Em maré de lembranças sobre aniversariantes, o último dia de
fevereiro de mais um ano normal traz à liça a recordação de Futre – a propósito
de seu aniversário natalício.
Paulo Futre foi um jovem esquerdino, nascido no Montijo e
que apareceu um dia nas notícias como surpreendente aquisição do FC Porto, após
ida a Lisboa do então Vice-presidente portista Alexandre Magalhães para
consumação de sua vinda, em consonância com anteriores contactos diretos de Nuno
Pinto da Costa. Com toda uma envolvência que ficou para a história e de seguida
teve um filme de sucesso, culminado na final da Taça dos Campeões Europeus da
magistral jogada antecedente aos golos da épica vitória, em Viena.
Quando veio para o FC Porto Futre, como Montijense, logo foi
associado à vinda muitos anos antes de um seu conterrâneo que ficou na história
do FC Porto, o Custódio Pinto, em seu tempo conhecido simplesmente por Pinto e
popularmente referido como “Pinto do Porto” – por então ser um dos maiores
símbolos do futebol do FC Porto, mas também devido a então haver outro Pinto
por perto, jogando no Guimarães seu irmão Manuel Pinto. Chegando a juntar-se no
FC Porto o Pinto mais novo, jogador polivalente que tanto jogava a médio como
avançado pela equipa azul e branca, assim como nas alas e no centro do terreno de jogo, e um outro
conterrâneo, o defesa Barrigana, familiar do antigo guarda-redes “mãos de ferro” (antecessor no Porto da mesma zona tauromática da chamada área galega do Ribatejo).
Os quais, em dia que se encontraram, num jogo entre FC Porto e Vitória de Guimarães,
posaram juntos – conforme se pode recordar por foto anexa, constante do livro
dedicado em 1964 ao Pinto do Porto na coleção “Ídolos do Desporto”.
Futre, oriundo do Sporting, apesar de pouco tempo de estada
nas Antas, tendo representado o FC Porto de 1984/1985 a 1986/1987, ficou como um
dos cromos raros da memória portista. Embora depois de ter ganho fama e proveito
em Espanha numa das melhores fases do Atlético de Madrid, ainda tenha estado em
Lisboa no Benfica, rival também de seu primeiro clube e adversário direto do
clube dragão, tendo depois andado por Itália, assim como depois de largar as chuteiras seguiu como comentador televisivo, num
canal de feição pró-sensacionalista e deveras anti Porto e avesso ao Norte do
país. Contudo emergindo a figura memoranda de Futre sobre isso, como que
pairando acima do presente a sua aura do passado.
Em atenção ao que representou a sua passagem pelo FC Porto,
recordamos Futre, aqui, na passagem de mais um seu aniversário natalício. Deitando
mãos a sua ficha, constante do livro “F. C. Porto Campeão dos Campeões”, de
1987, da lavra de Manuel Dias, entremeando com imagem de um postal alusivo à
grande temporada do FC Porto em 1987 (do acervo estimativo do autor destas
linhas), bem como um trecho do livro “FC Porto Figuras & factos 1893/2005”,
de J Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.
Abraço de parabéns, Futre – neste dia de aniversário que
apraz registar, à data de 52 anos de vida que teve bons momentos na História do
FC Porto!
Armando Pinto
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