Que me lembre sempre gostei do Porto, do Porto clube, do
Futebol Clube do Porto – como sempre gostei de ouvir dizer, assim completo, por
extenso. Tanto que, era ainda criança, embora então sem andar muito a par da
atividade desportiva (como quem diz de acompanhamento regular dos jogos), duma
vez ter ouvido duns tios meus, muito chegados, dizerem que eu até estava com
melhores cores, de boa cara, depois que soube que o Porto derrotou o Benfica…
naquele tempo, já.
Pudera, o Porto sempre foi para mim algo especial, desde que
tenho memória. E era coisa que sentia como ente supremo, um ser herói, qual
super-herói, desde sempre; superando meninos e meninas de histórias (ouvidas
junto à cama de minha avó, paralítica no leito mas que me enchia de felicidade
em tê-la assim para mim), mais princesas de contos de fadas, que lia nos livros
que ia buscar à camioneta (da biblioteca itinerante que também passava na minha
terra), ou, mais tarde, artistas de filmes de “cóbois” que via no cinema a
acabar os filmes salvando alguém e a beijar as “gajas”…
Eu sempre que gostei e gosto de alguma coisa, foi e é a
valer.
Não admira que, para quem teve sempre gosto de coisas belas,
gostando de ver imagens bonitas e cores atraentes, sem coloridos agressivos,
sempre tenha preferido a cor azul, de vivo tom como céu em dia soalheiro, e
apreciando o que seja clássico, sinta atração pelo que tem requinte, sem “parolismo”
de qualquer outro clube daqueles que são produtos de quaisquer sistemas.
É pois o FC Porto o meu herói da vida pública. O próprio
clube. Ao passo que seus representantes, dirigentes, jogadores e tudo quanto se
associa ao clube, de quem gosto, naturalmente, me dizem muito, admiro e
respeito, enquanto estão e são do meu FC Porto. Se saírem, quando passam a
representar outro clube ou entidade, deixam de me dizer respeito, por assim
dizer. E quando saem a mal, como se costuma dizer, pior ainda. O que conta é o
clube. As pessoas passam, mas o clube fica. Tal como os que sempre souberam
dignificar a camisola do FC Porto têm minha consideração, e alguns dos meus
ídolos de infância e adolescência, especialmente, continuam a ser referências para
o meu Portismo de adulto. Bem como quem jogou ou trabalhou pelo FC Porto será
sempre como familiar, não de sangue obviamente mas pelo coração. Mesmo sem
nunca ter recebido nada do clube, a não ser alegrias e o mais inerente à
vivência clubista, inclusive sendo quase um desconhecido, pois que a maioria
dos que já passaram pelo clube nem me conhecerão e outros apenas ouviram ou
leram meu nome. Isto é, não estou nem nunca estive comprometido por outros
interesses, a não ser o ver o clube acima de tudo. Falando em nome próprio, pessoalmente,
sabendo que felizmente há muitos outros e mais Portistas assim.
Ora, não se pode pois esperar o que seja que do clube possa
advir particularmente, mas sim e apenas estarmos dispostos ao que podemos fazer
pelo FC Porto. Principalmente não fazendo mal ao clube, como se vê, ouve e lê
com opiniões que podem dar azo contrário. E mesmo para quem possa ter alguma
situação particular mal resolvida, como se usa dizer, ou motivos privados, o FC
Porto tem e deve estar acima de tudo. Como numa família a união é o mais forte
elo, e a massa adepta e apoiante com denominador comum azul e branco é
normalmente tida por família portista.
O FC Porto, para quem gosta, é o clube que enche a alma dos
simpatizantes verdadeiros e é preenchido pela alma dos mesmos apoiantes que o
sentem verdadeiramente. O clube só por si não seria o que é, ganha vida através
dos seus representantes e especialmente de seus seguidores. Quem não gostar,
que ponha na beira do prato e deixe os outros degustarem. Sem estragarem a
boda. Devendo ser esta uma cultura de quem se sente deste nosso clube com
identidade e carater, mais a noção de saber que cá se tem de superar obstáculos
sempre colocados pela inveja e astúcia dos clubes que ciclicamente ganham os
favores do poder desportivo e social da nação centralista.
O Porto não é apenas um clube desportivo, ou melhor dizendo,
é mais que isso, instituição de grande atenção e atração pública, é especialmente
um bem, um bem-querer, a quem se quer bem. Sendo mais um sentimento, acima de
tudo o mais, com lugar em nossa cabeça, em suma, uma boa parte do fluxo de
sangue que chega ao nosso coração. Pensando por nossa cabeça. Na inteligência
pensante de pessoa de bem, sem deixar entrar influências da lavagem cerebral do
poder da comunicação social generalizada do país centralizador.
Assim sendo, têm pleno cabimento estas loas de espírito
portista e o trabalho em prol do FC Porto neste espaço. Quando comecei a sentir
que gostava muito do FC Porto o mesmo já existia há muitos anos, mas, tal como
ainda em pequeno eu gostava de saber sobre o passado das pessoas e coisas de
que gosto, desde que me foi possível tratei de me inteirar da história disso
que me interessava tanto. Passando a ir ao início da história conhecida do
clube, e então, procurando rever os princípios. Como quem vê um bebé que
sabemos ser algo nosso, apetece pegar em nossos braços. Pois, como se sabe, até
os grandes nascem pequeninos. E no caso do meu clube, conhecendo a sua
história, estamos a pegar-lhe ao colo em nossa afeição. Sendo assim de fixar
tudo o que faça memória do que é o FC Porto.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))
um simples commentario, OBRIGADO pelo seu texto!!!!
ResponderEliminarHugo geneva
Boa tarde
ResponderEliminarSou o responsavel pelo site superportitas.com e gostaria de trocar umas ideais consigo. Agradecia resposta para info@superportistas.com