” da apresentação pública da candidatura de André Villas-Boas para concorrer às eleições para a presidência do FC Porto. Um dia histórico autenticamente, por ter sido o início da caminhada que levou à mudança no FC Porto, com a eleição de abril que a partir do final de maio fez com que o FC Porto voltasse a ser dos sócios, e como tal fosse salvo de pior estado e de ficar nas mãos de grupos que se andavam a aproveitar da situação em que a direção cessante estava a gerir o Clube.

Estava-se então, no início de 2024, a viver período intenso para quem queria o melhor para o FC Porto, por um lado, e do outro para não queria perder regalias.


De tudo isso está o que veio a público ao longo do tempo, nos jornais e revistas, guardado em modo de preservação memoranda. Bem como o que respeita a esse caso que fez vir à flor da pele os valores portistas. Conforme está bem acondicionado, entre coisas de estimação pessoal e valorização histórica azul-branca, cá em casa, no meu espaço de afetos.







Entretanto, na passagem da efeméride, recorde-se o que na ocasião, em artigo do dia seguinte, ficou registado na alusiva publicação aqui no blogue “Memória Portista”

em

https://memoriaporto.blogspot.com/2024/01/tambem-estive-la-na-apresentacao-da.html

Armando Pinto

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terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Efeméride do início do Campeonato Nacional de futebol em 1940 – com goleada de 11- 0 ao Setúbal !

A 14 de janeiro de 1940 o FC Porto começava a disputa do Campeonato da 1. ª Divisão Nacional da época de 1939/40, como ao tempo arrancava em janeiro a mais importante competição portuguesa de futebol, a seguir aos campeonatos regionais de cada área associativa. Sendo o FC Porto ainda o Campeão Nacional em título, conquistado na temporada anterior.

Assim a equipa titular dos Dragões, sob orientação do treinador Miguel Siska, iniciava a defesa do título com o pé direito, ao vencer o Vitória de Setúbal por 11-0. Em jogo disputado no Campo da Constituição, com o conjunto azul e branco formado por Soares dos Reis, Sacadura, Guilhar, Manuel Anjos, Carlos Pereira, Baptista, Carlos Nunes, António Santos, Kordnya, Gomes da Costa e Petrak. E com os golos a terem surgido desde início, a começar logo aos 2 minutos e continuando pelo tempo de jogo adiante, através de 3 golos de Kordnya, outros 3 de Petrak, 2 de António Santos, mais 2 de Gomes da Costa e 1 de Nunes. 

Então, ao ter sido logo autor de um hat-trick nessa ronda inaugural, Kordnya começava também a caminhada que no final do campeonato o consagraria como melhor goleador da prova, enquanto o FC Porto teria a respetiva coroação como vencedor desse campeonato, o terceiro do palmarés do FC Porto da 1.ª Divisão até esse tempo (sem contar, entenda-se, as competições anteriores da Liga e Campeonato de Portugal).

Nesse jogo não alinhou Pinga, porque havia sido alvo de suspensão por parte da Associação de Futebol do Porto, devido a uma ocorrência no campeonato regional, embora passado pouco tempo tenha sido amnistiado, mas já não a tempo do início do Campeonato Nacional, tendo porém alinhado na 2.ª jornada.  

Esse jogo da 1.ª Jornada foi também o único do guarda-redes Soares dos Reis no mesmo campeonato, substituído depois que foi por Rosado e seguidamente por Andrasik, devido a suspensão interna derivada dum caso havido entre ele e Carlos Nunes (embora por fim tenha ficado tudo bem entre todos, mas apenas à posteriori. Tal como muitos anos mais tarde, com outros contornos, depois aconteceu com o Bibota Gomes…) Sendo no entanto os dois, Soares dos Reis e Nunes, detentores também do título alcançado em 1940, por terem jogado na jornada inaugural. Havendo a curiosidade de Soares dos Reis ter recebido o último pagamento do FC Porto, relativo a “subvenção”, em fevereiro de 1941, após a sua última participação como jogador do FC Porto nessa época de 1940, a que reporta o seu último cartão como jogador.

Armando Pinto

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sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

De vez em quando... Um vislumbre pela biblioteca portista: livros pequenos desta vez!

Deitando olhos por alguns exemplares mais da biblioteca portista pessoal, desta vez calha um vislumbre por livros pequenos, pelo tamanho que não na importância. Contendo matérias apreciáveis e de estimação. Como se eleva e releva aqui, desde uma estante às imagens ilustrativas.  


Obs.: Os livros dos autógrafos estão completamente preenchidos pelas correspondentes assinaturas (rubricas) dos futebolistas dessas épocas, com autógrafos todos originais e escritos em esferográfica, como era mais usual ainda nesse tempo.

Armando Pinto

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quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Homenagem evocativa a Pedroto - em testemunhos sintomáticos!

 

Quando passam 40 anos do falecimento de José Maria Pedroto e no dia em que é apresentado no Porto Canal um filme-documentário sobre o mesmo Mestre Pedroto, aqui se homenageia também a figura do treinador que fez o FC Porto campeão ao fim de 19 anos de espera. E, porque além de tudo o que se sabe sobre ele, bem como o quanto ele conseguiu realizar e tudo o mais que a ele se associa, marcante foi especialmente o facto de ter sido o treinador do título de campeão nacional que o FC Porto conquistou em 1977/1978, ao cabo da travessia árida dos tais 19 anos de longa espera, vinca-se esse feito.

Nesse sentido, cingindo-nos a esse período, dá-se conta de alguns testemunhos, através de respigos de uma revista publicada ao tempo, a Equipa. Da qual primeiro se publica imagens da capa da respetiva edição de 17 de maio de 1978, praticamente um mês antes de o FC Porto ser campeão, como acabou depois por ser em junho.

= Capa da revista Equipa de 17 de maio de 1978

E, como exemplos reveladores de sua aura, antes até disso, publicam-se também como testemunhos as opiniões de dois jogadores que o tiveram como treinador, mas nem chegaram a ser efetivos em suas equipas. O que não impediu de sobre ele se manifestarem com grande apreço.

Tal o caso do avançado Júlio, que em entrevista à revista Equipa (número de 4 de maio de 1977), quando estava de saída para ir jogar no Varzim, se exprimiu assim:

E no mesmo número da revista Equipa, o defesa Alberto, que jogou no FC Porto, com Pedroto a seu treinador, depois saiu e jogou no União de Lamas e por fim no Boavista, antes e depois do serviço militar, tendo no regresso da guerra do Ultramar encontrado Pedroto como treinador do Boavista, também se referiu a Pedroto do seguinte modo:

Como remate sobre esta evocação, dá-se voz ao mesmo Pedroto, quando o FC Porto estava prestes a ser campeão em 1978. Como ficou impresso na revista Equipa de 31 de maio de 1978, entre a reportagem do empate que acabou por ser decisivo no jogo com o Benfica (do tal golo do Ademir):

Como Pedroto dizia, qualquer empate ou derrota pode ser talismã de futuras e importantes vitórias. E como vencedor que foi, Pedroto triunfa pelo tempo além. Tanto que de Pedroto pode dizer-se também: «- Onde está a tua vitória ó morte?» Pois ele continua vivo em todos os que o temos bem presente, como o lembramos sempre.

Armando Pinto

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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Homenagem a Pedroto nos 40 anos de seu falecimento – apresentação de documentário no auditório do Museu do FC Porto.


O FC Porto apresentou esta segunda-feira, dia 6 de janeiro, em antestreia, o documentário “José Maria Pedroto – Um Homem Superior”, que narra a vida do antigo jogador e treinador que marcou uma era no clube e no futebol português.

A antestreia teve lugar pelas 15 horas de segunda-feira no auditório batizado com o nome do Mestre, em pleno Estádio do Dragão, e contou com a presença da direção do FC Porto, mais a família de José Maria Pedroto, bem como alguns dos jogadores e treinadores que com ele se cruzaram ao longo dos seus 58 anos de vida. Tendo marcado presença, além da esposa D. Cecília e seus filhos, e do Presidente André Villas-Boas e Vice-presidentes da Direção, também alguns jogadores, como Adelino Teixeira, Taí, Gabriel, João Pinto, Jorge Costa, Bandeirinha, Laureta, bem como antigos dirigentes, com realce para Alexandre Magalhães e Jorge Vieira, o antigo treinador e preparador físico Prof. João Mota, também o médico Dr. Domingos Gomes, ainda alguns membros do antigo departamento de futebol, e também elementos da comunicação de seu tempo, como se notou pelo menos a presença de um antigo colaborador do jornal O Porto, José da Cunha, mais do diretor de programação do Museu, Jorge Maurício Pinto, e diversos outros portistas e admiradores do Mestre. Com apresentação de Rui Cerqueira, da Comunicação do Futebol Clube do Porto.




O Presidente André Villas-Boas sintetizou o acontecimento à medida como “Pedroto mudou a vida de muita gente”. Recordando a forma como o Mestre “mudou a vida do clube e dos sócios” na antestreia do documentário “Um Homem Superior”!

- Reportagem sequencial em imagens:





(Acrescente-se que a estreia do filme-documentário será depois transmitida quarta-feira, dia 8 de janeiro, às 22 horas, em direto no Porto Canal.)

No âmbito da homenagem do FC Porto ao Mestre Pedroto, pela passagem de 40 anos de seu desaparecimento físico, também a partir deste dia 6, e durante todo o mês até dia 31, está patente no Museu FC Porto by BMG uma Exposição temporária sobre ele, Senhor/Mister Pedroto, tendo subjacente o impacto do Mestre espelhado no jornal O Porto. Numa mostra complementar incluindo uma seleção de documentos saídos das Reservas do Museu, entre eles o caderno de apontamentos utilizado por Pedroto no curso de treinadores que frequentou em França em 1960, que é objeto central do documentário "José Maria Pedroto-Um Homem Superior". 

Após a sessão de apresentação em antestreia do documentário, a família do Mestre e alguns dos convidados estiveram no Museu, em visita à exposição, no dia da abertura da nova exposição temporária.



- Nota: Fotos de cima, com a devida vénia, retiradas da página do fotógrafo José Lacerda e, as maiores, da página do FC Porto.

Armando Pinto

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