Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Cerimónia de oficialização do nome de Jorge Costa no Centro de Treinos e Formação – Homenagem emocionante e sintomática do sentimento portista. Presidente André Villas-Boas emocionou-se, como pessoa especial que é, de fortes sentimentos!

 

Vendo pelas imagens difundidas, também me emocionei, ao ver o Presidente Villas-Boas assim. E como admirador e amigo ainda o fiquei a admirar mais, por ser assim, humano e de caráter sensível. Um grande Presidente como o FC Porto precisava e tem. Sendo um orgulho ter assim um Presidente!

«André Villas-Boas não foi capaz de escapar a uma forte emoção quando esta terça-feira falou de Jorge Costa na inauguração da nova designação do Centro de Treinos, no Olival, que passa a incluir o nome do eterno capitão portista, falecido no passado verão». Assim é descrito na página do jornal O Jogo.

Homenagem essa justíssima e deveras tocante. Com uma coincidência relativa, tendo Jorge Costa falecido em pleno Centro de Treinos do Olival no dia 5 de agosto do passado verão, quando era até dia de efeméride da inauguração do mesmo, que acontecera a 5 de agosto de 2002. Juntando-se essa curiosidade à passagem do dia do aniversário natalício de Jorge Costa.

E, por toda esta envolvência, para conseguir registar aqui neste espaço de memorização portista o acontecimento de o CTF passar a ter o nome de Jorge Costa, o melhor é apenas continuar a citar, no caso seguinte o que ficou escrito na página oficial fcporto.pt:

«O nome de Jorge Costa ficou eternizado no quartel-general do futebol azul e branco no dia em que o lendário Capitão do FC Porto comemoraria 54 anos. Em pleno centro de treinos do Olival, doravante designado CTFD Jorge Costa, André Villas-Boas recordou “uma das figuras mais marcantes da história do FC Porto” e falou de “um tributo à vida que dedicou de corpo e alma ao Clube, à identidade, ao desígnio coletivo, aos princípios e aos valores” do Clube. “A partir deste momento, todos os que entrarem neste espaço irão cruzar-se com a força de um Capitão que representa a essência do que é ser Porto” e de alguém que “fez de cada dia com a camisola do FC Porto um hino à coragem, ao sacrifício e ao espírito de equipa”. Visivelmente emocionado, o presidente e amigo recordou “um Dragão daqueles que não sabiam jogar a meio-gás, que nunca virava a cara à luta e que defendia as causas do FC Porto”, um “Capitão por mais de uma década que liderou com voz, mas sobretudo pelo exemplo”. “O Bicho, como era conhecido, encarnava o ADN do FC Porto: a resiliência, o inconformismo, a cultura de trabalho, a lealdade e a força perante a adversidade. Muitos vestiram esta camisola, poucos a honraram como o Bicho”, declarou o líder máximo de um Clube dentro do qual o legado de Jorge Costa deve ser “um lembrete inabalável do que representa vestir a camisola e da honra e responsabilidade que isso implica a cada instante”: “Que todos, do mais jovem atleta ao mais consagrado campeão, tenham sempre presente que Jorge Costa nos continuará a mostrar o caminho das vitórias”. “Neste dia carregado de emoção e significado, reunimo-nos para homenagear e eternizar uma das figuras mais marcantes da história do FC Porto, de seu nome Jorge Costa. A escolha desta data, a data do seu aniversário, não poderia ser mais simbólica. É um tributo à vida que dedicou de corpo e alma ao nosso Clube, à nossa identidade, ao nosso desígnio coletivo, aos nossos princípios e aos nossos valores. É um pequeno gesto que deveria ter sido feito em vida e que nunca retribuirá tudo o que lhe devemos, o privilégio de o termos tido connosco, de termos usufruído da sua presença carismática e um gesto que exprime a enorme vontade que nunca esquecemos.”»

Como a ocorrência tem o forte impacto que teve, anota-se aqui apenas isto, porque a devida narrativa do acontecimento está em páginas e imagens da comunicação social. Anotando-se o sentimento de quanto representam as ações que dignificam e perpetuam o ADN Portista.

Armando Pinto

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segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Ressonâncias fotográficas da presença no "Dia do Clube"/2025


Em acréscimo à repercussão descrita no texto da reportagem sobre o Dia do Clube, passado em pleno estádio do Dragão, no sábado 11 de outubro, junta-se uma sequência de imagens dando imagem do que foi também a vivência nesse anual encontro de Portistas.















Armando Pinto

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domingo, 12 de outubro de 2025

“Dia do Clube”/2025 – Encontro de Portistas com a presença do Presidente do lugar presidencial mais importante para mim…!

 

Assim mesmo. Colocando o título e o tema na primeira pessoa, expondo pessoalmente, pois sou eu que escrevo isto e descrevo o que senti, como sinto o que é FC Porto. Sendo o acontecimento anual chamado Dia de Clube, organizado por sócios e para os sócios do Clube, uma já tradicional ocorrência do mundo portista com impacto na convivência de quem participa. Uma oportunidade de convívio entre quem sente o mesmo denominador comum que é o Futebol Clube do Porto, na nossa casa, quão é o ambiente do mundo desportivo e sobretudo portista do Dragão. Bem como, sobremaneira, por contar com o Presidente do FC Porto, a pessoa certa no lugar certo, como é a missão de Presidente do FC Porto, cujo lugar de presidente é o posto presidencial que mais aprecio, para mim o mais importante. Algo assinalável, pelo significado, por o Dia do Clube ter ocorrido na véspera das nacionais eleições autárquicas, do chamado poder local, e mais que quaisquer lugares presidenciais o de Presidente do FC Porto ser especial, do Clube que tem de lutar contra tudo e todos no sistema desportivo e quiçá político nacional; mas apesar das contrariedades e oposições, consegue manter adeptos fiéis, dos que olham e colocam o Clube acima de tudo. O que torna o Futebol Clube do Porto uma nação, mais que tudo.

Com efeito o Dia do Clube, este ano sob o lema "Coração Dragão", teve abertura com a presença, convívio e alocução de apresentação do Presidente do FC Porto. O que antes não acontecia, mas agora aconteceu já pelo segundo ano consecutivo, na atual presidência. Sabendo-se que a abertura é o momento mais aguardado, com toda gente presente e em ansiosa expetativa, enquanto nos encerramentos já se verificam ausências e menor atenção.

O Dia do Clube, coisa que não há nos outros clubes e tem sido uma especialidade dos adeptos portistas, num Encontro de Portistas para Portistas, teve mais uma edição neste outono de 2025. Numa realização bem organizada e bem conseguida, que albergou tanta gente que o amplo espaço da zona VIP do estádio esteve totalmente preenchido, com lotação máxima. Transformando as horas ali passadas em momentos inesquecíveis.  

Ora, neste sábado passado mas bem presente, 11 de outubro, foi Dia do Clube no Estádio do Dragão. Onde, “perante uma plateia que esgotou a lotação da Tribuna VIP, André Villas-Boas discursou na abertura do evento de portistas para portistas e começou por «agradecer pelo movimento associativo que se tem visto em várias frentes» e traduzido num crescimento anual de 15% no número de sócios. Na ótica do presidente do FC Porto, «esta percentagem ainda não reflete bem o verdadeiro significado do que é crescer e ser Porto», mas já reflete «uma nova forma de viver o Clube e um novo compromisso com o FC Porto». Grato pela militância dos associados, André Villas-Boas convidou-os a visitar no fim o memorial ao Presidente dos Presidentes, um espaço «cada vez mais bonito e sentimental» onde «há muitas fotografias, dedicatórias, mensagens e cartões de sócio», objetos cheios de «valor simbólico». Na reta final do discurso, o líder máximo do FC Porto constatou que a equipa principal de futebol tem «ambições renovadas» e «um treinador que sabe o que é o FC Porto, o que é a relação carnal dos adeptos com o Clube e o que são os valores do FC Porto», atributos que permitem encarar a temporada 2025/26 com «uma energia renovada».” Assim como adiantou ideias em curso sobre próximas realizações, como as entregas de rosetas de associados em momentos significativos, incluindo a possibilidade de futuramente o Dia do Clube poder coincidir com as comemorações do aniversário do FC Porto. Tal como com a gala dos Dragões. Embora, naturalmente, haja diversas possibilidades, pela possível sobreposição extensiva. Incluindo o Dia do Clube não ser uma cerimónia de índole formal, mas aberta a todos os interessados que se inscrevam em tempo útil (vendo que as inscrições costumam esgotar em pouco tempo).  

Tendo o Presidente André Villas-Boas concluído sua sentida mensagem com votos pessoais também: «- Espero que vivam bem este Dia do Clube. Viva o nosso Futebol Clube do Porto e que esta seja uma grande época. Investimos muito na equipa e temos um treinador que sabe o que é o FC Porto, o que é a relação carnal dos adeptos com o Clube, o que são os valores do FC Porto, o sentimento e estamos todos com uma energia renovada.»!

Pois, no dia, vivemos bem o Dia do Clube. E quanto à época, estamos com uma fé que há muito se não sentia. Enquanto no progarma do encontro sucederam-se paineis bem preenchidos, ouvindo histórias que enchem o idealismo portista e fazem parte do imaginário azul e branco. Tal como pudemos ouvir de viva voz comunicações que deram para perceber ainda melhor coisas de como é a mística sentida por quem viveu as peripécias do balneário portista e compreende a paixão dos apoiantes. 

O Dia foi então mesmo bem vivido e de modo bem convivido. Pessoalmente até de modo especial por logo no primeiro painel o orador convidado ter sido Rui Cerqueira, homem do Clube que dispensa apresentações, e que depois, já na hora de convivência, pude finalmente cumprimentar e com ele conversar pessoalmente. Depois de bons contactos por via do blogue "Memória Portista" e suas entrevistas televisivas dos "Universo Porto" e "Vencedores como Sempre" no Porto Canal, houve finalmente oportunidade de estar com ele e poder reforçar a admiração que vinha da ligação portista.

De permeio pudemos ver diante de nós e ouvir diretamente tanta e boa gente que faz parte do sentimento público portista, como foram e são antigos atletas e também atuais, incluindo dirigentes, homens e mulheres que vestem a camisola dentro dos recintos dos jogos e também fora, ao serviço do nosso FC Porto. E, entretanto, ainda por revermos amigos das mesmas lides e ficarmos a conhecer outros, do mundo alvi-anil que nos toca bem cá dentro.

= Com o Arquiteto Carvalho Couto, que foi chefe de redação e ainda diretor do jornal O Porto, mais seu filho arq.º João Paulo, e o amigo Paulo Jorge!

Bem como pude estar com o Nené Reis, amigo do mesmo sentimento portista que até esteve presente com seus colegas do Covil do Dragão; mais o Bruno Garcia, do Super Porto, cuja equipa é já familiar. E outros, obviamente, que basta nos vermos para sorrirmos uns para os outros. 

Em suma, foi um dia bem vivido, passado com gosto. E como gostamos, no ambiente do Dragão. Do muito que é à Porto.

Armando Pinto

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sábado, 11 de outubro de 2025

87.º aniversário natalício do antigo guarda-redes Armando Silva – nos entretanto já passados 7 anos de saudade e constante recordação!

 

Nesta data da cronologia de vida do senhor Armando Pereira da Silva, é ocasião de lembrar mais uma vez esse que foi o antigo guarda-redes do FC Porto e do Sporting de Braga, que sintética e popularmente é mais próprio referir como o guarda-redes Armando, o grande guarda-redes especialista a defender penaltis – como o legendei numa célebre foto que ele me ofereceu um dia e eu guardei para sempre. O meu amigo senhor Armando, nascido em 1938, a 11 de outubro de há 87 anos; e que, falecido em 2018, continua vivo na memória de quem o lembra. Tal como tem sido evocado nos diversos artigos aqui escritos e publicados em datas especiais de anos sucessivos. 

Até sempre amigo!

Armando Pinto

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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Lembrando antigos Dirigentes Portistas com nome na História do FC Porto: Um presidente de Comissão Administrativa e três sócios mais antigos no tempo do primeiro livro da História do FC Porto… em 1933!

De vez em quando… Entre assuntos vários de memorização portista, calha bem evocar também diretores de outrora que se dedicaram ao FC Porto. Como desta vez se lembra o Dr. Canto Moniz, que durante pouco tempo presidiu a uma Comissão Administrativa que assegurou a continuidade do Clube em momento difícil, até à eleição de uma Direção efetiva; e três associados que chegaram a ser os sócios mais antigos do FC Porto em seu tempo. Tal como ficaram historiados por Rodrigues Teles no seu primeiro livro sobre a história portista, conforme consta nas respetivas páginas 120 e 121 da “História do Foot-Ball Club do Porto”, publicada em 1933.

Armando Pinto

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quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Efeméride de um Porto-Benfica (5-2) saliente pelo então regresso de António Araújo, mais estreia do treinador Vogel e curiosidades relacionadas... em 1950.

 

A 8 de outubro, «em 1950, no Campo da Constituição, o FC Porto de Anton Vogel recebia e vencia o Benfica por 5-2 em jogo da quarta jornada da Liga, mesmo sem Hernâni, a contratação e sensação do momento que não entrava nas contas do treinador romeno nascido em Viena e radicado em Birmingham. Vital e Monteiro da Costa bisaram e Nelo fez o resto, de pouco valendo aos “encarnados” os dois golos de José Águas.»

= Equipa do FC Porto dessa época, com alteração de dois jogadores: em vez de Sanfins e José Maria, nesse jogo alinharam Vital e Araújo. 

Nesse Porto-Benfica de boa memória, disputado no Campo da Constituição, Vogel fazia a sua estreia como treinador do FC Porto. Como tal naturalmente ainda não conhecia bem o Hernâni, em fase de transição de ter estado a maior parte do tempo na tropa, em serviço militar obrigatório. Mas sobressaiu Araújo, ao tempo o grande craque do FC Porto, mas que por motivos de doença ligada ao centro de medicina, esteve em momentos alternados ausente, impedido de jogar. Coisas que só aconteciam ao FC Porto… como sempre, infelizmente!

Desse jogo há uma narrativa que descreve o panorama em que se desenrolou, conforme consta da obra "Glória e Vida de 3 Gigantes", edição do jornal A Bola e texto de António Simões, um dos poucos jornalistas que naquele periódico salvavam a honra da casa.

Na calha da ocorrências, outras derivadas se propiciam avivar. Tais como na linha de recordação, a propósito, se recorda a estada de Vogel no clube portista.

«Anton Vogel é um nome compreensivelmente pouco conhecido da história do FC Porto. Este treinador passou pelo clube durante poucos meses, em 1950, e não teve tempo para conquistar qualquer troféu, mas dirigiu a equipa numa vitória importante sobre o Benfica. No Campo da Constituição ao intervalo registava-se um empate a um, mas no fim o marcador já tinha subido até aos 5-2 a favor da equipa da casa.»

Em vista disso, como realmente não há muito mais por onde se pegue no assunto em livros e revistas de publicação saída nos últimos trinta ou quarenta anos, por exemplo e pelo menos, deitamos olhos ao que consta da coleção da antiga revista lisboeta Stadium, para efeito de memorização mais ilustrada.

E, ao correr da memória escrita, pode recordar-se algo mais aqui da história desse triunfo, concretizado através de golos portistas apontados por Nelo Barros, um, e Monteiro da Costa e Vital, dois cada um. Mas, além da boa prestação também de todos os outros, desde Barrigana, passando por Virgílio, Carvalho. Joaquim Machado, Pinto Vieira, Alfredo Pais e Carlos Vieira, o destaque foi para Araíjo.


Então, nesse jogo aconteceu o regresso de António Araújo à competição, depois de longa ausência por motivo de ter estado impedido pelo Centro de Medecina Desportiva, derivado a uma velha lesão, e, em nobre atitude de desportivismo daqueles tempos, o Benfica saudou o retorno do grande craque desse tempo com um ramo de flores entregues antes do jogo – cujo momento deu azo à capa da revista lisboeta Stadium, à época.

Estava-se aí na 4ª jornada do Campeonato Nacional de 1950/51 e o encontro motivou uma enchente no campo da Constituição, tendo o jogo proporcionado a Araújo assinalar sua reentrada na equipa com uma grande exibição, que muito ajudou ao concludente resultado com que o FC Porto brindou o Benfica – como a mesma revista deixou impresso à posteridade na sua página de análise à jornada.

António Araújo nesse jogo, com efeito, fez uma grande exibição, como também está relatado em repetição no livro “História dos 50 Anos do Desporto”, editado pel' A Bola, e se repete aqui: «Grande jogo de Araújo, que foi autorizado a jogar sob vigilângia médica, uma vez que ainda se suspeitava de padecer de uma nefrotapia crónica. Na partida nada se notou. Antes pelo contrário...»

Pois então, por toda essa envolvência, tal o caso de Araújo, e como nota de registo da passagem de Vogel pelo FC Porto e no futebol português, o jogo merece ser revivido na memória, através das imagens coevas, pelas gravuras que foram publicadas na revista Stadium, em seu número seguinte ao jogo.


Armando Pinto

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