Está a pedalar de novo o ciclismo do F C Porto, no retorno
que este ano tem nova versão, em nova corrida clubista no percurso do tempo.
Após o longo interregno verificado a partir de meados da
década de oitenta, ainda no século XX, volta o desporto das bicicletas ao convívio
da família portista. Passado esse hiato de tempo, que se incluiu nas diversas
interrupções de dar ao pedal na atividade dessa modalidade dentro do ecletismo
azul e branco.
Com efeito esse tempo de paragem mais recente não foi único,
embora sendo o mais duradouro, no ciclismo do F C Porto. Algo que nem sempre
tem sido corretamente referido nas publicações que vão surgindo, bem como o
início da existência do ciclismo no F C Porto.
Vem ao caso que aparece em diversos sítios, mesmo em livros e
outras publicações, que o ciclismo do F C Porto teria começado em 1945. Porém esse
tal ano foi de reinício, pois o ciclismo começou no F C Porto nos anos 30 e
depois, então, passado um interregno, voltou nesse tal 1945.
Comprovativo desses factos é que o F C Porto participou
já na Volta a Portugal de 1934 e logo com duas equipas, uma dos chamados Fortes
e outra dos Fracos (de nome oficial), ou seja com equipa principal e secundária, segundo as
categorias da época. Formações essas que em diversas publicações são também
referidas por equipas A e B.
Ilustrando a narrativa e para reforçar a realidade, juntamos
algumas imagens de pranchas publicadas na coleção “OS HERÓIS DA ESTRADA”,
edição conjunta dos jornais O Jogo e Jornal de Notícias.
A completar o cenário desse tempo acrescentamos que nessa Volta
a Portugal de 1934 o F C Porto apresentou o seguinte lote (indicando-se pelo
número de camisola e nomes, mais a respetiva categoria):
FC Porto "A"
35. Manuel Fernandes da Silva
36. Albino Nunes da Silva
37. Joaquim Oliveira Gomes
38. Ribeiro Rego
FC Porto "B"
39. Pereira Cidade
40. Floriano Moreira
Cujos ciclistas posaram para a foto - conforme está na coleção “OS
HERÓIS DA ESTRADA”.
Não admira que o ciclismo no clube, entretanto, tenha
sentido alguns efeitos da situação social que se vivia, já que a própria Volta
a Portugal teve diversos interregnos, tendo havido vários anos em que não se
realizou, assim como naturalmente outras corridas.
Por alturas dos inícios dos anos quarentas o F C Porto ressurgiu, tratando de apresentar uma equipa reforçada com outros valores. Tendo na Volta de 1941 (como está descrito no livro “História da Volta”) «o F C Porto aparecido com um grupo muito forte, do qual se destacavam Aniceto Bruno, Joaquim Fernandes, Império dos Santos, Alberto Raposo, José Pardal e Manuel Cardoso.»
Aí, ainda nesse período, também como se sabe, em 1941 o F C Porto participou e marcou posição na Volta, havendo então Aniceto Bruno sido o melhor do F C Porto, classificado que ficou em 3º lugar do pódio.
Por alturas dos inícios dos anos quarentas o F C Porto ressurgiu, tratando de apresentar uma equipa reforçada com outros valores. Tendo na Volta de 1941 (como está descrito no livro “História da Volta”) «o F C Porto aparecido com um grupo muito forte, do qual se destacavam Aniceto Bruno, Joaquim Fernandes, Império dos Santos, Alberto Raposo, José Pardal e Manuel Cardoso.»
Aí, ainda nesse período, também como se sabe, em 1941 o F C Porto participou e marcou posição na Volta, havendo então Aniceto Bruno sido o melhor do F C Porto, classificado que ficou em 3º lugar do pódio.
Enquanto isso, também já nos anos trinta e tal, igualmente, Onofre
Tavares começara a sua série de vitórias iniciais (como até referimos aqui há
tempos, no artigo sobre ele). Tendo em 1946 o mesmo sido o primeiro camisola amarela da edição desse ano da Volta e depois contribuído para uma satisfação do público nortenho ao se ter classificado depois em 3º da etapa final chegada ao Porto, a ajudar à festa, no culminar de tal tirada ganha pelo colega de equipa Fernando Moreira. Nessa Volta o portista Fernando Moreira começara a dar nas vistas, inclusive ficando em 2º lugar da classificação final.
Como curiosidade, essa prova maior do ano também incluiu equipas de amadores, com o F C Porto bem representado através de equipa promissora (da qual Joaquim Sá se classificou em 3º da respetiva classificação específica).
Como curiosidade, essa prova maior do ano também incluiu equipas de amadores, com o F C Porto bem representado através de equipa promissora (da qual Joaquim Sá se classificou em 3º da respetiva classificação específica).
Com essa retaguarda, o ciclismo portista viria a ter
primeira vitória individual e coletiva na Volta de 1948.
Assim sendo, o ciclismo no F C Porto vem pelo menos desde
1934 e em 1945 renasceu. Tal como, por exemplo, acontece agora que se dá novo
regresso.
Mas de permeio outros períodos de desaparecimento se fizeram sentir.
Assim, em 1973 o clube suspendeu o escalão profissional, tendo em 1974/75
alinhado apenas com ex-amadores saídos das categorias jovens do clube. Até que
em 1984 o F C Porto suspendeu novamente o escalão profissional, mantendo as
categorias de formação e por fim acabou com toda a atividade ciclista em
1986/87. Regressando agora, para a nova versão, prestes a entrar em prova – iniciada
que será oficialmente a época de ciclismo em Fevereiro, com a saída para a
estrada da primeira corrida oficial do calendário nacional.
Entremeando com esta memorização, qual meta no horizonte, intercalamos
imagens de dois trofeus históricos do ciclismo do F C Porto, como recordação importante
de quanto contam as vitórias.
Armando Pinto
((( Clicar sobre as imagens, para ampliar )))
Nota Bene:
A propósito, recorde-se o que aqui se aflorou já no ano passado, em
(clicar sobre o link)
AP
Esta modalidade tem dado ao longo dos tempos prestígio e popularidade ao Futebol Clube do Porto. Temos uma História de sucesso que merece ser lembrada e que justifica o reaparecimento que agora se concretiza. É, pois, de aplaudir veementemente o regresso às estradas de Portugal e do estrangeiro das camisolas azuis e brancos, confiados de que os êxitos que terão vão muito contribuir para a grandeza do nosso Clube.
ResponderEliminarDRAGÃO, SEMPRE!
Já tinha reparado nessa coisa que me fazia confusão e mais em jornais e revistas do clube. E verifico que com tantas provas não há dúvidas de ter sido em 1934. Ainda bem que explica isto melhor, para vermos se daqui para a frente começam as escrever melhor a história.
ResponderEliminarAfinal se tivesse consultado o livro HERÓIS DA ESTRADA que tenho em meu poder,as minhas dúvidas não se colocavam e a pergunta que fiz ao Armando Pinto não seria feita.Mesmo assim o meu obrigado pela resposta dada.A leitura do mesmo já foi á bastantes anos.
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