
A 12 de novembro, em
1933, Soares dos Reis estreava-se como guarda-redes titular da equipa principal
do FC Porto em jogo disputado no Campo do Bessa, na primeira jornada do
Campeonato Regional do Porto de 1933/34, num empate a um golo frente ao Leça
FC, que era anfitrião como clube visitado.

Estava-se então na quadra do chamado
verão de S. Martinho e precisamente no dia seguinte à festa desse mesmo santo
do tempo das castanhas e vinho, com festa de arromba em Penafiel, terra de Manuel
Soares dos Reis. Encontro esse inicial da prova regional, antecedente das
provas de âmbito nacional, como eram a I Liga e o Campeonato de Portugal. Sendo esse
jogo entre vizinhos, de cariz regional, revestiu-se de peripécias que até a
crónica do jornal O Comércio do Porto relatou em modo de vista quase local, por
assim dizer, a indicar que o resultado podia ser outro, mas também que a equipa
do FC Porto facilitou. Como se pode ler na crónica desse diário portuense da
época (através de cuja crónica se pode notar haver diferenças, na constituição
da equipa, relativamente à que consta no “Almanaque do FC Porto 1893-2011”, de
Rui Miguel Tovar, como produto oficial FCP em 2011).

Depois, no seguimento da temporada, o FC Porto mais uma vez foi Campeão do Porto, como vencedor do Campeonato Regional, depois de 6 vitórias e 2 empates no decurso dos 8 jogos disputados nesse campeonato, incluindo na 2.ª volta ter goleado o Leça por 6-1. Soares dos Reis estava então a começar a ser guarda-redes principal
do FC Porto, como sucessor do grande Siska. De tal jeito que depois veio a ser
o primeiro guarda-redes internacional do FC Porto. De Dragão ao peito, Soares
dos Reis I foi Campeão Nacional por três vezes, primeiro com Josef Szabo e mais
tarde com Mihály Siska, e ganhou um Campeonato de Portugal sob a orientação de
François Gutkas. Foi ainda o guardião da vitória portista na primeira edição da
Taça Ibérica, quando, a 7 de junho de 1935, no Campo do Ameal, o campeão
português derrotou o Bétis, campeão espanhol, por 4-2, com um golo de Pocas e
um hat-trick de Pinga. Acrescendo, mais tarde, que ainda chegou também a ser
Dirigente do FC Porto, quer no futebol como no ciclismo.

= Como diretor responsável pela equipa de ciclismo do FC Porto, em momento decorrente durante uma das Voltas a Portugal ganhas por Dias dos Santos.
Manuel Soares dos Reis, o grande guarda-redes dos anos trinta e quarenta e mais tarde dirigente saliente na década de cinquenta, pelo menos, está honrosamente no Mausoléu Portista em Agramonte, repousando o sono eterno entre Glórias do FC Porto.
Na pertinência da data correspondente, relembramos esse grande vulto da história do FC Porto, curvando-nos diante de sua memória.
Recorde-se: Sobre este grande guarda-redes há diversos artigos anteriores neste blogue de memorização portista, referenciando Soares dos Reis I. Primeiro, porque depois teve seu irmão Soares dos Reis II como continuador por algum tempo na baliza do FC Porto, e ainda o sobrinho e afilhado Soares dos Reis III nas equipas de Juniores e Reservas do FC Porto. Sendo de notar que o primeiro Soares dos Reis é normalmente referido sem o número cronológico por ter sido o que mais tempo jogou no FC Porto e foi internacional - como se pode rever (clicando) em
Armando Pinto
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