Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Dia do Clube – Fórum Portista de Encontros Portistas


Desde os degraus do auditório onde se realizou, foi em viva arquibancada de imaginário clubista o que aconteceu diante de nós: Um importante encontro, acontecido no sábado de meio de Junho, em pleno anfiteatro que se prestou a fazer vir acima o portismo de que andam nossas veias cheias. 



Tudo isso em sábado primaveril, sob temperatura agradável de se ter um dia à medida dum sentimento especial, como quem revive tempos de desporto passado a nossos olhos na proximidade dos ídolos que vestiam a camisola azul e branca. Tal foi, afinal, o Encontro de Portistas para e entre Portistas que a 11 de Junho ocorreu, num ambiente específico, até na falta de cobertura mediática, como em tempos acontecia com os jogos do FC Porto, que só muito depois se viam num abrir e fechar de olhos na televisão, porque das jogadas dos homens de azul e branco equipados apenas passavam escassos segundos nas imagens televisivas e nos programas desportivos por norma só se viam e ouviam entrevistas aos intervenientes dos clubes do regime.   


Ora, com cenário íntimo condizente e ânimo também afirmativo, decorreu assim o 5º Encontro de Portistas, na sequência das anteriores edições surgidas dos contactos da blogosfera de temática portista e relacionada com apoiantes do clube. Cuja realização, na linha dos iniciais Encontros da Bluegosfera, desta vez foi associado ao lema de Dia de Clube, com lugar em Rio Tinto, através de organização feliz de um grupo de Portistas conhecidos entre si (e também dos portistas que convivem na Internet pelo FC Porto), como Paulo Santos, Paulo Bizarro, José Correia, Jorge Bertocchini, Nuno Góis e D. Ana Paula Guedes, em parceria com a Casa do FC Porto de Rio Tinto e colaboração do pessoal da página +FCPorto, segundo o que nos apercebemos.


Saudamos a iniciativa em boa hora pensada e bem realizada. Manifestando aqui regozijo pelo sucesso verificado. Tendo sido um dia mesmo bem passado, a pensar e falar sobre o F C Porto que queremos, a recordar o FC Porto que vivemos, e a conviver com pessoas que nos são queridas. Além de se poder rever amigos desta causa, também pela oportunidade de conhecer outros que nos eram familiares pelos meios virtuais, e especialmente pela honra de termos estado com senhores que fizeram parte da História do FC Porto.

Vieram então à flor da pele tardes domingueiras de futebol (quando o futebol era jogado pela luz das tardes dos domingos, a não ser nas poucas quartas-feiras de competições europeias) revendo Américo, como noutros tempos enchia o espaço das balizas, quão voava para os cruzamentos, tal como se elevava a deter a bola, para depois cair de modo elegante a segurar "o esférico" (conforme se ouvia nos relatos da rádio) e se lançava a deter os remates em estiradas impressionantes. Américo, o meu grande ídolo, dos tempos de minha infância e juventude, que pude finalmente ter ali diante de mim, tantos anos depois de o ver nos cromos e a estirar-se para a bola, tal qual com grande júbilo o vi nas fotos dos jornais a festejar a Taça de Portugal ganha em 1968. Bem como recordamos a imagem sempre presente de Cristiano a deslizar em rinque e aparecer sempre a marcar, metendo o stique em concha, como colher que sofregamente tira parte dum bolo bem saboroso. O Cristiano, amigo de longa data e meu ídolo do hóquei em patins, modalidade que me entusiasmou no clube a partir que ele começou a levar o hóquei portista mais para a frente. E nos veio à mente a perene lembrança de José Maria Pedroto através do testemunho de seu filho mais velho, Dr. Rui, além da presença sempre simpática e apreciada de sua esposa, D. Cecília Pedroto, verdadeiramente um rosto familiar portista. Mais as palavras sentidas do sr. Alvarinho, um digno representante da comunidade azul e branca espalhada pelo mundo, as mensagens do sr. Jorge Vieira que nos lembra tempos de Cubillas e Pavão, de Carlos Rocha e Fábio Figueiras como elementos emblemáticos das casas do clube a norte e sul do país, as conversas de Gabriel e Eduardo Luís que nos transportaram ao balneário de seus tempos, por entre constatações interpretadas do que deve voltar acima na atual vivência do mundo portista. Atingindo ponto de rebuçado nos trabalhos apresentados por Paulo Bizarro e Pedro Cardona, a chegar até encher pulmões de bem estar ali visto e sentido.


Uma oportunidade assim mereceu ser acompanhada por muita gente, tendo estado presentes para cima duma centena de adeptos portistas, além dos que puderam seguir o acontecimento por transmissão via Internet. Mereceria contudo ter sido difundida televisivamente, em direto, pelo canal televisivo do clube, ao menos, pois que dos outros canais de televisão já se sabe que isso só acontecia se fosse referente a outros clubes...  
  

De notar que por entre os portistas eternos de bancada, também houve outros que já andaram pelos relvados com a camisola das listas azuis e brancas, tendo sido agradável ver Valdemar, homem do petardo que deu o primeiro golo da taça de 68; o Albertino, mestre pintor afamado como antes pintava em jogo; mais Eurico, sempre com voz que faz lembrar sua postura em campo; e o Adelino Teixeira que mostrou em simplicidade como era antes polivalente nas táticas de Pedroto. 


Por fim, apraz registar que a Direção do clube se fez representar no encerramento através da presença assinalável do Vice-presidente sr. Alípio Jorge. Isso e mais, do muito que se poderia ainda refletir, que em conclusão se resume por convincente realidade - conforme foi a manifestação interessante da presença de tantos que ali passaram o dia a vivenciar o portismo que norteia nosso universo.

(Pose de conjunto dos presentes ao encerramento do evento.)

Armando Pinto

= Obs.: Imagens fotográficas, com a devida vénia, de "Fotos da Curva", de Pedro Blue, e outras do amigo Carlos Martins.

((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))

3 comentários:

  1. Fantástico evento! Tive muita pena não estar presente.
    Abraço.

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  2. Entrei no anfiteatro três vezes através da emissão pela internet (uma delas com Américo a intervir) mas o som não ajudava a acompanhamento duradouro. A filmagem pecava por estática em demasia. Louvo, contudo, a iniciativa e gostaria mesmo em participar. A idade começa a desmotivar...

    DRAGÃO, SEMPRE!

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  3. Pelo que tenho lido deve ter sido um fórum de muito interesse. Devia na verdade ter lugar nas filmagens do Porto Canal, que no dia abusou da reportagem direta dos jogos de bilhar, que é coisa pouco atrativa de se ver. Não vejo referências ao provedor do associado, que tinha sido anunciado. Boa reportagem esta, que dá lições aos jornais Jogo, JN e outros, que não devem ter tido gente para o efeito.

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