Escreveu um dia Eça de Queirós que «só um livro é capaz de
fazer a eternidade de um povo». Sendo assim os livros dos maiores garantes de
perpetuação do que merece perenidade.
Todos temos presente a heroicidade que “Os Lusíadas”
traduzem ao Peito Lusitano, pela obra e graça cantada em verso por Camões; como
a História do FC Porto escrita por Rodrigues Teles, primeiramente num volume
pioneiro e depois em três volumes, conseguiram fixar imagens e narrativas das
iniciais décadas de vida do grande clube nortenho, com a virtude duma distribuição de atenção por todas as modalidades e valências clubísticas; como
mais tarde a “Fotobiografia do FC Porto” registada em livro por Rui Guedes teve
teor de repercussão histórica; bem como foi bem enquadrada uma qualidade épica no
livro “FC Porto-100 Anos de História”, da lavra de Manuel Dias e Álvaro
Magalhães, entre tantos volumes que têm surgido em torno do mundo azul e branco,
normalmente mais dedicados ao futebol, embora em certos casos também noutros
aspetos da relação portista. Com alguma particularidade em determinados
aspetos, como no caso ora em apreço – um livro biográfico em estilo romanceado.
Entre os livros da coleção portista do autor destas linhas, do
que tem sido possível angariar e possuir na estimação pessoal, conta-se por exemplo, quanto a livros com nomes históricos do FC Porto, quase todos os dedicados a
futebolistas e ciclistas portistas da célebre coleção original “Ídolos do
Desporto”, publicada desde os anos cinquentas aos setentas do século XX
(faltando infelizmente ainda alguns, poucos mas que representam muito, do que
não foi conseguido adquirir durante a infância e depois também em tempos de juventude), enquanto tenho completa
a posterior coleção com o mesmo nome mas diferente, essa dos anos setentas e oitentas;
e, além de diversos livros mais sobre temas variados de ligação ao clube Dragão,
também tantos outros de índole biográfica sobre atletas, dirigentes e treinadores.
Havendo um caso raro, no meio desse acervo de tesouros histórico-literários,
quais relíquias de escrita e ilustração documental. Como é o caso do livro “PEDROTO!
HOMEM INSIGNE-ATLETA NOTÁVEL”. Tratando-se de ROMANCE – como foi escrito, em
1957, pela escritora Irene de Almeida.
Eram tempos gloriosos, então, ainda de perpetuamento de tudo
o que merecia apreço, proliferando a publicação de livros que imortalizaram heróis
e ídolos, da história pátria, cinema, música, e sobretudo do desporto. Ficando
assim, aí, transmitida muita matéria de interesse para a memória perpétua de vultos
famosos e admirados por muita e boa gente.
Estando ainda de fresco a lembrança memorial sobre a
passagem de mais um aniversário do falecimento desse grande homem do futebol
que foi José Maria Pedroto, vem a propósito evocar também o facto dele ter
merecido tal honra, de haver sido protagonista dum romance escrito em livro. Restando
ainda o facto de através do mesmo livro se ficar a saber da existência dessa
escritora que, por entre alguns romances e novelas de sua lavra, escreveu esse
romance sobre o futebolista Pedroto. Do qual, como exercício de tributo ao
homenageado e à autora, pela raridade do feito, se juntam imagens digitalizadas
e fotográficas da capa e da apresentação interior.
Assim, era uma vez um livro… Este que aqui se relembra,
entre temas memorados de vez em quando.
Armando Pinto
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