Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

segunda-feira, 21 de março de 2022

Na calha do Boavista-FC Porto (0-1) deste final do atual Campeonato 2021/2022… Uma boa recordação da vitória portista mais dilatada (1-5) em data similar de 1960!

Calhou por acaso mas mesmo a preceito. A 20 de março de 1960 o FC Porto também se deslocou ao terreno do Boavista, então ainda considerado só campo do Bessa, tal como agora em 2022 foi ao atual estádio do Bessa, e de ambas as vezes, no mesmo dia mas de anos tão distantes, venceu e convenceu. Através de boas exibições da equipa principal dessas diferentes épocas.

Pois agora, neste domingo de início da Primavera de 2022, o FC Porto teve esse desafio do “Dérbi da Invicta”, perante o rival da rotunda, vencendo mais uma vez, apesar das dificuldades apresentadas. Desta vez por magro um golo de vantagem, mas suficiente. Vitória importantíssima, esta, diante dos remendados afetos ao clube do regime. De modo especial por ser quando tantos esperavam outra coisa, pois então o FC Porto mantém a distância de avanço algo confortável, de 6 (seis) pontos de vantagem sobre o Sporting e 12 (doze) mais que o Benfica, para sofrimento dos do contra. Também servindo isto de lenitivo para a desilusão havida a meio da semana passada na Liga Europa, perante certo desinteresse patente na entrada em jogo com um onze diferente do habitual, a pontos que mais valia ter havido alguém responsável que, para não ferir tanto a expetativa esperançosa, dissesse logo não haver interesse em muitas frentes ao mesmo tempo, quando com o plantel existente, da presente temporada, só haveria forças para menor dispersão de esforços. Ficando agora o foco a ter de ser mesmo por cá, dentro das provas nacionais ainda em disputa (Campeonato da Liga e Taça de Portugal). Isso querendo dizer que, ainda que doa muito aos adversários, o FC Porto é o mais forte candidato ao título nacional. Por mais inventonas do regime, como a deste domingo no impedimento do Taremi à última hora, muito esquisito, por ser mesmo em cima da hora do início do encontro. Mas o FC Porto venceu e continua em primeiro no Campeonato da Liga. Continuando assim nós Portistas em primeiros!

Na calha desses dois jogos no mesmo dia de anos tão distantes, como efeméride do dia do jogo, e porque presentemente do realizado este domingo ainda está tudo de fresco e à disposição dos olhos, recorda-se agora o da vitória de 1960. Tendo esse jogo de outrora, a contar para a 22.ª Jornada do Campeonato Nacional de 1959/1960, disputado no terreno do Boavista, ainda campo pelado do Bessa, haver terminado com a vitória do FC Porto por 5-1 (mais propriamente 1-5 pela ordem dos clubes visitado e do visitante, respetivamente). Tendo o FC Porto alinhado com: Américo, Virgílio, Arcanjo, Barbosa, António Teixeira, Monteiro da Costa, Montaño, Hernâni, Daucik, Noé e Humaitá. Contando como autores dos golos Noé com 4 e Daucik com 1, pelo lado das cores azul e brancas. Era treinador o checoslovaco Fernando Daucik, pai do jogador com o mesmo nome que alinhou então, nessa equipa em que alinharam alguns jovens nessa fase de transição, junto com alguns restantes da geração dourada da década dos anos cinquenta. Como começava a acontecer com a entrada de Américo, suplente ainda de Acúrcio, mas que de uma vez por outra entrou com a camisola nº 1 (antes então de na época seguinte ter ficado como titular efetivo).

Desse período e confirmativo de tudo o que correspondia então à época, a revista “Cavaleiro Andante” (tratando-se duma publicação semanal de índole juvenil que em cada número apresentava uma equipa desportiva ou um desportista considerado ídolo do público, desse tempo, quer de futebol como de outras modalidades), dedicou então a primeira página e uma página interior, dum seu número do mesmo ano, precisamente à equipa do FC Porto que ao tempo tinha as atenções portistas. Como aqui e agora se recorda, a propósito e devidamente a preceito, com imagens da mesma revista, em ilustração do tema e tais recordações.



Armando Pinto

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