O Campeão voltou. Estando a um escasso ponto a distância do
alcance do título de campeão, a duas jornadas do fim do campeonato, o FC Porto
está quase, quase, a alcançar o título de campeão nacional, após a espera de
quatro anos que estavam a ferir a justiça desportiva, ante tudo o que se tem
passado (e leva inclusive a estarem em investigação os campeonatos precisamente
destes últimos anos).
E a História avança e recua... repete-se e reveza factos e argumentos.
Perante toda a ambiência relacionada, este Campeonato da
Liga de 2017/2018 é tão saborosamente especial como foram determinadas
conquistas do FC Porto. Entre todas, para não recuar muito já, basta lembrar apenas relacionamento relativo ao tempo de vida de pessoas que sentiram e sentem as vitórias do período da
transição política do Estado Novo para a democracia pós-25 de Abril. Tais foram,
por exemplo, depois da geração valiosíssima da década dos anos cinquentas (em
que foi conseguido suplantar atropelos graves como o caso-Calabote), a sucessora
conquista da Taça de Portugal de 1968, metendo então uma lança na áfrica dessa época em
que o plantel era valioso e só não conseguiu mais pela situação regimentar do
sistema BSB, por quanto representou essa espécie de ponte obtida na presidência
de Afonso Pinto de Magalhães e afirmação de classe da equipa que possuía grandes
valores como Américo, Pinto, Pavão, Nóbrega, Valdemar, Rolando, etc, etc. Até
mais tarde Pedroto e Pinto da Costa terem metido peito às balas em luta contra
os roubos de igreja, ajudando a que fosse possível o título de 1977/78, que fez
chegar o espírito do 25 de Abril ao futebol e terminou com o longa travessia do
deserto do desporto português. Dando origem a tudo o que se seguiu.
Ora, sendo o FC Porto algo especial, também, que se funde no
sentimento dos apoiantes, está a pairar finalmente bem estar e autoestima que consubstancia
a boa causa e justa recompensa da justiça e retidão, em abono da grandeza de
alma. Sendo este título de campeão nacional a vitória do bem contra o mal, da
retidão diante da batota e malvadez, ao que o Benfica tem revelado perante a
evidência da correspondência informática tornada pública desde há
já cerca de um ano a esta parte.
Chega agora o ponto do campeonato à vitória do FC Porto na sempre difícil deslocação à Madeira e distanciamento de cinco pontos sobre o Benfica e o Sporting, os quais passam a discutir apenas entre eles o 2º lugar tradicionalmente primeiro dos últimos... enquanto o FC Porto está quase a agarrar a Taça de Campeão do Campeonato da Liga.
Não pediram os adversários para meter o Marega ? Nós temos o Marega para "meter"!
Com a proximidade da materialização deste sonho coletivo, volta a ficar atualizado o Hino do
FC Porto, começado como é seu canto heroico exatamente em exaltação à condição de
Campeão. Transbordando assim o mar azul que Sérgio Conceição conseguiu animar. Além
de ter sabido formar a equipa, como bem sabemos. A ponto de tornar Marega herói,
na sua forma de jogar a dar corpo atacante ao valor das prestações de
Casillas, Alex Teles, Felipe, Herrera, Brahimi, Tiquinho Soares, etc. Tal como
revigorou o goleador Aboubakar, bem como ajudou ao verdadeiro aparecimento de
Sérgio Oliveira. E conseguiu gerir ante o que se dizia e receava quanto às
limitações do plantel. Enfim, fazendo acreditar que era possível, como está em
vias de ser.
Agora o coração fica mais descansado, embora com ansiedade
pela visão muito próxima da concretização. E o Dragão vai ter domingo mais uma
noite inesquecível, tal a possibilidade da conquista deste campeonato tão
ansiado e merecido.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))
OBS.: Agora que o FC Porto volta também à linha dos êxitos e assim continua a ser o único clube português a ter conseguido por ora o título de Pentacampeão Nacional, recorde-se a chegada de Sérgio Conceição ao Dragão como treinador - conf. (clicando em)
A.P.
«Um ponto. Um ponto é tudo o que separa o FC Porto de um título que ninguém merece mais do que este clube, este treinador, estes jogadores e estes adeptos (como a receção apoetótica à equipa no aeroporto voltou a provar). Ontem, num terreno difícil e frente a um adversário com muita qualidade, os Dragões venceram o Marítimo por 1-0. Foi um cabeceamento potente de Marega, ao minuto 89, que permitiu, pela primeira vez em seis anos, resgatar os três pontos dos Barreiros para a Invicta.
ResponderEliminarAs contas do título são fáceis de fazer. O FC Porto tem mais cinco pontos do que Benfica e Sporting e tem vantagem no confronto direto com os dois adversários. Como faltam disputar seis pontos, os Dragões precisam de apenas um para conquistarem o campeonato. Se houver empate, no sábado, no dérbi da capital, os azuis e brancos fazem a festa no conforto do sofá, na véspera de receberem o Feirense no Dragão.
Jorge Nuno Pinto da Costa falou no final do jogo e alertou: “Ainda não ganhámos nada. Fala-se das coisas depois de acontecerem, não antes”. O presidente reconheceu, de qualquer forma, que ficou feliz pela vitória: “Sempre que ganhamos fico satisfeito, em qualquer terra. Na Luz de uma maneira especial, mas é mais normal ganhar na Luz do que aqui”.
“Jogar na Madeira nunca é fácil”, mas “os jogadores tiveram um espírito fantástico” e fizeram o que se impunha até Marega marcar o “golo merecidíssimo”. É assim que Sérgio Conceição resume uma partida que não valeu mais do que três pontos: “Isto ainda não acabou, ainda nos falta um ponto para sermos campeões”. Até porque, no FC Porto, “não há festas antecipadas”.
Iker Casillas concorda com o treinador: “Falta dar um pequeno passo”. O guarda-redes reconhece que o título está “mais fácil” do que antes, mas deixa um alerta: “Já vi muitas coisas no futebol”. O caminho passa por trabalhar para vencer o Feirense, apesar de o espanhol até preferir festejar mais cedo: “Prefiro ganhar o quanto antes. Cabe-nos preparar o jogo de domingo da melhor forma. Se der para festejar no sábado, melhor”.»
("Dragões Diário")