Como ao longo dos tempos foi acontecendo noutras modalidades
desportivas, antigamente ditas amadoras, o hóquei em patins dentro
do F C Porto passou por fases diversas, desde o começo titubeante, em 1944, à
instalação mais definitiva, em 1955, tendo ainda de permeio períodos de
menor fulgor e inclusive um tempo de inatividade. Como aconteceu em 1963, quando
esteve suspenso algum tempo, por demissões surgidas, até que teve recomeço no
final do mesmo ano, para voltar a ter atividade no início do ano seguinte, em
1964.
Em 1962 havia assumido o comando da Secção um grupo de
dirigentes em que se incluía o atual presidente Jorge Nuno Pinto da Costa. Como
ele mesmo conta no seu livro “LARGOS DIAS TÊM 100 ANOS”, embora sem
pormenorizar.
Pormenorizando mais e melhor:
De tal período, da fase inicial do mandato diretivo da referida
gestão, constam os nomes dos três principais responsáveis da Secção de Hóquei
em Patins no “Relatório e Contas de 1962”, do FC Porto.
Desse grupo de diretores dois seccionistas, o secretário e vogal, demitiram-se
ainda em 1963. Até que no final desse mesmo ano houve recomeço da atividade com
a nomeação interinamente de novo Chefe da Secção – como foi noticiado
no jornal O Porto, em sua edição de 4 de dezembro de 1963, informando esse
recomeço, «graças à dedicação de Rodrigues Pinto, agora nomeado chefe de secção
interino, em virtude dos seccionistas Carlos Pinto e Jorge Nuno terem pedido a
demissão dos seus cargos».
Após isso a secção teve então reformulação, com os dirigentes
que se mantiveram, como dá conta o “Relatório e Contas 1964” do Exercício desse
ano no FC Porto.
(Desse infeliz acidente que vitimou o hoquista Armando Morais
e o obrigou a ter de abandonar a prática desportiva, ficou também no jornal O
Porto, ao longo dos meses desse ano, narrado o caso, incluindo uma homenagem de
despedida que lhe foi prestada. De cuja sucessão de factos se dará conta em
próxima crónica, a ser recordada neste espaço de memorização clubista.)
Após tal período de interinidade, voltaria depois a
normalidade com o retorno de alguns regressados e fixação de outros, perante a
posse dada aos então novos seccionistas, em fevereiro seguinte. Como narra o
jornal O Porto em seu número do dia 19 desse segundo mês do ano.
Depois, em 1965, com nova remodelação, Jorge Nuno Pinto da Costa passou
para o Hóquei em Campo e a partir de 1969 ficou como Diretor das Modalidades
Amadoras (mais precisamente "Director das Actividades Desportivas Amadoras"), englobando o Hóquei em Patins, então.
A história é assim, há sempre algo a contar… como foi, mesmo.
Armando Pinto
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