Como canta o Hino, é tão grande a história e memória do FC
Porto que todos os momentos que elevam essa imagem são relevantes. Como é anualmente
a entrega dos galardões oficiais do clube, antigamente o Troféu Pinga e atualmente
o Dragão de Ouro. Acontecimento que teve lugar no Dragão Caixa, devidamente engalanado, na noite de quarta-feira e a entrar pela hora desta quinta-feira dentro.
Então, em pleno período de esperança na retoma do fortalecimento da
mística portista, nos dias que correm, com a campanha que o futebol do FC Porto
tem conseguido materializar, na parte inicial entretanto decorrida do campeonato
da Liga portuguesa, teve lugar a anual gala festiva do clube para entrega dos
galardões de reconhecimento oficial portista. Embora para a grande maioria dos
apoiantes das cores azuis e brancas isso não seja tão importante como são acima
de tudo os resultados das competições desportivas, tal é na realidade para sócios
e simpatizantes que por sinal não conseguem estar presentes em ocasiões destas,
ao invés do apoio presencial aquando dos jogos, ou pelo menos na atenta ânsia
da vitória sempre esperada mesmo no acompanhamento possível por outros meios, e
na constante defesa do clube em todos os sítios; mas uma festa destas, como
mostra da eloquência da realidade atual da estrutura clubista, tem sempre uma
atração especial pelo brilho projetado. Como no orgulho, afinal, com que tem
impacto tudo o que se relaciona com algo familiar e uma festa destas terá
qualquer coisa também duma reunião da família portista, tomando o todo pela parte,
na representatividade.
Foi então assim que com olhos de ver presenciamos pelo Porto
Canal esta Gala dos Dragões de Ouro de 2017. Sendo de referir que com a
existência do canal televisivo do clube é possível agora haver outra conexão, na
proximidade prestada pelas imagens em acontecimento direto. Ao contrário de
outros tempos, em que quem não podia estar presente, obviamente a maior parte da família, se tinha de contentar em ler umas linhas impressas nalguns
jornais, no dia seguinte (já que os canais das televisões ditas nacionais só
tinham olhos para Lisboa e arredores), até se poder ler depois o semanal jornal
O Porto, em seu tempo, ou posteriormente a mensal revista Dragões, chegada a
público tempos depois.
Enquanto agora até se pode ver tudo, desde a chegada das pessoas que gostamos de ver no Dragão!
Festa esta, então, a que naturalmente muitos mais portistas
gostariam de ter podido assistir no local, não se entendendo como ficaram algumas cadeiras
vazias, conforme se viu pela transmissão televisiva. Pasmando-se assim de ter
havido uns ou outros convidados faltosos. Embora também houvesse ausentes com
cadeiras ocupadas, um dos quais (mesmo tendo-se feito representar) não tivesse
feito falta nenhuma, como no caso do atual presidente federativo que, sendo um
dos que chegados a Lisboa se passam de armas e bagagens para os lados do túnel
da luz apagada, preferiu andar lá por baixo a fazer mais um frete para
interesse do clube do regime, em vez de aceder ao convite do clube que
representou, ainda que percebendo-se não ser portista, como está a demonstrar,
aliás.
Foi, em suma, uma bonita festa, como deu para ver pela
televisão, graças ao Porto Canal. Agora que há essa possibilidade, de se poder sentir mais momentos destes e de princípio ao fim, sem
interrupções como noutros lados quando o Porto ganha. E com voz vibrante de portistas, passando acima do que por outros canais acontece (ao que só grandes portistas
dotados de forte comunicação conseguem passar a perna – como por exemplo uns José Lázaro e Hélder Rodrigues, entre alguns adeptos mais, que, telefonando e intrometendo-se, têm conseguido bem representar
a voz portista em programas de audiência pública).
= Américo !
No fim de contas, visto o que foi o acontecimento da entrega solene dos Dragões de Ouro de 2017, foi deveras emocionante e fica na retina como momento mais bonito da noite a ida de Américo ao palco, quando o célebre guarda-redes Baliza de Prata recebeu o Dragão de Recordação Portista e deixou sua sentida mensagem aos microfones. Assim como, no aspeto de espetáculo, foi adorável a rábula da "baixinha" Joana Marques, grande e simpática portista, que dá gosto ouvir e sabe dar umas quantas piadas no sítio. Além naturalmente de muito mais que apreciamos. E claro a grata sensação que deu ver o Francisco J Marques a receber tão justo preito com o Dragão de Ouro que lhe ficou a brilhar nas mãos.
Estão pois de parabéns os Dragonados, e sobretudo o FC
Porto. Havendo galardoados que repetiram desta feita o merecimento, bem como na
história da outorga da mesma estatueta dourada haja até quem já tenha recebido por
várias vezes, em anos diferentes, obviamente, como ocorreu com a olímpica Fernanda Ribeiro, por exemplo. Tal como também há Dragões de Ouro que anteriormente
foram Trofeus Pinga, como acontecera anos atrás com Cristiano Pereira, galardoado enquanto hoquista com o antigo galardão do clube e depois Dragão de Ouro também como jogador e por fim treinador de hóquei. A que se juntou desta
vez o grande e eterno guarda-redes Américo, que recebeu em 1965 o Troféu Pinga
e agora passou a ter também o Dragão de Ouro. Motivo que dará para um próximo artigo que lhe dedicaremos aqui,
a escrever depois de revermos “com o travesseiro” o que vimos pela televisão, como
homenagem à constante recordação que é – como afinal Pinto de Magalhães lhe
vaticinou em 1969 no discurso da sua festa de despedida, em pleno relvado das
Antas. Enquanto, com a vitalidade de um Américo que faz parte das memórias portistas e
a eterna mocidade do clube, é assim nobre e leal o que representa o FC Porto.
Gostamos do que vimos, sinceramente. E agora queremos gostar
mais dos resultados que possibilitarão a festa de mais um título de futebol de alto nível lá para a
Primavera.
Armando Pinto
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