Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

sábado, 31 de agosto de 2024

Recordando… O desejado regresso de Cristiano ao FC Porto, em 1983!

 

Em finais de AGOSTO de 1983 Cristiano, que durante muitos anos foi o mais importante hoquista do FC Porto e único do FC Porto que ia regularmente à Seleção A do hóquei patinado nacional, regressava ao FC Porto. Num regresso muito desejado pelos adeptos portistas, após ter andado alguns anos por Espanha, Itália e por Lisboa. Havendo então, depois de ter jogado na equipa principal do FC Porto desde meio dos anos 60, inicialmente até ainda com idade de júnior mas já na equipa de honra como principal artilheiro, e seguidamente como autêntica bandeira da modalidade no clube, como maior embaixador e representante do hóquei portista, até meio dos anos setentas. 

= Na equipa do FC Porto que em 1969 venceu o Campeonato Metropolitano (o Nacional da Metrópole de Portugal, quando havia ainda as Províncias Ultramarinas, jogando-se depois uma fase final do Nacional com os clubes campeões de Moçambique e Angola). 

Era então Cristiano já Bi-Campeão Europeu de Juniores pela Seleção Nacional Júnior, como foi em 1969 (quando se tornou o 1.º Campeão Europeu formado no FC Porto) e em 1970, bem como em seniores Campeão Europeu desde 1971 e Mundial desde 1974, pela Seleção Nacional A. Tendo em 1976 interrompido sua ligação ao FC Porto e ido jogar para Itália, no Viareggio, de onde recebeu tentador convite, sem que o FC Porto cobrisse a oferta e assim esteve aí em Viareggio durante meio ano, regressando de seguida ao FC Porto. Voltaria depois ao estrangeiro, em 1980, tendo ido jogar em Espanha, pelo Liceu da Corunha, acabando por voltar a Portugal em 1981; mas, como do FC Porto não houve qualquer convite, acabou por ir jogar no Benfica, que foi nessa época o único clube a manifestar querer o seu regresso ao país. E ali Cristiano passou algum tempo, fora de seu ambiente. Até que, logo que do seu clube do coração houve manifesto convite, reabertas finalmente as portas das Antas, Cristiano regressou ao FC Porto, em 1983. E assim novamente com a camisola azul e branca ainda jogou duas épocas, para terminar a carreira de jogador então em 1985, mas continuando de seguida como treinador, à frente da equipa do FC Porto, também. Havendo sido Cristiano o primeiro treinador do FC Porto que deu ao clube o primeiro título de Campeão Europeu que o FC Porto conquistou – antes ainda dos títulos europeus do futebol e bilhar, conseguidos depois. Honra do Hóquei na Gloria do FC Porto

= Início da pequena biografia publicada na revista “Ídolos” de Henrique Parreirão, com texto de Carvalho Couto (ao tempo Chefe de Redação do jornal O Porto), em 1980. Em cuja reportagem era referido que iria estar em Espanha um ano, para depois regressar ao FC Porto…

Cristiano, enquanto jogador foi distinto hoquista que fez parte da Seleção do Mundo, e entretanto até foi considerado oficialmente o melhor goleador do Mundial da Argentina, em 1978...

In jornal O Porto de 29/11/1978 – Imagem da homenagem do FC Porto a Cristiano, em reconhecimento de ter representado o Clube ao mais alto nível como melhor marcador do Mundial da Argentina/78.

... além de no seguinte Mundial do Chile, em 1980, ter sido eleito pela Federação internacional (FIRS) o melhor hoquista desse Mundial. Tendo ao longo da carreira recebido muitas distinções, sendo um dos hoquistas nacionais mais distinguidos com trofeus e do FC Porto é mesmo o maior detentor de trofeus, entre os quais recebeu do FC Porto o Troféu Pinga uma vez (ao tempo o Galardão de honra do clube), e depois o sucessor Dragão de Ouro, este por duas vezes, uma como jogador e outra como treinador.

= Imagem de Cristiano, junto com um colega de Seleção e com o então selecionador Correia de Brito, no regresso do Mundial do Chile. E... referência jornalística à sua distinção de melhor desse Mundial. Conforme publicação no jornal “Golo”, de novembro de 1980.

Ora – como nesta data é bem lembrado na newsletter “Dragões Diário” – a 31 de agosto de 1983 «o FC Porto confirmava o regresso do hoquista Cristiano Pereira através de uma notícia de última hora publicada no desaparecido jornal O Porto, publicação oficial do clube que dois anos mais tarde daria origem à revista Dragões. Cristiano, um dos melhores praticantes de sempre, seria campeão nas duas épocas seguintes, assumindo o comando técnico em 1985/86 com um sucesso tremendo: os azuis e brancos conquistaram pela primeira vez o título de campeão europeu, derrotando os italianos do Novara na final, e venceram as três competições nacionais.»

Armando Pinto

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= Nota: Para rever a biografia de Cristiano, relembre-se aqui seu percurso, clicando em

https://memoriaporto.blogspot.com/2016/05/cristiano-nome-referencial-do-hoquei-em.html

A P

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Recordando… a Volta a Portugal de 1960 ganha por Sousa Cardoso – memória pessoal do início do meu Portismo!

 

A 28 de AGOSTO de 1960, domingo de final do tempo estival por excelência, terminava a Volta a Portugal em bicicleta com o triunfo de Sousa Cardoso, ciclista do FC Porto que detinha grande admiração entre os adeptos portistas. Quão nele se depositava a fé em vitórias para as cores do FC Porto depois de suas prestações na Volta de 1958, em que foi 2.º classificado na geral, e na de 1959, que apenas não venceu por ter tido uma queda que o obrigou a sair com uma clavícula partida. Mais a simpatia dos apaixonados do ciclismo nacional depois de sua grande corrida na Volta a Espanha de 1959, culminada na vitória da Etapa Pamplona-San Sebastian. Até que em 1960 Sousa Cardoso deu um festival de superioridade ainda mais vincada na Volta a Portugal, terminada em apoteose com o seu triunfo, à chegada da última etapa, terminada em pleno estádio das Antas, no Porto.

Ora, então na Volta a Portugal em bicicleta, a 28 de agosto de 1960, foi triunfal o términus da Grandíssima Portuguesa, com o sorridente ciclista do FC Porto a ser vitoriado com a sua coroa de louros, sobre os ombros, a ornar a linda camisola amarela de vencedor. Sendo esse o primeiro dia que ficou na retina da memória do portista em formação que eu era, ao tempo. Podendo dizer que foi a solidificação do portismo inicial que já estava a entranhar-se aqui dentro, em mim, onde eu quando gosto duma coisa é a valer.

Com efeito, do que me lembro melhor, tinha eu ainda 5 anos (pelo que vejo agora), desde quando me ficou na lembrança uma tarde de domingo de abril de 1960, em que pelo relato radiofónico acompanhei o final dum jogo de futebol Porto-Benfica em que, depois de estar a perder por 0-2, o Porto acabou por empatar 2-2. Tendo então me ficado aquilo no ouvido, por o meu irmão mais velho (com cerca de 15 anos, ao tempo) e mais alguns amigos, estarem de ouvidos atentos ao relato saído do rádio da mesinha de cabeceira de minha avozinha, paralítica havia anos na cama e com a qual eu passava muito tempo a ouvi-la contar-me histórias, sentado à sua beira. Sendo que dessa vez estávamos assim ali mais miúdos e alguns rapazes, até que depois de os ouvir desanimados com o resultado, os vi exultarem de alegria, primeiro com um golo de Luís Roberto e depois ainda mais e melhor com o do empate, obtido por Humaitá. Mas, como depois disso, o futebol não teve sequência de momentos de júbilo, ainda nesse ano, foi por conseguinte em agosto seguinte, tinha eu feito já 6 anos no mês anterior, que a vitória de Sousa Cardoso no ciclismo fez redobrar a atenção e sentir que o que era do Futebol Clube do Porto já me seduzia. Resultando daí o meu início do Portismo que me corre nas veias, até passar pelo cérebro e pulsar forte no coração.  

= Equipa de Ciclismo do FC Porto, então sob orientação técnica de Franklim Cardoso, em 1960. Em cima (a partir ds esquerda da foto) o massagista Lopinhos, o treinador Franklim Cardoso, e os ciclistas Azevedo Maia, Artur Coelho, Mário Sá, um diretor, Carlos Simão, Carlos Carvalho e outro diretor; tendo em baixo, depois de dois colaboradores da equipa, Sousa Cardoso, Emídio Pinto, Pedro Polainas e Sousa Santos. 

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Naturalmente é sabido que, entre as efemérides do dia 28 de Agosto, nesta data se recorda por um lado a infeliz ocorrência da morte de Rui Filipe, falecido num acidente de viação em 1994, e por outro lado a boa memória de em 1952 ter ocorrido o ingresso de José Maria Pedroto no FC Porto, então jogador de futebol adquirido ao Belenenses na maior transferência desse tempo. Assim como, muitos anos antes e de teor diferente, é assinalável o facto de que em 1924 teve lugar uma polémica Assembleia Geral em que um grupo de sócios do FC Porto, defensores acérrimos do amadorismo e agarrados em demasia ao passado, procuraram boicotar a vinda do guarda-redes Mihály Siska por o clube ter oferecido ao húngaro um emprego. Facto que foi contrariado pelo voto da maioria dos portistas que se manifestaram nessa reunião magna do clube e é uma das interessantes curiosidades históricas; sabendo-se como Miguel Siska foi depois importante na história do FC Porto, quer como grande guarda-redes e mais tarde como treinador, em ambos os casos campeão nacional – por entre factos reveladores do acerto de certas decisões, como tem acontecido ao longo da gloriosa história do FC Porto, até aos nossos dias.

Efemérides essas que se enumeram e relembram, sempre, mas além de a morte do Rui Filipe e a chegada de Pedroto ao FC Porto já terem tido espaço de evocação em artigos de anos anteriores, aqui, desta feita merece memorização a Volta a Portugal de 1960, do início do Portismo do autor destas memorizações.

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Pois então, nesse último domingo de final de agosto, vi pela televisão a consagração vitoriosa de Sousa Cardoso nessa Volta de 1960. Havia ainda pouco tempo de existência da televisão em Portugal e raros eram os aparelhos televisivos, ainda, existentes em casas particulares. Havendo por aqui uma televisão na Casa do Povo da Longra, apenas, além de mais uma numa casa ou outra. Tendo por isso sido na sala polivalente da Casa do Povo daqui que, acompanhado por meu pai e irmãos, vi então Sousa Cardoso a ser vitoriado e com ele de seguida os outros ciclistas do FC Porto a darem a volta de honra na pista do estádio das Antas, com aquelas lindas camisolas azuis e brancas, cujas duas largas listas azuis que se viam na frente e depois nas costas dos ciclistas derreados sobre o guiador, me entusiasmaram os sentidos.

Da inesquecível vitória de 1960, que colocou Sousa Cardoso na galeria dos triunfadores da Grandíssima Volta, ilustramos essa façanha com imagens do álbum Heróis da Estrada, em banda desenhada, edição O Jogo/Jornal de Notícias.


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José Sousa Cardoso (n.1936-f.2008) - Vencedor da Volta a Portugal de 1960, depois de ter começado em 1955 a representar o FC Porto e haver participado na Volta a partir de 1957, manteve-se como chefe de fila da equipa do FC Porto durante largos anos, até que deixou de correr em 1966.


Merece pois aliência a carreira do ciclista Sousa Cardoso, o popular sorridente do FC Porto que foi ídolo dos adeptos portistas durante anos, desde finais dos anos cinquentas até meio da década de sessenta. Sousa Cardoso que foi vencedor da Volta a Portugal de 1960 e entrou na história como vencedor duma etapa da Volta a Espanha, prova que correu, assim como na Volta a França, incluído em equipas da seleção portuguesa, havendo sido o quarto português a participar no “Tour” em cima duma bicicleta. Representou o FC Porto durante onze anos, ao longo dos quais venceu algumas provas do calendário nacional, como a Volta em 1960, cinco etapas durante as suas participações na Volta a Portugal, um Circuito de Santo Tirso em 1958, o Grande Prémio Robbialac em 1962, por mais que uma vez o Campeonato Nacional de Ciclo-Cross e diversos títulos por equipas. Sendo sobretudo um trabalhador em prol da equipa, num período em que as equipas do FC Porto tinham diversos ciclistas de valor idêntico e quase todos potenciais candidatos às vitórias. Além de também no plano internacional se ter destacado


José Carlos Sousa Cardoso, natural de São João de Vêr, concelho de Vila da Feira (hoje de Santa Maria, como se sabe), onde nasceu em 1936, a 10 de Janeiro, na localidade de Lavandeira, enquanto ciclista representou sempre o F. C. Porto, o que aconteceu durante 11 anos. Tinha 21 anos quando participou na sua primeira volta a Portugal, em 1957. Um ano depois alcançou o 2º lugar da classificação geral individual na Volta a Portugal de 1958, em que também foi 1º da Classificação por Pontos; havendo no ano seguinte ido à “Vuelta” e lá em Espanha venceu uma etapa, de ligação entre Pamplona-San Sebastian e três metas classificativas do prémio de montanha. 


Nesse âmbito, com honra e glória para o F C Porto, Sousa Cardoso integra a galeria de vencedores, de etapas na prova rainha de Espanha. Tendo José Sousa Cardoso sido um dos mais emblemáticos representantes de tal modalidade desportiva aplaudida nas bermas das estradas e pelas pistas dos estádios. Um ás do pedal que, naquele tempo, integrando equipa da seleção nacional (representando Portugal, que assim se fazia representar nessa grande corrida de etapas internacional), em 1959 se tornou vencedor de uma etapa em solo espanhol, na 12ª etapa da "Vuelta" de 1959 entre Pamplona e San Sebastián.


Recordando o facto, diante da importância que o ciclismo teve então na consolidação do prestígio portista nas décadas de meados do século XX, evocamos essa antiga façanha de tal herói das estradas, através de imagens correspondentes.


Pouco tempo depois esteve para ser vencedor da Volta, em 1959, mas quando andava também em segundo lugar sofreu um acidente na descida do Marão que o afastou da mesma prova. 



Até que em 1960 Sousa Cardoso conquistou a vitória na corrida rainha do ciclismo nacional, sendo o grande vencedor da 23ª Volta a Portugal em bicicleta. Participara ainda entretanto na Volta a França (Tour de France), na Volta do Futuro (o Tour d’ Avenir), onde alcançou o décimo lugar e conseguiu o 3º posto na clássica Gran Premio Ldodio. Por várias vezes campeão nacional na especialidade de Ciclo-Cross, Sousa Cardoso representou Portugal em seleções nacionais, entre outros países, também na Bélgica e no Brasil.


De permeio integrou equipas de grande valor e forte conjunto dentro do FC Porto, tendo estado nos tempos aureos e depois em épocas de transição, ao lado de Sousa Santos, Emídio Pinto, Artur Coelho, Carlos Carvalho, Mário Silva, Azevedo Maia, Mário Sá, Joaquim Leão, Joaquim Freitas, Ernesto Coelho, Alberto Carvalho, Cosme de Oliveira, etc. etc. 


Sousa Cardoso é um dos nomes homenageados no Monumento ao Ciclista em São João de Vêr, um monumento erigido (desde 1999) nessa terra de ciclistas famosos que assim mais honra os seus filhos ilustres, como valorosos conhecidos do mundo desportivo do ciclismo - «reconhecendo o esforço de todos aqueles que levaram e levam na alma e sempre mais além pelas estradas deste mundo o nome de S. João de Vêr e das terras de Santa Maria». Sabendo-se que dali eram naturais Joaquim Sousa Santos (pai do que mais tarde foi vencedor da Volta de 1979), Joaquim e José Sousa Santos (o anteriormente referido vencedor e seu irmão), mais Mário Sá e Sousa Cardoso, dos ciclistas que correram com a camisola do FC Porto, além de também outros que correram por outras equipas entre nomes perpetuados na memória do desporto dos pedais.


Em apoteose memorial, por fim, recordamos aqui e agora a Volta a Portugal ganha por Sousa Cardoso, mediante imagens e recortes alusivos, de arquivo do autor destas linhas.


Sousa Cardoso, falecido entretanto a 16 de Agosto de 2008, continua a ser figura de proa no ciclismo e será sempre recordado como um dos grandes nomes que correram de bicicleta pelas estradas do país e do mundo.


Armando Pinto

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domingo, 25 de agosto de 2024

Efeméride: Estreia de Jorge Costa com 1.º e decisivo golo na equipa principal do FC Porto – em 1992 !

 

25 de AGOSTO – «Neste dia, em 1992, Jorge Costa estreou-se como sénior a marcar o golo da vitória do FC Porto sobre o Estoril, a primeira das 24 que permitiram reconquistar o título nacional. As equipas de Carlos Alberto Silva e de Fernando Santos mediram forças em Coimbra, por interdição das Antas, e o defesa central de 20 anos só precisou de 17 minutos para assinar o remate certeiro que garantiu os dois pontos. 

= Golo de Jorge Costa! O 1.º dele, logo na estreia na equipa principal; e ao mesmo tempo o 1.ºda equipa portista nesse Campeonato Nacional da 1.ª Divisão de 1992/93 !

Os bons indícios deixados no dia 25 de agosto de 1992 viriam a confirmar-se nas 13 temporadas seguintes, durante as quais o mítico capitão realizou 383 jogos, marcou 25 golos, festejou 21 títulos e ergueu três troféus internacionais com as cores do coração - o azul e o branco.». Conforme é bem lembrado hoje na newsletter oficial "Dragões Diário".

= Reportagem da revista Dragões: páginas sobre  jogo FC Porto-Estoril da estreia de Jorge Costa =

E assim, acrescentando em nome pessoal, porque também calha bem de vez em quando descansar de puxar pela cabeça a escrever e citar outras origens, partilha-se esta fonte para evocar o início da carreira do grande Jorge Costa, agora diretor do futebol portista, na nova era do FC Porto, como em boa hora André Villas-Boas o escolheu e ele aceitou e abraçou, cujos frutos já se fazem sentir na nova aragem do ambiente azul e branco.

= Na Apresentação da Candidatura de André Villas-Boas !

Também deitando olhos por outra fonte, na mesma onda azul de trabalho digno de apreço, partilha-se, transcrevendo para aqui, a nota curricular de Jorge Costa inserta no blogue “ESTRELAS DO FCP”, de Paulo Moreira (amigo da blogosfera portista já há muito tempo e que tivemos grande prazer de contactar pessoalmente ainda a meio de abril recente, na tertúlia Conversas à Moda do Porto, quando também ele esteve entre os assistentes a essa sessão do painel sobre história do FCP, na sede da candidatura de André Villas-Boas):

« Jorge Paulo Costa Almeida nasceu no dia 14 de Outubro de 1971 no Porto.

Começou por jogar futebol no F.C. Foz, clube que representou até aos 13 anos.

Aos 14 ingressou nos juvenis do Futebol Clube do Porto onde passou por todos os escalões de formação até chegar a sénior.

Na temporada de 1990/91 estreou-se como sénior e foi emprestado ao F.C. Penafiel onde assumiu uma grande importância na equipa orientada por Victor Manuel para o clube assegurar a permanência. Na época seguinte de novo foi emprestado mas desta vez rumou à ilha da Madeira para jogar pelo Marítimo S.C.. Com a camisola do clube insular, Jorge Costa viveu um episódio caricato. No jogo contra o Futebol Clube do Porto no estádio dos Barreiros, marcou o único golo do encontro, mas na sua própria baliza. Foi um mau momento que com a ajuda dos colegas e do seu treinador, Paulo Autuori, ultrapassou. Nessa época no clube madeirense, Jorge Costa fez 31 jogos e falhou apenas 3 por castigo.

Na temporada de 1992/93 regressou ao Futebol Clube do Porto para fazer parte do plantel comandado pelo brasileiro Carlos Alberto Silva.

A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu no dia 25 de Agosto de 1992 no Estádio Municipal de Coimbra onde os portistas receberam e venceram o G.D. Estoril por 1-0, com Jorge Costa a ser o autor do golo da vitória, num jogo que contou para a 1ª jornada do Campeonato Nacional de 1992/93.

Jorge Costa representou o F.C. Porto durante treze temporadas. Teve uma breve passagem pelo futebol inglês quando esteve emprestado ao Charlton Athletic F.C. entre Dezembro de 2001 e Maio de 2002.

Foi o sucessor da mítica camisola com o número 2 de João Pinto e também Capitão e foi nessa condição de líder que ergueu os principais troféus internacionais de clubes conquistados pelos azuis e brancos em 2003 e 2004.

Durante os 13 anos que jogou de Dragão ao peito, Jorge costa conquistou 24 Títulos, disputou 383 jogos oficiais e marcou 25 golos. Foi um dos jogadores que participou em todos os campeonatos do Penta.

Em 2005/06 Jorge costa passou a ser a quarta opção do treinador Co Adriaanse e apenas jogou as partidas particulares da pré-época e decide deixar o F.C. Porto e rumar à Bélgica para se juntar ao seu ex-companheiro do F.C. Porto, Sérgio Conceição, no Standard de Liége, clube onde viria a terminar a sua brilhante carreira de futebolista em Outubro de 2006.

Jorge Costa foi também Internacional por Portugal e vestiu a camisola das Quinas por 50 vezes tendo marcado 2 golos. Esteve presente no Campeonato da Europa de 2000 e no Campeonato do mundo de 2002.

Em Dezembro desse mesmo ano começa uma nova fase da sua vida ao ser treinador adjunto de Rogério Gonçalves no S.C. Braga, para em Fevereiro de 2007 assumir o comando técnico dos bracarenses. Manteve-se a treinador dos minhotos até que em Outubro o clube prescindiu dos seus serviços. Em 2008/09 assumiu o comando técnico do S.C. Olhanense e levou os algarvios de novo ao escalão máximo do futebol português, isto depois de se ter sagrado Campeão Nacional da 2ª Liga. Jorge Costa continuou em Olhão na temporada seguinte. No verão de 2010 passou a treinar a Académica de Coimbra, no entanto em dezembro desse mesmo ano abandonou o comando dos estudantes e ao mesmo tempo anunciou que deixaria o mundo do futebol. Mas o afastamento durou poucos meses porque em Maio de 2011 assinou pelos romenos do F.C. Cluj, onde conquistou o Campeonato Romeno. Em Abril de 2012 foi afastado pela direcção do comando técnico do clube romeno. Rumou depois ao Chipre para comandar o A.E.L. Limassol na temporada de 2012/13 e o Anorthosis Famagusta F.C. em 2013/14, no entanto regressa a Portugal em Fevereiro de 2014 para assumir o comando do F.C. Paços de Ferreira, consegue manter os pacensses na 1ª Liga mas deixa o clube no final da temporada.

No dia 25 de Julho de 2014 voltou a pisar o relvado do Estádio do Dragão e a vestir a camisola do Futebol Clube do Porto para o jogo de homenagem e despedida de Deco.

Em Julho de 2014 aceitou o convite da Federação do Gabão para ser o treinador da sua Selecção Nacional, cargo que ocupou até 2017. Passou depois pelo comando técnico dos tunisinos do C.S. Sfaxien e no inicío da época de 2017/18 regressou a Portugal para orientar o F.C. Arouca mas deixa o clube apenas três meses depois. Ainda no ano de 2018 rumou até França para passar a ser o treinador do Tours F.C. Em 2018/19 viajou para a India onde orientou o Mumbai City F.C.. Na época de 2020/21, depois de uma breve passagem pelos romenos do C.S. Gaz Metan, voltou a Portugal para treinar o S.C. Farense, até ao final de Agosto de 2021. Em Fevereiro de 2022, regressou ao C.S. Sfaxien. Na temporada de 2022/23, voltou a Portugal para assumir o comando técnico do Académico de Viseu F.C. e já na época seguinte passou a ser o treinador do AVS Futebol SAD.

Em Maio de 2024, regressou ao F.C. Porto para assumir o cargo de Director de Futebol na presidência de André Villas-Boas.

Palmarés como jogador

1 Taça Intercontinental

1 Liga dos Campeões

1 Taça UEFA

8 Campeonatos Nacionais da 1ª Divisão (Portugal)

5 Taças de Portugal

8 Supertaças Cândido de Oliveira

Palmarés Como treinador

1 Campeonato Nacional da 2ª Divisão (Portugal)

1 Campeonato da Roménia »

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Ora, agora por palavras próprias aqui do autor deste blogue Memória Portista, é com muito gosto que se recorda o início e a caminhada do grande capitão Jorge Costa, que durante muitos anos foi senhor da mítica camisola nº 2 que no FC Porto ganhou história com Virgílio Mendes, Alberto Festa, Gabriel, João Pinto, até ao Jorge Costa (e mais alguns depois, como Bruno Alves, etc. até ao Pepe, por ora). Que além dos títulos conquistados pelo FC Porto, Jorge Costa, enquanto atleta do futebol, foi também Campeão do Mundo pela Seleção de Sub-20 que venceu o Mundial de 1991. Numa bela história, lembrada a propósito da efeméride da sua estreia em jogos oficiais com a camisola do FC Porto no plantel sénior e logo coroada com o golo da vitória e único desse encontro. Culminando agora estar ao lado do presidente André Villas-Boas, junto com Zubizarreta no departamento do futebol azul e branco, no apoio à equipa orientada por Vítor Bruno, a recuperar os valores do FC Porto, como já se está a sentir bem.

Jorge Costa foi um dos jogadores mais admirados aqui pelo autor destas lembranças. Tanto que, falando na primeira pessoa, eu sentia nele todo o meu sentimento portista, a garra de só estar bem com o Porto a ganhar e aumentar o palmarés histórico, sendo algo especial para nós. Por isso, quando o Octávio Machado provocou o caso da braçadeira que levou à saída do Jorge Costa do FC Porto, eu fiquei muito sentido, magoado como Portista, tal como quando Octávio havia provocado a saída do Bibota Fernando Gomes, e mais tarde não quis o regresso de Jardel, tudo com a complacência de Pinto da Costa. Sendo, na natureza de tudo isso que, quando foram publicados seus livros, eu me apressei a adquiri-los ao ter conhecimento deles, primeiro o “Jorge Capitão Costa”, por Carlos Pereira Santos e Rui Cerqueira, editado pela Prime Books em 2005; e depois “O Bicho Jorge Costa”, da coleção os Magníficos, edição Quidnovi e A Bola em 2008. Livros que, com valor muito estimativo, fazem parte da coleção guardada na biblioteca pessoal. Cujas capas se incluem entre as imagens de ilustração, aqui. Nesta memória sobre Jorge Costa que, tal como antes foi um Jogador à Porto, agora é um dos rostos dos Diretores mesmo à Porto.

Armando Pinto

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quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Efeméride e 30.º aniversário da arrancada para o “Penta” – o 1.º golo (de Rui Filipe) e 1.ª vitória do FC Porto da série histórica e inédita!

 

Faz hoje, 21 de agosto de 2024, já 30 anos desde que a 21 de agosto de 1994 começou a caminhada rumo ao inédito “Penta”. Num jogo com significado especial, quando o Sporting de Braga saiu derrotado no estádio das Antas por 2-0, graças aos golos do malogrado Rui Filipe, o primeiro, e do búlgaro Kostadinov. Com acréscimo do primeiro dos 397 remates certeiros desse histórico ciclo do futebol nacional haver sido o último do médio portista nas Antas. Tendo o louro Rui Filipe ainda marcado depois ao Benfica na Luz, na primeira mão da Supertaça, o golo portista no empate (1-1) então verificado; mas, por ter sido então expulso pelo árbitro Carlos Calheiros nesse jogo em Lisboa e assim ter ficado de fora no jogo seguinte do Campeonato, deslocando-se entretanto em seu carro nessa folga, infelizmente, viria a falecer em acidente rodoviário a 28 de agosto de 1994. Mas na data do início do Penta, o foco presente é precisamente sobre a arrancada para esse inédito cometimento: mais nenhum clube conseguiu ainda isso em Portugal, só o FC Porto ganhou o Campeonato em cinco épocas consecutivas!

Recorda-se então a ficha desse primeiro jogo, e do primeiro golo, no começo do Campeonato primeiro dos cinco que contaram para essa tal soma única. Conforme ao tempo foi publicado na revista Dragões.  

Penta só há um, o Porto e mais nenhum!

Armando Pinto

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terça-feira, 20 de agosto de 2024

Efeméride da Supertaça Cândido de Oliveira de 2003/2004: vitória do 1º golo e 1ª vitória de Quaresma no FC Porto

A 20 de AGOSTO de 2004, no Estádio Cidade de Coimbra, defrontam-se as equipas principais do então Campeão Nacional FC PORTO e do ao tempo detentor da Taça de Portugal BENFICA, para disputar o troféu com o nome do antigo jornalista, selecionador e treinador Cândido de Oliveira. Tendo o FC Poro conquistado mais esse primeiro troféu oficial de início da época, através de um decisivo golo de Ricardo Quaresma, fazendo sobressair o génio iniciado com esse que foi o primeiro golo oficial do 'Harry Potter' portista com a camisola azul-branca.

Então o FC Porto havia trocado de treinador a poucos dias do início das competições oficiais, quando Pinto da Costa despediu o treinador italiano Del Neri e contratou o espanhol Victor Fernandez. 

= Del Neri

Ora, o FC Porto, depois de ter sido Campeão Europeu pela 2.ª vez e entretanto também Campeão Nacional de 2003/2004, havia perdido a final da Taça de Portugal já no prolongamento, quando não merecia ter saído assim do campo no acabar dessa época. Tendo seguidamente o FC Porto passado por tempos difíceis com a saída de Mourinho para Inglaterra, situação ainda agravada com a venda  de vários jogadores considerados craques da equipa, gerando boas receitas monetárias mas enfraquecendo o plantel. Para piorar tal estado foi contratado um treinador vindo de Itália, Del Neri, que nem aqueceu o lugar, despedido depois ainda antes do início oficial da temporada… e adveio certo receio  na expetativa de como seria com um treinador estrangeiro quase desconhecido, o espanhol Fernandez. Tal como os novos jogadores, das aquisições surgidas, eram ainda incógnitas no conhecimento dos apoiantes e adeptos.


Então, no primeiro jogo da época a sério, na noite de 20 de agosto de 2004, o FC Porto conseguiu superar tudo e contra as expetativas e favoritismo do adversário, mediante as circunstâncias, acabou por vencer e assim ergueu mais uma Supertaça portuguesa, ao derrotar o Benfica com um golo de Quaresma, sem resposta. E que golo! Resultando numa inesquecível alegria, no prazer da vitória alcançada, em acerto de contas e recuperação de prestígio.


Essa jornada festiva foi mesmo emocionante !


Ora, então, nesse dia 20 de agosto, em 2004, pela noite dessa sexta-feira de tempo de veraneio, o FC Porto proporcionou grande alegria a tanta gente em férias e a toda a mole humana que viveu grande euforia de autêntica desforra. Em tal inesquecível noite em que o autor destas linhas assistiu ao jogo emocionante pela transmissão televisiva.


Aí, do onze que havia subido ao relvado em Gelsenkirchen, na final da Liga dos Campeões, em Maio anterior, apenas Vitor Baía, Nuno Valente, Costinha e Carlos Alberto repetiram a titularidade, e foi um jovem estreante de Dragão ao peito a assumir o protagonismo: Ricardo Quaresma. A magia do craque, que chegou ao FC Porto na transferência de Deco para o Barcelona, fez desaparecer Argel no lance que deu a Supertaça aos azuis e brancos, já em plena segunda parte. O central brasileiro do Benfica ficou desfeito pela magia de Ricardo Quaresma e o guarda-redes benfiquista Quim nada pôde fazer para evitar o remate vitorioso do então número 10 portista.

Desssa conquista, recorda-se o acontecimento através de imagens captadas do jornal O Jogo, edição do dia seeguinte, sábado 21 de agosto. 










Porque recordar é viver, como se diz e sente, recorda-se assim essa que foi a saborosa vitória na Supertaça de 2004, nesse tempo a 14.ª do FC Porto. Porque coisa assim é digna de ser recordada, sempre.

Armando Pinto
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