Tem estado presente, nesta época ainda em curso, perante o
menor desempenho da equipa principal de futebol do F C Porto, uma determinada realidade consequente, através de consubstanciadas considerações sobre a postura de alguns futebolistas dos que
atualmente envergam as camisolas de listas azuis e brancas. Fazendo isso recordar
alguns outros, dos que noutros tempos deram “o litro”, como se costuma dizer,
de seu suor… Daqueles cantados no poema Aleluia, de Pedro Homem de Melo:
« DERAM TUDO POR NÓS ESSES ATLETAS
SEU TRAJO TEM A COR DAS PRÓPRIAS VEIAS
E A BRANCURA DAS ASAS DOS POETAS… »!
Ora, então para melhor se definir um desportista-Portista,
entre os que representaram ou ainda desempenham a interpretação do carácter do clube-Dragão a
grande nível, nos cenários de jogo e em plena luta pela defesa das cores azuis
e brancas, costuma-se dizer que tais atletas, dos nossos, são jogadores à
Porto. Por simbolizarem a mística Portista, pondo em campo todo o empenho e amor
à causa.
Pois um dos exemplos, assim, por quanto se esforçou e deu de
seu melhor pela camisola das duas listas azuis que vestiu, foi o brasileiro
Duda – aquele polivalente e abnegado Duda do tempo do treinador Pedroto, um dos
que se cobriu de glória na conquista do tão ambicionado título nacional que
fugia há cerca de 19 anos e foi finalmente alcançado em 1977/78, além de ter
ainda estado também no Bi-campeonato de rajada conseguido em 1978/79.
Duda, nome de guerra de José Francisco Leandro Filho, era um
futebolista que não dava muito nas vistas mas ocupava o campo quase todo, senhor
de garra aliada à técnica, como se salientava. Numa noite internacional inesquecível, contra o Manchester
United, nas Antas e para as competições europeias, mais precisamente na então existente Taça das Taças, marcou três golos na goleada de 4-0 que ficou célebre. Depois,
volvidas duas épocas, em 1979/80 contra o Milão, para a Taça dos Campeões Europeus, calou o estádio de S. Siro com um monumental golo de
livre a grande distância. Contra o Benfica não se fez rogado e, entre casos vários, fez o gosto ao pé com um golo que emudeceu o antigo estádio da Luz, na tarde em que um benfiquista partiu a perna ao portista Marco Aurélio. E contra o Sporting por várias vezes fez das suas,
contribuindo com exibições e golos para a série dos bons resultados nos confrontos
com os leões, em seu tempo de “jogador à Porto”.
Ficou dentro do F C Porto detentor de especial folha de bons
serviços, como polivalente, tanto sendo médio como avançado. Em cinco épocas,
de 1976/77 a 1980/81, foi duas vezes campeão e ganhou uma Taça de Portugal, em
1976/77, em cujo período disputou 112 jogos (segundo dados normalmente
referidos), tendo ainda marcado 35 golos.
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Armando Pinto
Gostaria de saber onde anda esse senhor, foi um grande futebolista
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