Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 23 de maio de 2023

De vez em quando... da biblioteca pessoal: entre livros clássicos sobre o futebol... em tons romanceados!

Num vislumbre pela estante de livros diversos, aqui em casa, por vezes os olhos calham de reparar nalgum que há muito foi lido mas continua a merecer apreço e representa um olhar sobre o interesse pelo desporto-rei, facto e fenómeno natural interessante porque é algo que leva a existir o Portismo que apaixona o sentimento. Neste caso, entre livros clássicos sobre o futebol... em tons romanceados. Tal qual existe um livro em romance sobre “Pedroto”, de Irene de Almeida, publicado em 1957 e que também é peça mui estimada aqui na biblioteca pessoal; tal como por exemplo o livro “Números e Nomes do Futebol Português”, da autoria de Ricardo Ornelas, editado em 1950 (livros entretanto já aqui referenciados anteriormente). Ou seja para lá dos historiadores sobre algo relacionado com FC Porto, também, os meramente genéricos, mas de cariz alargado e explicativo de visões particulares ou mesmo artifícios subjacentes. Como é o caso do livro intitulado “FUTEBOL romance”, de Hugo Rocha, de 1957. 

Que se explica pela nota de abertura que o autor da obra se apressou a deixar aos leitores:

«Àqueles com quem, outrora, joguei à bola, tanto aos que assinalaram o seu nome na história do futebol em Portugal como aos que não deixaram rasto, como eu, da sua passagem pelos terrenos de jogo – esta história dum caso fictício que talvez se assemelhe a alguns casos reais.»

Pois esse livro acaba, afinal, por relatar em modo de romance o que era o panorama do futebol português pelos anos cinquenta, pelo menos, em Portugal. Tendo sido publicado em 1957, durante fase assanhada do Estado Novo, entenda-se. Um livro em que o seu autor, o então jornalista e escritor Hugo Rocha, apesar de natural da cidade do Porto, mas com ligações ao então Ultramar Português, não expõe demasiado, obviamente, algumas verdades, mas as deixa subentendidas. E como era esse um tempo de censura política e no regime vigorava a também ditadura político-desportiva das presidências federativas de Lisboa (sistema BSB), ele colocou em destaque apenas nomes e figuras de Benfica e Sporting, com relatos meio encobertos sobre situações em que entrava o FC Porto como jogando por fora… embora tocando em certas manobras de bastidores, ainda que ao de leve… como ao tempo era possível, e assim tinha de ser. Enfim, o que se sabe.

Armando Pinto

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