Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Efeméride do Dia – a 1ª Bota d’Ouro de Fernando Gomes


Vem hoje a talhe recordar a primeira Bota de Ouro recebida pelo Gomes do FC Porto, a propósito de neste dia ser esta a efeméride de realce.  

Com efeito… «Há 33 anos, a 8 de novembro de 1983, Fernando Gomes recebeu em Paris a primeira das duas botas de ouro que conquistou na carreira. Esse primeiro troféu reportava-se à época de 1982/83, quando o goleador portista fez 36 golos num campeonato de 30 jornadas. Gomes viria dois anos depois a ficar com o par de botas de ouro, quando repetiu a proza, marcando 39 golos numa edição do campeonato de 1984/85.»

As botas de ouro do Gomes felizmente podem ser vistas no Museu do FC Porto By BMG e estarão para sempre na afeição dos apoiantes portistas, sendo que Gomes se tornou no maior goleador de sempre do futebol portista e mesmo português de nascimento, entre os melhores marcadores do campeonato nacional nascidos em Portugal e sem nunca terem tido outra nacionalidade.

Como lembrança, na pertinência do primeiro desses feitos internacionais que Gomes conseguiu, recordamos uma reportagem alusiva da revista Onze, dessa temporada.


Armando Pinto
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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Proximidade do golo nº 5000 do F C Porto no Campeonato Português


Ora, venha lá o golo número cinco mil, na totalidade das participações do F C Porto no campeonato nacional da Liga Portuguesa. E sobretudo mais… Esperando-se que possam acontecer os da conta de cinco mil e tal, para superar eventuais erros de arbitragem (podendo um só golo não chegar, como estamos habituados), de forma a que o F C Porto possa vencer também o próximo jogo.

De qualquer forma, para a conta em questão, importará um golo, o próximo que seja marcado oficialmente.O resto será por acréscimo.

Com efeito, o F C Porto está a um tento dos 5000 em toda a história da Liga Portuguesa. A goleada dos Dragões sobre o Paços de Ferreira, no passado domingo, colocou a turma azul e branca com 4999 remates certeiros em toda a história das suas participações no campeonato luso, ou seja, perto da redonda marca dos 5000 golos.

Para já, nesta edição da Liga portuguesa, o F C Porto soma 47 golos, sendo o melhor ataque da competição com mais três que o Benfica. São muitos tentos, mas ainda à distância dos 88 que Gomes, Juary, Madjer, Domingos e Cª apontaram em 1987/88, naquela que foi a época que mais golos rendeu aos Dragões. Nessa temporada os nossos homens do norte conseguiram também o título de campeões nacionais.

Diz-nos a História, nas memórias tocantes ao campeonato maior do futebol português, que a festa do golo em tons de azul e branco começou com Carlos Nunes, ao minuto 47 de um jogo contra o Belenenses, prélio esse que deu empate a uma bola, na então temporada 1934/35. O tento aconteceu no Campo das Salésias, em Lisboa, e foi o primeiro dos Dragões em toda a história do campeonato luso.

Com 80 presenças na Liga portuguesa, o FC Porto já logrou 27 títulos nacionais e é hoje não só um dos mais renomados emblemas portugueses mas também mundial. No próximo jogo contra o Moreirense, a contar para a 20.ª jornada da Liga portuguesa, os pupilos de Julen Lopetegui vão tentar marcar o golo número 5000 da história azul e branca no campeonato.

Deste modo, num espaço dedicado a memorizar o mundo Portista, faz-se memória associada ao caso, na proximidade do futuro acontecimento que também ficará para a história alvi-anil. A partir do primeiro golo, apontado por Nunes, passando pelo mil, por Vital (o do 1º golo do F C Porto no antigo estádio das Antas e pai do avançado que, anos volvidos, foi campeão com o treinador Pedroto), chegando ao dois mil marcado pelo brasileiro Djalma, depois o 3000 obtido por Eurico, até ao 4000, então conseguido por Jardel, em 1999/2000... no primeiro golo do 2-0 ao Campomaiorense, a 24 de Setembro de 1999.


Assim sendo, a propósito desta curiosidade, transpomos para este espaço (aí acima), agora como reforço e acrescento, uma curiosa alusão referente ao mesmo tema, através de um recorte jornalístico de Setembro 1999, aquando da marcação do golo 4000 portista, da autoria de Jardel. Em cuja sequência aparece o rol dos sucessivos marcadores, ao correr do tempo, das diversas contagens crescentes. Embora com ressalva, quanto a uma indicação errada naquelas informações escritas, do que nos lembramos (podendo haver mais, sobretudo de outros tempos, entre o que naturalmente o autor deste blogue também desconhece) - pois o golo 3000 foi marcado por Eurico (e não como refere a peça…). Tal como depois foi ele, o defesa Eurico Gomes, quem recebeu a respetiva placa, em cerimonial festivo do jantar dos Campeões, ao final da época de 1984/85 – conforme se documenta com a imagem ao lado.

Agora, mais abaixo, juntamos outra reportagem complementar, respeitante à proximidade do possível golo 5000 poder vir a ser no jogo com o Moreirense, no fim de semana que aí vem, segundo vislumbre publicado no Jornal de Notícias, na edição de terça-feira, dia 3 (com um anexo, incluso, sobre extensiva referência aos golos de Jardel, autor do golo 4000, e no caso quanto à parte relativa ao Penta).


- Quem irá então entrar para a galeria dos goleadores "milionários" do F C Porto, passando a emparceirar com Vital, Djalma, Eurico e Jardel?


Armando Pinto

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domingo, 15 de setembro de 2013

Fernando Gomes e João Pinto: Dois dos mais carismáticos Capitães do F C Porto…!


Os grandes nomes perduram no tempo por suas ações. Camões cantou n’ Os Lusíadas “aqueles que por obras velerosas se vão da lei da morte libertando…”. Séculos mais tarde, Bocage cotejou seu fado ao do grande Camões, modelo seu também “nos transes da ventura”. Em destinos com algumas ligações entre si, cujas existências perduraram no conhecimento graças a seus dotes. Ora Bocage, dotado vate, ficou mais para a posteridade sobretudo devido ao que perdurou de sua faceta pitoresca, enquanto tantos poetas que seguiram as regras estilísticas, mesmo de veia igualmente apurada, ficaram na penumbra do esquecimento. Vindo o mote a propósito, por sinal, em vista do célebre Bocage ser nativo desta data que passa, quando escrevemos estas considerações, nascido que foi precisamente a 15 de Setembro (de 1765).


Ainda noutras culturas de tempos diversos e em modalidades diferentes de vida houve sempre quem mais se salientasse, dos demais. Não fugindo à regra o setor desportivo, vindo ao caso o futebol e todo o mundo envolvente das sucessivas formações, ao logo dos tempos, da equipa principal do F C Porto. Com especial realce ao posto de comandante do grupo, em campo, vulgarmente chamado capitão. Tendo passado pelo F C Porto muitos e bons capitães, famosos nomes que estão gravados na História Portista, como, entre tantos e tantos, um Pinga, um Araújo, Ângelo Carvalho, Hernâni, Pedroto, Virgílio, um Américo, Custódio Pinto, Pavão, Rolando, Oliveira, Rodolfo, etc., etc. Até que, antes de um Jorge Costa, ainda de fresca memória, por exemplo, e mesmo do Helton e do Lucho, de agora, houve um duo célebre, cada um em seu tempo, mas que foram ambos do mesmo tempo, como foi com Fernando Gomes e João Pinto: o bi-bota de ouro, Gomes, que levantou a primeira Taça Intercontinental conquistada pelo F C Porto e para o futebol português; e o mais internacional e recordista de jogos do F C Porto, João Pinto, que levantou a primeira Taça dos Campeões Europeus do F C Porto e a agarrou como brinquedo estimado, quase sem deixar que mais ninguém lhe tocasse, a não ser em escassos momentos, como na altura em que Madjer conseguiu levantar aquele caneco, também…


Quem diria que ia ser assim, depois do desgosto que tivemos com a lesão do Gomes antes da final de Viena?! O nosso ídolo Gomes, o Fernando Gomes de quem tanto gostávamos de ouvir seu nome a fazer balouçar as redes (como relatava o Amaro), o Gomes com o qual cada golo tinha mais encanto, e que tanto desejávamos viesse a marcar naquele jogo tão ansiado, afinal ficava de fora, por arreliadora e frustrante lesão...! Mas... uff!, depois tudo passou para trás, num ápice, diante da magia do calcanhar de Madjer, tal qual da seguinte e inesquecível explosão de alegria, enquanto Juary agradecia em prece divina... até que a taça foi entregue e vimos João Pinto a beijá-la e erguê-la, apertando-a bem para que não lhe fugisse... e a nós parecia que a estávamos a sentir em nossas mãos, de coração e cabeça a voar no mais lindo sonho...


E eis-nos aqui e agora a reviver, tal momento lindo que vem sempre nas melhores lembranças a toda a hora e instante, a propósito de nomes, números e factos aprazíveis da bela História do F C Porto que também vivemos.

Assim, pois, nesta fase de vida clubista quase a chegar à bonita soma de 120 anos de Vida do F C Porto, na aproximação aos festejos comemorativos, calha a preceito mais uma rememoração de nomes salientes, como desta vez se proporciona com o posto do capitão de equipa, enobrecendo dois dos mais carismáticos futebolistas que desempenharam essa função. E, em harmonia a esse carisma, recordamos os dois autênticos símbolos, recuperando reportagens que lhes foram dedicadas, em diferentes épocas.


Sobre Gomes, ainda nos inícios da década de oitenta, revemos uma curiosa dissertação da revista francesa Onze, em sua edição de Novembro de 1983. Enquanto sobre João Pinto damos conta dum enquadramento inserto na revista/suplemento do Jornal de Notícias de 11 de Maio de 1996, dedicado à conquista do Bicampeonato somado nessa época. E de ambos deixamos falar a descrição narrada nas duas oportunidades, tão distantes no tempo mas interligadas no simbolismo da liderança que cada um soube cumprir, a bem do F C Porto.

Eis aí, de seguida, a reportagem com que a revista Onze assinalou a 1ª Bota de Ouro de Gomes, em 1983:





E, seguidamente, atente-se no que disse sobre João Pinto a revista do JN sob título "Porto, Porto Bicampeão", em Maio de 1996:




Grande, grande é o F C Porto com tamanhos representantes e verdadeiros referenciais Portistas.

Armando Pinto
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