O F. C. Porto não é nem nunca foi um clube só de futebol.
Aliás, em tempos de menor fase de resultados das equipas principais de futebol
Portista, até se dizia que o Porto não tinha só futebol, mas sim era um clube
com cerca de vinte modalidades… Isso quando o ecletismo era maior. Agora que o
futebol está a passar também por um período de enfraquecimento, pelo menos para
o que estávamos habituados nas eras mais ou menos recentes, ainda se pode dizer
algo do género, embora com menos modalidades desportivas.
Posto isto, como preâmbulo, temos mote para direcionar
atenções a uma das nossas modalidades de pavilhão, umas das meninas de nossos
olhos, como é o hóquei em patins.
Ora o hóquei patinado azul e branco, apesar de também viver
uma época ainda não totalmente vitoriosa, caminha para alcançar o topo do
campeonato vigente, além de já estar apurado para a fase seguinte da Liga dos
Campeões Europeus. Assim, indo brevemente o F C Porto defrontar o Valongo, atual
comandante da principal prova portuguesa (e que ainda este passado fim de semana derrotou o Benfica), aproxima-se jogo grande, num horizonte importante, para
podermos de novo alcançar o 1º lugar.
Facto esse, a propósito de tal possibilidade ser diante
do histórico rival nortenho Valonguense, que nos remete para recordações ternas e inesquecíveis, de há já
quarenta e tal anos…
Pois então, graças às possibilidades que se vão abrindo com
contactos e amizades derivadas da Internet, através da blogosfera e redes sociais,
chegou-nos agora às mãos um exemplar do antigo jornal O Porto, como se sabe o
órgão oficial do F C Porto durante muitos anos. Número aquele que naturalmente
já havíamos tido no tempo próprio, mas, porque nessa ocasião recortamos uma parte de especial interesse pessoal, só agora
voltamos a rever totalmente nesta nova oportunidade, passados tantos anos. E,
lá está, relata um jogo do F C Porto diante do Valongo, conquanto que dessa vez
tenha sido na terra da ardósia, enquanto desta feita será no Porto, em pleno
Dragão Caixa.
In illo tempore… a equipa sénior de futebol do F C Porto também ia fazendo bons resultados, mas sem conseguir ganhar campeonatos. No ciclismo, modalidade que seguíamos apaixonadamente por causa das camisolas azuis e brancas andarem pelas estradas, as nossas esperanças eram para as corridas de Joaquim Andrade... E estava-se ainda em período de guerra colonial e poderio político-social e capitalista lisboeta. Motivando que diversos hoquistas da equipa principal do F C Porto tivessem rumado a paragens de além-mar, para prestação do serviço militar obrigatório em comissão nas diversas frentes da guerrilha do ultramar português. Ao passo que o campeonato nacional do Continente era chamado Metropolitano, sendo depois os dois melhores classificados da Metrópole apurados para uma fase final com os campeões das províncias luso-africanas. Por isso, pelas paragens quentes do além andavam uns Zé Fernandes, Castro, Hernâni Martins. Tendo a nossa equipa ficado ainda com valores como, especialmente, o Cristiano, e também os Ricardo, Brito, Leite, e ainda Jorge Câmara, Augusto, Júlio e Zé Manuel, entre outros.
Por conseguinte, perante essas realidades e diante dum
panorama em que o autor era ainda um jovem entusiasta… atente-se no que nas
páginas do jornal O Porto ficou registado, em seu número de 25 de Maio de 1972…
Armando Pinto
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