Sob vista ambiental de lugares referenciais portistas, decorreu
na proximidade do estádio do Dragão e diante da Praça Velasquez mais um encontro
dos antigos colaboradores do outrora extinto jornal O Porto, o antigo órgão
informativo e historiador que fez parte do dia-a-dia portista durante décadas.
Reunindo-se então um grupo de antigos colaboradores portistas ainda vivos, dos
que há conhecimento de serem sobreviventes (!), entre os que colaboraram no
antigo órgão oficial do FC Porto, pelos anos 60 até primeiros anos da década de
80 (porque dos que escreveram n’ O Porto de 60 para trás não deve haver ninguém vivo, que se saiba). Sendo a maioria dos que ainda se conseguem juntar,
com o jornal O Porto como elo de ligação, sido dos que colaboraram com o “jornal
do Porto” pelos idos de 70 e 80, sensivelmente, até tempos antes do mesmo ter
acabado no início da presidência de Pinto da Costa.
Assim desta feita, depois de anteriores reuniões noutros
pontos das redondezas da área urbana do Grande Porto, desta vez foi mesmo na
proximidade do atual Estádio do FC Porto, estádio do Dragão de seu nome
oficial. Tendo havido inicial reunião de encontro no café com o nome da Praça
Velasquez, como noutras eras era ponto de encontro antes de se rumar ao Estádio
das Antas. Seguindo, na passagem em direção até ao restaurante do seguinte
almoço, uma romagem de saudade com paragem significativa em frente à casa onde
viveu o célebre e eterno José Maria Pedroto, o homem que pôs fim aos 19 anos de
jejum do futebol portista. Casa agora algo diferente no seu aspeto, mas que bem
merecia ter uma placa a registar que ali viveu o Grande Pedroto que, lutando contra
os roubos de igreja do desporto da capital, conseguiu que o FC Porto voltasse a
ser campeão nacional ao fim de 19 anos de travessia...
Após isso, em final da manhã quente deste animado reencontro,
seguiu-se à mesa o feliz convívio. Tendo estado presentes Carvalho Couto,
Carvalho Brochado, Armindo Vasconcelos, Luís César, Armando Pinto, Telmo Esteves,
Amílcar Mendes, José da Cunha, Paulo Jorge Oliveira, Adriano Palhau, Gomes da
Rocha e José Amaro Viana. Havendo assim, felizmente, se conseguido juntar mais
alguns, apenas tendo faltado um por via de sua vida particular, mas que, tendo
estado presente nos dois encontros iniciais, continua a fazer parte desta família
tão chegada. E que nas proximidades da quadra natalícia se deve voltar a juntar,
como está já a ser regra da praxe do grupo.
Além do reencontro de tantos e bons amigos, bem como de se ficar a
conhecer alguns dos “novos” entretanto reencontrados, foi com grande prazer que
reencontrei o filho do antigo Chefe de Redação e depois Diretor do jornal, José
Viana, o amigo José Amaro Viana que (tendo-o conhecido pequeno e agora encontrado bem grande...) me encheu as medidas com suas recordações
transmitidas na boa conversa mantida desde que nos vimos e continuamos à mesa. Amigo
que bem podia escrever um livro de memórias das suas ligações no mundo do
futebol, com relevo ao que nos une portisticamente…
Foi assim este mais um belo momento, passado pela tarde dentro.
Entre cujas conversas foi lembrado que no atual Museu do FC Porto, desde a sua
criação, falta uma vitrine a historiar as sucessivas publicações oficiais do
Clube, quer o pioneiro Boletim, como o seguinte jornal O Porto, mais histórico,
até à revista Dragões e ainda à efémera revista Mundo Azul… Perpassando ainda certo
desejo de proximamente um futuro encontro poder contar com alguém representativo
da atual Estrutura do FC Porto.
De registar a oferta de uma lembrança pessoal entregue a
todos pelo sr. Luís César, através de um íman com imagem relativa à sua terra. Onde
tem até uma casa de hotelaria turístico-regional.
O FC Porto é um mundo, como se diz, quão faz parte de muita
e boa gente que sempre sentiu e sentirá o “FC Porto como algo especial”
(expressão com que fui notado, ainda jovem, aquando do convite do saudoso
sr. Almeida e Sousa para integrar o corpo de colaboradores do jornal pelo meio
dos anos setentas) …!
Armando Pinto
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