Dois dias após o falecimento de D. António Francisco dos
Santos, e passado o tempo mediado em que a urna com seu corpo esteve em câmara
ardente na igreja da Sé Catedral do Porto, onde se rezaram laudes e cerimoniais com missas
fúnebres de sufrágio, realizaram-se por fim as cerimónias do funeral na tarde
de quarta-feira, com devidas honras e presenças de altos representantes da
nação, mais entidades relacionadas com o ministério tão marcante do falecido
Bispo do Porto. Entre cujas presenças se contou o Presidente do FC Porto, Jorge
Nuno Lima Pinto da Costa, em nome oficial do clube, como fez questão de honrar
a memória desse bispo bondoso, sorridente, simples, a quem ninguém ficava
indiferente. Como Pinto da Costa fez questão de vincar, ao apresentar-se de fato
oficial com o emblema do grandioso baluarte desportivo – conforme comprova
imagem correspondente, em visibilidade de parte do corpo da igreja e ampliação de
pormenor, da assembleia de clérigos, fiéis e convidados, presentes no interior
do templo da Catedral Portuense.
O caso merece
destaque, como ganha referência essa ligação do Prelado da diocese ao clube desportivo
mais representativo da cidade e da própria diocese do Porto, sendo conhecida
sua afeição pelo Futebol Clube do Porto, como se sabia e inclusive fez eco alguma
comunicação:
«A atenção ao outro (o que chamamos próximo, o cidadão
comum), naquela que é a maior diocese do país não lhe retirava tempo para
seguir os jogos do Futebol Clube do Porto. Como confessou à agência Lusa, em
Junho de 2014, evitava ouvir os relatos enquanto conduzia porque ficava “muito
nervoso”. Mas, além da preferência clubística, é a frase “os pobres não podem
esperar” que lhe há-de ficar colada à biografia, de tantas vezes que a usou.
Uma delas foi quando realizou a sua primeira homilia como bispo do Porto, em
Abril de 2014, estava a crise económica e social no seu auge: “Onde estiverem
em causa os pobres, os que sofrem, que sejam os primeiros. Os pobres não podem
esperar.” No sábado, durante a peregrinação diocesana a Fátima (a segunda
Peregrinação a Fátima da Diocese do Porto, quarenta e nove anos depois da
primeira), voltou, numa entrevista à agência Ecclesia, a orientar o olhar da
Igreja para os mais vulneráveis. "Não podemos esquecer aqueles que mais
precisam, os que mais sofrem, aqueles em que ninguém pensa”, sublinhou.»
O funeral, presidido pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D.
Manuel Clemente, e antecedido de missa exequial, teve então a presença do Presidente da República Portuguesa, do
Primeiro Ministro do atual Governo, Presidente da Câmara Municipal do Porto e do
Presidente da Direção do FC do Porto, entre tantas figuras públicas, dirigentes institucionais e imenso povo
anónimo, sendo intensamente vivido por bispos, padres, seminaristas e mais elementos
da Igreja, como ainda teve inclusão de diversos políticos e agentes da sociedade. Tal a grande dimensão desse que
foi até agora Bispo do Porto e era amigo pessoal do Presidente do FC Porto e como Bispo do Porto e Portista era também aficionado do FC Porto, a cujos
acontecimentos oficiais assistiu diversas vezes.
Armando Pinto
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