Está na atualidade, do horizonte próximo, a possibilidade do
F C Porto vir a alcançar a marca do golo 5000 do campeonato nacional, perante o
próximo golo que venha a ser marcado na Liga Portuguesa. Algo que relaciona ao
caso das curiosidades, sempre atraentes pelas metas a atingir e objetivos
entretanto alcançados.
Entre muitos factos memoráveis de interesse, como são
acontecimentos que se podem considerar marcantes, há os casos dos golos especiais, quer
nas somas que vão acontecendo (quanto no caso do 5000 de visão atual), quer como nos
primeiros marcados em determinado momento ou local. Logo lembrando o de Kelvin,
ao minuto 92, que fez ajoelhar a legião encarnada, em 2013, mas também
o primeiro marcado no estádio do Dragão, por Derlei, em 2003, tal como o primeiro do F C Porto
no estádio das Antas, por Vital (pai), em 1952, etc.
Nessa linha, assim, aproveitamos para lembrar aqui uma
curiosidade dessas, como é o facto do F C Porto estar ligado a um estádio
brasileiro, o recinto do São Paulo, Morumbi de seu nome mais conhecido.
Ora, segundo rezam as crónicas, o estádio do Morumbi,
denominado Cícero Pompeu de Toledo, foi inaugurado duas vezes, sendo a
primeira, pré-inauguração, ainda com o estádio inacabado, em 1960; e dez anos
mais tarde, em 1970 a inauguração definitiva. Segundo a história, um jogador do
clube paulista, chamado Peixinho, fez o primeiro golo do Morumbi (com que foi
também selada vitória por 1-0 sobre o Sporting de Lisboa); porém, na inauguração
oficial e definitiva, com o estádio concluído, quem fez o golo inaugural do
estádio foi um futebolista português, ao serviço do F C Porto.
Com efeito, sob assistência de mais de cem mil torcedores no
estádio, o jogo inaugural do Morumbi (já concluído) foi entre o São Paulo FC e
o FC do Porto, sendo o primeiro golo da autoria de Vieira Nunes, do clube
português, aos 32 minutos do primeiro tempo, tendo o marcador final ficado num empate de 1-1.
Assim sendo, a inauguração verdadeira do Morumbi ocorreu no
dia 25 de Janeiro de 1970. Então, o desafio inicial, jogo de inauguração, foi
entre o São Paulo e o F C Porto, na partida em apreço, empatada no fim com um golo para
cada lado e em que Vieira Nunes abriu a contagem para a equipa portuguesa, aos 32
minutos de jogo; e o São Paulo empatou aos 35 minutos, também do primeiro
tempo. Segundo os números oficiais, o árbitro da partida foi José Favilli Neto
e o público foi de 107.069 espectadores presentes (sendo desses, 59.924
pagantes).
Lá está uma placa a assinalar todo o acontecimento, para
realce da presença do F C Porto na inauguração, além do Presidente da República do Brasil, general Emílio Garrastazu Médici, e do governador
paulista, Abreu Sodré, nomes constantes da lápide comemorativa, então
descerrada. O F C Porto alinhou com: Vaz; Acácio, Valdemar, Vieira Nunes
e Sucena; Pavão e Rolando; Eduardo Gomes, Chico Gordo (depois Seninho), Custódio Pinto (mais tarde substituído
por Ronaldo, então avançado) e Nóbrega.
Dessa ocorrência ficam aqui algumas fotos correspondentes,
como se pode ler pelas legendas respetivas, insertas nas gravuras originais.
Armando Pinto
Vieira Nunes era cunhado do Artur Jorge, colega e amigo dele desde os juniores no Porto e depois na Académica em Coimbra. Defesa forte e com técnica, jogou nos tempos em que o FC Porto não ganhava campeonatos ainda.
ResponderEliminarGrande jogador. Lembro-me dele, nos anos Sessenta, na Académica, na fase gloriosa da Briosa! Com o Rui Rodrigues, o Celestino, e Marques,. era uma muralha quase intransponível
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