Reconstituição Histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Reconstituição histórico-documental da Vida do FC Porto em parcelas memoráveis

Criar é fazer existir, dar vida. Recriar é reconstituir. Como a criação e existência deste blogue tende a que tenha vida perene tudo o que eleva a alma portista. E ao recriar-se memórias procuramos fazer algo para que se não esqueça a história, procurando que seja reavivado o facto de terem existido valores memorávais dignos de registo; tal como se cumpra a finalidade de obtenção glorificadora, que levou a haver pessoas vencedoras, campeões conquistadores de justas vitórias, quais acontecimentos merecedores de evocação histórica.

A. P.

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Faleceu o "Magriço" efetivo do FC Porto, Alberto FESTA (1939-2024) - um dos históricos galardoados com o antigo Troféu Pinga

Logo ao começo deste ano de 2024 chega a notícia de mais um desaparecimento, de um dos nossos rostos portistas de sempre, com o falecimento de Festa, o antigo futebolista Alberto FESTA, o histórico "Magriço" efetivo do FC Porto, como foi o unico que teve possibilidade de jogar na fase final do Mundial de 1966 pela seleção dita nacional mas dependente do sistema BSB... e um dos  galardoados com o Troféu Pinga, antigo galardão máximo do FC Porto, que recebeu em 1968. Antes já havia sido galardoado também pelo Governo Português, através da Presidência da República, com a Medalha de Prata da Ordem do Infante D. Henrique, após a campanha do Mundial de 1966. Bem como da Federação Portuguesa de Futebol recebeu então também a Medalha de Ouro ao Mérito da FPF. 

Como homenagem perene ao nosso FESTA, aqui se rememora seu percurso desportivo de ligação ao FC Porto e ao futebol nacional. 


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A 21 de Julho de 1939 nasceu Festa, o defesa-direito Alberto FESTA que foi o único portista a atuar pela seleção portuguesa no Mundial de 1966. Ou seja o que acabou por jogar na fase final do Campeonato do Mundo de Futebol disputado na Inglaterra em 1966, intrometido entre os protegidos do regime, nesse tempo do sistema BSB, em que a Federação Portuguesa de Futebol era presidida à vez só por dirigentes de Benfica, Sporting e Belenenses...  Tendo Festa feito 3 jogos dos 6 que a seleção da camisola das quinas  disputou nesse Mundial da velha Albion (enquanto o guarda-redes Américo, que até tinha a camisola n.º1 dos 22 Magriços, e durante a época havia recebido prémios oficiais por seu valor, foi posto de lado para jogar José Pereira do Belenenses, de modo a que a presidência do Belenenses tivesse melhor representação por junto com Vicente... E Custódio Pinto idem aspas, ele que até era polivalente, também ficou no banco para jogarem médios e atacantes de Sporting e Benfica... Tudo na linha BSB. Com o cúmulo do único utilizado sem ser do sistema, ou seja de Benfica, Sporting e Belenenses, de Lisboa, e além do único do FC Porto que teve essa possibilidade, haver sido um do Vitória de Setúbal, Jaime Graça, porque então estava já adquirido pelo Benfica).

Sendo assim Alberto Festa um dos componentes da campanha dos Magriços de 1966, é pois Festa o Grão Magriço do FC Porto nessa saga duma das lanças portistas no tempo do sistema BSB...!  

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Festa, o Alberto Festa, foi pois esse valoroso defesa internacional do FC Porto que obrigou o antigo regime a fazer essa tal exceção!

No final de sua passagem na terra lembra-se assim aqui esse histórico futebolista, Festa. Como já se havia feito antes neste blogue, mesmo sabendo que ele se não deve ter apercebido do facto, devido a doença degenerativa que sofria nos seus últimos anos de vida.   

Festa, um senhor que por quanto representou e significa na resistência do FC Porto ante o poder do faciosismo imperialista, será sempre merecedor de lembrança e constante recordação.

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Natural de Santo Tirso, terra dos conhecidos Jesuítas da doçaria tradicional e conventual (sendo concelho dos Beneditinos do mosteiro de Singeverga, no distrito do Porto), Festa foi em 2019 homenageado pela Câmara Municipal de Santo Tirso com o Prémio Carreira. 

Na ocasião foi então feito pela autarquia tirsense um vídeo de homenagem que a própria autarquia fez para Alberto Festa por altura da sua Gala do Desporto – com a curiosidade de conter diversas imagens com a marca deste blogue “Memória Portista” e do autor, referente ao artigo anterior sobre ele publicado aqui neste mesmo blogue. 

(Artigo esse que aqui repomos, como já anteriormente recuperamos também na ocasião de seu aniversário natalício em 2021. E agora relembramos.)

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Tal como o antigo futebolista Valdemar Mota foi o primeiro olímpico do FC Porto, integrando a seleção lusa presente nas Olimpíadas de 1928; Hernâni, Arcanjo e Barbosa foram Campeões Mundiais Militares como integrantes da seleção portuguesa vencedora em 1958 do Torneio Internacional Militar (de Seleções Militares dos países da NATO); em 1966 Alberto Festa tornou-se no primeiro futebolista do FC Porto a ter estado presente numa fase final dum Mundial de futebol... havendo sido “Magriço” representante do FC Porto, utilizado como titular em jogos do Mundial de 66 em Inglaterra.


Recorde-se que o nome Magriços dado então aos jogadores integrantes do lote dos 22 elementos da seleção A de Portugal que disputou o Campeonato do Mundo de Futebol de 1966, se baseou no episódio d’ Os Doze de Inglaterra, descrito por Camões no canto VI d’ Os Lusíadas. E, mais concretamente no apelido do chamado Magriço (Álvaro Gonçalves Coutinho, mais conhecido como Grão Magriço ou simplesmente o Magriço), o mais famoso desses 12 cavaleiros da era do rei D. João I, fidalgos guerreiros que viajaram até Inglaterra para participarem num torneio em defesa de 12 damas… como é da história romântica. Associando-se oficialmente aquela “ideia na medida daquilo que o Grão Magriço representa, o belo episódio que Luís de Camões canta n’Os Lusíadas”, quão aquele antepassado significava para a ocasião, por assimilação dum autêntico desportista ido a Inglaterra... “

= "Magriços de 1966" em Inglaterra - estando Festa à direita, em pé; e, em baixo, Américo (o mais próximo da frente) e Pinto (em penúltimo da segunda fila da imagem) respetivamente, também à direita, do primeiro plano.

Foi pois Festa um dos Magriços, como jogador utilizado nesse Mundial. E como tal tem lugar de relevo na história do FC Porto. Como têm Américo e Custódio Pinto, que também integraram a caravana portuguesa nesse Mundial de 1966, pese não terem jogado, mas por se saber como foram injustiçados pelo poder do sistema reinol desse tempo e sempre serem lembrados como paradigmáticos do que acontecia por esse tempo do sistema BSB, das presidências federativas circunscritas aos 3 clubes de Lisboa – Benfica, Sporting e Belenenses… dos quais foi a molhada dos jogadores utilizados na velha Albion.

= Equipa do jogo de atribuição do 3º lugar no Mundial de 1966, obtido por Portugal após vitória por 2-1 com a Rússia, tendo Festa feito assistência para um dos golos portugueses, centrando para a cabeça de Torres (tendo o outro sido de penalti, com que Eusébio marcou a Lev Yashin)

Festa era então o capitão de equipa do FC Porto e defesa que substituíra dignamente o célebre Virgílio Mendes. Mas, após o Mundial, pouco mais conseguiu jogar, pois em 1967/68 sofreu uma grave lesão que o obrigou a interromper seu percurso no futebol e acabou por o afastar até dos grandes palcos do desporto-rei.


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Entrado na equipa do FC Porto em tempo de transição de valores, nos inícios da década dos anos sessentas, estando ainda no plantel alguns dos grandes nomes da geração de cinquenta, como Hernâni, Virgílio, Arcanjo, Carlos Duarte e Perdigão, e começando a entrar outros mais novos, tais os casos de Américo, Pinto, Jaime, e por aí adiante, Festa calhou como sopa no mel para substituir esses monstros, porque atuou de início em mais que um lugar. Tendo começando como defesa-central e tendo ainda experimentado funções de meio-campo, afirmou-se por fim como defesa-direito, o lugar que durante onze anos foi de Virgílio, o célebre “Leão de Génova” e “raçudo” defensor que em seu tempo foi o internacional com mais jogos na seleção portuguesa, tal como durante muitos anos foi também o “mais internacional” do FC Porto.


A chegada de Alberto Festa ao FC Porto esteve relacionada com o empréstimo de Francisco Nóbrega ao Tirsense, onde esse jovem avançado esquerdino jogou por empréstimo do FC Porto, evoluindo no clube da terra dos Jesuítas durante um ano, de seguida, mediante o acordo da transferência do promissor defesa Festa. E então houve também continuidade de ligação das afinidades ente o clube que fora treinado pelo grande ídolo portista Artur Pinga, pois antes dele jogara e fora campeão em juniores do FC Porto o avançado Ferreirinha, também de Santo Tirso e que entretanto entrara na família de Festa como cunhado, casado com uma das suas três irmãs (do conjunto familiar de oito, sendo Alberto um dos cinco rapazes). Bem como depois também veio para o FC Porto Carlos Manuel, enquanto vários jovens jogadores do FC Porto rumaram ao Tirsense ao longo desses tempos de evolução do clube concelhio da Abadia Beneditina.


Por esse tempo de inícios da carreira no FC Porto, o jornal O Porto, então órgão oficial do clube, dedicou a Festa uma apresentação com uma coluna expressiva, publicada na respetiva edição de 25 de abril de 1962.

(Aditamento: Acrescenta-se, a pedido de leitores e para melhor leitura, uma outra versão da mesma coluna d’ O Porto, dividida em duas porções para facilitar a visão.)

(E, posto isto, em “post scriptum” intercalado, retoma-se o fio da narrativa…)

Festa passou então a integrar a equipa principal do FC Porto e era um dos esteios da defesa, tendo integrado a célebre linha defensiva que menos golos sofreu no campeonato de 1963/64. E de permeio foi em 1963 chamado à Seleção Nacional A, jogndo pela primeira vez com a camisola das quinas, corria o mês de janeiro desse ano, no encontro com a Bulgária em que também alinharam os seus colegas de equipa portista Serafim e Paula.

= Da esquerda para a direita: Festa, Paula e Serafim !

Eentretanto, chegado 1964 e já como fruto do entrosamento do setor defensivo da equipa portista, acrescido da confiança que Américo dava a seus colegas e esses se empertigavam no exemplo do guardião da sua retaguarda, os defesas do FC Porto passaram a ser vistos e analisados como os menos batidos. Tal era essa defesa com Américo, mais Arcanjo, Festa e Almeida, a que se podia ainda juntar Atraca (além de Virgílio, então em fim de carreira, esse ao tempo mais internacional dos internacionais, à época). Tendo no jornal O Porto, em sua edição de 19 de fevereiro de 1964, sido referenciado essa mais-valia coletiva, denominando-os por simpatia histórica como três Mosqueteiros, embora na junção de 4, que seria de cinco ou mais… interessando que a “Defesa do FC Porto” era a menos batida, com menos golos sofridos, ao longo dessa época de 1963/1964.


Depressa Festa se tornou senhor de lugar certo na equipa principal do FC Porto e se transformou num dos nomes idolatrados das multidões, saídos e disputados nos populares cromos do mundo da bola. E tinha as atenções fixadas em si, a pontos que duma das vezes em que marcou golos, o facto mereceu destaque no jornal O Porto, pelo facto de como defesa ter bisado num jogo a contar para a Taça Ribeiro dos Reis, diante do Varzim (sendo encontro interessante, como se pode ver, pois apesar dessa prova ser destinada a jogadores das equipas de Reservas, dessa vez jogaram alguns titulares por ser após o término do Campeonato).


Entretanto sua popularidade e importância na equipa foram crescendo. Tanto que a meio dessa mesma década de sessenta era já um dos capitães de equipa e em 1966, depois que Américo abdicou da função após ter sofrido uma expulsão injusta derivada do cargo, Festa ficou mesmo como principal capitão do grupo (até a respetiva braçadeira ter passado para Custódio Pinto, com a grave e duradoura lesão que afastou Festa da equipa azul e branca e da seleção nacional).


Ao longo de sua carreira Festa fez muitos jogos, distribuídos pelo clube de sua terra, o Tirsense, com cuja camisola negra se deu a conhecer; e maioritariamente com a camisola azul e branca no FC Porto, tendo ao serviço do clube das Antas ajudado à conquista da Taça de Portugal de 1967/68, por ter atuado em dois jogos dessa vitoriosa campanha portista.

Alberto Augusto Antunes Festa, mais conhecido como Alberto Festa e no futebol popularmente com nome de guerra Festa, nasceu em Santo Tirso, a 21 de Julho de 1939.


Começara a jogar futebol no F.C. Tirsense, desde a formação até à equipa principal. Atingindo ponto máximo ao chegar ao Futebol Clube do Porto em 1960/61, através da visão de Pedroto, então treinador dos Juniores do FC Porto, que serviu de "olheiro" para o efeito. A sua estreia com a camisola dos Dragões aconteceu em finais de 1961, como defesa-central, ao ser chamado a substituir Miguel Arcanjo que se havia lesionado. Facto ocorrido no dia 5 de Novembro de 1961 no Estádio Padinha em Olhão, onde os portistas empataram 1-1 com o Olhanense, em encontro a contar para a 5ª jornada do Campeonato Nacional da época de 1961/62. Depois disso voltou a ser escalado para a equipa principal em Janeiro de 1962. Como se pode recordar deitando olhos a algumas páginas do pequeno livro que em 1964 lhe foi dedicado na coleção “Ídolos do Desporto”:


Entretanto… Na continuação da sua carreira, esteve num momento de particular realce na vida da coletividade das Antas: No dia 16 de Setembro de 1964 foi um dos titulares da equipa portista que venceu o Olimpique Lyonnais por 3-0 na 1ª mão da 1ª eliminatória da Taça dos Vencedores das Taças, feito esse marcante ao ter sido o primeiro triunfo do F.C. Porto nas competições europeias de futebol.

= Equipa do FC Porto que a 16 de Setembro de 1964 jogou no estádio das Antas com o Lyon na 1ª mão da 1ª eliminatória da então existente Taça das Taças, taça europeia dos Clubes Vencedores de Taças, derrotando aí os franceses do Olimpique Lyonnais por 3-0, com 2 golos de Custódio Pinto e 1 de Carlos Baptista. (Em França, na 2ª mão, voltou a repetir-se o triunfo, dessa vez por 1-0 com golo de Valdir). Na foto vêm-se os portistas segurando flâmulas alusivas ao encontro das Antas, em tempo que Américo era o Capitão da equipa e como tal tinha o galhardete para a entrega e troca tradicional. Tendo o FC Porto alinhado como se pode ver na imagem (porque à época era habitual os intervenientes fazerem pose sensivelmente com lugares relativos às posições em campo, estando, em pé - na ordem da direita para esquerda: Américo, Joaquim Jorge, Almeida, Festa, Paula, Rolando; e (em baixo - a partir da esquerda da foto) Jaime, Pinto, Valdir, Carlos Baptista e Nóbrega.

Com grande fulgor, Festa foi naturalmente um dos escolhidos para a campanha de apuramento para o Mundial de 1966. Estreara-se na seleção Nacional A em Janeiro de 1963, alinhando juntamente com os colegas de equipa Paula e Serafim. Sabendo-se como os jogadores do FC Porto para irem à seleção tinham de ser muitíssimo superiores aos outros e por vezes nem assim… Continuando depois Festa a ser ainda selecionado de quando em vez, umas vezes sozinho e outras com um ou dois colegas, embora alguns ficando a suplentes. Tendo em 1964 estado em duas grandes vitórias de Portugal, na Suíça e na Bélgica, na companhia também dos colegas Américo e Pinto, assim como esteve junto com Hernâni no último jogo com a camisola das quinas desse grande general do futebol português. 


Na campanha de apuramento para o Mundial, que se seguiria, Festa jogou ao lado do colega portista Miguel Arcanjo primeiramente e depois uma vez ou outra com Custódio Pinto, enquanto em jogos de preparação intermédios jogaram também Américo e Nóbrega, ao passo que outros ficaram a suplentes, como Atraca, Jaime e até Rui, por exemplo. Chegada a decisão da escolha dos selecionados, estiveram em estágio seis elementos do FC Porto, dos quais apenas três continuaram e seguiram na comitiva para Londres.


Aí, em 1966, Festa foi um dos três “Magriços” do FC Porto, juntamente com Américo Lopes e Custódio Pinto, que marcaram presença no Campeonato do Mundo de Futebol de Inglaterra. 

= Reportagem em O Porto, aquando do 1º jogo de Festa no Mundial de 1966 (depois jogou ainda mais outros dois)

Tendo Festa alinhado em 3 encontros, pela metade dos seis jogos disputados nessa fase final, enquanto Américo e Pinto ficaram de fora – porque ao tempo a presidência federativa era do Belenenses e como tal jogaram dois futebolistas do clube do Restelo, o guarda-redes José Pereira e o defesa Vicente, enquanto do Setúbal jogou o centrocampista Jaime Graça, que de seguida foi para o Benfica… e o resto era grosso modo o núcleo habitual de Benfica-Sporting, os clubes que antes e depois ocuparam e ocupariam as cadeiras das presidências da Federação!


Após isso, em 1966 ele foi agraciado oficialmente pela presidência da República com a Medalha de Prata da Ordem do Infante D. Henrique. Como também foi reconhecido federativamente com a Medalha de Ouro Ao Mérito da FPF. Assim como o FC Porto o distinguiu em 1968 com a atribuição do Troféu Pinga, que nesse tempo era o galardão máximo do clube (anterior ao Dragão de Ouro).


Em 1967/68 ainda fez parte do plantel portista que disputou os jogos da campanha da Taça de Portugal, havendo jogado em dois encontros. Até que sobreveio entretanto uma lesão grave num joelho, afastando-o dos relvados por longo período; e apesar de ter andado por grandes especialistas estrangeiros, não recuperou mais totalmente. Mesmo assim, como foi um dos 23 utilizados ao longo das eliminatórias que levaram à final do Jamor, Festa foi um dos bravos que contribuíram para a conquista da Taça de Portugal, culminada com a vitória do FC Porto sobre o Vitória de Setúbal por 2-1 na final disputada no estádio do Jamor, em Oeiras, arredores de Lisboa.

= Festa sabia quem tinha na sua baliza... o grande Américo - que depois até foi o grande herói da final da Taça de 1968!

Pelo seu estatuto e grande carisma detido no seio do FC Porto, Festa foi o representante do futebol do clube na cerimónia de inauguração do Mausoléu do FC Porto, em Agosto de 1968 – a que se reporta a gravura jornalística, aqui ilustrativa.  


Terminada a carreira ao serviço do FC Porto com uma Taça de Portugal ganha, em 1968, e ainda triunfos por cinco vezes na Taça Associação de Futebol do Porto (1961/62, 1962/63, 1963/64, 1964/65 e 1965/66), Festa ficou ligado à história do FC Porto, grande clube em que vestiu a camisola azul e branca durante oito temporadas, sobretudo como grande defesa direito dos Dragões. Cuja tabela de Internacionalizações pela Seleção A portuguesa ficou descrita no trabalho de Rodrigues Teles sobre os até então "Internacionais do F. C. do Porto".


Passada essa fase, para continuar a jogar, ainda que a outro nível, na temporada de 1968/69 Festa regressou ao F.C. Tirsense para competir durante mais quatro épocas, até terminar a sua carreira no final da temporada de 1971/72.


Viria ainda a regressar ao FC Porto como treinador das camadas jovens e por fim acabou a relação futebolística como secretário técnico do Tirsense, na sua terra. Entremeando com algumas aparições públicas como componente da equipa de Velhas Guardas do FC Porto.

= Festa, aquando de sua ligação aos escalões de formação do FC Porto, junto a Pedroto, Pinto da Costa e Feliciano, convivendo com alguns dos craques do futuro... 

O seu currículo desportivo consta publicamente na Enciclopédia do Desporto, volume 5, edição Quidnovi de 2003. De cuja página se junta a respetiva “entrada”, como resumido complemento.


A presença de Festa no FC Porto, em suma, provou como foi digno da posição que antes fora de Virgílio. Quão bem desempenhou o seu lugar entre 1960/61 e 1967/68.


E para sempre foi e é o Magriço efetivo do FC Porto no primeiro Mundial em que Portugal esteve presente na fase final.


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Alberto Festa faleceu esta terça-feira, dia 2 de janeiro de 2024, com 84 anos, vítima de doença prolongada.

Armando Pinto                                                                                                

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3 comentários:



  1. Que o nosso Festa descanse em paz, que bem merece.
    Parabéns por esta grande e justa homenagem. Donde se vê que a comunicação social tem pesquisado, conforme se tem visto, simplesmente uns sabem ler bem e copiar e outros não.

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  2. Festa. Descanse em paz. Era o último vivo dos 3 Magriços do F. C. do Porto e dos poucos vivos da Taça de Portugal de 1968

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  3. Tristemente ninguem esteve no funeral do Festa em representação do F C Porto e da Federação de Futebol e da Liga. Aliás no Facebook há muitos comentários de crítica a esses esquecimentos e faltas de respeito. No que toca ao F C Porto lamenta-se mais ainda. A atual Direção do F C Porto anda mesmo fora de tudo o que era bons costumes do clube. O Festa foi alguém no futebol nacional, o primeiro do Porto a jogar num Mundial de futebol e merecia ser homenageado justamente com admiração.

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