Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Faleceu mais um portista de cepa – Pinto Lopes


Chega ao nosso conhecimento, via comunicações de facebook, a notícia do falecimento dum senhor cujo nome em tempos foi sensivelmente conhecido dos meios portistas, a nível das modalidades amadoras, e politicamente era afamado em seu concelho natal, Penafiel: o senhor Pinto Lopes, de Entre-os-Rios.

Não conheci o senhor Pinto Lopes pessoalmente, embora o tenha visto pelas Antas. Colocando na primeira pessoa esta referência, por ser precisamente uma alusão em nome pessoal. Mas durante anos li diversas menções que lhe iam sendo feitas enquanto desempenhou lugar de dirigente do FC Porto, quer na natação como no voleibol, ao tempo das presidências do Dr. Américo Sá (escrevendo de memória, de quanto me lembro, agora). Dando-se o caso dele ser também Armando de sua graça, em cujo nome de seguida também era Pinto, facto que chegou a criar alguma confusão no jornal O Porto (segundo me contou um jornalista do clube, à época), sempre que à redação chegavam cartas com artigos meus, e ao mesmo tempo artigos sobre a atividade clubista do mesmo, cujo nome similar igualmente aparecia. O que já não sucedia quando era escrito o nome completo, Armando Pinto Lopes, como era o dele, efetivamente. Daí eu ter tido inicial conhecimento sobre esse senhor que era um dos diretores do FC Porto, por sinal muito elogiado em sua dedicação clubística. Mas nunca tive oportunidade de estar com ele, entretanto. Assim como à posteriori, em referências narrativas de matéria desportiva, cheguei a ler algo de confusão havida com um outro sr. Pinto Lopes, esse do boxe do FC Porto. Sabendo porém, por quanto me pude aperceber, que o sr. Armando Pinto Lopes, passara a dedicar-se mais a assuntos de sua terra, sendo um interveniente da política local de Eja, freguesia a que pertence a sua linda Entre-os-Rios.

Ora, Armando Pinto Lopes foi durante larga sequência de anos um destacado político no concelho de Penafiel, havendo concorrido por diversas vezes nas eleições autárquicas pela sua freguesia. Numa vida assim deveras preenchida, ao longo de seus 91 anos, idade com que faleceu. Havendo deixado seu nome ligado à vida dos Bombeiros Voluntários de Entre-os-Rios, em cuja corporação desempenhou diversos cargos e chegou a ser presidente, bem como presidiu à Junta de Turismo de Entre-os-Rios e à mesa da Assembleia da sua freguesia de Eja, assim como foi membro da Assembleia Municipal de Penafiel, órgão que aprovou a sua condecoração com a medalha de mérito municipal. Além de sua atividade autárquica e associativa, teve intervenções de cidadania como recuperador de tradições locais, sendo o principal dinamizador da procissão de Endoenças que anualmente é caraterística das margens daquela conhecida localidade na semana da Páscoa. Enquanto, de permeio, havia igualmente honrado sua região como historiador e era apreciado contador de histórias.

Sabendo agora de seu falecimento, ocorrido na última sexta-feira deste mês de novembro, dedicamos-lhe estas simples palavras de homenagem, por quanto seu nome foi falado no mundo portista, ele que era um grande portista, conforme dele o autor destas linhas ouviu referências. Paz à sua alma. E no Infinito alcançado que possa velar também pelo FC Porto, dentro do possível.

Armando Pinto

2 comentários:

  1. Manuel Silva Moutinho6 de dezembro de 2016 às 22:17

    Que descanse em paz.

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  2. Muito obrigada pela bela homenagem que aqui presta a este grande SENHOR que tão bem conheci. Meu conterrâneo com quem tive o privilégio de privar, conheço desde que nasci, homem muito inteligente e culto, historiador e contador de histórias... Uma grande perda para a nossa linda terra, Entre-os-Rios.

    Marlene Lisboa

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