Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 12 de março de 2019

Efeméride - Naturalização de Miguel Siska


«No dia 12 de Março de 1926 o guarda-redes Mihály Siska naturalizou-se português, passando a chamar-se Miguel Siska, nome que ficaria gravado a ouro como um dos mais relevantes de mais de um século de história azul e branca.»

Portugal vivia ainda aqueles tempos algo conturbados de finais da Primeira República, mas ainda sem ter chegado o tempo da ditadura que apareceria quase dois meses e meio depois, perante o golpe militar encabeçado por Gomes da Gosta, secundado por outros, como Mendes Cabeçadas. Conforme é da história. E o futebol português ainda dava primeiras correrias atrás da pesadona bola de capa, com jogadores que chutavam e davam cabeçadas trajados de camisolas largas e calções pelos joelhos, mais botas artesanais, se não de chancas pelo menos de travessas grossas e protetores a engrossar o couro. Sendo que ao final desse mesmo mês o organismo organizativo da modalidade, criado em 1914 como União Portuguesa de Futebol, passou a ter outro nome, mudando de UPF para Federação Portuguesa de Futebol.  

Siska viera então reforçar o futebol do Futebol Clube do Porto e depressa se impôs, tendo-se afeiçoado à cidade do Porto de tal modo que depois se naturalizou português, como agora evocamos. E durante anos foi o grande guarda-redes que povoava o imaginário dos admiradores do jogo da bola.

= Da revista “A VIDA DO GRANDE CLUBE NORTENHO”, Extra Seleções Desportivas, publicação de 1978, por Luís César =

Num caso desses, então, um dos seus admiradores era um jovem que ao tempo ansiava também um dia defender a baliza do seu FC Porto, o qual dava pelo nome de Américo Ferreira Lopes. Como era relatado no livro biográfico anos mais tarde dedicado na coleção Ídolos do Desporto ao guarda-redes Américo, que conseguira mesmo chegar à camisola nº 1 do FC Porto:

«SOB O SIGNO DE MIHALY SISKA
Quando Américo nasceu, em 1933, Portugal desportivo vibrava de entusiasmo com as proezas de um outro guarda-redes que defendia a baliza do F. C. Porto e que era, nessa altura, justamente considerado o melhor “Keeper” existente no país. Era húngaro de origem, chamava-se Mihaly Siska e viera jovem para o Porto…»


Pois Siska foi mesmo um grande guardião do FC Porto, merecedor de ser eternamente lembrado. Como neste espaço de Memória Portista entretanto tem sido aconchegado memorialmente. E tal como se evocou anteriormente na data comemorativa de sua estreia e por outras ocorrências, também a oportunidade da efeméride da sua naturalização faz jus a mais uma lembrança. Desta vez com mais algumas imagens de ilustração e inclusive recortes de fichas de seu currículo em publicações reportadas a fastos do FC Porto.

= Do livro “FCPorto figuras & factos 1893-2005”, de J. Tamagnini Barbosa e Manuel Dias =


ARMANDO PINTO
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