O sentimento Portista é algo especial que não se consegue descrever de forma como concebemos, sabendo porém que se sente e bem, quanto basta. No caso pessoal desde longos tempos, sensivelmente pelos anos da nossa meninice, a pontos de nos recordar imagens que nos ficaram a pairar na retina dessas eras. Uma das quais a associação que fazíamos de desportistas sorridentes que nos eram simpáticos, por serem do Porto é bom de ver, comparativamente, com os artistas de cinema que víamos na televisão ou no pano onde passavam sessões de cinema (pois que vinham fitas da FNAT para saraus de trabalhadores e seus familiares à fábrica grande desta minha região, à Metalúrgica da Longra, recorde-se), do que andava por esse país fora a tornar o ambiente propício, em tais eras... de alegria no trabalho. Ora, um desses artistas da bola, lembro, era o Pinho, que sabíamos ter defendido pelo Porto - pois ainda andava nas figuras dos rebuçados, os populares cromos, quando o autor destas linhas já andava de alguma forma a par dessas coisas do desporto, porque havia uma coisa a despertar o ser, o F C Porto.
Agora, um destes dias, chegou-nos às mãos, finalmente, o livro do Pinho. Muitos anos passados, mas a tempo de o poder ter...
Após termos conseguido juntar e guardar os livros da colecção Ídolos do Desporto que tiveram edição já nos tempos em que podíamos adquirir livros desses, em tempo oportuno, e de permeio naturalmente não ter havido oportunidade pessoal de angariação de outros anteriores, foi-nos agora possível ficar a possuir um desses de antigamente, o livro do Pinho que andara em nossos olhos nos tempos de menino, pelas colagens e trocas de cromos, como verdadeiro personagem de contos da bola de outrora. Daqueles que apareciam em fotos à artista...
Desse material, com adaptação de outros textos, como dum interessante site de Glórias de Futebol do Passado, lembramo-nos de fazer uma junção recordatória, por quanto a figura de Pinho merece. Transpondo para aqui esta espécie de homenagem póstuma e perene, no sentido de preservação memorial. Apesar de nunca o termos visto pessoalmente, mas porque foi um dos ídolos antigos entre atletas que tiveram o distintivo do F C Porto junto ao peito.
Estava-se a meio dos anos cinquenta, do século XX. «Depois de passar cerca de 15 anos sem conquistar o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o FC Porto quebrou definitivamente o enguiço vencendo a edição de 1955/56 da principal competição futebolística portuguesa. O guarda-redes titular da equipa portista nessa épica conquista dava pelo nome de Pinho, homem cuja fisionomia não parecia nada de arcaboiço talhado para a função, mas que afinal se revelou um excelente guardião.
A vida de Manuel Henriques de Pinho, tal era o seu nome completo, começou no dia 21 de Setembro de 1930 na então pitoresca localidade de S. Roque, em Oliveira de Azeméis. Desde muito novo foi sempre participante activo nas “futeboladas” instituídas pelos miúdos da terra e cedo se evidenciou a sua paixão pelas balizas. Ao contrário da maioria da rapaziada, era como guarda-redes que o jovem Pinho gostava de alinhar, demonstrando, precocemente, ter aptidão inata para essa posição.
Já adolescente Pinho surgiu a treinar nas camadas jovens do Oliveirense e, aos 17 anos de idade, foi o guarda-redes da equipa de juniores que conquistou o Campeonato Distrital da A. F. de Aveiro naquela categoria, em 1947.
Logo na temporada seguinte o jovem Pinho integrou a equipa sénior do Oliveirense, assegurando primeiramente a titularidade e simultaneamente contribuindo, com as suas majestosas intervenções, para a conquista do Campeonato Distrital da A.F. de Aveiro por parte da formação de Oliveira de Azeméis.
Surpreendentemente, o mesmo jovem foi contratado pelo FC Porto no início da temporada de 1949/50 por indicação expressa do consagrado técnico portista Artur Baeta, que aconselhou vivamente a sua aquisição.
No FC Porto, obviamente, encontrou a concorrência do conceituado guardião portista Frederico Barrigana, não passando, como tal, da condição de suplente da formação principal e titular na equipa de reservas. Nessa categoria de reserva, o guardião Pinho coleccionou vários títulos de campeão regional da A. F. do Porto, ao serviço da equipa azul e branca.
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= Equipa do FC Porto com o Jamor por cenário, quando venceu a final da Taça de Portugal,com 2-0 sobre o Torrense, na época de 1955/56 =
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A vida de Manuel Henriques de Pinho, tal era o seu nome completo, começou no dia 21 de Setembro de 1930 na então pitoresca localidade de S. Roque, em Oliveira de Azeméis. Desde muito novo foi sempre participante activo nas “futeboladas” instituídas pelos miúdos da terra e cedo se evidenciou a sua paixão pelas balizas. Ao contrário da maioria da rapaziada, era como guarda-redes que o jovem Pinho gostava de alinhar, demonstrando, precocemente, ter aptidão inata para essa posição.
Já adolescente Pinho surgiu a treinar nas camadas jovens do Oliveirense e, aos 17 anos de idade, foi o guarda-redes da equipa de juniores que conquistou o Campeonato Distrital da A. F. de Aveiro naquela categoria, em 1947.
Logo na temporada seguinte o jovem Pinho integrou a equipa sénior do Oliveirense, assegurando primeiramente a titularidade e simultaneamente contribuindo, com as suas majestosas intervenções, para a conquista do Campeonato Distrital da A.F. de Aveiro por parte da formação de Oliveira de Azeméis.
Surpreendentemente, o mesmo jovem foi contratado pelo FC Porto no início da temporada de 1949/50 por indicação expressa do consagrado técnico portista Artur Baeta, que aconselhou vivamente a sua aquisição.
No FC Porto, obviamente, encontrou a concorrência do conceituado guardião portista Frederico Barrigana, não passando, como tal, da condição de suplente da formação principal e titular na equipa de reservas. Nessa categoria de reserva, o guardião Pinho coleccionou vários títulos de campeão regional da A. F. do Porto, ao serviço da equipa azul e branca.
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A sua estreia oficial deu-se numa partida de carácter amigável disputada entre o FC Porto e o Belenenses, que a equipa azul da capital venceu, marcando quatro golos a Pinho.
Entretanto, a carreira desportiva de Pinho teve também outras peripécias de realçar. Desde logo a passagem pelo Campeonato Militar em futebol, onde Pinho, a cumprir serviço militar, representava a equipa do 5º Batalhão de Cavalaria de Aveiro. Todavia, desta feita, o jovem Pinho actuava na posição de interior esquerdo em detrimento do seu lugar preferido, na defesa da baliza. No mesmo período dedicou-se a outra modalidade desportiva, concretamente, o basquetebol, onde foi jogador no Campeonato Militar ao serviço da mesma equipa militar que representava em futebol.
A tendência de Pinho para praticar outras modalidades estendeu-se também ao FC Porto. Enquanto esteve tapado na equipa de futebol principal do FC Porto pelo célebre Barrigana, o jovem Pinho acedeu ao convite de Manuel Dias Saúde, seccionista no andebol do clube azul e branco, para integrar a equipa de Andebol de Onze do grémio da Constituição e das Antas, tendo ainda chegado a atuar também na variante do Andebol de Sete.
Com muitos e reconhecidos méritos, Pinho acabou sendo um notável guarda-redes da equipa de andebol, sagrando-se campeão regional e nacional naquela modalidade ao serviço do FC Porto.
Mas o grande sonho de Pinho era efectivamente afirmar-se no futebol. Cansado da falta de oportunidades Pinho cogitou abandonar o FC Porto. Esteve próximo de isso acontecer, seduzido que estava por ter a possibilidade conseguida por um amigo em treinar à experiência em clubes da cidade espanhola de Barcelona.
Entretanto, a carreira desportiva de Pinho teve também outras peripécias de realçar. Desde logo a passagem pelo Campeonato Militar em futebol, onde Pinho, a cumprir serviço militar, representava a equipa do 5º Batalhão de Cavalaria de Aveiro. Todavia, desta feita, o jovem Pinho actuava na posição de interior esquerdo em detrimento do seu lugar preferido, na defesa da baliza. No mesmo período dedicou-se a outra modalidade desportiva, concretamente, o basquetebol, onde foi jogador no Campeonato Militar ao serviço da mesma equipa militar que representava em futebol.
A tendência de Pinho para praticar outras modalidades estendeu-se também ao FC Porto. Enquanto esteve tapado na equipa de futebol principal do FC Porto pelo célebre Barrigana, o jovem Pinho acedeu ao convite de Manuel Dias Saúde, seccionista no andebol do clube azul e branco, para integrar a equipa de Andebol de Onze do grémio da Constituição e das Antas, tendo ainda chegado a atuar também na variante do Andebol de Sete.
= Pinho entre Campeões do Andebol no F C Porto =
Com muitos e reconhecidos méritos, Pinho acabou sendo um notável guarda-redes da equipa de andebol, sagrando-se campeão regional e nacional naquela modalidade ao serviço do FC Porto.
Mas o grande sonho de Pinho era efectivamente afirmar-se no futebol. Cansado da falta de oportunidades Pinho cogitou abandonar o FC Porto. Esteve próximo de isso acontecer, seduzido que estava por ter a possibilidade conseguida por um amigo em treinar à experiência em clubes da cidade espanhola de Barcelona.
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Um dia tudo mudou. Dorival Knippel, o famoso Yustrich, afamado treinador brasileiro do FC Porto, afastou o guarda-redes Barrigana da equipa portista, alegadamente por motivos disciplinares, mais para acabar com a predominância dos mais velhos (tendo acompanhado Barrigana, nesse afastamento, também o internacional e capitão Ângelo Carvalho, mais o artistico Porcel), escolhendo Pinho como sucessor na defesa da baliza.
Conquistou então Manuel Pinho o lugar de guarda-redes principal do FC Porto no início da temporada de 1955/56 e logo se afirmou como um dos melhores jogadores portugueses naquela posição.
Conquistou então Manuel Pinho o lugar de guarda-redes principal do FC Porto no início da temporada de 1955/56 e logo se afirmou como um dos melhores jogadores portugueses naquela posição.
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Essa época desportiva de 1955/56 foi o ano da concretização de todos os sonhos do jovem modesto vindo de Oliveira de Azeméis. Ganhou a titularidade na equipa portista, foi campeão nacional da 1ª Divisão, venceu a Taça de Portugal, tornou-se internacional pela primeira vez na sua carreira, pela Seleção Nacional B e chegou mesmo a integrar o lote da Selecção A Nacional, embora como suplente.
Pinho jogou em 25 partidas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1955/56, ficando Acursio como seu guarda-redes suplente na equipa do FC Porto. A equipa azul e branca, com a participação deveras fundamental do guarda redes Pinho, colocava um ponto final no longo jejum de vitorias na principal prova nacional, vencendo categoricamente o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, conquista à qual juntou, ainda, a Taça de Portugal, numa final em que os portistas venceram o Torreense por 2-0.
Pinho jogou em 25 partidas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1955/56, ficando Acursio como seu guarda-redes suplente na equipa do FC Porto. A equipa azul e branca, com a participação deveras fundamental do guarda redes Pinho, colocava um ponto final no longo jejum de vitorias na principal prova nacional, vencendo categoricamente o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, conquista à qual juntou, ainda, a Taça de Portugal, numa final em que os portistas venceram o Torreense por 2-0.
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= Equipa do FC Porto com o Jamor por cenário, quando venceu a final da Taça de Portugal,com 2-0 sobre o Torrense, na época de 1955/56 =
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= Jogo entre FC Porto-Atletico no Estádio das Antas =
Por seu turno, a sua estreia internacional pela Selecção Nacional “B” aconteceu no Estádio das Antas frente à congénere austríaca. Apesar de ter realizado uma boa exibição, Pinho conheceu o sabor da derrota na respetiva primeira internacionalização já que a Áustria venceu Portugal por 1-2.
No mesmo ano contabilizou a segunda internacionalização, novamente, representando a Selecção Nacional “B”, desta feita, defrontando o Sarre, em Sarrebruque. As redes da baliza defendida por Pinho ficaram neste jogo invioladas, fruto, essencialmente, de uma grande exibição do guardião Pinho, num encontro que terminou empatado a 0-0.
Posteriormente o mesmo Pinho chegou a ser incluído no lote da Selecção Nacional “A”, mas nunca pôde alinhar, sendo mais um caso dos que injustamente não chegaram a jogar pela equipa principal portuguesa, tal o favorecimento que era dado aos jogadores do Benfica, Sporting e Belenenses (em época do poderio BSB, ou seja da Federação Portuguesa de Futebol ser sempre presidida por representantes dos Benfica, Sporting e Belenenses), limitando-se assim Pinho a ocupar a condição de guarda-redes suplente de Carlos Gomes, do Sporting, o titular de Portugal nessas ocasiões.
No mesmo ano contabilizou a segunda internacionalização, novamente, representando a Selecção Nacional “B”, desta feita, defrontando o Sarre, em Sarrebruque. As redes da baliza defendida por Pinho ficaram neste jogo invioladas, fruto, essencialmente, de uma grande exibição do guardião Pinho, num encontro que terminou empatado a 0-0.
Posteriormente o mesmo Pinho chegou a ser incluído no lote da Selecção Nacional “A”, mas nunca pôde alinhar, sendo mais um caso dos que injustamente não chegaram a jogar pela equipa principal portuguesa, tal o favorecimento que era dado aos jogadores do Benfica, Sporting e Belenenses (em época do poderio BSB, ou seja da Federação Portuguesa de Futebol ser sempre presidida por representantes dos Benfica, Sporting e Belenenses), limitando-se assim Pinho a ocupar a condição de guarda-redes suplente de Carlos Gomes, do Sporting, o titular de Portugal nessas ocasiões.
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= Selecção de Portugal na decada de 50 =
Imagem amarelecida pelo tempo... do guarda-redes Pinho na Selecção Nacional da Federação de Portugal...
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Nessa altura destacava-se também, pela importância que representava, a deslocação do FC Porto ao Brasil e à Venezuela para participar em alguns encontros e torneios amigáveis com clubes sul-americanos. Aí Pinho ficou conhecido pelo epíteto de Rato do Maracanã por causa das sensacionais defesas que efectuou numa partida frente ao Fluminense, no Brasil.
Pinho era, acima de tudo, considerado um guarda-redes muito seguro e atento. De baixa estatura, muito entroncado fisicamente, num aspecto considerado pouco recomendado para um guarda-redes, Pinho caracterizava-se pelo seu posicionamento entre os postes e fora deles, que lhe valiam intervenções eficazes.
Pinho era, acima de tudo, considerado um guarda-redes muito seguro e atento. De baixa estatura, muito entroncado fisicamente, num aspecto considerado pouco recomendado para um guarda-redes, Pinho caracterizava-se pelo seu posicionamento entre os postes e fora deles, que lhe valiam intervenções eficazes.
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Muito corajoso e arrojado na forma como se lançava aos pés dos adversários e muito rápido na execução de defesas, o guarda-redes Pinho surpreendia também pela sua agilidade quase felina e na forma repentista de decidir e rápida de actuar, capaz de protagonizar milagrosas intervenções.
No período mais conturbado e indefinido da sua carreira no FC Porto, ao chegar o tempo que foi de passagem de testemunho, Pinho revelou-se sempre com um amplo espírito competitivo e crença nas suas capacidades. Era aplicado e nos treinos estava sempre pronto a aprender com os mais velhos e ajudar na progressão dos mais novos.
No período mais conturbado e indefinido da sua carreira no FC Porto, ao chegar o tempo que foi de passagem de testemunho, Pinho revelou-se sempre com um amplo espírito competitivo e crença nas suas capacidades. Era aplicado e nos treinos estava sempre pronto a aprender com os mais velhos e ajudar na progressão dos mais novos.
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= Equipa do FC Porto da vitória na Taça de Portugal de 1955/56, já num tempo de transição de fotos tenuamente coloridas...
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Pinho jogou no FC Porto até ao final da época de 1958/59 praticamente sempre como guarda-redes titular dos azuis e brancos. Nesse período venceu novamente a Taça de Portugal na temporada de 1957/58 numa final frente ao Benfica, que os portistas, treinados pelo húngaro Otto Bumbel, venceram por 1-0, com um golo de Hernâni. Tendo estado no banco como guarda-redes suplente o então muito jovem guarda-redes Armando, que subira dos juniores do clube.
Finalmente, na última época ao serviço do FC Porto, Pinho voltou a sagrar-se campeão nacional da 1ª Divisão. Neste Campeonato Nacional de 1958/59, ele alinhou em 16 encontros oficiais, partilhando já a baliza com aqueles que seriam os seus sucessores nos azuis e brancos, o guardião Acúrsio» (como nesse tempo aparecia escrito), esguio mas elegante guarda-redes que esteve à frente da baliza por nove vezes, nesse campeonato, além de Américo, então jovem prometedor já, que também deu sua contribuição num jogo.
Finalmente, na última época ao serviço do FC Porto, Pinho voltou a sagrar-se campeão nacional da 1ª Divisão. Neste Campeonato Nacional de 1958/59, ele alinhou em 16 encontros oficiais, partilhando já a baliza com aqueles que seriam os seus sucessores nos azuis e brancos, o guardião Acúrsio» (como nesse tempo aparecia escrito), esguio mas elegante guarda-redes que esteve à frente da baliza por nove vezes, nesse campeonato, além de Américo, então jovem prometedor já, que também deu sua contribuição num jogo.
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= Pinho no Maracanã frente ao Fluminense =
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= Pinho com o emblema do FC Porto ao peito =
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= Pinho guarda-redes polivalente do FC Porto, vitoriado pelos adeptos no final de um jogo de Andebol de 11 =
= Uma vez mais nas alturas, com a pala da bancada central das Antas em plano dum cenário de fundo. =
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= Em mergulho junto ao relvado, segurando a bola =
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= Mais uma boa intervenção de Pinho, num Benfica - F C Porto =.
= Pinho com o emblema do FC Porto ao peito =
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= Pinho guarda-redes polivalente do FC Porto, vitoriado pelos adeptos no final de um jogo de Andebol de 11 =
= Uma vez mais nas alturas, com a pala da bancada central das Antas em plano dum cenário de fundo. =
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= Em mergulho junto ao relvado, segurando a bola =
= Pinho em acção, com ajuda de Monteiro da Costa e proximidade de Arcanjo. =
Aos 29 anos, Pinho era já um guarda-redes muito experiente e dos mais conceituados no futebol português. Findando sua prestação nas Antas de forma algo surpreendente, tendo sido dispensado, no terminus do campeonato em que Guttman abandonou traiçoeiramente o clube, com contrato firmado com o clube rival lisboeta do estádio então chamado de Carnide. Nesse período, Pinho deixou então o FC Porto no final da temporada de 1958/59 e ingressou na equipa do quase vizinho Vitoria de Guimarães.
Após a saída do Porto, Pinho integrou então o plantel do Guimarães, onde formou com o veterano Silva a dupla de guardiões da baliza vitoriana na temporada de 1959/60. Foi todavia esta a única época que o guarda-redes Pinho esteve ao serviço do Guimarães, pois no final da temporada foi dispensado. Tendo então prosseguido a carreira no Salgueiros, que na época de 1960/61 ascendia à 1ª Divisão Nacional. Esse regresso foi bastante influenciado pelo treinador do clube de Paranhos, precisamente o homem responsável pelo início de sua carreira, Artur Baeta, então treinador do popular Salgueiral. Depois Pinho viajou depressa para uma zona vizinha de Lisboa, tendo ido reforçar a equipa do Atlético para a época de 1961/62. Volvidos tempos, passado que foi sua estada em Alcântara e entrado entretanto na casa dos trinta anos, ao aproximar-se dos 32 anos de idade o veterano e experiente guarda-redes Pinho deixou a 1ª Divisão Nacional e rumou ao distrito de Viseu para ingressar na equipa do Lusitano de Vildemoinhos, então a militar na 2ª Divisão Nacional. E jogou ainda no União de Lamas, então treinado pelo seu antigo colega Barrigana, tendo-se sagrado Campeão na subida do clube dessa época, à 3ª Divisão Nacional.
Posteriormente Pinho emigrou para França, vivendo na pátria de Napoleão durante anos. Regressou mais tarde a Portugal, acabando por falecer num lar de terceira idade na cidade do Porto, segundo chegou ao conhecimento público. Falecido a 10 de outubro de 2005. Tendo ficado, por fim, sepultado na sua terra, na atual vila de S. Roque, no concelho de Oliveira de Azeméis.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))
Mais um bela recordação de um grande guarda-redes dos muitos que já passaram pelo nosso clube.
ResponderEliminarAbraço
SR Armando Pinto fiquei muito feliz por ver alguém a contar um pouco da história do meu tio Pinho que foi um grande guarda-redes que ficou para a história do F.C.P só venho corrigir que o meu tio foi imigrante na França e foi sepultado na sua terra natal Vila de S.Roque Oliveira de Azeméis obrigado por se lembrar deste grande guarda-redes meu Tio MANUEL PINHO um abraço
ResponderEliminarBoa noite. Temos muitas fotos do casamento do seu tio Pinho. Os avós do meu marido foram padrinhos de casamento. Se quiser, PF. Contacte csantarem@gmail.com
EliminarAgradeço ao senhor Carlos Pinho o seu comentário, que muito me sensibiliza por ver que ainda vai valendo a pena irmos aqui lembrando valores que apreciamos. Gostei muito. E agradeço também os esclarecimentos, cujas involuntárias duas incorreções já corrigi, repondo a verdade - pois fui enganado nesse aspeto pelo que li nalgumas publicações. Mas agora julgo que estará como deve ser e o grande guarda-redes Manuel Pinho merece. Grande abraço e comente sempre que veja interagir, pf.
ResponderEliminarArmando Pinto
Era primo do meu pai,Manuel Gomes da Silva,e eu com 12 anos de idade junto com meu pai assistimos,no Maracana,o jogo Porto x Fluminense.Nesse jogo o Pinho foi sensacional ao ponto que nos comentários nos jornais,no dia seguinte diziam que ele não era Pinho,mas sim "madeira de lei". Depois com meu pai fomos visitá-lo no Hotel onde estava a delegação do Porto.
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