«A 12 de maio de 1935, reforçando a tendência de ganhar
sempre a primeira edição de qualquer competição, o FC Porto garantiu a
conquista da I Liga, na sequência de um empate a dois golos frente ao Sporting,
em Lisboa (2-2). Lopes Carneiro e Nunes marcaram os golos da equipa orientada
por Joseph Szabo, que apresentou o seguinte onze: Soares dos Reis; Avelino e
Jerónimo; Nova, Álvaro Pereira e Carlos Pereira; Lopes Carneiro, Waldemar Mota,
Carlos Mesquita, António Santos e Nunes.» - Conforme é hoje e bem recordado em
Dragões Diário, na rubrica Aconteceu da newsletter oficial do FC Porto.
Era então iniciada a era do Campeonato Nacional, deixando de
se chamar Liga ou Campeonato de Portugal como foram as iniciais denominações da
prova máxima do futebol português. Numa forma que, a bem da verdade e sem
falsas políticas corretas, foi e é para beneficiar o Benfica em títulos ganhos,
pois assim o FC Porto e o Sporting ficaram prejudicados, aumentando a diferença
de campeonatos ganhos pelo clube do regime. De tal forma que quando, já nos tempos
modernos, o Campeonato voltou a ser chamado Liga, não foram contabilizados os
títulos da antiga e original Liga, mas apenas continuou o rol desde o chamado
campeonato.
Do que depende do lado correto, fica para a história que o
primeiro Campeonato, disputado então com esse nome na época desportiva de
1934/1935, foi ganho pelo FC Porto. Com uma equipa de grande gabarito, desde Soares
dos Reis, o primeiro guarda-redes do FC Porto que teve a honra de vestir a
camisola da seleção representativa de Portugal; até toda aquela linha que
englobava vários outros futebolistas também selecionados (o que era já ao tempo
também algo raro para os homens do Porto, que tinham de ser muitíssimo
superiores à concorrência para merecerem atenções dos selecionadores da capital
do império), tendo ali o plantel portista internacionais como Álvaro Pereira, Avelino
Martins, Carlos Pereira, João Nova, Carlos Nunes, Artur de Sousa Pinga,
Valdemar Mota, Francisco Castro e Acácio Mesquita; mais o goleador António
Santos, o célebre Lopes Carneiro sempre lembrado, até Jerónimo Faria, Carlos
Mesquita, Raúl Castro, Artur Alves e Augusto Assis (dos que foram injustiçados
em não terem chegado a jogar pela seleção); num lote de grandes valores, como
se vê pela memoranda aura de todos eles, eternas lendas de outrora.
Desse feito de 1935 e respetiva envolvência, ilustra-se esta
evocação com uma página duma revista publicada em 1978, sob título “A VIDA DO GRANDE
CLUBE NORTENHO (editada em dois números Extra das Seleções Desportivas).
Armando Pinto
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