Quando passam 40 anos do falecimento de José Maria Pedroto e no dia em que é apresentado no Porto Canal um filme-documentário sobre o
mesmo Mestre Pedroto, aqui se homenageia também a figura do treinador que fez o
FC Porto campeão ao fim de 19 anos de espera. E, porque além de tudo o que se
sabe sobre ele, bem como o quanto ele conseguiu realizar e tudo o mais que a
ele se associa, marcante foi especialmente o facto de ter sido o treinador do título de
campeão nacional que o FC Porto conquistou em 1977/1978, ao cabo da travessia
árida dos tais 19 anos de longa espera, vinca-se esse feito.
Nesse sentido, cingindo-nos a esse período, dá-se conta de
alguns testemunhos, através de respigos de uma revista publicada ao tempo, a
Equipa. Da qual primeiro se publica imagens da capa da respetiva edição de 17
de maio de 1978, praticamente um mês antes de o FC Porto ser campeão, como
acabou depois por ser em junho.
= Capa da revista Equipa de 17 de maio de 1978
E, como exemplos reveladores de sua aura, antes até disso, publicam-se
também como testemunhos as opiniões de dois jogadores que o tiveram como
treinador, mas nem chegaram a ser efetivos em suas equipas. O que não impediu
de sobre ele se manifestarem com grande apreço.
Tal o caso do avançado Júlio, que em entrevista à revista
Equipa (número de 4 de maio de 1977), quando estava de saída para ir jogar no
Varzim, se exprimiu assim:
E no mesmo número da revista Equipa, o defesa Alberto, que
jogou no FC Porto, com Pedroto a seu treinador, depois saiu e jogou no União de Lamas e por fim no Boavista, antes e
depois do serviço militar, tendo no regresso da guerra do Ultramar encontrado
Pedroto como treinador do Boavista, também se referiu a Pedroto do seguinte
modo:
Como remate sobre esta evocação, dá-se voz ao mesmo Pedroto,
quando o FC Porto estava prestes a ser campeão em 1978. Como ficou impresso na
revista Equipa de 31 de maio de 1978, entre a reportagem do empate que acabou
por ser decisivo no jogo com o Benfica (do tal golo do Ademir):
Como Pedroto dizia, qualquer empate ou derrota pode ser
talismã de futuras e importantes vitórias. E como vencedor que foi, Pedroto
triunfa pelo tempo além. Tanto que de Pedroto pode dizer-se também: «- Onde
está a tua vitória ó morte?» Pois ele continua vivo em todos os que o temos bem
presente, como o lembramos sempre.
Armando Pinto
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