O F C Porto não é só futebol, como se sabe, mantendo
supremacia em diversas modalidades de alta competição. E, entre tanta
destacável atividade, está novamente apurado para a fase final da Liga dos
Campeões Europeus de hóquei em patins, a chamada final a quatro (“final four”),
na qual é o segundo clube com mais participações, a seguir ao
Barcelona de Espanha. Prova que o F C Porto já venceu por duas vezes, quando
ainda se chamava simplesmente Taça dos Campeões Europeus; mas, desde que passou
aos moldes de fases finais a quatro, seis e oito clubes, como a mesma
competição já se realizou, teimosamente tem sido arredia dos anseios portistas,
ultimamente, quase sempre por uma unha negra, como se costuma dizer.
Este recente apuramento, é de frisar, ganhou contornos
especiais por ter acontecido com a eliminação do Benfica, o opositor que calhou
nos quartos-de-final da prova, com vista ao apuramento para o quarteto da final.
Tendo o F C Porto suplantado o grande rival lisboeta com a emotiva vitória alcançada no
Dragão Caixa, por 3-2, em desafio de 2ª mão da eliminatória, num autêntico tira
teimas, depois de um empate a 3 golos no anterior jogo da 1ª mão.
... Jogo decisivo em que o jovem Hélder Nunes foi figura de proa, com a autoria dos três golos portistas e todos na marcação de grandes penalidades, revelando-se digno sucessor dum Reinaldo Ventura, que lhe passa assim o testemunho, e de anteriores senhores sagrados do hóquei portista, como Vítor Hugo I e Cristiano Pereira – ou seja em rebobinagem do filme histórico, da atualidade recuando até tempos de afirmação hoquista no clube, entre os dias que correm e os da longínqua era do começo da atividade internacional do desporto sobre patins no seio azul e branco.
... Jogo decisivo em que o jovem Hélder Nunes foi figura de proa, com a autoria dos três golos portistas e todos na marcação de grandes penalidades, revelando-se digno sucessor dum Reinaldo Ventura, que lhe passa assim o testemunho, e de anteriores senhores sagrados do hóquei portista, como Vítor Hugo I e Cristiano Pereira – ou seja em rebobinagem do filme histórico, da atualidade recuando até tempos de afirmação hoquista no clube, entre os dias que correm e os da longínqua era do começo da atividade internacional do desporto sobre patins no seio azul e branco.
Com efeito, o começo das participações do Hóquei em Patins do F C Porto
em provas oficiais europeias remonta a 1970, depois da conquista do “Campeonato
Metropolitano” de 1969 e seguinte lugar de vice-campeão nacional no mesmo ano. Sendo
o Nacional disputado entre o Campeão Metropolitano (da Metrópole Continental) e os
Campeões das províncias ultramarinas de Angola e Moçambique. Então, começando a
participação portista na fase de eliminatórias da Taça dos Campeões Europeus
com a ida à Alemanha, para os quartos-de-final da prova, em confronto com os campeões
germânicos do Rollsport Reimscheid.
Como ilustração juntamos uma sequência de imagens particulares, a contar já com uma individual de Cristiano, em pose de
recordação, com o piso do rinque por cenário. Cristiano era então jovem craque
da modalidade e bandeira do hóquei portista, sendo um dos representantes do F C
Porto nas seleções nacionais de juniores (junto com Fernando Barbot, Castro e Júlio, os primeiros campeões europeus formados do F C Porto, como foram ao serviço da camisola das quinas) e único portista que ia à seleção A…
Como, salvo raríssimas exceções (sobretudo uma ou outra chamada rara do guarda-redes João Brito), aconteceria ainda, depois, durante anos a fio - sagrando-se Cristiano também Campeão Europeu e Mundial com a seleção de seniores e inclusive sido melhor marcador num Mundial, disputado na Argentina.
Por esses tempos a equipa era composta pelos elementos integrantes
da fotografia junta, ou seja, pela ordem captada (desde cima e da esquerda para a direita), Hernâni Martins,
Cristiano, Leite, Magalhães, Fernandes, Castro, Brito e Ricardo, mais (dos que não ficaram nesta foto) uns
Júlio, Joel, Rui Caetano, etc. Ainda patinava de stique na mão o “capitão”
Alexandre Magalhães (que passaria a ser treinador pouco depois, ficando a
orientar a equipa principal do F C Porto a partir do jogo das meias finais contra o Réus
de Espanha, num encontro emocionante que o F C Porto venceu por 5-3, depois de
ter estado a vencer por 5 sem resposta e cuja recuperação espanhola foi
decisiva para o resultado da segunda mão e consequente afastamento da equipa
portista).
Da estreia internacional, em apreço, ressaltou o começo vitorioso, perante o Rollsport Reimscheid.
Revestiu-se naturalmente de expetativa e consequente marcação tal ocorrência, tendo o pontapé de saída sido dado com uma concludente vitória do F C Porto por 10-2, ou seja por dez tentos dos visitantes portugueses contra dois dos visitados alemães, no reduto teutão (a que correspondeu na resposta uma nova e mais descontraída vitória por 8-5 no jogo da 2ª mão, no Porto). Havendo ficado na memória da deslocação à então Alemanha Federal diversas curiosidades, num jogo disputado em rinque ao ar livre, dentro do espaço dum parque de lazer, ao género de jardim florestal. Como revelam as anexas fotografias relativas, da chegada ao parque e inerente visualização do rinque, de Reimscheid.
Revestiu-se naturalmente de expetativa e consequente marcação tal ocorrência, tendo o pontapé de saída sido dado com uma concludente vitória do F C Porto por 10-2, ou seja por dez tentos dos visitantes portugueses contra dois dos visitados alemães, no reduto teutão (a que correspondeu na resposta uma nova e mais descontraída vitória por 8-5 no jogo da 2ª mão, no Porto). Havendo ficado na memória da deslocação à então Alemanha Federal diversas curiosidades, num jogo disputado em rinque ao ar livre, dentro do espaço dum parque de lazer, ao género de jardim florestal. Como revelam as anexas fotografias relativas, da chegada ao parque e inerente visualização do rinque, de Reimscheid.
Repare-se assim numa panorâmica do recinto de jogo, na foto
cimeira (do cabeçalho do artigo), e, aqui acima, no grupo ladeando o célebre treinador desse tempo, sr. Laurentino
Soares. Tal, em baixo, o conjunto que por fim posou no local do desafio – vendo-se, a partir
da esquerda, Zé Fernandes, Castro, Júlio, Cristiano, Hernâni e Joaquim Leite.
Foi há muito, muito tempo... e o hóquei patinado do F C Porto, nesses tempos de Cristiano e seus pares, começava a esticar-se pelo movimento entusiasmante que crescia dentro do clube das camisolas de listas alvi-aniladas. Quando havia respeito pelos símbolos do clube, como as camisolas eram de duas riscas estatutariamente e ao gosto de gerações sucessivas que começaram a gostar do clube dos equipamentos mais lindos que havia...
Armando Pinto
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Será que é desta que vamos voltar a trazer essa taça? Já tantas vezes estivemos perto, falta sempre mais qualquer coisinha, mais um pouco de sorte.
ResponderEliminarCuriosas essas fotos do ringue ao ar livre, uma coisas que não tenho memoria e que nem sequer consigo imaginar.
Abraço
Obrigado Sr. Armando Pinto por tudo o que nos "oferece" do NOSSO clube. Fantástico!
ResponderEliminarNa época também por cá havia limitações do género, quanto às instalações. O F C Porto fazia a maior parte dos jogos de hóquei em patins nos pavilhões do Académico, do Infante de Sagres, Gaia, dos que eram cobertos já, e mais um ou outro, pois o rinque da Constituição também era ao ar livre e o pavilhão de jogos das Antas só surgiu em 1973 (porque o de treinos não tinha bancada e era com espaço para prática de mais que uma modalidade ao mesmo tempo). Mas até meados dos anos 60 era também ao relento (descoberto) o de Valongo, por exemplo, existente no jardim público, tal qual o de Paredes, etc. Aliás o pavilhão de Valongo só foi construído ainda por volta de 1970.
ResponderEliminarArmando Pinto
Isto sim é página de comununicação do FC Porto, do que deve ser transmitido. Passando além da revista do clube que se lê numas olhadelas. Qualquer coisa na direção do que está a acontecer e se diz que estará para ser imposto na Assembleia Geral. Por conseguinte, quem puder devia enviar um email ao clube a pedir os Novos Estatutos. Para que a malta não ande enganada, porque estão para ser tomadas medidas de interesse para alguns só, passando as riscas das camisolas a ser de outros feitios e cores, sabe-se lá que mais, como as entradas de sócios serão para fazer número para eleger certas pessoas, etc..
ResponderEliminarOs e-mails para onde se deve comunicar são um ou os dois
Portocomercial@fcporto.pt
FCporto@fcporto.pt
Os novos estatutos do FC Porto foram aprovados esta quarta-feira, em Assembçeia Geral, que decorreu no auditório do 3º piso do Estádio do Dragão.
ResponderEliminarOs novos estatutos do FC Porto foram aprovados esta quarta-feira em Assembleia Geral, com a presença de 200 sócios, por unanimidade na generalidade e sem votos contra na especialidade, explicou o clube numa nota publicada no site.
No que toca aos equipamentos do clube, passam a figurar nos estatutos como "azul e branco às listas verticais", abandonando-se o termo "cores tradicionais" que estava inicialmente na proposta.
Entre as decisões tomadas, destaque o facto do mandato presidencial passar de três para quatro anos, mas também para outras alterações de pormenor, como seja a mudança de um para cinco anos de filiação mínima para um candidato aos órgãos sociais e de 10 anos, de forma ininterrupta, para ser presidente do FC Porto.
Pinto da Costa anunciou ainda que o auditório do Museu FC Porto passará a chamar-se Auditório Fernando Sardoeira Pinto, precisamente no dia em que se assinalam 33 anos sobre a sua eleição como presidente da Mesa da Assembleia Geral. Sardoeira Pinto, recorde-se, faleceu a 19 de Junho do ano passado.