Lemos num artigo interessante da página “Zerozero” umas
quantas referências, lembradas na pertinência atual da vinda para o F C Porto
do jovem Hernâni Santos Fortes, esperança surtida de Guimarães para o Dragão da
invicta. Sobre alguns futebolistas que vestiram de azul e branco, depois de
terem envergado a camisola branca vitoriana. Caso esse que, contudo, transporta a alguns acrescentos, porque deixou
esquecidos alguns nomes referenciais na crónica em apreço. O que nos leva a voltar ao
mesmo tema.
Vemos na referida narrativa:
«Utilizando a atual rede de autoestradas, de Guimarães
chega-se ao Porto em aproximadamente 30 minutos (A7 e A3).
Ao longo dos anos, muitas e variadas foram as formas que
jogadores provenientes da cidade berço encontraram para chegar à cidade Invicta
para representar o FC Porto.
De Zlatko Zahovič a Capucho, sem esquecer Pedro Espinha,
Laureta, Fredrik Söderström ou Pedro Mendes, entre outros, muitos foram os
atletas que trocaram o preto e branco de Guimarães pelo azul portista. Nos
últimos tempos, foram Hernâni, Ricardo Pereira, Tiago Rodrigues a fazer esse
percurso. No entanto, estes dois últimos ainda não conseguiram impor-se de
dragão ao peito. Luiz Felipe trabalhou com Ricardo Pereira e Tiago Rodrigues no
berço da nação e acredita que «mais tarde ou mais cedo vão triunfar» na casa
portista. O treinador salienta, porém, a «excelência competitiva» que reina no
emblema do Dragão.
«O FC Porto é um clube que tem muitos jogadores, tem uma
grande formação, uma equipa B, uma equipa A e, portanto, não é fácil e nem tem
sido fácil para qualquer jogador se impor, venha ele de onde vier», explicou em
entrevista ao zerozero.pt, este antigo treinador dos mais recentes atletas que
trocaram Guimarães pelo FC Porto.
Seja como for, Luiz Felipe crê que quer para Tiago
Rodrigues, Ricardo Pereira e até mesmo Hernâni «o FC Porto, como grande clube
que é, sabe dar o seu tempo e na altura certa vai lançá-los».
Hernâni chegou ao FC Porto no último dia do mercado de
transferências, enquanto que Ricardo Pereira e Tiago Rodrigues chegaram na
época 2013/2014.
António Teixeira trocou Guimarães pelo Porto e ainda hoje
está na história
De todos os jogadores que trocaram o Vitória de Guimarães
pelo FC Porto, António Teixeira foi aquele que mais golos apontou ao serviço
dos dragões. Natural de Lisboa, Teixeira fez a sua formação no Benfica mas
mudou-se para a cidade berço, em 1951. Na temporada seguinte foi para o emblema
portista onde cumpriu 193 jogos oficiais, tendo apontado 142 golos.
António Teixeira é ainda hoje o quarto maior goleador da
história azul e branca, só superado por Gomes, Hernâni (Ferreira da Silva) e
Jardel.» (Fonte:Zerozero)
Ora, sendo certo que esses nomes são mesmo casos que ficaram
e estão na memória do panorama futebolístico luso, outros houve que importa não
esquecer, quão importantes foram. Até admirando como possam não ser lembrados… Tal foram Djalma e Gualter, por exemplo. Um em
finais da década de sessenta e o outro na primeira metade da de setenta, do
século XX.
Djalma foi um avançado brasileiro que era um autêntico quebra
cabeças para os defensores contrários. O qual, tendo dado nas vistas na sua
passagem por Guimarães, cativou as atenções dos responsáveis pela equipa do F C
Porto e levou a que se desse uma transferência badalada, na época. Sobre ele havia
uma quadra popularizada: “Djalma, grande craque / toda a gente diz p’raí / com
tal habilidade/ como outro inda não vi”… E, era mesmo assim, um furador de grande
área, com talento e garra, a que juntava um feitio de se não deixar ficar, de
responder às agressões, o que levou a ser tido por irrascível nalguns “mentideros”
(sítios de opinião), ao tempo… Djalma que, apesar de ter sido nome de prestígio
no F C Porto, como foi dos tempos difíceis… apenas conseguiu um grande triunfo,
como foi ter estado na final da vitória da Taça de Portugal, em 1968. Acabando, depois, por ter saído do clube derivado a sua vida atribulada, mas com rasto. Porque para quem segue o futebol à distância, interessando sobretudo o que fez com a camisola vestida, por paixão clubista, ele sempre ficará
na memória pelo que fazia em campo…
Já depois de Djalma ter deixado de vestir a camisola azul e
branca, seguiu-se Gualter, na mira apreciativa do clube que era ainda um Dragão
adormecido, nessas épocas. Mas sem estar distraído… Tanto que nas Antas houve então quem soubesse
lutar pela vinda de Gualter. Como se sabe por ter sido escondido (na quinta da
Fonte da Vinha, a servir de refugio paradisíaco, junto ao rio Douro, propriedade
essa do antigo presidente portista Sebastião Ferreira Mendes), para, assim, ter sido evitada a cobiça alheia, por o Benfica ter tentado levá-lo para Lisboa, por
esses tempos em que, lá pelas bandas da antiga Luz, conseguiam tudo o que
queriam…
Enfim, isto dava pano para mangas. Mas como, de outras
vezes, já referenciamos estes valores portistas do passado, desta feita ficamos
pela lembrança, como dois bons exemplos de bons futebolistas vindos da cidade
berço da nação para a capital do Norte do país e que ficaram nos corações dos
adeptos do grande clube português espalhados pelo mundo.
Armando Pinto
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Lembro-me também do Paquito, que no Guimarães marcava golos que se fartava e que no F.C. Porto só marcou 2 ou 3.
ResponderEliminarAbraço
Uma boa recordação, sobretudo pela afirmação desses grandes jogadores. Podendo-se ainda dizer que o C. Pinto foi dos maiores no F C Porto. Infelizmente teve de sair porque na altura o treinador Teixeira o dispensou, mas ele no Guimarães mostrou que isso foi injusto. Infelizmente os referidos no artigo da época da chegada do Hernâni, não corresponderam ou não fora bem aproveitados. Coisas do futebol.
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