Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Carro-troféu da final do Mundial de Clubes de 1987… agora dentro do Museu do FC Porto !

Esteve antes na loja do Dragão, “FC Porto Store”, e está agora no Museu do FC Porto, o popularmente chamado carro do Madjer. Inicialmente colocado na loja anexa ao museu do clube, pendurado no teto do espaço de vendas de artigos desportivos e adereços portistas...

...até que recentemente foi transferido para dentro do museu, passando à sua função museológica de estimação memoranda. Como ainda recentemente se viu com a visita ao museu por atletas das diversas modalidades, a inteirar-se da grandeza sentimental do Clube. 

Com efeito, foi mudado e bem o local de exposição do carro Toyota entregue ao Madjer em 1987, como prémio de melhor jogador do jogo da final do Mundial de Clubes de Tóquio. Automóvel da marca da firma patrocinadora do evento, e que, depois de adquirido pelo Clube e passado por diversas facetas, ficou exposto na Loja do Dragão desde a abertura da mesma Dragão Store e do Museu FC Porto By BMG, a partir de 2013. 

Sendo que na loja era apenas visto por baixo e estando suspenso do teto permanecia em modo instável e até algo perigoso.

Enquanto agora, colocado dentro do museu e em baixo, junto à estatueta de homenagem ao Madjer, fica em posição mais acessível e está num local apropriado. Como icónico símbolo da primeira das duas vitórias do FC Porto em Mundiais de Clubes. Sendo esse carro um género de troféu de 1987, assim como do Mundial de 2004 ficou a chave entregue ao Maniche, quais prémios individuais que ficaram a simbolizar tais grandes feitos coletivos. E enquanto a chave simbólica do carro de Maniche ficou logo à vista no Museu, a partir da sua abertura, o carro do Madjer estacionou recentemente então também no mesmo museu.

Efetiva e verdadeiramente significativa glória da grande vitória alcançada em 1987 pelo FC Porto, como Campeão Europeu, diante do representante das Américas, Peñarol, e consequente conquista do Mundial de Clubes dessa temporada, ostenta o FC Porto diversos testemunhos patrimoniais da honra de ser Campeão do Mundo, desde as duas taças conquistadas em Tóquio, até ao carro que ficou como terna e curiosa recordação. Daí ter ficado o carro, que esteve na loja e agora está no museu. Bem no seu interior, depois de na entrada, entre as diversas estátuas (em tamanho real) de treinadores e atletas do clube, até haver uma, a do treinador da Liga Europa de 2011, André Villas-Boas, apontando o mundo ali dentro existente.

Assim… Havia um Toyota Carina II pendurado na Loja do Estádio do Dragão – FC Porto Store. Carro que agora, finalmente, está no Museu do FC Porto. Cuja história recordamos, para explicar e preservar a memória desse carro, um Toyota Carina II GL que esteve pendurado no teto da loja anexa ao Museu do Estádio do Dragão. Não como um troféu automóvel no habitual sentido da expressão. Tratando-se, neste caso, de um autêntico carro, de marca Toyota Carina II GL que é mesmo um troféu no sentido afetivo, dizendo respeito ao prémio atribuído ao jogador argelino do FC Porto, Rabah Madjer, por ter sido considerado o melhor jogador da Taça Intercontinental de 1987, também conquistada pelo clube «azul e branco» no Estádio Nacional de Tóquio, no Japão. Final essa disputada entre o FC Porto e a equipa uruguaia do Peñarol que a equipa portuguesa venceu por 2-1, com golos de Fernando Gomes e do próprio Madjer. A final da Taça Intercontinental de 1987 disputada sobre um inesperado manto de neve, que a tornou ainda mais célebre, pelas dificuldades superadas e imagens eternas desse cenário branco, que o Toyota vermelho entregue a Madjer, no final, contrastou alegremente com as cores azuis e brancas da vitória. Tendo Madjer posado diante de um exemplar desse carro e recebido uma chave simbólica em tamanho grande, para depois a entrega se efetuar no regresso.

Ora, desse facto, veio depois o carro. Por fim entregue pessoalmente pelo representante oficial da mesma marca automóvel em Portugal. Sendo que esse prémio de melhor em campo era um Carina vermelho, mas Salvador Caetano teve o bom senso de pensar numa cor mais neutra, entregando um de cor cinzenta. O carro, entregue com pompa e circunstância a todo o plantel numa cerimónia na Exponor, chegou a circular durante alguns anos, primeiro como veículo ao serviço do clube, mais tarde nas mãos do próprio Madjer, que o conduziu no período em que foi treinador dos juniores. Ora, esse modelo também considerado um dos porta-estandartes da marca nipónica na década 80, o Toyota Carina II oferecido ao jogador do FC Porto, transformar-se-ia, com o decorrer dos anos, num objeto mítico para o clube.

= Local próprio do interior do museu, como era antes e ficou depois...

Assim preservado na qualidade de troféu, exposto inicialmente perto do Museu do FC Porto, foi por fim transportado para local apropriado, uns passos mais adiante, estando presentemente no próprio espaço museológico, junto à estátua identificativa do “calcanhar de Madjer” em Viena/1987 e da baliza da final europeia de Dublin/2011, englobando um tríptico memorial dessas glórias internacionais, consubstanciadas no que ali expõe orgulhosamente a memória desses troféus patrimoniais.

Armando Pinto

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