Realizou-se ao início da tarde deste sábado a apresentação
oficial do ciclismo portista, mostrando publicamente a equipa, os equipamentos e os ciclistas atuais do F C Porto, no ambiente do museu do F
C Porto e diante das câmaras do Porto Canal – órgão televisivo do clube, embora
como canal generalista de difusão, através de cuja emissão o autor deste blogue
viu o que foi mostrado, como a grande maioria dos portistas e apoiantes da
modalidade em apreço.
Está assim apresentada a formação azul e branca neste
regresso dessa modalidade mítica ao seio do clube que ainda é recordista de
vitórias em tal prática desportiva, apesar de ter tido muito menos anos de
participação que os principais clubes rivais no curso das corridas portuguesas.
Sabendo-se que a Volta a Portugal em bicicleta, a corrida rainha do ciclismo
português, começara a disputar-se em 1927, já com a presença dos clubes de
maior nomeada do sul. Enquanto no andamento do ciclismo, uma equipa do F C
Porto participou pela primeira vez na Volta portuguesa mais tarde, em 1934, e ainda
com um interregno pelo meio, voltou a participar nessa mais importante prova nacional
em 1941. Ao passo de haver notícias de que também já em 1936 havia equipas de
formação de ciclismo azul e branco, com títulos regionais e nacionais
alcançados por jovens ciclistas que nesse tempo envergavam a camisola das duas
listas azuis, desde a frente até às costas, sobre fundo branco. Tendo
entretanto havido até em 1942 uma organização dum festival desportivo com receita
a reverter para a formação da secção de ciclismo portista, incluindo jogos de andebol
de onze e futebol que, como atração, meteram equipas de velhas guardas e da equipa
principal desse tempo do F C Porto. Até que em 1945 passou a competir mais assiduamente…
e após tempos áureos e grandes momentos, de novo houve um fugaz desaparecimento
nos princípios da década de setenta, para depois, por fim, ter acontecido o
mais longo encerramento da atividade a partir de quase do meio da década de oitenta,
no século XX, até agora, enquanto os clubes rivais ainda ficaram mais alguns
anos e num caso ou outro ainda com episódicos retornos, momentaneamente.
Passadas assim cerca de três décadas de ausência das
estradas, eis que o F C Porto volta a subir às bicicletas para competir ao
correr do mapa nacional e não só. E logo com uma formação forte, depositando-se
fundadas esperanças num bom desempenho, no regresso que agora dá as primeiras
pedaladas a sério.
Diante de tão boa realidade, valeu a pena ao longo dos anos
ter havido um avivar de memórias capazes de puxar a brasa para esta febra (termo
popular de fêvera, em linguagem de churrasco, sempre associado a convívio e
confraternização), no sentido de energia, também, que ajudou de alguma forma a
picar o ponto de partida. Bem como todo o entusiasmo que fica demonstrado em se
saber que os novos ciclistas ficaram como que derretidos ao verem o museu do F
C Porto, passando nós a ficar cientes que com o que se pode esperar daqui para
diante, vai mesmo ser necessário ampliar o museu, para, além da tal cova do
Dragão, com galarias para as muitas taças e objetos ainda em armazém, também poder haver um outro corredor (espaço) para guardar os galardões conquistados pelos
nossos corredores.
«A apresentação foi no Museu, onde se encontram algumas marcas
do passado azul e branco na modalidade. Jorge Nuno Pinto da Costa revelou (então) que um dos ciclistas da W52-FC Porto-Porto Canal até se sentiu “esmagado” pelo
peso da história do clube, na apresentação deste sábado da equipa, que incluiu
uma visita ao Museu. Os Dragões são recordistas de vitórias individuais (12) na
Volta a Portugal e associam-se agora a uma formação que triunfou na geral
individual nas últimas três edições da Volta a Portugal (duas delas, em 2014 e
2015, por intermédio de Gustavo Veloso, atual chefe de fila). A
responsabilidade da equipa, composta por 12 ciclistas e comandada pelo diretor
desportivo Nuno Ribeiro, será “grande”, mas, para já, o presidente do FC Porto
congratula-se com o facto de as camisolas do clube irem circular pelas estradas
de Norte a Sul do país, com os atletas a serem verdadeiros “embaixadores“.
“Era um sonho meu, mas que levei avante e fiz tudo para
concretizar porque era um sonho de muita gente. Nem calculam! Eram muitas as
pessoas que me perguntavam quando iriamos voltar a ter ciclismo e dizia-lhes
sempre que um dia iríamos encontrar o parceiro certo para regressar”, afirmou
Pinto da Costa, no Auditório Fernando Sardoeira Pinto, na apresentação da
equipa à comunicação social, que ocorreu após a visita ao Museu FC Porto. O
responsável máximo dos azuis e brancos elogiou a forma como foi possível chegar
a acordo com Adriano de Sousa (Quintanilha), o homem forte da W52: “Foi, desde o
primeiro contacto, exemplar no relacionamento e interesse em que hoje
estivéssemos todos aqui. É o parceiro ideal, devo dizer que é uma honra ter
esta relação consigo e com a sua admirável equipa, que com certeza vai perdurar
para além do contrato que já assinamos”.»
Com a apresentação efetuada, ficou-se também a conhecer os
novos equipamentos do ciclismo do F C Porto. Ficando uma sensação agradável na
imagem vista, perante as particularidades de padrão do vestuário da modalidade,
numa aproximação ao modelo atual das camisolas do clube nas outras modalidades.
Quanto à equipa, em si e para nós, que o que mais importa
será o comportamento e seus resultados, com vitórias por meta, naturalmente
passamos a ser fãs de Veloso, Carvalho, Mestre e Cª. Sendo um orgulho termos na
nossa equipa o vencedor das mais recentes edições da Volta a Portugal, Gustavo Veloso;
assim como um anterior vencedor e de permeio dos que mais deu nas vistas nas
corridas disputadas, como é Ricardo Mestre; mais o António Carvalho que é como
um braço direito da equipa e há anos venceu a Volta a Portugal do Futuro e como
profissional o Grande Prémio JN, entre outras conquistas. Sendo o jovem
Carvalho já uma referência da mística portista, Dragão de gema como é e neto
de um antigo ciclista de renome, Alberto Carvalho (que representou o F C Porto
a partir de 1966, e não como foi afirmado nalgumas reportagens, pois em 1964 fora
“quase vencedor da Volta” mas ainda com a camisola do Académico do Porto, recorde-se, e em 1965 foi para equipa belga Flandria, que estivera em grande plano na Volta portuguesa)). Sendo
a equipa do F C Porto agora formada na totalidade também e mais com Joaquim Silva, Raul Alarcón, Rui Vinhas, Samuel
Caldeira, Rafael Reis, Daniel Freitas, Ángel Sánchez Rebollido, João Rodrigues e Juan Ignacio Pérez.
Na apresentação oficial, a formação do W52-FC Porto-Porto
Canal visitou o Museu do FC Porto, acompanhada pelo Presidente da Direção do F
C Porto e pelos diretor desportivo, patrocinador e representante diretivo do
clube, além de representantes de outras parcerias e alguns convidados. Ficando marcada uma mais ampla visão pública diante do público das bancadas do
estádio do Dragão, onde subirá ao relvado já este domingo, minutos antes do
encontro entre o FC Porto e Marítimo, na estreia de Peseiro à frente da equipa
principal do futebol portista.
Este regresso do ciclismo após cerca de 31 anos de ausência leva para o
asfalto a equipa W52-FC Porto-Porto Canal com bicicletas KTM e comandada por
Nuno Ribeiro (vencedor da Volta em 2003), tendo nos pedais a continuidade dos
lusos António Carvalho (nascido a 25/10/1989), Joaquim Silva (19/03/1992), Rui
Vinhas (06/12/1986) e Samuel Caldeira (30/11/1985), dos espanhóis Ángel Sánchez
(12/04/1993), o detentor do título da Volta Gustavo Veloso (29/01/1980), Juan
Ignacio Perez (03/01/1990) e Raúl Alarcón (25/03/1986), contando com a entrada
do português vencedor da Volta a Portugal 2011 Ricardo Mestre (11/09/1983 ex-Tavira), Daniel Freitas (10/05/1991 ex-Anicolor), João Rodrigues (15/11/1994 ex-Tavira)
e Rafael Reis (19/09/1992 ex-Tavira), campeão nacional de contra-relógio sub-23
em 2013 e 2014.
Para além de 13 vitórias na clássica Porto-Lisboa, mais 3 na congénere Lisboa-Porto (entretanto desaparecida) e muitíssimas
vitórias em Grandes Prémios e outras classicas, o clube portista conta na
história da Volta a Portugal com 13 vitórias por equipas (nas Voltas de 1948, 1949, 1950, 1952, 1955, 1958, 1959, 1962, 1964, 1969, 1979, 1980 e 1981), 7 títulos de reis da
montanha (1947-Fernando Moreira, 1955, 1958, 1960 e 1961-Carlos Carvalho, 1962-Mário Silva e 1981-José Amaro) e 12 classificações gerais (vitórias individuais) com triunfos de Fernando
Moreira (em 1948), Dias dos Santos (1949 e 1950), Moreira de Sá (1952), Carlos
Carvalho (1959), Sousa Cardoso (1960), Mário Silva (1961), José Pacheco (1962),
Joaquim Leão (1964), Joaquim Sousa Santos (1979), Manuel Zeferino (1981) e
Marco Chagas (1982).
«Em dia de apresentação da equipa no Museu FC Porto by BMG, o
presidente dos dragões Pinto da Costa afirmou ao Porto Canal: “Entramos num
projeto vencedor com um parceiro que já tem história no ciclismo nacional. O
Futebol Clube do Porto tinha esta lacuna de não ter uma modalidade que os
adeptos tanto gostam e que vai levar novamente o nome e a presença efetiva do
Futebol Clube do Porto a todos os cantos do país. É um momento de muita
satisfação minha, toda a gente sabe que era um sonho meu voltar a ter ciclismo
ao mais alto nível nacional e espero que seja uma época de sucesso”.»
Armando Pinto
N. B. : Fotos de motores de busca pela Internet.
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N. B. : Fotos de motores de busca pela Internet.
Sinto-me feliz pelo regresso do Futebol Clube do Porto à modalidade do ciclismo profissional que foi, outrora, uma fonte de vitórias e uma bandeira que se mostrou a Portugal, de norte a sul. Vi pelo Porto Canal quase toda a cerimónia da apresentação da equipa, ficando com a impressão de que o Clube coloca no ciclismo muito empenho e que confia no sucesso deste regresso.
ResponderEliminarPessoalmente, procurarei acompanhar a carreira dos nossos ciclistas com o mesmo entusiasmo que lhes dei nos tempos áureos do passado.
DRAGÃO, SEMPRE!
Este é um regresso há muito esperado e desejado pelos adeptos do FCP e não só. Este ano a Volta será mais bonita e a mítica Sª. da Graça em Mondim será uma loucura. FC Porto sempre.
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