Já está. Terminada a Volta dos 90 Anos ao final da tarde do
dia santo da Assunção, a 15 de agosto, o FC Porto triunfa em toda a linha: A
equipa W52-FC Porto-Mestre da Cor vence a Volta a Portugal de 2017, a 79ª
edição da Grandíssima Portuguesa, conseguindo assim mais títulos, passando a
ter 14 vitórias individuais e 15 coletivas, em triunfos de vencedores da Geral
Individual e vitórias da classificação de Equipas.
Como cereja no topo do bolo, na última etapa, em dia de
consagração, com o ambiente colorido por bandeiras, cachecóis e camisolas do FC
Porto no corpo e mãos de apoiantes portistas, Gustavo Veloso venceu o
Contra-Relógio em Viseu e mais embelezou a festa que se seguiu.
Ora, aí está no quadro de vencedores: Raúl Alarcón é o
grande vencedor da Volta; mais 2º lugar para Amaro Antunes, também o melhor na
Montanha; W52 - FC Porto - Mestre da Cor dominou por equipas; e ainda Alárcón
venceu também a classificação do Combinado. Bem como o FC Porto “mete” 5 ciclistas
“nossos” nos 10 primeiros classificados da etapa final, fazendo “Penta” no chamado “Top 10” do contra-relógio; e especialmente 3 no Top dos 10 melhores da classificação Geral, no final, tal o 1º e 2º, através de Alarcón e Antunes, mais o 6º com António Carvalho, portista que fez uma grande Volta também. Isso
tudo, após os ciclistas do FC Porto terem ganho seis etapas, das quais 5 etapas em linha e mais 1 de contra-relogio,
enquanto a camisola amarela andou no corpo do Alarcón do FC Porto desde a 1ª
etapa, ao segundo dia, depois do “crono” do Prólogo. O FC Porto é mesmo um caso
entre aspas, um grande clube, num mundo à parte.
Foi pois um autêntico festival dado pelo FC Porto, nesta corrida feita
pelos homens de azul e branco vestidos (um dos quais entretanto de amarelo pela
liderança e outro todo de azul da camisola de rei da montanha). Algo que muito “lixou”
os comentadores televisivos e de vários outros órgãos de comunicação, entre gente
que não conseguiu disfarçar a azia de ver o FC Porto a seguir à frente e somar
sempre mais… Tal como um ou outro responsável de outras equipas não esconderam
como isso os desgostou. Sem esquecer o facto do Sporting, a equipa titulada amplamente
como principal opositora, não ter conseguido ganhar nenhuma etapa, sequer, nem tendo qualquer lugar de destaque, quedando-se o seu melhor representante no 4º lugar
da Geral. Algo que se ocorresse com o FC Porto era sistematicamente lembrado e
repetido ao longo dos dias e pelos tempos fora, mas assim nos médias nacionais não é
lembrado.
Para a História: Raúl Alarcón sucede a Rui Vinhas na lista
de vencedores da Volta a Portugal. Na segunda vitória consecutiva da W52-FC
Porto na Grandíssima, já no século XXI.
Gustavo Veloso, da W52-FC Porto, por fim, venceu a etapa cronometrada
de Viseu, última da Volta a Portugal 2017 que acabou com a vitória de Raúl
Alarcón, também da equipa portista. Na derradeira etapa da Grandíssima, um crono de 20,3 quilómetros disputado em Viseu, Veloso venceu com o tempo de 26.00 minutos, menos 15 segundos do que Alarcón, que foi o segundo a fazer menos tempo no percurso, a 15 segundos, e este três segundos mais rápido
do que Alejandro Marque (Sporting-Tavira).
Enquanto isso, na classificação geral liderada então por Alarcón, Amaro Antunes (W52-FC Porto) foi o segundo classificado, na frente de Vicente de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé) que acaba na terceira posição após ganhar o duelo com Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira) pelo último lugar do pódio, ficando o sportinguista no quarto lugar. Com os portistas a superiorizarem-se aos principais adversários a grandes distâncias, superiores a cinco minutos.
Enquanto isso, na classificação geral liderada então por Alarcón, Amaro Antunes (W52-FC Porto) foi o segundo classificado, na frente de Vicente de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé) que acaba na terceira posição após ganhar o duelo com Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira) pelo último lugar do pódio, ficando o sportinguista no quarto lugar. Com os portistas a superiorizarem-se aos principais adversários a grandes distâncias, superiores a cinco minutos.
Ora, o espanhol Alarcón venceu assim pela primeira vez a Volta a
Portugal e a equipa W52-FC Porto mantém o ritmo vindo da época passada. Numa demonstração mais da boa aposta do FC Porto em se ter unido com a W52, através do bom entendimento de Jorge Nuno Pinto da Costa e Adriano Sousa Quintanilha, dois homens com bom andamento no desporto.
Depois de o francês Damien Gaudin ter vencido o prólogo em
Lisboa, Raúl Alarcón assumiu a liderança no segundo dia, ao vencer a primeira
etapa, em Setúbal, e não mais largou a camisola amarela, completando os 1.626,9
quilómetros do percurso em 41:46.14 h, com 1.23 minutos de vantagem sobre o
colega Antunes e 5.25 em relação ao mais próximo adversário, De Mateos.
Com triunfos em duas etapas - a primeira, em Setúbal, e a
quarta, no alto da Senhora da Graça - Alarcón sucede ao português Rui Vinhas, e
aos espanhóis Gustavo Veloso, vencedor de duas edições (então pela sua anterior
equipa patrocinada também pela W52), e Alejandro Marque. Foi este agora o
segundo triunfo desde que a equipa passou a W52-FC Porto.
Alarcón é natural de Alicante, no sul de Espanha, e sucede a
protagonistas de conquistas épicas como Fernando Moreira (que teve uma cavalgada autêntica na "burra", como chamavam à bicicleta pesadona desses tempos, sem dar hipóteses a todos os que o seguiram na poeira das estradas de tal era), Dias dos Santos (o tal que um dia disse
“Limpámos o sarampo à gajada de Lisboa”), Sousa Cardoso com mais de meio Portugal a puxar pela sua vitória perante a sua aura), Mário Silva (apesar da intoxicação
alimentar que prejudicou os azuis e brancos em 1961, e por isso depois com
menos de meia equipa conseguiu superar a concorrência e derrotar os dirigentes
federativos, apressados em começar a etapa em que a equipa portista estava a
contas com as voltas provocadas pela tal intoxicação…) e Manuel Zeferino (cuja
fuga na primeira etapa, em 1981, lhe garantiu logo um avanço de 12 minutos e 28
segundos).
Em 90 anos de existência e 79 realizações de Volta a Portugal, Alarcón tornou-se o 17.º
estrangeiro a ganhar a prova maior do ciclismo português e o 6º espanhol, sendo o 1º estrangeiro em representação do FC Porto, depois dos portugueses Fernando Moreira
(em 1948), Dias dos Santos (1949 e 1950), Fernando Moreira de Sá (1952), Carlos
Carvalho (1959), Sousa Cardoso (1960), Mário Silva (1961), José Pacheco (1962),
Joaquim Leão (1964), Joaquim Sousa Santos (1979), Manuel Zeferino (1981), Marco
Chagas (1982), Rui Vinhas (2016), a que se junta Raúl Alarcón, agora em 2017, a
somar 14. Enquanto por equipas vão 15… Tendo de permeio o FC Porto vencido
coletivamente nas Voltas de 1948, 1949, 1950, 1952, 1955, 1958, 1959, 1962,
1964, 1969, 1979, 1980, 1981, 2016 e agora em 2017. Ao passo de corrida que no
Prémio da Montanha já venceram também os então ciclistas do FC Porto Fernando
Moreira (em 1947), Carlos Carvalho (1955, 1958, 1960 e 1961), Mário Silva
(1962), José Amaro (1981) e Amaro Antunes, agora em 2017, também.
Quanto a números sonantes da Volta do ano: - Na classificação por equipas, a W52-FC Porto reinou a grande
nível, ficando em 2º a RP-Boavista, a 23 minutos e 49 segundos, e em 3º a
Efapel, a 28 minutos e 8 segundos.
- Classificação Geral Final (dos 10 primeiros):
1º Raúl Alarcón (Esp) W52-FC Porto-Mestre da Cor - 41:46:14
2º Amaro Antunes (Por) W52-FC Porto-Mestre da Cor +1:23s
3º Vicente de Mateos (Esp) Louletano-Hospital de Loulé +5:25s
4º Rinaldo Nocentini (Ita) Sporting-Tavira +5:54s
5º Alejandro Marque (Esp) Sporting-Tavira +7:10s
6º António Carvalho (Por) W52-FC Porto-Mestre da Cor +7:25s
7º João Benta (Por) RP-Boavista +7:54s
8º Henrique Casimiro (Por) Efapel +8:11s
9º Sérgio Paulinho (Por) Efapel +8:36s
10º Krists Neilands (Lat) Israel Cycling Academy +9:35s
Class. Restantes elementos da Equipa:
16.º - Ricardo Mestre (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 31m12s
24.º - Gustavo Veloso (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 42m09s
45.º - Rui Vinhas (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 1h29m39s
48.º - Samuel Caldeira (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a
1h36m25s
75.º - Joaquim Silva (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 2h09m08s
75.º - Joaquim Silva (W52-FC Porto-Mestre da Cor), a 2h09m08s
Classificação por Equipas:
1.º - W52-FC Porto-Mestre da Cor, 125h26m02s
2.º - RP-Boavista, a 23m49s
3.º - Efapel, a 28m08s
Classificação do Prémio da Montanha:
1.º - Amaro Antunes (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 60 pontos
2.º - Mikel Bizkarra (Euskadi-Murias), 56
3.º - João Matias (LA-Metalusa Blackjack), 48
Cl. Prémio "Kombinado":
1.º - Raúl Alarcón (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 7
2.º - Amaro Antunes (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 7
3.º - Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de
Loulé), 12
Classificação por Pontos:
2.º - Raúl Alarcón (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 130
3.º - Gustavo Veloso (W52-FC Porto-Mestre da Cor), 111
Armando Pinto
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Fantástico! Abraço.
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