Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

2.º Encontro de Colaboradores do jornal O PORTO

 

- 10/12/2024 – 2.º Encontro de antigos colaboradores do jornal O Porto - também antigo e ex-órgão oficial do FC Porto: convívio de reencontro de pessoas com o mesmo denominador comum. Colaboradores ainda vivos, felizmente. Desta vez no restaurante do Eurico, ex-futebolista Campeão Europeu do F C Porto e com a presença de 10 elementos, sob as cores duma bandeira de simbologia portista e à mesa da boa disposição, na fraternidade de literatura e jornalismo memorando de afeto azul e branco.

Após muitos anos de distância física, desde antigos conhecimentos e convivências ganhas durante a existência do jornal, entretanto desparecido em 1986, foi reatado o contacto entre os colaboradores do antigo jornal do FC Porto, dos que se conhece estarem ainda vivos, através de contactos por via de redes sociais e blogosfera, do mundo digital. E, a propósito de conversas tidas entre aqui o autor destas linhas e o amigo Carvalho Brochado, foi despoletada a feliz ocorrência que daí surgiu. Até que se deu o 1.º Encontro, realizado no passado dia 1 de julho, num célebre almoço acontecido em Sobrado. E agora, já na quadra natalícia deste ano, aconteceu o 2.º Encontro, em São Mamede de Infesta.

Desta vez, além dos confrades do início do (re)encontro, antigos membros do jornal, Carvalho Brochado, Carvalho Couto, Armindo Vasconcelos, Armando Pinto, Amílcar Mendes, Domingos Cabral, Telmo Esteves e José da Cunha, mais o convidado amigo Paulo Jorge Oliveira como grande colecionador de jornais O Porto (além de diversa literatura portista), também se juntou em boa hora o caro amigo senhor Luís César, jornalista de tarimba e sobretudo homem que fazia tudo o que fosse de feição administrativa e organizativa no antigo departamento de futebol do FC Porto. Tornando-se assim a família mais completa.

Relembre-se, porque está intimamente associado a toda a longa vivência do que foi órgão oficial do FC Porto, que o jornal O Porto, depois de ter sido criado em 1949, como mais definitiva existência jornalístico-historiadora do FC Porto, sucedendo então a anteriores experiências, foi a andorinha que levava a Primavera noticiosa à Família Portista até ter tido suspensão invernosa em 1986, em pleno início da presidência de Pinto da Costa – quando esse antigo jornal do Clube, depois de algum tempo ainda de convivência com a revista Dragões, foi substituído pela publicação mensal da revista que, porém, nunca chegou a fazer o papel idêntico de local de consulta do quotidiano histórico do FC Porto. Sendo por tudo isso uma honra para quem esteve ligado a essa histórica existência, como no caso dos 9 antigos colaboradores ainda vivos. Desde o antigo Chefe de redação e algum tempo também interinamente diretor, Arq. Carvalho Couto, passando pelos dinossauros do jornal Carvalho Brochado e Armindo Vasconcelos, mais o enciclopédico Luís César, que de vez em quando coloria em tons de azul vivo algo do passado remoto da história clubista, papel em que uma vez por outra aqui o articulista deste blogue ainda se conseguiu ir intrometendo sempre que era permitido. E todos os outros que, de uma maneira ou outra, contribuíam para que o “jornal do Porto” levasse às casas dos leitores novas de seus amores desportivos, como os Amílcar Mendes, José da Cunha, Telmo Esteves e Domingos António Cabral.  

Ora, este foi mais um belo momento de confraternização, numa tarde em que as horas passaram a correr e desde a chegada à sala do restaurante até á saída se perdeu a noção das horas. Enquanto durante o tempo passado à mesa, primeiro nem se notou a espera pela refeição e durante o repasto quase que tudo se foi esvaziando distraidamente, com a conversação a encher mais as medidas afetivas.

De permeio, em que a conversa interessante se foi revezando com trocas de lembranças e ofertas, houve ainda oportunidade do anfitrião da casa, o antigo internacional portista Eurico, ter autografado um calendário de bolso de minha coleção particular, bem como a outros ter correspondido com o que calhou ter à mão, ao mesmo tempo que todos os participantes foram colocando suas rubricas pessoais numa nota caricaturada, de motivo portista, colocada junto aos pratos pelo senhor do teatro Amílcar Mendes, antigo colaborador do jornal e elemento da outrora existente secção de teatro do FC P. Bem como toda a gente foi surpreendida com a surpresa de alguns brindes ofertados pelo Telmo Esteves, mais a oferta duma garrafa ao Chefe, pela mão do organizador do dia, Carvalho Brochado, em resposta a conversas saídas do nosso grupo de WhatsApp… Enquanto alguns iam recordando coisas e loisas que haviam escrito mas nem se lembravam já, por meio dos jornais da coleção do Paulo Jorge Oliveira. Ah, e tendo ao lado, de cada um, uma estampa alusiva deste mesmo segundo Encontro dos Colaboradores do Jornal O PORTO, com imagem da primeira página com data da suspensão (03/09/86). Na qual, curiosamente, ficou estampada imagem do Eurico e dois colegas de equipa desse tempo…

Em suma, foi um grande encontro, mais um, de bons momentos de memórias partilhadas, entremeando com a excelente companhia do anfitrião, o ex-futebolista Eurico. Mais a presença, desta feita, “dessa instituição azul-e-branca que dá pelo nome de Luís Cesar Teixeira”. Com quem foi um gosto especial estar diante dele, finalmente, depois de antigos contactos quase virtuais, desta vez tornados reais, na realidade. 

Disto tudo, do que nem calhou de aqui ficar escrito mas foi sentido e está bem guardado intimamente, fica registo fotográfico do que chegou a ser captado nalgumas passagens dessas horas bem passadas.

Agora que venha já o próximo encontro, possivelmente quando estiver publicado um livro que teve génese precisamente após o primeiro encontro. Logo que o José da Cunha tenha pronta a recolha escrita de suas memórias portistas. Mas isso é outra história. Por ora há que perpetuar neste arrazoado escrito algo da vivência ocorrida com o 2.º Encontro dos Colaboradores do Jornal O Porto.

Armando Pinto

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