Já foi há 48 anos, embora sempre permaneça na memória portista, o
caso de ter ficado então consolidada a vitória do guarda-redes Américo no Prémio de Regularidade "Somelos-Helanca", conforme o nome da firma patrocinadora. Um
galardão à época começado a ser atribuído, em pontuação ao longo dos jogos do
campeonato, precisamente ao mais pontuado e como tal considerado o melhor.
Facto mais assinalável por se tratar do jornal A Bola, tradicionalmente afeto
aos clubes de Lisboa e nomeadamente protetor do que for do Benfica.
= Américo (muito depois de ter terminado a carreira do futebol), entre o seu antecessor, Acúrcio, mais atrás; e Vitor Baía, o mais famoso de seus sucessores. =
Então, neste dia de há 48 anos, corria o dia 12 de Maio de
1968, o guarda-redes Américo do F C Porto vencia a I edição do Prémio
Somelos-Helanca, que distinguia o melhor jogador do Campeonato Nacional da I
Divisão. Américo começara na formação portista em 1951 e estreou-se em 1952 (curiosamente no domingo em que o F C Porto jogou pela última vez no Campo da Constituição, passando depois para o então novo estádio das Antas). Tendo mais tarde subido a senior e após ter esperado sua vez, de permeio com tempo de inatividade devido à tropa, assim como haver estado ainda emprestado ao Boavista entretanto, conseguiu entrar na equipa principal do FC Porto em 1958/59, fazendo um jogo no campeonato ganho em condições épicas no ano do caso-Calabote.
Depois passou a jogar mais em 1960/1961, alinhando em alguns jogos como efetivo da equipa das Antas, até que assegurou o lugar nº 1 em 1961/62, ficando dono das balizas do FC Porto até 1968/69. É uma das lendas do clube, com nome numa das placas circulares no passeio da fama em frente ao Dragão Caixa e está imortalizado por uma estátua no Museu do FC Porto.
Depois passou a jogar mais em 1960/1961, alinhando em alguns jogos como efetivo da equipa das Antas, até que assegurou o lugar nº 1 em 1961/62, ficando dono das balizas do FC Porto até 1968/69. É uma das lendas do clube, com nome numa das placas circulares no passeio da fama em frente ao Dragão Caixa e está imortalizado por uma estátua no Museu do FC Porto.
A propósito, recordamos aqui equela referida façanha, de Américo ter suplantado
a concorrência em pontuação de reconhecimento por um jornal adverso ao F C
Porto.
Neste sentido coloca-se aqui, para o efeito, um recorte alusivo da época, respigado do jornal O Porto; assim como uma apreciação contemporânea, meses depois, sobre a sua forma, sabendo que viria a abandonar o futebol passados meses devido a grave lesão. Guardando, por fim, a atualidade dele constar no museu do F C Porto By BMG com uma estátua, embora de modo pouco visível (como estava pelo menos aquando da abertura ao público, estando em cima do autocarro incluído no espaço museológico, em local muito acima da visão normal).
Foto da equipa do FC Porto no ato de entrega da Taça Somelos-Helanca,
ao final da época de 1967/68. Relativa à conquista do Prémio Somelos-Helanca ganho
pelo guarda-redes Américo, como futebolista mais regular e valioso dessa época.
Esta pose conjunta seguiu-se a Américo ter recebido em mãos esse trofeu (tendo
sido fotografado individualmente junto a essa taça grande, em foto que estava
junto à mesma na primeira Sala-museu Afonso Pinto de Magalhães, na antiga sede
do clube, da Praça do Município). Estando nesta foto da cerimónia de entrega (em cima e da esquerda para a direita): Jaime Silva, José Rolando, Bernardo da
Velha, Valdemar, Américo, Rui, Fernando, Sucena, Eduardo Gomes; (e em baixo,
pela mesma ordem) Lisboa, Luis Pereira, Djalma, Malagueta, Custódio Pinto e
Ricardo.
Neste sentido coloca-se aqui, para o efeito, um recorte alusivo da época, respigado do jornal O Porto; assim como uma apreciação contemporânea, meses depois, sobre a sua forma, sabendo que viria a abandonar o futebol passados meses devido a grave lesão. Guardando, por fim, a atualidade dele constar no museu do F C Porto By BMG com uma estátua, embora de modo pouco visível (como estava pelo menos aquando da abertura ao público, estando em cima do autocarro incluído no espaço museológico, em local muito acima da visão normal).
Américo, o “Baliza de Prata”, como era também conhecido por
ter sido o primeiro guarda-redes que venceu igualmente tal trofeu (esse da Agência Portuguesa de Revistas), é
efetivamente um nome histórico e motivo de constante recordação.
Armando Pinto
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Boa tarde, é a primeira vez que comento, mas costumo ler sempre o blog e desde já fica o meu agradecimento por ter tantos documentos e fotos importantes de tempos antigos do F.C.PORTO e em todas as modalidades, pois acaba por ser praticamente um "museu virtual", e que nos mostra quem realmente era PORTO, sem ter de o repetir á exaustão no facebook só porque fica bem, quanto ao Américo, lembro-me do meu Pai falar muito dele e do barrigana também já agora, pois como sou de 82 nunca o vi jogar, mas pelas histórias tinha a certeza que tinha sido um grande guarda redes e um dia por acaso no restaurante Atlântico em Grijó durante um almoço estava lá o Sr. Américo a almoçar e o meu Pai com todo o respeito e também com grande naturalidade lá meteu conversa com ele e falaram um pouco e eu que á altura era um miúdo, fiquei maravilhado por ver o meu Pai a falar com uma antiga glória do nosso clube mas ao mesmo tempo verifiquei que era de carne e osso como nós e é uma das lembrança bonitas que tenho do meu Pai e da minha educação como Portista. Desculpe o texto longo e deixo aqui os meus cumprimentos e um abraço.
ResponderEliminarJoão Moreira
Gostei muito do comentário, João Moreira. Não é nada longo, pois para se poder dizer algo que nos diz muito não se deve nem pode poupar nas palavras. Grande abraço, também.
ResponderEliminarSempre que os assuntos lhe despertem apreço, gostaremos de saber (pois felizmente o blogue tem muitos leitores).
Armando Pinto
Ainda vi jogar todos aqueles da foto acima, inclusivemente um deles, Ricardo, namorou e casou com uma vizinha minha. É assim: éramos uma equipa de bons moços, os mouros tinham a supremacia e o jornal referido até dava um prémio ao Américo, também se calhar pela injustiça cometida sobre ele no mundial de 66, já que os outros tinham direito á "carne da perna". Américo era um bom redes, muito ágil e com boa elevação, embora, para os padrões de hoje, não fosse muito alto. Mas dessas equipas ( e a do ano seguinte era mais ou menos mesma ) chamavam-me a atenção três jogadores: Djalma, um ponta matreiro, bom finalizador e malandro, porrada quando era necessário, metia os defesas em respeito e não era corpulento; Custódio Pinto " cabeçinha d'ouro", um avançado elegante, muito movél, boa tecnica, marcador de golos, principalmente de cabeça; Pavão, que não está na foto. Era o melhor.
ResponderEliminarParabéns pelo trabalho feito, divulgando aqueles que ajudaram a fazer aquilo que hoje somos.
Na foto não está o Pavão, como também não está Nóbrega, nem outros, como Atraca, Valdir, Mário, Manuel António, Artur Augusto, Almeida, Festa e Vaz, dos que foram utilizados durante essa época. Talvez por ser em fim de época, ou outros motivos, devendo ter sido estes que estavam presentes na ocasião da entrega do trofeu.
ResponderEliminarBoa análise desses futebolistas, dos quais para mim Américo e Pinto eram referências especiais, mas também Pavão e Rolando, mais Nóbrega a espaços, admirando muito ainda o Djalma. Festa, que muito admirava igualmente, passara a época lesionado e por isso estava quase de saída.
Armando Pinto