Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Quebrada a malapata…! FC Porto finalmente vence para o Campeonato da Liga de futebol, diante do Braga. Confronto propício para outra evocação memorial...


O FC Porto, com boa exibição, reduziu o forte Sporting de Braga a uma mera equipa defensiva, mas a bola não havia meio de entrar… até que, já no período de descontos, o jovem Rui Pedro, que havia entrado para reforçar o ataque, marcou o golo que estava fadado.


Parecia até haver algo surreal, qualquer coisa maldita, qual maldição de bruxaria, mesmo que mental de quem fazia figas para que o FC Porto ficasse longe dos lugares cimeiros, fosse como fosse. Depois de tantas roubalheiras das arbitragens, estava a interiorizar-se que se sucederia a fase dos empates, com a bola a não entrar nas balizas dos adversários, tal o estado de ansiedade e falta de discernimento que a equipa azul e branca patenteava. Eram remates ao poste, guarda-redes e seus defensores a meter o corpo quase em cima do risco, empurrões, ao jeito das famosas placagens à sistema limpinho, limpinho... de tudo acontecia. Mas de tanto teimar, o golo surgiu, enfim.


Felizmente, Rui Pedro conseguiu quebrar o enguiço, destruir defumadouros psíquicos e voltar a dar alento às Hostes Portistas que tanto ansiavam esta vitória.


Ficam desconsolados os que já esfregavam as mãos, pensando no que iam escrever e dizer sobre mais um empate, mas desta vez a bola entrou mesmo. Era demasiado injusto que tanto ataque à baliza contrária não surtisse efeito. Porque, pese o que se pense cá fora, a mensagem interna tem sido forte, como se nota no facto da equipa não sofrer golos há bom tempo e desenvolver jogadas dirigidas ao reduto do outro lado do campo, mas estava a faltar a bola entrar, em golo validado pela arbitragem, finalmente. O que já havia sucedido antes, em mais golos anulados,  desta vez um por inventada falta e outro por pretenso fora de jogo à lupa, tal como havia acontecido no jogo anterior num fora de jogo duvidoso. Qal o caso de na dúvida o FC Porto ser sistematicamente prejudicado. Só que neste caso, este sábado, a jogada decisiva nasce num bom passe, a rasgar a defesa, e Rui Pedro surgiu de trás, por entre os defensores bracarenses, senão teria havido mais algum fora de jogo tirado ao milímetro de olhos vesgos.

Mérito também no desenrolar do prélio para o guarda-redes bracarense que, além de antes da marcação da penalidade se ter mexido à farta, teve sorte de se ter atirado para o lado que o André Silva rematou, no penalti não convertido pelo FC Porto, mas depois acabou por realizar uma daquelas exibições que alguns guarda-redes costumam fazer muito quando defrontam equipas grandes, estando naturalmente mais em ação e com o passar do tempo ganharem confiança.

O caso, se bem que sem ter tanto a ver, nesse aspeto, dá oportunidade para, num espaço também de memória como este, lembrarmos um guarda-redes que noutros tempos foi grande no futebol português ao serviço, precisamente, quer do FC Porto como do Braga – o guardião Armando. Esse mesmo Armando Silva que defendia muitos penaltis, não tanto por acaso, mas com frequência, sendo como era isso uma das suas especialidades. Puxamos assim aqui para nós a recordação desse bom guarda-redes de outrora, o sr. Armando Pereira da Silva que admiramos e temos como amigo de longa data, a propósito deste embate entre o FC Porto e o Braga, evocando uma das vezes em que o mesmo se exibiu à altura num jogo entre as suas duas equipas – como se pode ver em duas imagens, com duas das suas intervenções.


Agora, regressando à atualidade, o FC Porto volta a aproximar-se dos lugares da frente, em fim de semana que o Benfica perdeu porque desta vez não teve árbitros a ajudar. Ficando a sensação que, se a equipa portista passar a atuar com serenidade e confiança, tudo será sempre possível.

Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))

3 comentários:

  1. Rui Pedro, 18 anos, só vestiu uma camisola desde que é futebolista, a nossa, lindíssima, azul e branca, e despiu-a ontem, por breves momentos, para festejar o golo que marcou na estreia no campeonato nacional e que valeu a vitória sobre o Braga. Não foi fácil quebrar a seca de golos, mas o prémio de tanto ataque chegou na compensação pelo tempo perdido pelos minhotos – e sobre isso podíamos escrever uma tese…

    O FC Porto teve muitas, muitas oportunidades mas esteve à beira de sofrer mais um nulo, porque a bola parecia que não queria entrar. Marafona, guarda-redes do Braga, nos intervalos das longas perdas de tempo fez uma grande exibição, a que se juntaram meia dúzia de bolas que só não entraram porque a sorte do jogo saiu sempre ao vermelho. Só que, como disse no final Rui Pedro "uma pessoa quando sente o FC Porto no coração, é ate ao fim". O avançado foi naturalmente o MVP do jogo e é mais um jovem da formação do FC Porto a mostrar muita qualidade, como se viu na finalização de classe que decidiu o jogo.

    A nossa equipa encurtou a distância para a frente, mas tão ou mais importante voltou a mostrar união, solidariedade e vontade de alegrar os adeptos, que também acreditaram até ao fim e apoiaram do primeiro ao último minuto. A festa do golo teve de tudo, com Nuno Espírito Santos aos saltos, os jogadores abraçados e lágrimas de Luís Gonçalves, porque, como diz Rui Pedro, "uma pessoa quando sente o FC Porto no coração, é ate ao fim". A única nota negativa do jogo foi a saída prematura de Otávio, que sofreu uma lesão na parede abdominal que será reavaliada no treino de hoje, quando começa a preparação para o jogo de quarta-feira com o Leicester.

    Já mais a frio, Nuno Espírito Santo disse estar feliz "essencialmente pelos jogadores e principalmente pelo Dragão", que pelo apoio "merecia esta vitória", para depois acrescentar: "Importante é a conquista dos três pontos e com este momento potenciar o nosso crescimento e continuar a acreditar, porque não nos vamos render".

    Dragões Diário

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  2. Muitos anunciavam o falecimento inevitável do Futebol Clube do Porto, após quatro jogos sem marcar golos e concluídos com empates. Ouvi, vezes sem conta, e em tudo que é canal nos noticiários desportivos ou não (agora, só esporadicamente dou uma espreitadela aqui e acolá, em zaping, pelos painéis descoloridos dos Marretas da bola)esta campanha orquestrada visando desmoralizar os seguidores do nosso Clube, negando a possibilidade de uma recuperação na tabela classificativa como se a prova maior estivesse destinada a um dos dois clubes da segunda circular alfacinha, antes do próximo Natal.

    Este jogo contra o ambicioso SC de Braga continha um risco elevado no caso de insucesso, confirmado pelo modo como a partida decorreu. Contudo, a jovem equipa do FC do Porto logrou fazer um jogo fantástico conseguindo superar as contrariedades que a partida ofereceu, cortando por agora a lenga lenga derrotista que jogavam contra nós. Foi o bom jogo praticado pelos jogadores e pela Equipa e porque, desta vez, em nove dos dez jogos antes realizados a arbitragem não conseguiu roubar-nos o triunfo.

    Confio que a descompressão terá influência no futuro bom rendimento da equipa e aumente a confiança dos adeptos no trabalho do treinador e no empenho dos jogadores. Encurtamos a distância pontual em relação do primeiro lugar e se vencermos na próxima jornada teremos oportunidade de encurtar as linhas relativamente a um deles ou a ambos.

    Estamos na luta, SOMOS PORTO, NÃO DESISTIREMOS, NUNCA!

    DRAGÃO, SEMPRE!

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  3. Mais uma abordagem à maneira. Incluindo raridades que não se lêm noutros sítios, como o facto importante do guarda-redes do Braga ter andado aos saltos durante a espera do apito do árbitro e se atirado antes do remate, no penalty. O Marafona que abusou da manhosice para perder tempo, deitando-se no relvado tempos infinitos, com a complacência do árbitro. Mostrar-lhe depois um cartão amarelo numa ocasião dessas, depois de muitas vezes se ter repetido o ato, é gozar com os assistentes, pois sabe-se que não resolve nada, porque o árbitro não quer depois mostrar-lhe novo cartão, e enquanto se passa isso, mais tempo passa.
    Foi uma arbitragem habilidosa, com dois golos mal anulados, para não variar, e o restante da galhofada do costume.

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