O FC Porto, que no ciclismo conquistara adeptos pelo país
além nos anos 50 e 60, através do grande entusiasmo provocado pelos ciclistas
com as camisolas das duas listas azuis, salientes sobre o branco resplandecente no
dorso, quão durante anos o ciclismo do FC Porto vencia a maior parte das corridas e
dava cartas nas grandes clássicas, bem como era normalmente favorito com seus
campeões das bicicletas na Volta a Portugal, passou depois por alguns anos de
penumbra. Sem grandes vitórias, nem muito boas classificações entre as posições
cimeiras, a partir de meio da década de 60. Até que chegados os anos setentas
voltou a raiar alguma esperança, diante do surgimento de novos valores como
Gabriel Azevedo, Luís Pacheco, Joaquim Leite, Custódio Gomes, que se juntavam a
uns Mário Silva, Joaquim Leão, Cosme Oliveira, José Azevedo, etc. E então em
1970 surgiu uma grande vitória, finalmente, conseguida por meio de brilhante corrida de Joaquim
Leite, no Porto-Lisboa, a 10 de junho de 1970.
Calha, assim bem, na passagem do dia de Portugal, recordar
essa vitória inesquecível, agora que o ciclismo anda na mó de baixo a partir
dos acontecimentos de 2022. Deixando de se justificar, por enquanto, a existência
do ciclismo no FC Porto, enquanto não estiver completamente limpo o caso
despoletado com a equipa W52-FC Porto, por via do que terão interpretado alguns
ciclistas e o então seu diretor-técnico responsável. Sem contudo ter havido
qualquer culpa do patrocinador principal e consequente patrão da equipa, como
se tem visto pelo desenrolar do julgamento oficial. Apenas se notando e lamentando que a
anterior direção do clube se não tenha expressado devidamente na ocasião, visto
nas vitórias Pinto da Costa sempre ter aparecido nas etapas e nos pódios, mas depois se
afastou de tudo, silenciosamente.
Contudo, como o ciclismo é uma modalidade de grandes
pergaminhos na Vida do FC Porto, e pelos anos 30 e 40, sobretudo, foi grande no pedal
da captação de adeptos para os grandes clubes portugueses, o desporto das
bicicletas tem sempre lugar de afeto no gosto desportivo nacional. Ora, enquanto
isso, desejando-se que passe depressa esta fase em que pouca gente se tem
interessado pelo ciclismo, e inclusive a vida dos ciclistas no ativo tem sido de fraco reconhecimento, recorda-se a grande vitória do FC Porto por meio de
Joaquim Leite, em 1970.
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Estava-se então na Primavera de 1970. Ressurgindo por esse tempo em maior destaque o ciclismo portista, ao correr do 10 de junho de 1970, com a empolgante chegada da clássica Porto-Lisboa, a então existente corrida mais antiga do calendário do ciclismo português. Tendo aí o ciclista Joaquim Leite conquistado a grande vitória do ciclismo portista desses tempos e também o seu grandioso triunfo, correndo então com a camisola do FC Porto. Sendo essa vitória tão entusiasmante que mereceu lugar de destaque na 1ª página do jornal O Porto, em seu número de publicação seguinte.
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