Sobe a temperatura ambiental, nesta época de florescência da
natureza e na proximidade à festa anual da Páscoa, e aquece o ambiente em
diversos aspetos da vivência normal, com o desporto a não fugir à regra pela
atração que suscita. E, tal como em política social tem havido pessoas a
estragar a vida de muita gente, tal a corrupção que levou à maior crise sentida
pelas gerações ainda vivas, também no fenómeno desportivo há ainda quem não
olhe a meios para atingir seus fins. Levando a que no seio da família portista
haja um sentimento dorido, ante os “estorilgates” de ontem e hoje, os “túneis”
do futebol e “mesas” do andebol, os casos de apitos encarnados não investigados
quer no futebol como no hóquei, e por aí adiante. Enquanto se espera que o F C
Porto deixe de estar oficialmente silencioso e volte a meter peito ao espírito
lutador de outrora. O que faz vir acima, como azeite em lamparina, a lembrança
da antiga liderança de Pinto da Costa e Pedroto, assim como também Sardoeira
Pinto, na defesa do F C Porto.
Faz parte da história da transformação do futebol português
a luta empreendida por Jorge Nuno Pinto da Costa e José Maria Pedroto em finais
dos anos setentas, a partir de quando foi possível o F C Porto ter voltado a
ser campeão de futebol sénior, bem como ficou famosa a posição de Sardoeira Pinto
como dirigente associativo na defesa do F C Porto, a pontos de ter sido
suspenso federativamente e só mais tarde foi reabilitado. Factos históricos hoje
integrantes dos compêndios da memória, que urge reavivar, antes que seja tarde
e Inês morta, como dizia um dito épico… voltando tudo ao antigamente.
A propósito, vai ser atribuído ao auditório do museu do
clube, e muito bem, o nome do que durante muitos anos foi representante da
Família Portista, o Presidente da Assembleia Dr. Sardoeira Pinto; assim como tem
o nome de José Pedroto o auditório do estádio do Dragão. Porque no F C Porto,
felizmente, ainda vai havendo também cultura da memória. Pois, como grande
coletividade que é, o clube transporta e transmite o legado que representa,
tanto como faz história em resguardar o passado. É respeitando o passado que se
constrói o futuro e só tendo memória se é digno dum porvir à mesma medida.
Desse modo, este nosso grande F C Porto, detentor de numerosa falange de
apoiantes, sabendo dignificar sua história e o pulsar de sua gente, deverá
também memorizar algo de outros nomes de tempos antigos e outros mais ou menos ainda
na memória viva. Sendo já tempo de em frente ao Dragão haver um monumento, por
exemplo, a simbolizar com grandiosidade a Alma Portista, onde possam ficar
celebrados alguns futebolistas referenciais do clube, sendo o estádio de
futebol, o desporto rei.
Com estes e alguns mais vultos da história do futebol portista na
recordação (ilustrados acima, através de antigos cromos, a que deitamos mão por
meio de imagens do grupo de facebook “Cromos da minha infância” e do “Blogue do
Porto”), não descuramos a ideia do presente, contudo. Sendo também tempo do F C
Porto se fazer ouvir e respeitar…
Como dizia um consócio amigo, dos que sabe do que fala, o F
C Porto hoje está a ficar demasiado calado, sem o espírito guerreiro doutros
tempos, afastado e que parece não sentir o pulsar dos adeptos, quão reage quase
só através dos treinadores, mesmo perante situações que colocam tudo em causa.
Algo que leva a interrogar se será para continuar ou finalmente a comunicação
retorna a ser o que era?! Porque o F C Porto é muito grande e merece respeito,
de tudo e todos.
Ora, o F C Porto, forte baluarte do desporto e instituição
de grande valor patrimonial humano e físico, consubstancia-se no seu agregado,
identificando-se no sentimento de seu povo, tal a multidão de gente apoiante
que se identifica e vive a identidade clubista do que é o clube Dragão
português. Detendo naturalmente algumas referências maiores, como é o caso dos
três timoneiros referidos: um antigo Chefe do Departamento de Futebol do F C
Porto e depois e atualmente Presidente da Direção e da SAD do mesmo clube
Dragão; um treinador e mestre na reorganização do futebol no clube; e um antigo
dirigente Associativo e por fim Presidente da Assembleia Geral do F C Porto.
Mas mais, por quanto fizeram pela sua parte, lutando dentro do campo, também os nomes mais famosos do Historial Portista, como
referências-mores do futebol azul e branco, tal os casos de uns Valdemar Mota, Siska, Artur Pinga, António Araújo, Hernâni, Virgílio, Américo, Festa, Fernando Gomes, João Pinto, Deco, Vítor Baía, entre outros, de quantos estão eternizados envergando camisolas do F C Porto e fazem parte
do valioso património humano digno de ser celebrado.
Como amostra do merecimento de tais nomes sonantes,
recordamos sua aura através de algumas crónicas lavradas por autores adeptos de
clubes de Lisboa, transpondo para aqui respigos do livro “O Século do Desporto no Século XX”,
publicado em fascículos pelo jornal A Bola, e do “Livro dos Craques do Porto”,
editado em 2001 pela Quidnovi.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens, para ampliação )))
Sinto uma enorme honra e igual orgulho por ter pertencido a uma geração que viveu e de algum modo participou nas feitos e glórias do nosso grande Clube e ter conhecido uma plêiade de Homens que nos legaram um passado de exemplo de luta e grande determinação para que hoje nos possamos orgulhar de ser um Clube dos maiores do mundo.
ResponderEliminarFelicito-o por mais este excelente trabalho que nos proporciona.
DRAGÃO, SEMPRE!
Dou toda a razão ao que escreve e concordo plenamente com a ideia do monumento, coisa que nos leve a querer fazer fotografias junto a um tal monumento, etc. Ao ar livre, à vista de toda a gente. Sabemos que os pequenos monumentos de Pavão e Rui Filipe estão dentro da zona vip do estádio. E que é feito do monumento de homenagem a Afonso Pinto de Magalhães que nas Antas estava perto da coluna do Pavão?
ResponderEliminarPOR FAVOR AS FLORES DAO-SE EM VIDA !!
ResponderEliminarPARA QUANDO UMA ARTÉRIA, AVENIDA OU PRAÇA COM O NOME
JORGE NUNO PINTO DA COSTA ???