Desapareceu hoje fisicamente um grande senhor nascido no Norte
de Portugal, Portuense de gema e Portista de carácter – o cineasta Manuel de
Oliveira, decano dos realizadores cinematográficos.
Manuel de Oliveira, venerando realizador de cinema, era na vida real um personagem de longa
duração, tanto que durou 106 anos, tendo filmado até aos 105, quase até ao fim
da vida, e mesmo assim se achou não ter tido o tempo suficiente para concretizar
todos os seus projetos. E o mesmo, realizador de Aniki-Bóbó, praticamente faleceu
a fazer filmes. A curta-metragem O Velho do Restelo, realizada no ano passado,
completou uma extensa filmografia de quase sete dezenas de títulos, iniciada,
há mais de oito décadas, em 1931, com outra curta, Douro, Faina Fluvial.
Natural
da cidade do coração de D. Pedro de Portugal e do Brasil, era Manuel de
Oliveira também homem de grande coração, além da sua forte personalidade e apurada
visão na arte do cinema.
Escusado será desenvolver o currículo grandioso deste grande
nome das Artes, tal a profusão de artigos que a comunicação social lhe dedica
por estas horas, na maior parte das vezes com textos retirados de
enciclopédias. Apenas diremos, nesta escrita sentida, que Manuel Oliveira, esse
sim, era um dos que merecia colocação no panteão nacional. Mas ele por certo que não queria e o Porto merece tê-lo, entre os seus, em plena cidade do Porto.
Um dos seus atos que não passaram despercebidos foi a recusa
em alinhar com a hipocrisia de Rui Rio, não tendo querido receber a distinção
que esse então presidente da Câmara Municipal do Porto lhe queria dar, ante
tratamento nada condizente no caso verificado para com o famoso cineasta. E,
pouco depois, aceitou com honra receber uma outra distinção, da parte do
Futebol Clube do Porto, como digno representante da sua cidade e dileto clube
do coração.
Desse momento, que dispensa comentários, recordamos a
efusiva alegria com que Manuel de Oliveira recebeu o Dragão de Honra, na foto ao
cimo.
Manoel de Oliveira morreu na manhã desta quinta-feira, na
sua casa na Foz, no Porto, poucos minutos antes do meio dia, de paragem
cardíaca. O corpo estará em câmara ardente a partir do final da tarde,
num salão da igreja de Cristo Rei. E o funeral realiza-se sexta-feira, pelas
15 h 00, com uma pequena cerimónia religiosa, seguindo depois para o cemitério de
Agramonte, no Porto.
O Governo decretou dois dias de luto nacional e a Câmara do
Porto, agora presidida por Rui Moreira, decidiu dedicar três dias de pesar a
este filho ilustre da cidade.
Armando Pinto
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No dia da morte de manuel Oliveira os jogadores do Porto deviam ter outra atitude. Apesar das habilidades do Xistra enviado pelo sistema, o Porto não soube enfrentar os ódios do clube associado dos mouros na Madeira. Há ali alguns que não sabem reagir, logo não deviam vestir a camisola do FC Porto. E o treinador mais uma vez não conseguiu vencer em jogos de matar. Tristeza. Pinto da Costa está a deixar-se levar ou a ser levado, o clube está a perder luta e o treinador está a perder-se nas guerras dos jornais e televisões dos mouros, coisa que devia estar a cargo do Antero Henriques e seus ajudantes. Manuel Oliveira e a nossa Páscoa mereciam outro comportamento dos que ganham dinheiro e não é pouco com o futebol, pelo menos.
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